Casamento por Contrato com o Ceo

Capítulo 04

• Kyle •

Arrasto Catherine ainda em silêncio até onde Holly estava. Não estou com muita paciência, mas depois da briga que tivemos, é o mínimo que preciso fazer.

Meu avô passou dos limites e isso, eu tenho que dizer. Holly não tem culpa de que ele não escolheu ela.

— O que você quer? — Catherine grita, assim que paramos.

Holly se vira sorrindo, mas seu sorriso morre e ela se encolhe um pouco quando me vê com Catherine.

— Holly, por favor, você precisa me escutar. — Ele suspira.

Catherine me observa em silêncio, assim como Holly. As duas me deixam sem jeito, sem reação por algum tempo.

— Eu e Catherine já nos divorciamos, não é Catherine? — Eu a encaro. — Diga a Holly.

— Ah, é isso? — Ela revirou os olhos. — Claro! Holly, nós terminamos, nós nos divorciamos mesmo. Não moramos juntos. Nada disso. Nem chegamos a fazer... sabe, você entende.

— Isso, viu? — Eu a encaro, desesperado. — Eu estou falando a verdade. Por qual motivo a própria Catherine mentiria?

— Mas, o casamento de vocês só durou três dias? — Ela piscou para mim, boquiaberta.

— Claro que não, amor. — Seguro seus braços. — Durou apenas uma hora. Uma hora e então, eu sou completamente seu. — Aliás, era um casamento falso. Nós não nos amávamos. Nunca nos amamos, não é Catherine?

— Certamente que não. — Cath fez uma careta. — Bem, no momento, acho que você é a única que tem coragem de amar alguém como ele.

— Logo depois do casamento, Catherine assinou o acordo de divórcio. Estou livre para me casar com você. — Eu sorrio.

— Dentro de um mês. — Catherine diz, atrás de mim.

— Isso, dentro de um mês e então... — Eu sorrio abertamente.

Holly dá um sorriso enorme e me abraça delicadamente, animada.

— Só... tentem não fazer isso em público. — Catherine disse, obrigando-nos a nós separarmos. — É meio... desrespeitoso. Você me prometeu um mês, Kyle.

— Para que um mês? — Holly perguntou. — Quero dizer, vocês já assinaram.

— Sim, isso é um acordo entre eu e Kyle. Acho que já deixei tudo bem claro. Não temos nada, mas temos um acordo e ele tem que ser cumprido. — Ela responde, com a elegância de uma lady. — Kyle e eu não queremos nossos nomes envolvidos em mais um escândalo midiático como aquele último. Foi... foi ele que nos obrigou a ficarmos juntos.

— Sim. — Kyle assente. — Voce está certa. Não pensei nisso antes, fiquei tão... feliz.

— É ótimo que você esteja feliz, Kyle. — Ela acena com a cabeça.

— Como vai para casa? — Perguntei, impulsivamente.

— De táxi. — Afirma.

— Bem, vamos... eu levo você. — Eu Murmuro.

Estou estupidamente feliz por Holly acreditar em mim. Eu faria qualquer coisa por ela. Por minha garota. Para que ela fique feliz. Definitivamente, feliz.

— Aceito a carona. — Ela diz, ainda seria.

— Vamos, então. — Digo, enquanto saio na frente.

— • —

— Obrigada Kyle. — Catherine diz, enquanto pega a sua bolsa e sai do banco do carona.

Observo enquanto ela entra para dentro do prédio da sua casa, com passos largos e cheios de classe e pompa.

Eu não podia negar que ela era uma mulher bonita, elegante e muito, muito impressionante. Qualquer outro homem mataria para estar em meu lugar, tenho certeza disso.

— Aconteceu alguma coisa? — Holly perguntou, enquanto pulava para o banco do carona. — Estamos parados ainda.

— Não, não foi nada. — Digo, saindo do meu transe e dando partida no meu carro

Não posso olhar para Catherine dessa maneira.

• Holly •

Não pode ser. Não pode mesmo ser.

Observo Kyle por tempo demais, enquanto ele olha atentamente para Catherine, que sequer olha para trás. Ele está estático, não tira os olhos dela.

Droga! Ele não pode se apaixonar por ela. Não pode; Ele é meu. Todo meu.

Ele tem a tratado de forma diferente desde que saímos do salão. Será que ele a trata com delicadeza todas as vezes?

Será mesmo que ele abriu mão dela e não, ela abriu mão dele?

Catherine não parece o tipo que se importa e fez pouco caso durante toda a nossa conversa.

Kyle não pode se apaixonar por ela. Não pode.

Preciso pensar em alguma coisa. Preciso fazer que ele a olhe de um jeito diferente.

Saímos do carro assim que chegamos, entramos no apartamento dele depois de algum tempo. A cobertura. Como sempre, a cobertura.

Eu achava esse lugar tão incrível. Era a minha casa dos seus sonhos e eu quase podia me imaginar morando aqui e... me livrando do irmão de Kyle. Ela era como uma maldita pedra em meus sapatos. Mas, tinha que me preocupar com isso em outro momento.

Quando chegamos, eu suspirei pesadamente, pesarosa. Começando a minha atuação.

— O que foi, querida? — Ele pergunta.

— Catherine. — O encaro, com olhos brilhantes. — Eu tenho tanto medo. Ela é aquela atriz problemática de Hollywood, não é?

— Sim, mas o que tem haver? — Perguntou.

— Ela parece obcecada em arrumar confusões. — Digo. — Estou preocupada. E se ela me prejudicar? E se ela acabar com o nosso relacionamento? Ela ainda tem a mídia ao seu favor... e se ela... e se ela acabar conosco?

— Eu não vou permitir que ela te prejudique, querida. — Kyle segura meu rosto, me encarando no fundo dos olhos. — Não vou permitir que ela se meta no nosso relacionamento. Eu te amo!

— Eu também amo você. — Sussurro e o abraço, dando um sorriso aberto.

Ele ainda é meu. Todo meu. Ela não vai tomar meu lugar. Não vou permitir.

— Me beije. — Peço, desesperada.

Kyle me dá um sorriso e enfia os seus dedos na minha nuca, puxando-me para um beijo quente, enquanto me encosta na parede.

No entanto, a porta se abre:

— Porque vocês não procuram um hotel?

Droga; Era a p***a do Kaio.