Capítulo 3 - Cadú

1011 Words
CADÚ NARRANDO Fala Menor! Aqui é o Carlos Eduardo, vulgo Cadú, beleza? Tenho 27 anos, moro em Capão Redondo e sou o gerente da quebrada. Quem manda nessa parada toda é o Pompeu, meu padrinho. Eu nem sei quem são meus pais, mano, deve ser que nasci de chocadeira. O Pompeu sempre contava que um dia apareci aqui na quebrada, sujo e morrendo de fome e ele me cuidou. Segundo os meus padrinhos eu cheguei sujo, fedido e morrendo de fome. Não lembro de nada mais acho que eu era moleque de rua, minha madrinha nunca pode ter filhos, Então ela me deu todo amor E cuidou de mim junto com o meu padrinho. Minha madrinha me deixava chamar ela de mãe, até pedia. Já o Pompeu nunca me deixou chamar ele de pai, só de padrinho. E sempre deixou bem claro que ele não é o meu pai. Geral também contou essa parada na boca miúda, ninguém nunca veio atrás e eu fui ficando, e do capão eu não saiu mais. Nem füdendo, só para o céu ou para o inferno. Aí Quem decide é o todo poderoso, para onde ele vai me mandar. Sou moreno, 1,92 de altura, tatuado e uso barba. Curto treinar, fazer exercício, por isso sou forte. Já fui chamado de nëgão. O Pompeu me criou dentro do comando, seguindo as regras à risca e ele me transformou nesse cara que sou, tipo, o d***o em pessoa. O Tufão, irmão do Pompeu, é o sub aqui na quebrada. A gente não se dá muito bem, saca? Eu sei que ele é meio vacilão, tô só esperando o momento certo pra dar um fim nele. P Quem vive nesse corre não pode sair falando tudo por aí, parceiro. Se não vira X9 e X9 acaba na vala, virando piada, sacou? Mesmo se tiver prova, tem que esperar a hora certa de agir, manja? Vai na manha, sempre ligado no movimento. Cresci no corre. Se me perguntarem quando entrei nessa, nem vou saber responder. Faz mó tempão. Nem aguentava segurar um füzil, ia de tracante mesmo. Nem lembro qual foi minha primeira missão, era moleque e sempre fui de boa. Já passei por cada uma, mano, mas não me dei nem me rendi. Já fui parar em cana, já fui parar no hospital, e todas as vezes o Pompeu me tirou de lá. Sou o braço direito do chefe, tenho passe livre com o comando, e também com os ricaços que a gente protege. Nunca corri atrás da família, nem sei se meu nome é mesmo Carlos Eduardo. Quem botou esse nome e falsificou os documentos foi meu padrinho. Esse é o sobrenome da minha madrinha, mas tanto pai quanto mãe no meu RG são desconhecidos. Eu levo minha vida desse jeito, tenho meu barraco e umas püta aí pra sentar, mas de todas uma se destaca a Estefane, Essa é a dona do melhor boqüete, tá sempre à disposição, o que me deixa bolado nela é a mania de ficar arrumando briga como se fosse minha fiel. Sendo que eu já dei o papo reto pra ela parar com essas fita, já dei madeirada nela, já raspei o cabelo. Mas a mina não aprende. Meu padrinho disse que é doença, o que ela sente por mim ou é loucura, Na minha opinião é safädeza mesmo, gosta de ser esculachada. Já tem uma que é a dona da bücetinha mais gostosa, a Jorrayne, geral chama de Jô, porr@ investi pesado nessa Garota. Tirei o cabacinho dela, e fiz minha só minha. Ninguém toca naquela safadä, foi a única que eu tive coragem de tirar a virgïndade, Ódio dessas cocota que vem oferecendo a Büceta pra gente, depois que leva madeira que cobrar , papo reto, por mim füzilava essas porr@. Estou a um ano tentando uma parada pra Jorrayne sair na escola do coração dela, a mina tem samba no pé e rebola como ninguém, eu não queria exibir ela assim. Mas é o sonho dela, não custa realizar, soltei um malote, já acertei tudo e ela vai sair como passista na gaviões da Fiel. Eu tava resolvendo uns bagulhø durante o dia não tive tempo de mandar mensagem para ela, então pedi para o alemão reservar uma pulseira VIP e passar pra ela. Quando cheguei no baile, caralhø, já vi a Jorrayne no camarote dançando e bebendo, fui fazendo toque com quem tava na minha frente. Subi no camarote e fui direitinho sarrar na minha Loira. Botar ela pra sarrar na minha Glock. Arrastei a gostosa pro escritório, depois a gente curtiu o baile naquele pique, alemão me chamou no cantinho e me deu o papo que a Estefane estava querendo subir no camarote para brigar com a Jorrayne. Mandei levar ela para salinha das cinco madeirada e passar a zero, não quero essas baïxaria, o clima tá para festa, não para treta e a püta não entende. Depois do baile arrastei ela para o meu barraco só naquele trato. De manhã batia a real, e ela já vai começar a ensaiar. Fui chamado no QG às pressa, a gente tá sofrendo ameaça do comando rival, tá tenso pra caralhø. Ninguém tem paz nessa porr@. E o meu padrinho só confia em mim para comandar qualquer missão, ele tá passando aí por uma fase, tombando na Saúde. E não confia no irmão dele, eu que tenho que segurar o tranco e tocar o barco, tá ligado? Tive uma missão fora da quebrada, e caí numa emboscada maluco. Minha sorte foi o meu mano LP. Ele e a galera dele, chegou junto e deu aquele salve, os cara que me cercaram e estavam tentando me acertar tinha o símbolo do Cdl. Devo minha vida ao LP. Quando voltei pra minha quebrada, já fui atrás da loira vou levar ela na sede da escola, já dei a letra. Sou cristalino igual água, vai lá para sambar e ponto. Não quero ela de papo com ninguém, principalmente com machø, a gente não tem nada sério mas a Jorrayne é minha.
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