— Onde ela está? — Observo minha mãe enquanto leva a taça de vinho a boca.
— Na universidade. — Me jogo em minha cadeira na outra ponta da mesa.
— Como ela é? — Ela não consegue disfarçar a ansiedade.
— Maravilhosa, na verdade, me lembra você, mãe, com toda aquela vitalidade. Contudo, ela tem um brilho no olhar, de vida, também é linda, perfeita… — Sou sincero e percebo que falei.
— Preciso ficar com ciúmes? — Caminha até mim e me beija.
— Deixe de ser tola, eles são irmãos, minha querida. — O deboche é nítido.
— Só estou fazendo o que minha mãe pediu, trazendo Heloísa para nosso lado. Loren está fazendo o mesmo, ele tem a vantagem de ser visto como o mocinho.
— Por que não simplificar? Pegue ela pelos cabelos e a traga logo para cá! — As palavras m*l saem de sua boca e já recebe um olhar mortífero de Diana.
— Não seja i****a, ela tem que vir por vontade própria, acreditar na nossa causa e estar disposta a lutar contra o próprio pai. E não esqueça do mais importante, ela é minha filha! Está acima de você em qualquer situação, mostre o devido respeito. — Dandara contém o temperamento e abaixa a cabeça em submissão, ela sabe que não deve ficar do lado r**m de minha mãe.
— Quando contarmos toda a verdade ela saberá qual lado deve defender, Loren não merece nossa lealdade após ter te traído mãe, ela é esperta e verá isso.
— Assim espero querido, assim espero… — Seus olhos têm um brilho estranho, mas por hora decido ignorar.
— Preciso tomar um banho, se me dão licença. — Me levanto. — Esse foi um longo dia.
— Vou com você. — Dessa vez ela recebe um olhar encorajador de minha mãe.
— Quem sabe mais tarde? Estou cansado e preciso descansar. — Sem esperar resposta, vou em direção ao quarto.
Preparo o banho e entro de baixo da água quente, meus músculos relaxam e me pego pensando no sorriso de Heloísa, ela exala vitalidade, sua energia é contagiante.
Sem falar de seu olhar.
[…]
— Posso entrar? — Pergunta após bater na porta, claro que não me ouviria.
— Entre. — Pego uma roupa. — Só me dê um segundo. — Sou ignorado, ela vem para cima de mim.
Começa a me beijar e tira a toalha que envolve minha cintura. Deixando-me apenas de cueca. Retribuo o beijo. Tiro sua blusa e seguro seus s***s, o sutiã também é retirado deixando sua pele morena totalmente exposta, com uma mão puxo seus cabelos, faço com que sua saia também suma, ela mesmo se livra da calcinha ficando completamente nua, o que me deixa totalmente e******o. Faço com que se deite na cama, estou pronto para tê-la de todas as formas possíveis, tiro a cueca e volto a beijá-la, me posiciono e entro de uma vez, a deixando ofegante.
— Isso querido, do jeito que gosto… forte, duro e fundo! — Geme.
Estou perdido em sensações, sentindo seu corpo macio ao encontro do meu, olho em seus olhos e o verde se torna um azul profundo onde eu adoraria me perder… seus lábios têm um formato de coração, seus cabelos dourados, quase brancos.
Dourados?
E então não é Dandara quem está ali, mas Heloísa sorrindo apaixonadamente com seus olhos cheios de vida iluminando minha escuridão.
Paro abruptamente e me lanço para o outro lado do quarto, meu corpo nem sequer reclama do baque contra a parede.
— Qual é o problema? — Seus olhos arregalados pelo susto.
— Desculpe… — Também estou assustado, com meus pensamentos. — Não posso fazer isso agora. — Pulo pela janela e me transformo no ar.
Corro até a floresta, totalmente descontrolado, não sei o que aconteceu comigo para imaginar uma abominação dessas, Heloísa é minha irmã.
Não posso me permitir fazer uma loucura dessas!
Não posso sequer pensar nisso!
Sigo sem rumo certo, apenas para sentir a natureza, à noite me chama. Nesse quesito puxei para meu pai, sou da noite assim como a noite é minha.
Sinto um leve roçar em minha mente e fortaleço minha barreira mental, não posso permitir que entre, não depois do que aconteceu. Volto para minha forma humana e só então percebo que no desespero nem sequer peguei roupas.
Paro na margem da floresta, ele está parado do outro lado.
— Pegue, isto é para você. — Joga algumas peças de roupas.
— Não preciso de esmolas Loren, me deixe em paz! — Respondo ríspido.
— Ela está sob meus cuidados, Benjamin, avise sua mãe e saiba que qualquer tentativa de a machucar, será respondida com força letal.
— Como se você se importasse com alguém, não é mesmo? Minha mãe nunca faria m*l a ninguém, não se tiver outra opção. E se você machucar minha irmã, posso garantir que serei o responsável por seu arrependimento! — Toda a raiva que tenho por esse homem deplorável ferve dentro de mim.
— Você fala como eu quando tinha a sua idade. — Um sorriso aparece em seus lábios, minha vontade é de tirar de sua cara na base de pancadas.
— Não sentirei orgulho disso, papai. — Cuspo as palavras.
— Por que nunca permite que eu conte minha versão da história Benjamin? Esse seu temperamento saiu todo a sua mãe, teimoso até o fim! — Volta a sua forma animal me pegando de surpresa e com a guarda baixa, por um momento o ódio em seus olhos é de outro mundo. — Você não seria capaz! — Ruge dentro da minha cabeça.
— Saia da minha mente, seu desgraçado! — Fico mais irritado pela invasão.
— Se chegar perto dela desse jeito irei m***r você Benjamin, prefiro vê-lo morto a deixar que cometa essa monstruosidade! — Seus olhos brilham de fúria.
— Você não tem autoridade alguma para me dizer o que fazer, só saiba que a protegerei de qualquer um que tente machucá-la, inclusive você! — Voltando a minha forma animal e sumo na floresta novamente.