Capítulo 03

834 Words
— Não sabia oq você e meu irmão tinham terminado. — Kaio passa os olhos por todo o meu rosto. — Isso não importa, Kaio. — Suspiro. — Não acho que isso seja um assunto seu. — Claro, claro. — Ele me lança um sorriso de canto. — Como poderia ser assunto meu que meu irmão, o favorito, o herdeiro, o orgulho do meu avô... se divorciou da escolhida? Eu abaixo meus olhos para o chão. Isso não tinha que ser um assunto discutido por mim e Kaio. Ele não era uma das partes do acordo ou do contrato. Eu não tinha culpa de que o irmão dele me odiava. Nao tinha culpa de ter me enfiado na sua vida. De ter me envolvido nos seus problemas. Simplesmente, não consigo lidar com tudo isso. Com todas essas pessoas. — De qualquer forma, de você... eu quero outra informação. — Ergo meu nariz. — Qual, cunhadinha? — Ele me dá um sorriso de canto. Eu estremeço por um segundo. Ele é estupidamente bonito. — O que você sabe sobre mim? Qual é o meu segredo? — Questiono, por fim. Ele olha para os dois lados e depois sorri. — Tem medo de alguma coisa? Está muito empenhada nisso. — Ele diz. — Venha comigo, acho que precisamos nos afastar um pouco de todas essas pessoas. — Não, não tenho medo. Mas, me deixou muito curiosa, Mancini. — Pressionei meus olhos em sua direção. — Ah, claro! — Ele dá um sorriso de canto. — Venha. E ele me leva até um canto mais afastado, enquanto todas aquelas pessoas que estavam alheias a todas as coisas que aconteciam a nossa volta. Observo enquanto, ainda em silêncio, Kaio enfia os dedos dentro do bolso do seu blazer e puxa uma foto, erguendo-a para mim. — Encontrei essa foto na sua casa. — Murmura. — Você não tinha o direito de pegar. — Resmungo. — Como não? Sou eu nessa foto. — Ele exclama. Era um recorte de jornal. Mostrava um homem de costas, com seu rosto sobre a sombra, vestido de um terno de grife. A foto não era muito clara, por isso, eu não conseguia saber quem era. Mas, bem... ele estava na minha frente. Uau! Uau! Uau! ele está na minha frente. — É mesmo você? — Perguntei, chocada. — Sim, sou eu! — Ele acena com a cabeça mais uma vez. — Então, você se lembra? Se lembra de mim? — Perguntei, animada. Meu coração batia com tanta força em meu peito. Eu estava completamente animada. Podia sentir a energia que atravessava todo o meu corpo, me deixando em completo extase. Se fosse mesmo ele... se fosse o homem da foto... Se Kyle fosse ele. — Porque eu deveria me lembrar de você? — Ele perguntou, com a voz grave, me estudando. E então, tudo foi por água abaixo, assim como a minha esperança que surgiu em algum lugar no meu âmago. — Não, por nada demais. — Suspiro. — Acho que está na minha hora de ir. Será que pode devolver minha foto? — Hãn? Sua foto? — Perguntou. — Não, essa foto é minha. Minha. Eu estou nela, Catherine. — Por favor, devolva. — Tentei pesca-la dos seus dedos, mas ele a guardou no bolso interno do seu blazer. — Não, já disse que não. — Ele revirou os olhos. — Kaio... — Tentei argumentar, mas seria em vão. Então, simplesmente, pulei sobre ele, enquanto ele me empurrava, se negando a me entregar a foto. — Devolva! Devolva! — Grunhi, enquanto puxava seu blazer. — Não. — Me empurrou e eu me lancei contra ele mais uma vez. — Isso é roubo, você sabia? — Perguntei. — Não, não. — Ele me afastou. — Isso sou eu. — i****a. — Xinguei. — Ei, ei, ei! — Kyle disse, enquanto me puxava para trás. Eu respirei fundo, enquanto saia dos seus braços e gruhia frases desconexas. — Não coloque suas mãos no meu irmão, garota. — Ele disse, me encarando com fogo em seus olhos. — Isso não é da sua conta, querido. — Revireu os olhos — Porque não vai se engraçar para a sua noiva? Ou ela cansou de você? — Vá embora. — Ele ordenou — Você não é meu pai. Não é meu marido. Não é nada, Kyle. Você não significou nada para mim e nunca irá significar, entendeu? — Eu pisquei para ele. — Então, não! Eu não vou seguir nenhuma ordem sua, nenhuma! Ele respirou fundo algumas vezes, mantendo seus olhos fixamente em mim, segurou meus braços e me puxou muito bruscamente para fora do salão. — Kyle; — Gemo, enquanto ele me arrasta para a porta dos fundos. — O que é isso? — Eu me debato — Você está maluco, é? — Cale a boca. — Ele disse. — Para onde pensa que está me levando, seu i*****l? — Xingo. No entanto, ele mantém o silêncio. Ele me ignora, como se eu não fosse nada.
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