ELA
Acordei, o teto claro diante dos meus olhos. Pisquei algumas vezes, a minha mente brincando de reviver o que tinha feito com o lobisomem.
Gente, eu transei com um lobisomem!
E foi bom!
Eu estava deitada, ainda com o vestido de antes, sem roupa de baixo…
Ah…
Eu era uma estrela-do-mar, sozinha na cama, braços e pernas abertos, barriga para cima e devia estar bem i****a com o sorriso bobo incontrolável.
Virei para o lado, a minha amiga de baixo estava dolorida, e mordi os lábios lembrando de como senti que o bilau do Alfa é enorme. Tá, imagino que seja verdade que tamanho não é documento, pois o lobão sabe usar a máquina que tem e ser grande foi só um bônus para a minha fantasia de leitora de livros de máfia.
Olhei em volta, tentando ouvir o barulho do Alfa em algum lugar, mas estava um silêncio melancólico no quarto. Espreguicei-me, para ver se o universo transferir alguma energia para o meu corpo esgotado, e levantei.
Eca, algo escorreu pelas minhas pernas quando fiquei em pé e corri para o banheiro. O chuveiro maravilhoso com jato d'água abundante e morninha ajudou os meus músculos a relaxarem.
Terminei o banho e estava menos eufórica, uma estranha culpa correndo o humor. Eu precisava entender o que estava acontecendo direito, eram tantas emoções conflitantes na minha mente, nada era normal, e nem tinha como ser.
A ausência do lobão estava me deixando deprimida. Será que ele ia fazer como tantos homens fazem após levarem uma mulher para a cama? Evaporar ou dizer que era só um lance?
E eu queria que ele fizesse o quê, exatamente?
Eu m*l conheço ele, e no meio de tanta confusão, fui sequestrada, por Allah!
Síndrome de Estocolmo!
Mas uma síndrome não faz uma mulher sentir tudo o que ele me fez sentir…
Escolhi outro vestido e uma blusa de mangas compridas, visto que esse lugar é bem friozinho. As roupas íntimas são bem atrevidas, várias caixas de diferentes estilos de calcinhas, sutiãs, espartilhos, body….
Quem será que escolheu essas coisas, o Alfa ou a tal Elfo? Seja quem for, tem bom gosto e bem sensual.
O meu coração doeu de repente, uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto e a razão era assustadora: eu estava sentindo falta dele! Nunca fui uma mulher carente, nunca dependi emocionalmente de ninguém, mas, estava chorando por causa de um lobisomem…
Tive o impulso de chamar o nome dele, mas controlei-me e saí do quarto, em silêncio, buscando a sua presença. Desci as escadas e na entrada, numa espécie de sala em T enorme, estava o tal de Antero em pé, de guarda.
— Luna! Finalmente acordou!
Contorcendo as mãos e mordendo o lado de dentro da bochecha, aproximei-me dele. Estava ansiosa, o coração batendo acelerado.
— A senhora está bem, Luna? Está chorando? O que houve? — ele perguntou cada vez mais preocupado.
— Eh... não sei…. Eu me sinto estranha…
Ele me fitou por uns instantes e finalmente pareceu compreender algo.
— Ah… Isso é normal , Luna.Venha, sente-se aqui no sofá.
Obedeci como uma criança carente.
— Não se preocupe, isso que está acontecendo contigo é normal, a senhora foi marcada recentemente, o vínculo está se consolidando. Recém-marcados ficam muito dependentes um do outro. O Alfa não saiu do seu lado por dois dias inteiros, chamou Dófona para se certificar que estava bem contigo, e um curandeiro do clã vizinho veio te ver para confirmar.
— Dois dias? Como assim?
— Luna, a senhora está dormindo há três dias desde que você e o Alfa….
— Como assim, très dias? Oh, por Allah!
Levantei e corri de volta para o quarto com o tal de Antero no meu encalço, mas ele parou no corredor, não se atrevendo a me seguir até dentro do quarto. Abri a mochila e procurei o pacote que a médica me deu com o coração na mão. Tudo bem, não é tanto tempo assim sem as pílulas, mas respirei aliviada ao encontrar as cartelinhas de pílulas do dia seguinte. Tomei logo duas, para me autoflagelar.
Não façam isso em casa!
Sai do quarto e Antero fitou-me, obviamente querendo saber a razão de sair correndo como uma doida.
— Eu queria fazer xixi. — Foi a única coisa que passou pela minha cabeça na hora, para dizer a ele...
— Ah, claro!
— Você mora aqui? — Perguntei, tentando parar de pensar no Alfa gostosão.
— Não, essa é a moradia do Alfa, ele mesmo construiu. Eu moro numa cabana mais perto da clareira das tendas.
— Eu pensei que vivessem em tendas....
— Ah, não. As tendas são para comunhão com a lua, onde passamos alguns dias, como nas cerimónias saturnais, nascimentos e primeiros encontros com os nossos companheiros.
Estranho, mas cada povo com a sua cultura.
— Luna, o Alfa mandou que eu o avisasse caso a senhora acordasse. Ele saiu daqui angustiado, mas precisava resolver alguns assuntos do clã.
— Sim, chame-o! — Exclamei com quase desespero.
Ele deve estar me achando uma mulher carente e patética…
— Nossa, eu não vejo a hora de encontrar a minha companheira. — Ele sorriu e saiu animado do sobrado.
Eu zanzei pela casa, visitando os cômodos, todos muito bem decorados e vazios de energia de gente. Achei a cozinha, e tinha todo o conforto e modernidade do século XX, geladeira grande, fogão de seis bocas, micro-ondas… Eles têm eletricidade aqui?
Que pergunta i****a, claro que tem, as luzes não se acendem sozinhas.
A porta lá de baixo abriu com força, e ouvi passos correndo na minha direção. Me virei para a entrada da cozinha segurando uma coxa de frango assado na mão e a boca cheia.
A angústia passou, eu estava contente simplesmente em ver o Alfa na minha diante de mim. Ele parou na entrada, me olhando como se fosse a primeira vez que estava me vendo.
— Está desperta!
— Humhum…— Respondi, não ia falar com a boca cheia.
Ele veio até mim e me abraçou apertado, esmagando a minha cara no seu peito. Acho que sujei a camisa dele de gordura…
— Você me assustou, fêmea.
Engoli o que estava comendo e respondi:
— Foi m*l! Dormir tanto não estava nos meus planos!
Ele fez que sim com a cabeça, me olhou de cima a baixo e franziu o venho ao ver os meus pés.
— Você está descalça no chão frio, Dófona disse que humanos ficam doentes por coisas assim.
Ele me pegou no colo e levou-me de volta para a sala, sentando-me no sofá.
— Não ficamos doentes tão facilmente Alfa, não tenho problema em andar descalça.
— É melhor prevenir. Quer que mande alguém preparar algo para comer? Precisa se alimentar.
— Estou bem, o frango está gostosinho! — Mostrei a coxa que estava tentando comer.
Ele não pareceu satisfeito, colocou a mão na minha barriga e me encarou.
— É muito pouco, humanos não têm Cio e a minha fera atou você, precisamos cuidar do filhote que pode estar sendo formado aí dentro.
— Eh… .atou?
— Sim, completamos o vínculo. Eu pretendia te marcar na cerimônia, no altar de Hecate, como manda a lei, mas, não estou reclamando.
Levei a mão ao pescoço, sentindo a marca da mordida nos dedos, cicatrizada completamente, mas as marcas estavam salientes. Mas ainda tinha uma dúvida.
— Ainda não sei o que é atar…
— Fizemos amor, você me aceitou, a minha fera tomou o controle e o meu m****o atou na sua b****a com o nó, ejaculando a minha semente no seu ventre na intenção de gerar o nosso filhote.
— Ah… oh… eu… oh… eu senti crescer… como cachorros?
— Como lobos, não cães, não me ofenda, fêmea! Sou um lobisomem, é a minha natureza.
A possibilidade de magoar o Alfa fez o meu coração pesar de culpa. Senti os meus lábios tremerem e lágrimas escorreram dos meus olhos.
— Não, Luna, não chora! Me perdoe, eu sou um péssimo companheiro, magoei a minha fêmea, me desculpa!
Ele estava tão aflito quanto eu com a perspectiva de machucarmos um ao outro.
Que doideira!
Eu sei que ele não disse nada de mais, mas não parava de chorar, com beicinho e tudo!
Ele rosnou baixinho, se odiando, e me abraçou.
— Eu sei que não é um cachorro, me perdoa!
— Não precisa pedir perdão, minha Luna, eu sei que nunca diria nada para me magoar!
Eu diria sim, eu faço essas coisas às vezes, falo sem pensar, ajo pensando menos ainda…
Ele beijou o meu rosto, enxugando as lágrimas com a barba. As suas mãos nos meus cabelos, os lábios na minha pele, o hálito quente aquecendo o meu rosto, o perfume…
— Você cheira tão bem…
— Você também.
Ele beijou o meu queixo, leve e sutil, mas cada toque estava reacendendo o incêndio dentro de mim.
— Alfa…
— Sim. fêmea…
— Pode me fazer sentir daquele jeito de novo? — Sussurrei, ao que ele grunhiu baixinho e segurei o meu rosto entre as mãos.
— Sempre!
Ele me beijou, sedento, fervoroso, seguro eu devolvi na mesma intensidade cada toque e gesto. Ele puxou o meu vestido, ia rasgar a minha calcinha de novo, mas o impedi.
— Não estraga a minha calcinha!
Empurrei os seus ombros, e ele nem sentiu, mas foi atencioso o suficiente para se afastar. Fiquei em pé, arranquei a calcinha e joguei longe, do mesmo jeito que ele fez na primeira vez. Ele tentou levantar, mas coloquei as mãos nos seus ombros para que continuasse sentado.
Ajoelhei diante dele, abri o fecho da sua calça e libertei o pênis já ereto e duro como uma barra de ferro. Ele me observava com os olhos ardendo de desejo, curioso sobre o que eu faria.
Havia algo que Amir não conseguiu obter de mim, e eu queria oferecer ao Alfa como oferta de gratidão por me mostrar que sexo podia e devia ser prazeroso para as mulheres. Eu segurei o m****o, e o peito do Alfa se movia rapidamente, arfando de antecipação.
Coloquei-o na minha boca, um pouco temerosa de estar fazendo besteira, mas o gemido dele me deu a confiança necessária para prosseguir.
Ele segurou os meus cabelos, enrolando o comprimento na mão, para poder ver o meu rosto enquanto eu o chupava.
Não cabia todo na minha boca, mas eu ia o mais fundo que conseguia me minha garganta. Usei a mão para massagear a parte que não conseguia chupar. Saliva escorria da minha boca para o meu queixo, e eu chupava passando a língua enquanto ele entrava e saia, cada vez mais rápido.
Eu estava extremamente excitada com os gemidos dele, molhada entre as pernas ao ponto d pingar no chão.
— Eu vou gozar, fêmea! — Ele grunhiu, aflito por controle, ele puxou o meu cabelo de leve, para me afastar, mas eu afastei a sua mão e chupei ainda com mais vontade.
Ele perdeu o controle e gozou na minha boca, me encarando surpreso enquanto eu engolia tudinho.
Quando terminou de gozar, ele passou o polegar nos meus lábios capturando um pouco do Semente que escapuliu e empurrou para dentro. Eu lambi o seu dedo e chupei apota para engolir o semente restante.
— Não se importa de engolir?
— Não mesmo, pelo contrário, me deixou mais na tua ainda.
— Deita no chão e abre as pernas, deixe-me provar o teu gosto, minha fêmea!