Poderosa

1307 Words
Um lembrete, essa historia é a primeira da série, embora seja a segunda a ser escrita. Os acontecimentos ocorrem de forma mais lenta, porque preciso abrir o caminho para todos os livros seguintes.incluindo O milagre do Alfa. Faço várias anotações para não esquecer de nada que pretendo que aconteça no futuro e está um pouco cansativo, mas logo a ação vai começar, espero que não esteja chata. A história de Orium e Odessa vai ser bem mais fácil de escrever, pois o caminho já estará pavimentado por aqui. Agradeço a todos que me seguem me acompanhando. Gostaria de lembrar que tenho outros livros na plataforma, e o meu favorito é Querida Irmã. Me sigma por akui .) BJKS! ****** ELA Passei um dia muito agradável com o Gama Antero. Ele parecia estar genuinamente contente com a minha companhia, e foi bom saber que eu não era apenas um “trabalho” para ele. Mais uma vez ele me explicou, com mais detalhes, o que são almas gêmeas para os lobisomens, o que eu significo para o clã e para o próprio Ares. Senti-me lisonjeada, especialmente quando ele me pediu para dar uma chance ao seu povo e parar de pensar em fugir. De todo o modo, não seria possível uma fuga de volta para a Terra como eu conheço, visto que alguns anos já se passaram por lá, não tenho emprego, família, nem amigos, ou sequer onde morar. Além disso, não tenho ouro o suficiente para pagar a Elfo para me levar de volta. Segundo o gama, Ares pagou uma vasta fortuna para me buscar e para encomendar produtos e móveis de lá. E ele fez tudo por mim, para que eu me sentisse em casa e menos me um cativeiro. Tampouco posso negar a forte atração que sinto pelo lobão Alfa. Ele faz-me sentir mulher de uma forma que nenhum outro jamais conseguiu. Pela primeira vez, alguém se importa comigo e tenta me agradar, ainda que esse alguém se transforme em um … ou melhor, dois monstros. O próprio Amir já aceitou o machão dele, embora esteja se negando a deitar com ele, acho que a razão é mais pelo preconceito religioso do que falta de vontade. Ele achava mesmo que me enganava quando chegava em casa todo sujo de mato e terra? Ou só pensava que ele me traia com mulheres, mas pensando bem, ele ficava o dia inteiro em volta dos trabalhadores do campo, fora isso, não saia de casa. Passei no mercado central do clã antes de voltar, uma espécie de feira livre longa, com tudo quanto é tipo de coisa, desde tecidos, umas pinturas usadas como maquiagem, louças, potes de barro, vegetais e muita, muita carne e peles de diversos animais, conhecidos por mim e que eu nem sabia que existam. Cheguei em casa ainda pensativa, revivendo cada detalhe da conversa com o gama, e optei por espairecer ouvindo música no m eu walkman. Como estava sozinha, não usei os fones e deixei as canções da fita tocarem enquanto eu preparava uma refeição humana. Saudades da comidinha feita por mim… Carne de cordeiro, especiarias, arroz, lentilha, muita cebola, repolho e batatas. Foi difícil achar sal, mas o Gama conseguiu um pacote pequeno. Tadinho do Antero, teve que pagar do bolso dele. Aquele foi o único vendedor que exigiu p*******o na hora, os outros colocaram na conta do Alfa. Música tocando, eu pronta para cozinhar…. à lenha? Ah, não… — Gama Anterooooo! — Gritei enquanto escolhia as panelas mais adequadas. — Luna, o que houve? Ele chegou esbaforido, em apenas alguns segundos, olhando de um lado para o outro, procurando algum perigo. Lobos são mesmo rápidos… — Eu quero cozinhar, mas não sei como mexer nesse … fogão? — Olhei para a espécie de balcão de alvenaria com três buracos em cima, e uma portinhola de metal em baixo, bem na frente, de onde s podia ver algumas peças de carvão e madeira. — Me assustou, Luna! — Ele repreendeu-me da maneira mais gentil que conseguiu. Tão fofinho, cada dia gosto mais dele. — Isso aqui também me assustou, Gama! Como posso cozinhar numa coisa dessas? — Mas… não entendo, Luna… A minha avó cozinha num igual a esse, quer dizer, o nosso só tinha uma a******a, o seu o Alfa pediu que fizesse maior. — Ares mandou fazer isso? — Sim, é como humanos preparam o alimento, não é? — Bem… sim, há séculos no passado… Nossa! Só naquele momento me dei conta de que a avozinha do gama devia ser de séculos atrás no meu espaço-tempo. Já sei qual o próximo presente que pedirei ao Alfa! Um fogão elétrico. — Nós temos algo parecido, mas é muito maior e fica na cozinha comunal do clã. A minha avozinha que gostava de cozinhar em casa, para evitar os preconceituosos… — Tem como me ajudar a acender o fogo dessa coisa, o meu gaminha mais lindo da titia? — Tá bom, tá bom, Luna, mas não aperta as minhas bochechas assim, não sou um filhote! Tão bonitinho ele sem jeito… Fogo aceso, processo devidamente explicado, comecei a cozinhar. O Gama assistia ao meu trabalho sentado numa cadeira e os cotovelos apoiados na mesa. Vez por outra, eu pedia ajuda, como descascar ou picar algo, e ele atendia de bom grado. Quando o molho estava pronto, peguei uma colherada para o Gama experimentar. — O que acha? — É diferente, mas não é nada m*l…. — Legal! Acha que Ares vai gostar? — Creio que sim, qual macho não ficaria satisfeito ao chegar e encontrar sua bela companheira cuidando dele? A senhora é uma boa Luna! — Obrigada, gama, mas posso te pedir para não me chamar de senhora? — Está acima de mim, te devo respeito! — Eu não gosto disso, gostaria de poder te chamar de m eu amigo, não de titulos que nem entendo direito. Te chamo de Gama porque pe menor do que o sue nome, mais parece um apelido carinhoso. Pode me chamar de Luna, se quiser, mas esquece o “senhora, tudo bom? — Sim senho- sim, Luna! — É estranho isso, eu te conhecer há tão pouco tempo e ainda assim me sentir tão familiar? — De jeito algum, assim como o seu vínculo com o Alfa cresce a cada dia, também o nosso, de Gama e Luna, cresce, a diferença que o nosso é fraternal. Por que acha que o Alfa confia em mim perto da Luna dele, mesmo eu não sendo marcado ainda? — Que interessante. Eu realmente te vejo como um irmão mais novo. Qual a sua idade, Gama? — Dezenove ciclos solares, Luna, e a sua? — Farei vinte e dois anos, ciclos, em… agora, já nem sei, acho que me quatro ciclos lunares, é isso. — Está aprendendo, viu, Luna, se encaixa conosco perfeitamente, a Grande deusa não comete erros. Essa coisa de deusa, deuses, é estranha para mim, sigo servindo a um único deus, Allah, mas compreendo e respeito a fé de todos. — Quer ficar para o jantar? Perguntei quando ele me ajudou a tirar a madeira excedente para o fogo ficar bem baixinho. — Eu adoraria, Luna, mas creio que é a sua primeira vez cozinhando e é um momento especial entre companheiros. Não vou atrapalhar, odiaria se a minha fêmea fizesse um agrado para mim e outro macho ficasse atrapalhando. — Tá bom, eu vou guardar um pouquinho para você. Agora preciso me trocar para esperar o meu lobão. O Gama riu da maneira em que me refiro ao tão temido Alfa, e se despediu, prometendo retornar no dia seguinte com a lista de nomes de candidatos para o meu exército. Eu terei um exército, hahaha, poderosíssima! Imagina se a megera da minha ex-sogra me visse agora, hein. Se morde aí megera! Se morde aí, Estela, sua surucucu!
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