Esmeralda, a Luna humana

Adoro bebês

Gente, vcs não acreditariam!

Fui dormir quase duas horas da manhã escrevendo um capítulo, publiquei na Lera e tinha certeza que tinha publicado aqui. Hoje passei o dia sentindo falta dos comentário e pensei que vcs tinham odiado o que escrevi.

Cheguei em casa agora para escrever, e levei um susto ao notar que não publiquei ele!

OK... Antes tarde do que nunca!

Ah, e quem ainda não segue, dá essa forcinha, segue as minhas histórias, por favorzinho!

BJKS

*****

- Luna, você precisa se alimentar...

- Gama Antero, eu já disse que não estou com fome!

O Alfa foi embora há dias, logo após a gente t*****r, não disse nada e não voltou mais. Na primeira noite, a angústia era até mesmo física, eu chorei inteira sem saber se queria abraçar ou matar ele. No dia seguinte veio a melancolia, eu m*l saí da cama, a ausência dele causando um rombo na minha sanidade mental. Ontem consegui levantar, tomei vários banhos, meu desejo era tirar todo o cheiro desse filho da mãe de mim e nunca mais falar com ele.

Hoje veio a apatia.

Eu só não me importo mais, que se dane onde ele está, com quem está. Tomei um bonho quente, vesti a roupa mais bonita que encontrei, maquiei o meu rosto no estilo em voga na minha terra, salientando os olhos, vesti o meu Hijab, fiz a minha oração, que inclusive tive que escolher o lado aleatoriamente, pois não sei em qual direção fica Meca.

Creio que Allah, o Misericordioso, prefira que eu ore com a coração, ainda que não sabia onde estou. Melhor do que não realizar oração alguma.

Como de costume, o Gama estava na sala me aguardando com o seu sorriso jovial que estava me irritando profundamente naquela manhã. Ele insistia que eu comece um dos pratos que, supostamente, o Alfa, também supostamente, minha alma gêmea, mandou trazer para mim.

Eu não aguento mais comer tanta carne vermelha!

Como eu adoraria uma pizza de quatro queijos, ou de camarão, ovos e requeijão.

- Estou ficando preocupado, Luna. Eu entendo que a ausência do Alfa esteja mexendo com os seus hormônios, mas precisa pensar que há uma grande chance de estar produzindo um filhote e-

- Eu não estou grávida!

- Mas e se tiver?

- Não estou, meu ciclo é muito certinho e as clicas já começaram e logo minha menstruação vai chegar.

- Isso é uma pena, se menstruar é sinal que não tem nenhum herdeiro...

- Por que diabos estamos discutindo a minha i********e, Gama?

- É natural, ué. As fêmeas lobas também sangram, só que não é sempre como as humanas, só quando não emprenham após o cio ovular.

Ficamos em silêncio, eu não estava com vontade de falar mais nada, meu humor estava péssimo e estava decidida a ignorar existência do Alfa com a mesma dedicação que ele estava ignorando a minha.

- Luna... é, eu escolhi alguns dos rapazes para a sua cerimônia de ascensão.

- Do que está falando?

- A senhora é a Luna do clã, e quando tomar posse do seu trono, a grande Deusa escolherá os membros da sua guarda.

- Minha aguarda? - Perguntei intrigada.

- Sim, são lobos que obedecerão somente à senhora e dedicarão a vida para protegê-la. Como seu general Gama, eu escolho os lobos do exército do Alfa que minha intuição indica, mas somente a grande Deusa confirmará os escolhidos.

- Obedecerão a mim? E o Alfa?

- O exército Lunar é independente do Alfa, eu mesmo não estou sob o comando dele, desde que te conheci. É meio libertador, para ser sincero. Alfa Ares tem uma aura muito intensa e opressora, a sua é mais suave.

- Eu tenho uma aura?

- Sim, eu posso senti-la, é bem poderosa, visto que é uma Luna de nascença, mesmo sendo humana, a sua essência é de Luna.

- Interessante... Significa que se eu te ordenar algo, vai ter que cumprir?

- Eh.... - Ele me fitou, hesitante. - Teoricamente, sim, mas nada que possa te colocar em risco ou desobedecer aos desígnios da grande Deusa.

- OK.... Beleza, tive uma ideia! - Levantei sorridente e empolgada.

- Hum... Luna, não me coloque em dilemas...

- Não seja tão apreensivo, Gama, eu só quero que me leve para dar uma volta! Preciso conhecer o clã, ver gente, sentir o sol na minha cara!

- O Alfa talvez não goste disso...

- E quem liga para o que o Alfa gosta ou não? Somos adultos, mente e corpo sãos, não há m*l algum em dar um passeio. - Vamos, Gama, hora de me apresentar a esse clã que dizem ser meu para cuidar!

- Tá bom, mas prometa que não vai sair de perto de mim e vai dar ouvidos ao que eu disser!

O jovem e belo Lobinho em encarou com a expressão solene.

Tadinho... Tão inocente...

- Eu prometo! - Respondi com os dedos cruzados nas costas.

- Ótimo! Vamos dar uma volta na praça dos filhotes, tem um jardim bem cuidado e Lunas gostam de filhotes, não é?

Mais ou menos... Talvez as lobas, sim, mas eu não sou muito chegada não. Nariz ranhento, choro, fralda cagada, gritaria, choro, barulho, manha, choro, doenças infantis...

Eu já falei choro?

- Claro! Adoro bebês! - Disse já imaginando como o convenceria a mudar a rota no meio do caminho.

*******

Seguimos o mesmo caminho pelo que viemos, e quando chegamos no lugar onde tinha o mastro de metal com as correntes, não havia nenhum sinal de Amir.

- Ei, Gama, onde diabos foi Amir?

- O Macho humano?

- Ele mesmo. Da última vez que passamos aqui ele estava acorrentado e todo mastigado.

- É verdade! Acho que General Igor foi muito rígido, não havia necessidade para aquela punição, mas folgo em saber que fizeram as pazes e o Humano voltou para o covil do general.

Conversávamos enquanto passeávamos pelo território. Vez por outra, ele se interrompia para mostrar algum lugar que marcou sua infância ou que considerava interessante.

- Sério - Perguntei mais pela surpresa que senti. - Então, quer dizer que Amir aceitou o lobão?

O Gama riu das minhas palavras e confirmou com um aceno de cabeça.

- Felizmente sim. É muito difícil resistir a conexão depois da marca, pelo menso é o que eu ouço dos mais velhos, ainda não encontrei a minha outra metade.

- Não deve ser tão difícil, o sue Alfa está se saindo muito bem mantendo a distância de mim.

- Eh... - Ele coçou a nuca e fez uma careta, sem graça. - Alfa Ares é um caso a parte, ele é complicado. Não me leve, Luna, ele é um bom Alfa, mas... Coisas aconteceram....

- Vai ficar de conversinha ou vai contar logo o que são tais coisas? Odeio quem começa a fazer uma fofoca e corta no meio do caminho. Se é para pecar com "namima", faça direito!

- Eu não sei muito bem, Luna, há muito boato e falatório, mas quando as coisas aconteceram, ou eu não tinha nascido, ou não estava maduro para dar importância.

- Qual a sua idade, Antero?

- Eu completei vinte e um ciclos lunares na última lua nova, Luna.

- Que legal, achei que fosse mais velho. Mas não desviemos do assunto, conte-me o que sabe!

- Tá bom, mas não diga ao Alfa que eu que contei. O Clã foi atacado na mesma noite em que o Alfa Ares nasceu, sua mãe morreu durante o parto, e o Alfa anterior, pai de Ares, acreditava que o filhote era amaldiçoado e o rejeitou alegando que ele tinha assassinado a Luna ao nascer.

Uma história triste, verdade, mas não justifica a maneira em que me descartou como se eu fosse um pedaço de bosta. Se não queria mais ficar comigo, bastava terminar direitinho, para que esse gelo todo?

Enfim... homens...

Humanos ou lobisomens, não valem uma pelota!