13- Hugo

1100 Words
Capítulo 13 Hugo narrando Eu tava num ponto que, sinceramente, não tava mais aguentando ficar longe da Giovana. Cada dia sem ela parecia um peso que eu carregava nas costas, e eu não tava conseguindo dormir direito. A cabeça não parava de girar, e os pensamentos sobre ela, sobre o que aconteceu, me consumiam a cada segundo. A Sabrina não parava de me ligar, mas eu já tava ficando cansado dessa situação. Não sabia o que ela queria, mas não tinha mais paciência. Não era mais sobre ela, não era mais sobre nada disso. Era sobre o que eu sentia por Giovana, e eu não ia mais tentar ignorar isso. Ela me ligava, me mandava mensagens, perguntava onde eu tava, mas eu só ignorava. Nem respondia. Não tinha mais como continuar com ela, sabendo o que eu queria, sabendo o que eu realmente sentia. Quando a Sabrina tentou me arrastar pra um encontro, eu simplesmente virei as costas. Não me importava mais com o jogo dela. Não me importava mais com nada que não fosse Giovana. Eu já sabia que tinha errado, que tinha deixado a situação tomar proporções que não deveria. Mas, p***a, quando eu penso na Giovana, no jeito dela, no sorriso dela, no jeito que ela me fazia sentir... Eu não sabia mais como lidar com isso. Eu queria voltar atrás. Queria corrigir tudo, mas não sabia se ela ainda me queria depois de tudo que aconteceu. Eu só sabia de uma coisa, que eu precisava dela. Precisava resolver essa merda de uma vez por todas. O que eu sentia por ela não era mais forte que qualquer outra coisa que eu tivesse passado antes. E, f**a-se, se isso significava que eu precisava cortar os laços com a Sabrina, que fosse. Eu olhei pro celular, vi as mensagens dela, mas eu não respondi. Não queria mais saber. O que eu precisava agora era conversar com a Giovana, e, se ela me deixasse, eu ia lutar pelo que eu sei que é real. Eu sabia que tinha que dar um jeito de consertar as coisas, mas uma parte de mim ainda tava tentando encontrar uma saída mais fácil. Então, lembrei do Jorge. O cara me devia um favor, e eu tava prestes a cobrar. Giovana não ia aguentar se fosse demitida. Ela não tinha mais aquele emprego, e o que ela ia fazer? Não tinha como viver sozinha, eu sabia disso. E, sinceramente, tava certo na minha cabeça que isso ia acabar trazendo ela de volta pra mim. Fui direto pro telefone, e discando, eu pensei em como ia resolver tudo isso. — Fala, Jorge. Preciso de um favor, e é agora — falei com aquela voz que ele já reconhecia, cheia de exigência. Do outro lado da linha, ele parecia já saber o que vinha pela frente. — Que favor? Você sabe que não posso fazer qualquer coisa, né? — ele respondeu, cauteloso. Eu dei uma risada baixa, uma risada que não tinha nada de engraçada. Era só o som da frustração se acumulando dentro de mim. — Sei que não pode, mas vai ter que fazer. Preciso que você demita a Giovana. É simples. Ele hesitou, parecia que tava pesando as palavras antes de falar. — Não sei, Hugo, não é tão simples assim. Não quero me meter nessa confusão de vocês. Você sabe que não posso fazer uma coisa dessas sem mais nem menos. Não é assim que as coisas funcionam. Giovana é a melhor funcionária que eu já tive — ele respondeu, tentando desviar. Eu senti a raiva crescendo dentro de mim. Não ia deixar isso escapar. — Você me deve, Jorge. Lembra? Ou você resolve isso agora, ou vai me ver do outro jeito, e aí nem você nem ninguém vai conseguir me parar. Não tem mais opção, entendeu? Demite ela, ou o negócio vai ficar feio pra você — eu disse, a voz mais firme do que nunca. Houve um silêncio do outro lado, e eu sabia que ele tava se tocando de que não tinha outra saída. Eu tinha o poder ali, e ele sabia disso. — Tá, tá. Eu vou fazer isso, Hugo. Mas não me vem com mais complicação, hein? — ele falou, um pouco derrotado. Eu respirei fundo, sentindo uma satisfação perversa se espalhando por mim. Era isso. Giovana não tinha como se livrar disso. Ela ia voltar pra mim, não tinha escolha. No dia seguinte, acordei cedo, me arrumei com calma e fui direto pra frente do prédio que ela trabalha onde eu sabia que ela ia passar. Fiquei ali, esperando, com uma sensação estranha de ansiedade, uma mistura de raiva e desejo de ver o que ela ia fazer. Eu tinha que estar ali. Aquele momento era meu, e eu sabia que não tinha mais jeito. Eu ia fazer ela entender que não dava mais pra fugir de mim. Fiquei observando, o tempo parecia passar devagar, até que eu vi ela saindo do prédio. Ela tava m*l, completamente acabada, e eu sabia que as coisas não tinham saído como ela imaginava. Ela tava perdida, e eu estava pronto pra ser o único que poderia ajudar. Quando ela me viu, não deu nem sinal de que ia me cumprimentar. O rosto dela tava fechado, o olhar distante. Eu já sabia o que estava acontecendo, mas tinha que tentar. Não dava pra deixar tudo assim, eu precisava que ela me olhasse, que a gente conversasse. — Giovana — falei, tentando ser suave, tentando encontrar um jeito de puxar assunto. — O que você tá fazendo aqui? — ela diz, me olhando feio. Eu tentei me aproximar e ela diz: — Não se atreva a se aproximar de mim, Hugo. Você não tem direito. — E, sem esperar eu falar, ela virou as costas e começou a andar. Ela nem olhou na minha direção. Aquele silêncio cortante foi o que mais me machucou. Ela passou por mim como se eu fosse um fantasma, como se eu não tivesse nem sido nada pra ela. A mulher que eu sempre quis e que agora me ignorava completamente. Eu fiquei ali, parado, com a boca seca e o orgulho se esfarelando. Não conseguia entender como ela podia me tratar assim, depois de tudo o que fiz por ela. Quis gritar, xingar, mas só consegui ficar ali, assistindo ela ir embora sem nem me dar o prazer de uma palavra. Fiquei falando sozinho, como um i****a, vendo ela desaparecer na esquina. Meu coração apertou. Ela não queria mais nada comigo. Eu tinha que fazer alguma coisa pra ter ela de volta. Continua .....
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