Café

1011 Words
—entendi, como você quiser, levem ela pro quarto ela está precisando ficar um tempo sem comer e pensar. —EU QUERO IR EMBORA!!! EMBORA! Max saiu para o banheiro e depois voltou para o escritório. Horas se passaram e ele ainda estava remoendo a raiva de hoje mais cedo. —senhor Ferrati, desculpa incomodar, mas já faz 8 horas que a senhorita está sem comer. —qual é o problema? —ela está atordoada com tudo isso. —não vou falar mais uma vez, deixe-a como estar. —sim senhor. Ela fechou a porta e no quarto de Emilie também estava um silêncio. Emilie via as paredes rodarem e fraca no chão perdeu completamente as forças. Não queria acreditar que isso estava acontecendo. —quando eu vou começar a viver? Fez a pergunta retórica e voltou a ficar quieta. Emy sentia um vazio enorme Agora sim estava sozinha no mundo e tudo que tinha, era ela mesma. Queria tentar desviar sua atenção pra outra coisa mais sua barriga avisava e começava a doer a todo momento. Ela deitou na cama e logo à porta abriu. —gostando da estadia? Max perguntou. —se eu não pudesse ver você seria menos pior. —que drama, não está gostando da minha casa? —você tem algum problema? —no momento só você. —eu quero ir embora! —e eu quero matar umas pessoas e ainda não posso não é injusto? Falou com todo o sarcasmos do mundo. —ja decidiu se vai se comportar? —eu quero que você vá a merda! —tenha uma boa noite então. Max virou as costas e Emilie correu até ele. —me deixa ir embora! Ele a pegou pelos braços e a jogou na cama brutalmente. —você tem dificuldade pra entender ou só é burra mesmo? saiu do quarto trancando a porta e ela voltou a chorar. ••• Na manhã seguinte quando Max saiu do seu quarto, com umas roupas casual que realçavam sua beleza natural viu a cozinheira passando com uma bandeja de comida. —aonde vai com isso? Ela parou e o olhou assustada. —eu não ia levar para a menina. —que bom, acho que você gosta do seu emprego. —não é o que está pensando. —me de. Max pediu a bandeja e ela o entregou e ele seguiu até o quarto. Abriu a porta e Emilie estava deitada no chão. —levante-se! Ela abriu os olhos e se encolheu ainda mais. —não consigo... disse bem baixinho. Max agachou e colocou a bandeja no chão. —pensou melhor? —vá para o inferno. —quando eu passar pela aquela porta só vai receber visita daqui a dois dias, você aguenta? Ela ficou calada e Max levantou, mas quando foi dar um passo Emilie segurou na barra da sua calça. —por favor... —levante-se, coma, tome um banho e vá para o meu escritório e se eu fosse você não tentaria fugir. Saiu deixando a porta destrancada e Emilie começou a comer feito louca colocando a comida na boca o mais rápido possível. Em questão de minutos não tinha mais nada na bandeja enorme e caprichada. Foi tomar um banho e aos poucos sua tontura foi passando. Saiu totalmente cheirosa e finalmente limpa. Tomou um banho tão demorado que no quarto havia um pouco de fumaça quente. Conseguiu enfim reparar no quarto magnífico, realmente parecia mais um castelo com tantos detalhes dourados e sofisticados. Olhou no guarda-roupa e não tinha quase nada. Somente um vestido que ela não fazia ideia de quem o tinha deixado aqui. Colocou mesmo assim e teve que descer sem calcinha já que não tinha nenhuma. Como o vestido não tão curto não viu problemas. Saiu do quarto olhando todos os lugares possíveis para uma fuga. Quando chegou a sala viu o lugar imenso e cheio de verde ao lado de fora a porta imensa estava aberta e Emilie deu passos até ela. Colocou os pés para fora, mas fora surpreendida com um homem enorme de preto. —tem certeza que quer sair? Tenho autorização pra matar você se estiver fora dessa casa. Emilie com medo e assustada voltou seus pés para dentro e procurou o escritório atordoada. —com certeza o cubículo do d***o é aqui. Proferiu parando em uma porta imensa de madeira. Entrei e ele estava lendo algo e parou. —você tem mão? Perguntou. —que eu vejo em mim são duas. —também vejo que em breve não vai ter boca já quer que eu costure? Eu já fiz isso uma vez foi até divertido. Ficou calada e Max conseguiu reparar no rosto dela. Não podia negar que ela era linda. Seu cabelo escuro e levemente ondulado e grande o agradava ainda mais sem contar no desenho que a boca de Emilie fazia. Max ficou desconfortável na cadeira e começou a falar: —por enquanto você irá ajudar a Adeline com tudo que ela necessitar em breve irei precisar de você. —quanto tempo pretende me deixar aqui? —eu nunca disse que você ia embora. —eu tenho uma vida e eu não fiz pacto nenhum com você! Meu pai já pagou com a vida eu quero ir embora. —eu não ia matar o seu pai, mas ele era um verme. —você não tem direito de falar dele! —PARE DE SER UMA TOLA! SE ELE GOSTASSE DE VOCÊ NÃO TE DARIA PRA PIOR PESSOA QUE ELE CONHECE! Emilie engoliu as palavras, pois não sabia o que contestar quanto a isso. —ainda assim eu não tenho nada haver com você. —não tinha, mas agora você é propriedade minha! Sabe o tanto que aquele verme me devia? —não parece fazer falta com tudo que tem. —um dinheiro a mais e um a menos realmente não faz, mas a minha palavra um vez que não é cumprida pode causar uma revolução... eu tenho um nome a zelar quem me deve tem que me pagar de um jeito ou de outro.
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