Capítulo 7

868 Words
Kethelyn Aos poucos minhas pálpebras vão ficando menos pesadas e assim lentamente vou abrindo-as, vendo Daniel sentado de frente a mim, olhando-me carinhosamente. Levantei a cabeça num susto, tentando me mexer, falar, porém estava de mãos atadas diante desse... desse... — Kethelyn, Kethelyn. Entoou querendo me acalmar. — Sou eu, seu Daniel. Posicionou o rosto alinhado ao meu. — Pare de tentar gritar e escute-me com atenção. Ouvia a sua doce, apaziguadora voz e comecei a chorar de nervoso. — Não chores. Pegou um lenço, esticou o braço tocando diretamente na minha cabeça, mas o empurrei de raiva. Ele surpreso tentou limpar as minhas lágrimas. Ele era um maníaco? Faria o que comigo agora, me matar? O cérebro fervia diversas possibilidades, ganhando força total dentro da minha mente. — Não consigo entender esse olhar, Kethelyn, no entanto posso perfeitamente compreender a razão que desencadeou esse motivo. Mas deixa eu esclarecer uma questão... Lembra-se do filme? Fitou o meu rosto esperando a minha resposta. Fiz que sim, fazendo-o sorrir. — Lembra o discurso que o Green fez a Elizabeth? — Questionou-me fascinado. — Quando ela ameaçou lavar a louça. Completou Daniel. Essa parte do filme eu não me recordava. Neguei freneticamente usando a cabeça. — Pois bem... ele disse mais ou menos desta forma; "você não vai lavar a louça, não mais, eu que lavarei, a comida eu o farei. De dia vou vesti-la e a noite irei despi-la, não precisará fazer mais nada, porque eu farei." Então, Kethelyn, você... — Apontou um dedo recolhendo a mão que havia enxugado às lágrimas. — Não irá precisar fazer nada, eu serei tudo pra você meu anjo. Sua boca se curvou num sorriso estranho, quase diabólico. Em seguida abriu os braços. — Vai aprender a me amar como eu te amo! — Hum... — Reclamei revirando os olhos. — Não quero que grite ouviu. — Proferiu astutamente pondo as mãos nas suas pernas afastadas. — Nossos destinos foram selados. Nossa atração é fatal, fulminante. Quer negar isso? Somos feitos um para o outro. Eu vou tirar a fita da sua boca e você ficará calada, não porque tenho medo de que vai chamar a vizinhança, pois eu não tenho, estamos no meio do nada. Seu olhar mudou, sentindo... Pena? — Tenho medo que berre até ficar rouca... — Ponderou pensativamente, em seguida disse: — Vou tirar isso, com licença. Daniel o faz de imediato, alisando meus lábios por dó mas logo dou uma bela mordida nele. — Aí! Puxou o dedo resmungando de dor. — Por que fez isso morena? — Por ter me sequestrado, seu maluco! Pronunciei aos berros com ele me fitando chateado. — Não sou maluco, sou um homem capaz de demostrar o amor a mulher que ele ama. Chocada jogo-me mais para frente, tentando em vão alcança-lo. — Isso não é amor seu... seu... — O mirei odiosamente de baixo pra cima. — Psicótico! Lunático! — Kethelyn... — Advertiu ficando nitidamente possesso. — Eu deveria saber. — Falei pra mim mesma virando o rosto. — Como fui tola! — O bastante em NÃO querer trepar, não é mesmo? Pois eu te dei essa opção.— Enunciou através do deboche e sarcasmo. — Touché! — Concordei revoltadissima mirando-o. — Seu maníaco, vai fazer o que comigo agora, trepar a força?! — Nunca. — Elevou-se em confusão, ficando de pé. — Acha que preciso disso? Você se entregou em diversas maneiras possíveis, de livre e espontânea vontade. Fitou-me, suspirando pesadamente. Tenso e esperançoso. — Vai fazê-lo novamente. — Sussurrou bem as palavras. Me subiu um irá das brabas diante da sua confirmação absurda. — Nuncaaaa!!!! Explanei em prantos. — Há formas, jeitos e atitudes que possam te fazer mudar de ideia. E estou disposto a fazer de tudo por nós dois. Abaixou-se tocando nos meus joelhos. Puxei o ar forçadamente, controlando o ódio implantado no meu ser. — Como você se entregou na primeira noite, se entregara muitas e muitas vezes no futuro próximo. Tem a minha palavra de honra moreninha. Ao relatar isso, a minha mente divagou relembrando àquele dia especificamente, constatando algo de errado. Fitei seus olhos verdes expressivos revelando sua estratégia maquiavélica. Definitivamente fui um alvo fácil. — O que você fez? Você... batizou a água. — Constatei o óbvio. — Sim. — Confirmou naturalmente. — O que exatamente usou?! Quis saber, sendo tomada pelo desespero. — Feromônio, deixando você no cio literalmente, mas é lógico que já existia a atração entre nós, eu só queria a nossa primeira noite mais que especial. Desejei que fosse memorável, principalmente pra você. Tentei chutá-lo, sem sucesso, estava p**a da vida. Um odio do caralh.o dos infernos. Daniel ergueu-se devagar, me analisando lentamente, no decorrer desviou o olhar, pensando em algo. — No entanto, me parece que os meus esforços não foram suficiente para te convencer a ficar. Parou procurando as palavras certas, se é que elas existiam numa boca tão falsa. — Eu te amo e você só terás o meu amor. — n**o-me a ir para a cama contigo! Verbalizei às pressas, enojada dele. Daniel fitou-me em pura tristeza, seus olhos transbordaram em lágrimas, permitindo que uma gota caísse, dizendo; — Veremos... Murmurou em profunda tristeza. Continua...
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