Quem ainda não me segue, nem aos meus livros, peço que sigam, por gentileza. Vcs lerão o livro inteiro gratuitamente, mas eu gostaria de ser monetizada no futuro e preciso do apoio de vocês!
Espero que gostem, sempre bom ter personagens para odiar...kkkkkkkkkkk
BJKS
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Esse gama é um belo de um safado! Eu achei que poderia dar uma volta nele, mas foi ele quem deu uma volta em mim. Quando tentei convencê-lo a desviar o caminho, era tarde demais, pois, de acordo com ele, crianças-lobos sentem a energia de uma Luna de nascença e elas de fato correram na minha direção como um bando de trombadinhas descontrolados. Elas riam, felizes em ver uma completa estranha, e algumas, menores, abraçaram as minhas pernas antes que eu pudesse correr para as colinas.
E o gama?
Rindo a minha custa, a seguros metros de distância da horda de Visigodos.
Elas pulavam, batiam palmas, falavam ao mesmo tempo, gritaria, e choro…
“ Você é mesmo a nossa Luna?”
“ Luna, Luna, olha a minha bola!”
“Luna, você é muito bonita!”
OK, dessa aqui eu gostei.
“ Luna, ele me bateu!”
— Não bate na sua irmã, Svir! — Disse o Gama em reprimenda a uma das crianças.
Não conseguia sair do lugar com várias delas agarradas em mim e todas a minha volta.
— Onde estão os pais dessas coisinhas? — Forcei um sorriso tão falso que as minhas bochechas doeram.
— Estão ali, só observando a nossa futura Luna lidando com os filhotes do clã. — O Gama Ergueu as sobrancelhas, me alertando para não fazer bobagem.
Ah, então ele sabia que eu estava desconfortável, esse sem-vergonha!
Odeio ele!
— Luna, você sabe fazer isso, ó? — Uma das crianças deu uma cambalhota para trás, parecendo um atleta olímpico.
— Não, querido, não sei…
— A minha mãe falou que a Luna é humana, ela não sabe fazer nada!
— Oh, que bonitinha, tão educadinha, mostra-me quem é a sua mãe. — Ela apontou para um banco onde três mulheres estavam sentadas de frente para nós.
— Aquela ali, ó, com o barrigão. — Hum… já está na minha lista de jararacas! — Eu vou ganhar uma irmãzinha, sabia?
— Não sabia não, amorzinho…
Ainda procria mais, a vaca!
— Luna, o que é ser uma humana?
— Nada de mais, sou igual a você, mas não me transformo em lobo.
— E isso dói? — Perguntou, mas não esperou pela resposta, continuou a tagarelar. — Quando eu crescer, vou me transformar em lobo e morder todo mundo!
— Qual o seu nome?
— Esmeralda, e o seu?
— Eu sou Ravena, e esse é o meu irmão, ele bem faz xixi na cama!
— Faço nada!
— Faz sim!
— Faço não!
— Solta o cabelo da sua irmã, Xavier!
— Ela que começou!
— Gama Antero? — Perguntei com o meu sorriso congelado no rosto.
— Sim, Luna?
— Eu odeio você!
— Odeia nada! — Ele riu
— Mamãe falou que é feio odiar as pessoas. — Disse a filha da jararaca.
Eu também odeio a sua mãe, mas não estou falando alto, porque, é haram.
— Luna, aproveita a oportunidade e controle a matilha. está na sua natureza, todas as Lunas de nascença tem um dom com os filhotes
Um dom? Que dom? Eu precisaria ser ninja para escapar deles!
— Luna Esmeralda, eu bem aprendi a cantar uma música na escola, quer ouvir? — Sem esperar a minha resposta, ela se pôs a cantarolar uma cantiga infantil.
Eu não conhecia a letra, mas a melodia era simples e doce, e ela tinha uma boa voz.
Bem que gostei dessa menina!
Segurei a sua mão e comecei a cantar com ela, os versos alegres contagiaram a gangue de lobinhos e logo todos estavam cantando juntos, num coro bem afinado, para a surpresa de todos os presentes.
O meu desconforto me deixou, e entoei outra canção infantil, mas elas eram espertas e logo aprenderam e cantaram comigo. Algumas sentaram na grama e batiam palmas no ritmo da canção, enquanto permaneci de pé com a gorduchinha mais fofa que me elogiou.
Os pelos da minha nuca arrepiaram-se e eu sabia, não sei como, que o Alfa estava por perto. Virei instintivamente para a direção de onde ele vinha, saído de uma charmosa cabana de madeira com flores na varanda.
Os nossos olhos encontraram-se e ele tinha o mesmo rosto frio e inacessível de quando me deixou. O meu coração doeu, mas continuei a sorrir e cantar com os pirralhos.
Nunca daria a ele o gostinho de fazer-me triste!
Pelo menos, foi o que pensei, até ver uma jovem mulher sair da cabana atrás dele, sorrindo como uma capivara maquiada. Ela segurou o braço dele e tocou o seu peito com a outra mão.
Que tanto ela estava sorrindo?
Bem… ele deve ter feito com ela o que fez comigo nas últimas noites, compreensível o sorriso i****a.
O sorriso se desfez quando ela se deu conta de que ele estava olhando para alguém e não lhe dava atenção. Foi quando ela se virou para mim e o seu sorriso ficou maior ainda.
Ela está achando que eu sou dentista, ou o quê?
Respirei fundo e parei de olhar para eles. Controle-se Esmeralda, você é melhor do que isso! Nada de ter ciúmes de um homem que te tratou como papel higiênico.
Não somos namorados, nem casados, ele não é nada meu, não estou nem aí para o que ele faz ou com quem ele faz. Ainda planejo fugir desse local na primeira oportunidade, ele não é nada, nem ninguém, e se quer ficar com ela, eu não ligo!
Paramos de cantar e as crianças votaram a tagarelar e m*l conseguia acompanhar tantas tagarelas.
De repente, elas se entreolharam e correram de volta para os pais, me abandonando.
— Olá, você deve ser Esmeralda, a humana, né?
Não, ela não fez isso! Ela não veio falar comigo, eu devo estar ouvindo coisas!
— Humanos tem a audição tão r**m assim, Ares?
Sim, ela veio e está falando de mim literalmente pelas minhas costas!
— Fêmea! — Ele resolveu parar na minha frente, me forçando a dar atenção ao casalzinho malcheiroso.
Tomara que peguem pulgas um do outro!
— O quê? — Respondi revirando os olhos.
— Deixa que eu mesmo me apresento, Ares! Esmeralda, eu sou Estela, irmã do Beta do clã. — Ela estendeu a mão para eu apertar.— Sou a Beta fêmea até o meu irmão encontrar a companheira dele. Ouvi falar muito de você!
— Ah, é mesmo? Eu nunca ouvi falar de você, mas eu não sou daqui, então, não conheço ninguém.
Não mesmo. A começar pelo canalha do Alfa sonso, fingido, cretino, mentiroso, filho da mãe, babaca, ordirário-
— Ai, Ares, eu disse que não queria que você fizesse sacrifício algum por mim! — Ela disse alegremente e deu um tapinha de leve no peito dele com a mão, que fingi não ver. — Oh, querida, confesso que a culpa é minha! Voltei mais cedo de uma missão, há três dias e precisei entregar o relatório para ele. Você entende, não é?
O jeito que ela falava com tanta i********e, sua mão no peito dele e ele não a impediu de tocá-lo, nem se incomodou com a mão dela.
Ela era bonita, alta, forte, musculosa até. Olhos pequenos cor de mel, cabelos presos num r**o de cavalo.
— Tive uma ideia! — Ela saltitou e disse em voz alta, me fazendo levar a mão ao peito com o susto. — Ares, já que vamos cear juntos, por que não trazemos a Esmeralda conosco? Vai gostar do lugar, Ares sempre me leva lá!
— Não é apropriado levar humanos, Estela. — Ele disse sem tirar os olhos de mim.
Eu sorri, como se tivesse acabado de ganhar na loteria. Suspirei, para que a minha encenação fosse suficientemente convincente e me virei para o gama, que assistia à cena com o cenho franzido.
— Que Pena, Estela, mas eu já tenho compromisso. Combinei com o Gama Antero de jantar na casa dele, ele me disse que aprendeu a fazer alguns pratos do meu mundo com a saudosa avozinha dele.
Eu estava a contar meia verdade, O Gama tinha-me dito essas coisas, mas em momento algum convidou-me para jantar.
— Você deveria ir para casa, Luna, eu voltarei mais tarde para conversarmos.
— Ah. não esquenta, Alfa, se diverte com a sua amiga, uma gracinha você, Estela! — Ainda sorridente, beijei as bochechas dela. — Adorei te conhecer, mas tenho que ir, sabe como é, né? Homens cozinhando!
Segurei o braço do Gama e o arrastei pelo caminho, sem olhar para trás.