Ele olhou pra o rosto dela observou mais tempo que pretendia. Depois pegou sua chave da mesa e foi embora. Aquele ocorrido deixou Max todo o dia de mau humor.
Sua pele estava ardendo e não conseguia concentrar nos seus afazeres sentindo desconforto.
•••
—senhor Max, vamos novamente a casa do velho, voltaremos com o dinheiro.
Ele irritado levantou e arrumou seu terno...
—preciso checa de perto o serviço insatisfatório de vocês. Colocou uma arma nas costas e seguiu.
O motorista o cumprimentou e foram até a casa do senhor. Max já entrou estroncando a porta no chão.
O homem levou um susto e levantou o olhar atrás do balcão de sua pequena tabacaria.
—eu vou pagar vou pagar! Falou assim que os viu.
—quanto tempo você acha que minha paciência aguenta?
— senhor Ferrati, tenha piedade eu juro que irei pagar.
—você vai... sei que vai. O senhor tremia de medo com a calmaria de Max.
—pode me dar só até o final dessa semana?
—quando precisou dos meus serviços, da minha droga, quanto tempo eu demorei?
—eu sei! Eu sei é que as coisas estão ruins.
—pra mim também, tive que matar um dos meus homens ontem por que você não deu meu dinheiro.
—eu vou pagar!
—pai o que está acontecendo? Pai?
A moça entrou com as roupas do café no lugar. Max a reconheceu de primeira e ela também.
—o Que está fazendo na minha casa? Perguntou brava.
—cale a boca! Sua insolente! Seu pai gritou com ela.
—vão embora!
—O QUE EU ACABEI DE MANDAR VOCÊ FAZER? deu um tapa nela e a mandou ir embora.
—estou esperando meu dinheiro e tenho mais coisas para fazer.
—por favor senhor Ferrati alguns dias... três dias!
Max retirou a pistola das costas e o velho desesperou ainda mais.
—A MINHA FILHA! PODE FICAR COM ELA.
—que serventia eu teria com isso?
—O QUE? NÃO! PAI!
—CALE A BOCA! Ela pode cozinhar, passar, limpar fazer o que você quiser.
Max olhou pra ela inconformada implorando por não.
—por quê? Pai o que eu fiz? Por quê? Continuou implorando pra ele mudar de ideia.
—acabou o drama familiar? Nenhum dos dois o escutaram.
—aceito. Falou.
—aceita? Então não estou devendo mais nada? Pode levá-la! Vá buscar suas coisas! RÁPIDO!
Max balançou a cabeça levemente e atirou matando o velho acertando bem em seu peito.
—PAI!!! Ela gritou e começou a chorar.
—vai vir com as próprias pernas ou precisa de ajuda?
—QUEM É VOCÊ? VAI EMBORA! POR QUE FEZ ISSO? VOCÊ É LOUCO?
—pode por ela no carro.
—NÃO! NÃO! Gritou e mesmo esperneando foi colocada no carro a força.
Chegando na mansão Max entrou e a jovem não parava de falar um minuto, chorando e gritando com ele.
—EU NÃO VOU FICAR AQUI!
Gritou na sala.
—coloque ela no terceiro quarto e tranquem a porta.
—NÃO! NÃO! Gritou desesperada e fizeram o que lhes foi mandado.
•••
Quando a noite já caia e Max finalmente terminou de tratar de seus negócios.
—senhor Ferrati, sirvo o jantar para a senhorita? A cozinheira perguntou.
— se ela fugir do quarto você irá se responsabilizar.
—irei acompanhada. Ele subiu para seu quarto e ficou horas pensando totalmente intrigado.
•••
Quando amanheceu, Max levantou, vestiu um terno totalmente alinhado pois iria tratar de coisas pessoalmente.
Desceu para a sala e arrumando o cabelo em um espelho imenso do local foi chamado.
—bom dia senhor Ferrati.
—o Que aconteceu?
—a senhorita não para de bater na porta desde ontem.
—ela não é de ferro uma hora cansa. Disse apenas isso e saiu.
•••
—ME TIREM DAQUI! SOCORRO!
Emilie gritava sem parar mesmo já caindo sem forças. Sua aparência estava horrível de tanto chorar.
A porta estava abrindo e Emilie colocou-se de pé, pois se visse aquele homem outra vez avançaria nele.
—menina, por favor, desse jeito você vai acabar passando m*l. A cozinheira disse entrando no quarto.
—eu nem sei porque eu estou aqui! Eu fui dada e eu não aceito isso a vida é minha! MINHA!
—acalme-se por favor, será pior pra você se o irritar eu garanto isso.
—ele matou o meu pai, aquele monstro matou ele. Voltou a chorar e pensou em sair do quarto, mas sem sucesso. Dona Adeline teve que a tranca-la novamente.
— por que estou sendo tratada como um animal! POR QUÊ? Emilie Cárter gritou pela última vez exausta, porém não demorou muito pra ela voltar a bater e gritar. Quando Max retornou escutou o barulho embaixo e pediu para que trouxessem ela até a sala.
Emilie foi acompanhada gritando e querendo sair por tudo.
—acabou? Max perguntou arrumando as mangas da camisa branca.
—manda esses idiotas me soltarem agora! EU QUERO IR EMBORA!
—e eu devia deixar você ir?
—é claro! EU NÃO TENHO NADA A VER COM VOCÊ!
—não foi o que seu pai disse, caso não tenha prestado atenção ele deu você para eu fazer o que bem entender... a dívida dele era enorme fui bem generoso.
—VOCÊ MATOU ELE SEU CRETINO! Max bateu no rosto dela e o segurou logo em seguida.
—eu falo na minha casa! Você entendeu? Já deu desse show! Falou mais grosso ainda olhando nos seus olhos.
—pare de criar caso desnecessário.
—desnecessário? Perguntou abismada pelo tapa que recebeu.
—vai ficar aqui agora querendo ou não, tanto nessa casa como nesse mundo e eu decido isso, preste bem atenção na única regra desse lugar... eu mando!
—eu nunca vou obedecer um monstro como você!
—você quer que eu te ensine por bem ou por m*l?
—vá se ferrar! Emilie falou e cuspiu na cara de Max. Ele ficou desacreditado olhando ela assim como os outros que estavam atrás de Emilie.