A horda

1458 Words
Quem ainda não me segue, nem aos meus livros, peço que sigam, por gentileza. Vcs lerão o livro inteiro gratuitamente, mas eu gostaria de ser monetizada no futuro e preciso do apoio de vocês! Espero que gostem, sempre bom ter personagens para odiar...kkkkkkkkkkk BJKS *********** Esse gama é um belo de um safado! Eu achei que poderia dar uma volta nele, mas foi ele quem deu uma volta em mim. Quando tentei convencê-lo a desviar o caminho, era tarde demais, pois, de acordo com ele, crianças-lobos sentem a energia de uma Luna de nascença e elas de fato correram na minha direção como um bando de trombadinhas descontrolados. Elas riam, felizes em ver uma completa estranha, e algumas, menores, abraçaram as minhas pernas antes que eu pudesse correr para as colinas. E o gama? Rindo a minha custa, a seguros metros de distância da horda de Visigodos. Elas pulavam, batiam palmas, falavam ao mesmo tempo, gritaria, e choro… “ Você é mesmo a nossa Luna?” “ Luna, Luna, olha a minha bola!” “Luna, você é muito bonita!” OK, dessa aqui eu gostei. “ Luna, ele me bateu!” — Não bate na sua irmã, Svir! — Disse o Gama em reprimenda a uma das crianças. Não conseguia sair do lugar com várias delas agarradas em mim e todas a minha volta. — Onde estão os pais dessas coisinhas? — Forcei um sorriso tão falso que as minhas bochechas doeram. — Estão ali, só observando a nossa futura Luna lidando com os filhotes do clã. — O Gama Ergueu as sobrancelhas, me alertando para não fazer bobagem. Ah, então ele sabia que eu estava desconfortável, esse sem-vergonha! Odeio ele! — Luna, você sabe fazer isso, ó? — Uma das crianças deu uma cambalhota para trás, parecendo um atleta olímpico. — Não, querido, não sei… — A minha mãe falou que a Luna é humana, ela não sabe fazer nada! — Oh, que bonitinha, tão educadinha, mostra-me quem é a sua mãe. — Ela apontou para um banco onde três mulheres estavam sentadas de frente para nós. — Aquela ali, ó, com o barrigão. — Hum… já está na minha lista de jararacas! — Eu vou ganhar uma irmãzinha, sabia? — Não sabia não, amorzinho… Ainda procria mais, a vaca! — Luna, o que é ser uma humana? — Nada de mais, sou igual a você, mas não me transformo em lobo. — E isso dói? — Perguntou, mas não esperou pela resposta, continuou a tagarelar. — Quando eu crescer, vou me transformar em lobo e morder todo mundo! — Qual o seu nome? — Esmeralda, e o seu? — Eu sou Ravena, e esse é o meu irmão, ele bem faz xixi na cama! — Faço nada! — Faz sim! — Faço não! — Solta o cabelo da sua irmã, Xavier! — Ela que começou! — Gama Antero? — Perguntei com o meu sorriso congelado no rosto. — Sim, Luna? — Eu odeio você! — Odeia nada! — Ele riu — Mamãe falou que é feio odiar as pessoas. — Disse a filha da jararaca. Eu também odeio a sua mãe, mas não estou falando alto, porque, é haram. — Luna, aproveita a oportunidade e controle a matilha. está na sua natureza, todas as Lunas de nascença tem um dom com os filhotes Um dom? Que dom? Eu precisaria ser ninja para escapar deles! — Luna Esmeralda, eu bem aprendi a cantar uma música na escola, quer ouvir? — Sem esperar a minha resposta, ela se pôs a cantarolar uma cantiga infantil. Eu não conhecia a letra, mas a melodia era simples e doce, e ela tinha uma boa voz. Bem que gostei dessa menina! Segurei a sua mão e comecei a cantar com ela, os versos alegres contagiaram a gangue de lobinhos e logo todos estavam cantando juntos, num coro bem afinado, para a surpresa de todos os presentes. O meu desconforto me deixou, e entoei outra canção infantil, mas elas eram espertas e logo aprenderam e cantaram comigo. Algumas sentaram na grama e batiam palmas no ritmo da canção, enquanto permaneci de pé com a gorduchinha mais fofa que me elogiou. Os pelos da minha nuca arrepiaram-se e eu sabia, não sei como, que o Alfa estava por perto. Virei instintivamente para a direção de onde ele vinha, saído de uma charmosa cabana de madeira com flores na varanda. Os nossos olhos encontraram-se e ele tinha o mesmo rosto frio e inacessível de quando me deixou. O meu coração doeu, mas continuei a sorrir e cantar com os pirralhos. Nunca daria a ele o gostinho de fazer-me triste! Pelo menos, foi o que pensei, até ver uma jovem mulher sair da cabana atrás dele, sorrindo como uma capivara maquiada. Ela segurou o braço dele e tocou o seu peito com a outra mão. Que tanto ela estava sorrindo? Bem… ele deve ter feito com ela o que fez comigo nas últimas noites, compreensível o sorriso i****a. O sorriso se desfez quando ela se deu conta de que ele estava olhando para alguém e não lhe dava atenção. Foi quando ela se virou para mim e o seu sorriso ficou maior ainda. Ela está achando que eu sou dentista, ou o quê? Respirei fundo e parei de olhar para eles. Controle-se Esmeralda, você é melhor do que isso! Nada de ter ciúmes de um homem que te tratou como papel higiênico. Não somos namorados, nem casados, ele não é nada meu, não estou nem aí para o que ele faz ou com quem ele faz. Ainda planejo fugir desse local na primeira oportunidade, ele não é nada, nem ninguém, e se quer ficar com ela, eu não ligo! Paramos de cantar e as crianças votaram a tagarelar e m*l conseguia acompanhar tantas tagarelas. De repente, elas se entreolharam e correram de volta para os pais, me abandonando. — Olá, você deve ser Esmeralda, a humana, né? Não, ela não fez isso! Ela não veio falar comigo, eu devo estar ouvindo coisas! — Humanos tem a audição tão r**m assim, Ares? Sim, ela veio e está falando de mim literalmente pelas minhas costas! — Fêmea! — Ele resolveu parar na minha frente, me forçando a dar atenção ao casalzinho malcheiroso. Tomara que peguem pulgas um do outro! — O quê? — Respondi revirando os olhos. — Deixa que eu mesmo me apresento, Ares! Esmeralda, eu sou Estela, irmã do Beta do clã. — Ela estendeu a mão para eu apertar.— Sou a Beta fêmea até o meu irmão encontrar a companheira dele. Ouvi falar muito de você! — Ah, é mesmo? Eu nunca ouvi falar de você, mas eu não sou daqui, então, não conheço ninguém. Não mesmo. A começar pelo canalha do Alfa sonso, fingido, cretino, mentiroso, filho da mãe, babaca, ordirário- — Ai, Ares, eu disse que não queria que você fizesse sacrifício algum por mim! — Ela disse alegremente e deu um tapinha de leve no peito dele com a mão, que fingi não ver. — Oh, querida, confesso que a culpa é minha! Voltei mais cedo de uma missão, há três dias e precisei entregar o relatório para ele. Você entende, não é? O jeito que ela falava com tanta i********e, sua mão no peito dele e ele não a impediu de tocá-lo, nem se incomodou com a mão dela. Ela era bonita, alta, forte, musculosa até. Olhos pequenos cor de mel, cabelos presos num r**o de cavalo. — Tive uma ideia! — Ela saltitou e disse em voz alta, me fazendo levar a mão ao peito com o susto. — Ares, já que vamos cear juntos, por que não trazemos a Esmeralda conosco? Vai gostar do lugar, Ares sempre me leva lá! — Não é apropriado levar humanos, Estela. — Ele disse sem tirar os olhos de mim. Eu sorri, como se tivesse acabado de ganhar na loteria. Suspirei, para que a minha encenação fosse suficientemente convincente e me virei para o gama, que assistia à cena com o cenho franzido. — Que Pena, Estela, mas eu já tenho compromisso. Combinei com o Gama Antero de jantar na casa dele, ele me disse que aprendeu a fazer alguns pratos do meu mundo com a saudosa avozinha dele. Eu estava a contar meia verdade, O Gama tinha-me dito essas coisas, mas em momento algum convidou-me para jantar. — Você deveria ir para casa, Luna, eu voltarei mais tarde para conversarmos. — Ah. não esquenta, Alfa, se diverte com a sua amiga, uma gracinha você, Estela! — Ainda sorridente, beijei as bochechas dela. — Adorei te conhecer, mas tenho que ir, sabe como é, né? Homens cozinhando! Segurei o braço do Gama e o arrastei pelo caminho, sem olhar para trás.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD