O invasor

1016 Words
Acordei em um quarto luxuoso de hotel sem acreditar que tinha dormido tanto. Eu sabia que estava exausta por tantas noites em claro, mas era ridículo que uma relação s****l só tivesse me derrubado. Olhei para o relógio na cabeceira que indicava ser perto das 5hrs da manhã. Levi dormia profundamente ao meu lado com uma expressão muito bonita. Virei-me para vê-lo melhor e notei que estava completamente nua, assim como ele. Senti um pouco de vergonha e levantei lentamente. Não acreditei que havíamos transado na primeira vez que nos vimos. Eu não era assim, e por mais lindo e sedutor que ele fosse eu não deveria ter baicado tanto a guarda. Coloquei meu vestido e sai com os sapatos nas mãos; no corredor do hotel haviam diversos seguranças que me encararam intensamente. -Srta? -um deles que parecia o chefe me parou. -O Sr. Armstrong me instruiu a não deixá-la ir sem avisá-lo antes. -Ah é? -Arqueei a sobrancelha. -Qual o seu nome? -James. -James, quantas mulheres seu chefe mandou não deixar ir sem avisá-lo? -A senhorita é a primeira. -Hm… E quantas já saíram do quarto dele assim? -A senhorita é a primeira. -ele respondeu novamente, parecendo confuso. -Pois é… Dei as costas e sai andando. James deve ter entendido o que eu quis dizer… Seria muita ingenuidade da minha parte acreditar que Levi não dormia com muitas mulheres, mas eu seria a única que ele não encontraria colada em seu peito quando acordasse. Cheguei em casa pelas 6:30Hrs. Tomei um banho demorado e um café da manhã enquanto via as notícias. Aparentemente Caleb Gordon inauguraria uma nova franquia de companhias aéreas e eu sabia o porque ele fazia isso. Caleb foi um empresário envolvido com um esquema enorme de tráfico humano, mas meu pai nunca conseguiu provar. Ter empresas que controlam os ares o ajudaria a transportas as pessoas onde quer que fosse sem levantar suspeitas e isso era o que eu queria provar. Levantei da cozinha do apartamento e andei em direção ao meu escritório. Na parede havia diversos rostos pendurados e uma linha vermelha, interligando-os e conectando-os com os respectivos lugares de seu desaparecimento. O meu próprio quadro de investigação com datas e nomes de possíveis suspeitos. Encarei cada rosto ali com atenção até que notei que faltava um. Uma garotinha desaparecida no Brasil que foi vista em um navio de cruzeiro de Caleb. -Mas… Oque… -mordi o lábio apreensiva percebendo que alguém havia entrado no meu apartamento. Respirei fundo e calmamente sai do cômodo sentindo um medo terrível, como se estivesse sendo observada. Meu prédio tinha uma segurança rígida e caso alguém tenha realmente entrado ali as câmeras o teriam pego. Peguei meu celular e já estava me preparando para chamar a polícia quando vi um vulto com o canto do olho. Foi apenas um segundo, mas eu sabia que alguém passou do meu quarto para o closet. O panico tomou conta de mim, com as mãos tremendo guardei o celular no bolso do meu robe e andei em direção a porta do apartamento, consegui segurá-la e abrir, segundos depois estava encarando Levi que sorria abertamente. -Como sabia que eu não tive coragem de bater? -ele perguntou sorrindo, mas ao notar minha expressão, o sorriso desapareceu no mesmo instante. -Catarine? Oque houve? -Tem alguém… -sussurrei baixinho. -Aqui dentro… Levi pareceu não entender de primeira, mas quando compreendeu me puxou para si e fechou a porta. Sacou o celular e discou para alguém. Eu tremia tanto que não pude entender direito oque ele dizia, até notar que se tratava de Português. -Fique calma. Três seguranças apareceram através do elevador, armados e prontos para invadir meu apartamento. Levi tirou-me dali e descemos com pressa em direção ao estacionamento. -Como você… Entrou no meu prédio? -questionei enquanto corríamos. -Subornei o porteiro. -respondeu simples. -A segurança desse prédio é muito ruim -E como sabia onde eu morava? -Erikson me contou quando liguei para ele hoje cedo. -Chegamos ao carro de Levi. Eu não entendia muito de carros, mas aquele eu sabia muito bem qual era. Audi Rs6 totalmente preto. Ele abriu a porta para mim e mais que depressa eu entrei. -Fiquei muito surpreso quando acordei no hotel hoje e não a vi. -Ah. -lembrei que estava totalmente nua quando acordei e que provavelmente Levi quem tirou minhas roupas. -Eu precisava resolver algumas coisas. -E não poderia ao menos tomar café da manhã comigo? -Levi questionou enquanto ligava o carro. -Na verdade, eu não sei o que aconteceu entre nós ontem e… -Nós transamos… E foi muito gostoso, se me permite dizer. -Eu sei o que aconteceu! -falei rapidamente. -Olha, você está acostumado com esse tipo de coisa, eu não estou. Como provavelmente foi algo casual pra você, te poupei da parte constrangedora onde teria que me dizer para chamar um táxi e sai. -Porque acha que eu faria isso? -Porque você não faria? -questionei encarando-o. -Duvido que tenha se apaixonado a primeira vista por mim. -Bem… Não. -ele foi sincero e isso magoou um pouquinho. -No entanto eu não ia te dispensar como se você não fosse nada. -Você não dispensa as mulheres com quem dorme? -Sim, eu dispenso, mas você é diferente. -Sério? -o encarei totalmente descrente. Já ouvi aquele papinho antes. -Sim, sério. -quando paramos no sinal ele me encarou. -Não é porque não me apaixonei por você a primeira vista que não significa que eu não queira me apaixonar. Fiquei em silêncio completo. Ali estava Levi, um homem milionário que eu conheci há menos de 24hrs dizendo que queria se apaixonar por mim. -Essa é a maior maluquice que eu já ouvi. -falei rindo de nervoso. -Porque diz isso? -Porque a gente m*l se conhece. Antes da nossa conversa continuar, o celular dele tocou. Levi atendeu através do botão do carro e um de seus guardas pessoais começou a falar com ele, como estava em português não entendi nada, então decidi cutucar Levi. -Oque foi? Descobriu quem estava dentro do meu apartamento? -Não descobrimos quem foi. -Levi me olhou de canto de olho. -James disse que ele pulou da sua varanda.
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