Levei as duas mãos a boca assustada. Alguém havia morrido no meu apartamento.
-Seja quem for não queria ser preso. James está com a polícia investigando mais. Seria melhor se você ficasse comigo por uns dias.
-Meu Deus. -eu estava horrorizada. Já passei por algumas situações desagradáveis por ser repórter investigativa, mas nunca haviam invadido meu apartamento e muito menos se suicidado nele.
Chegamos ao hotel que Levi estava hospedado e somente ai puder dar uma olhada nele. Plaza Luxury Hotel, de frente ao lago Sr. Clair. Antes de descermos no estacionamento, Levi me cobriu com um sobretudo preto. Eu havia me esquecido completamente que estava usando apenas um robe de seda. Subimos no elevador vip direto para a suíte da qual eu havia fugido mais cedo.
-Tome um banho, vou pedir que tragam umas roupas para você.
Fiz que sim e entrei no banheiro, mesmo já tendo tomado banho naquela manhã. Deixei a agua levar embora toda a tensão e o medo. Agora que estava longe do meu apartamento podia pensar com mais clareza. Alguém havia invadido meu apartamento e pego uma foto especifica. Isso não era coincidência. A porta do banheiro se abriu e Levi surgiu completamente nu ali. Levei um susto enorme e por impulso me cobri.
-Oque está fazendo? -questionei com vergonha.
-Pensei em trazer umas coisas pra você. -ele trazia consigo shampoo feminino caro e alguns outros artigos de higiene feminina. -Porque não usa a banheira? -ele questionou e logo começou a enchê-la. Pouco depois me guiou para um banho de hidromassagem, entrando comigo logo em seguida. Eu estava envergonhada demais, mas com t***o demais para negar.
-Eu não queria incomodar, então usei o chuveiro mesmo.
-Não seja boba. -Levi se ajeitou nas minhas costas, com cuidado e carinho começou a lavar meu cabelo massageando-os com cuidado. -Você jamais me incomodaria.
-Porque está fazendo isso?
-Porque você está tensa e passou por um susto muito grande. -ele rebateu.
Quando acabou meu cabelo começou a passar a esponja por todo o meu corpo, fechei os olhos porque a sensação das mãos dele passeando por meu corpo e o pênis dele roçando minhas costas era muito boa. Suas mãos eram muito habilidosas, tocou meus s***s e os massageou fazendo-me soltar um gemido. Seus lábios desceram uma trilha de beijos pela minha nuca e pescoço parando no ombro onde ele mordeu suavemente.
Eu estava adorando aquilo.
-Caso você não queria… -ele sussurrou esfregando meu clítoris com movimentos circulares lentos e suaves. -Eu paro.
“Por Deus!” -pensei “Se ele parar agora sinto que vou derreter” -pensei sentindo um formigamento gostoso na v****a.
-Não pare… -pedi entre gemidos fechando os olhos. Levi obedeceu e continuou com os movimentos, acelerando-os um pouco mais até que fechei as pernas com força. -Levi, eu vou… -não terminei a frase. Atingi um orgasmo prazeroso com o toque da mão dele. Levi tirou a mão do meu seio e levou ate meu queixo virando meu rosto para ele onde me beijou com intensidade ainda massageando minha v****a. Eu tremia e queria mais. Aos poucos virei-me para ele encaixando-me em seu colo.
Seu pênis estava totalmente ereto, pronto para mim. Embora a primeira vez que tivéssemos transado eu tenha sentido um certo receio, naquele momento eu o queria muito. Levi segurou minha b***a com uma mão enquanto a outra estava em minha nuca puxando-me para um beijo urgente. Ajeitei-me sobre seu pênis e sentei lentamente para acomodá-lo dentro de mim. Com um gemido comecei a me mover para cima e para baixo. Cada deslizada era uma sensação de prazer diferente. Levi agarrou meu quadril com ambas as mãos e começou a comandar o ritmo no qual eu me movia, a sensação ficou ainda melhor. Apoiei as mãos em seus ombros largos e o olhei nos olhos. Ele não desviava o olhar de mim nem por um segundo e sua expressão de prazer fazia com que meu orgasmo se aproximasse ainda mais.
Fazê-lo ter prazer, me dava mais prazer e pelo olhar de Levi o sentimento era mutuo.
-Mais forte. -pedi sentindo o ápice se aproximar. Sabia que ele estava pronto também quando senti seu pênis pulsar dentro de mim. Levi obedeceu e começou a me mover para cima e para baixo com mais força e pressa. Queríamos aquilo novamente, a sensação de chegar ao orgasmo juntos era maravilhosa.
Retirei minha mão do ombro de Levi pronta para estimular meu clítoris, mas Levi foi mais rápido e com a mão direita começou a massageá-lo. Gritei com o orgasmo intenso que me atingiu, parei de me mover, desabando sobre ele, mas ele não. Apoiou-se na beirada da hidromassagem e começou a estocar-me com força até que ouvi um gemido alto e rouco saindo dos lábios dele.
-c*****o… -sussurrou e preencheu-me novamente. Forçando minha cintura para baixo com força.
Ficamos uns minutos nessa posição sentindo a água quente, até que o olhei e o beijei novamente. Dessa vez nosso beijo não era de desejo e t***o, mas um beijo lento e calmo. Como se estivéssemos apaixonados.
Depois do banho vesti uma camisa de Levi e deitei na cama esperando o nosso almoço. Após o momento íntimo voltei a realidade e me recordei que algumas horas atrás estava em meu apartamento com um maluco qualquer.
-Você está bem? -Levi perguntou trazendo uma taça de suco. Vestia apenas o roupão do hotel.
-Sim… Estava pensando no invasor.
-Não se preocupe, vamos descobrir quem estava tentando te machucar.
-Como sabe que queriam me machucar? Poderia ser apenas um ladrão.
-Se fosse um roubo você teria notado logo de cara que tinham invadido, mas você estava lá por no mínimo uma hora. O cara não anunciou um assalto e nem bagunçou sua casa procurando objetos de valor. James me disse que estava tudo em ordem. Ou seja… Quem quer que fosse procurava algo específico.
-Você é detetive ou algo assim?
-Não… -Levi sorriu divertido. -Mas sei diferenciar um roubo qualquer de uma ação planejada.
-Oque será que procuraram no meu apartamento? -questionei pensativa.
-Bom, você é repórter investigativa… Pode ter alguma prova de algum caso.
-Ah não… Eu não guardo essas coisas em casa e nem no escritório da emissora.
-Está investigando um caso sério? Um serial Killer ou algo assim?
-Não… -dei risada. -Já investiguei serial killers e tive pesadelos por meses. Estou investigando uma rede de tráfico humano.
-Sério? Isso existe mesmo?
-Sim, não é algo muito comum de existir, mas ocorre bastante.
-E como está indo?
Pensei por alguns segundos se deveria contar a Levi no que eu estava trabalhando, e percebi que já havíamos transado duas vezes. Se eu não confiasse no homem com quem estou dormindo, não havia ninguém que eu poderia confiar. Por fim conte-lhe.
-Tenho alguns suspeitos, mas nenhuma prova e poucas conexões de um desaparecimento para outro. Seja quem for, é muito esperto e discreto. Acredito que seja alguém com muito poder e influência para ocultar tão bem os rastros.
-E realmente não roubaram nada seu? Aparelhos eletrônicos, documentos?
-Por incrível que pareça… Roubaram apenas a foto de uma das vítimas mais recentes. Uma criança brasileira.
Levi ficou em silêncio alguns minutos, eu não sabia bem o porquê. Mas parecia que o fato de uma criança brasileira ser sequestrada o afetava bastante.
-Oque foi? -perguntei quando o vi pensativo. Ele respirou fundo.
-Eu nasci no Brasil, mas fui adotado por uma famillia americana, mas como possuo uma refinaria de açúcar no Brasil, costumo ir muito lá. Então de certa forma me sinto incomodado em saber que uma rede de crimes assim chegou até lá.
-Como é o Brasil? -perguntei curiosa, querendo desviar o assunto.
-Ah é um país lindo. A cidade que eu nasci é conhecida como Cidade Maravilhosa. Tem praias incríveis e vários pontos turísticos.
-Sério? Um dia posso ir lá te visitar. -comentei brincando.
-Ou eu posso levar você.
-Nem passaporte eu tenho.
-Talvez nem precise. -ele brincou.
Meu celular tocou pouco depois que terminamos o café da manhã, era um policial da delegacia de Detroit. Queria me fazer algumas perguntas sobre o ocorrido em meu apartamento. Então, no meio da tarde vesti um conjunto de jeans e camiseta que Levi comprou pra mim.
Mesmo sendo roupas consideradas simples e do dia a dia, eu sabia que eram de marcas caríssimas. Levi tinha uma inclinação a gastar dinheiro com roupas que eu não nunca imaginei que usaria.
-Está nervosa?
-Na verdade só um pouco assustada que o cara pulou.
Sentamos com o delegado e ele nos passou informações básicas, até que uma figura bem conhecida por mim chegou. Era alto e magro, com cabelos cuidadosamente penteados para trás.
-Boa tarde! Sou o Detetive Steve Ross, muito prazer. -ele apertou a mão de Levi. -Bom te ver novamente, Senhorita Hardly.
Ross se sentou e logo começou com um interrogatório. Quando terminei de falar, ele passou algumas informações de sua investigação. O suicida/invasor se tratava de um viciado que morava no Broklyn. Nem mesmo o detetive tinha uma teoria de como um cara viajaria dez horas de carro somente para invadir meu apartamento.
-Estamos tentando contato com a família dele para reconhecimento do corpo, mas ele tinha digitais raspadas, então a identificação será feita através do DNA. Pode demorar alguns dias. Por enquanto o ideal é que a senhorita pegue o necessário em seu apartamento e fique com uma amiga por uns dias. -o detetive sugeriu e olhou para Levi. -Há a possibilidade dele fazer parte de algum grupo ou gangue. A senhorita tem alguma sugestão de alguém que queria machucá-la ou algo que poderiam querer no apartamento?
-Há muitas pessoas que querem minha cabeça, Detetive Ross. -comentei suspirando. Isso porque o detetive já me conhecia. Afinal de contas eu me meti em muitos casos no qual ele estava trabalhando.
-Eu entendo. -ele fechou o caderninho que trazia consigo. Por hoje é só, peço que vá para casa e descanse. Entraremos em contato se precisarmos de algo mais.
-Você encontrou? -perguntei quando o detetive estava saindo.
-Oque?
-A foto que mencionei. -o relembrei. -Da garotinha que desapareceu recentemente no Brasil.
-Não. -Ross respondeu e desviou o olhar. -Não encontramos nada com o suspeito. -Seus olhos se encontraram rapidamente com os de Levi, mas ambos desviaram com a mesma velocidade na qual se encontraram.
-Entendo.
Deixei Ross ir pensando se aquela troca de olhares tinha sido impressão minha. Se não tivesse, um dos dois ou ambos estavam me escondendo alguma coisa…
E eu descobriria o que era.