Uma declaração febril

1507 Words
Algumas horas se passaram. MB despertou desnorteado, sentindo sua cabeça pesada e com dor por todo o corpo, tentou levantar do chão, mas ao sentir a dor forte no abdômen, recuou sentindo o incomodo na área que havia feito os pontos. — Hey! Você não pode sair daí por enquanto. Muriel disse que você presida ficar de repouso. Ainda está com febre, mas faz parte da infecção. Já te deram o remédio, você deve melhorar logo. Os pontos foram refeitos e está tudo bem. — Ruby explicou ao ver o olhar confuso de MB, porém a razão da confusão dele não estava relacionada a sua situação, mas a presença de Ruby na sua casa. — Eu devo está muito louco para está te vendo no meu apartamento. Será que castigo? Ou será carma por ter sido incapaz de te proteger? Mesmo assim, eu estou feliz em te ver. Se for a última coisa que verei antes de morrer, não poderia ter escolhido outra visão. — MB passou o dedo bem devagar no rosto de Ruby. — Primeiro, não fala besteira. Você está vivo e bem. Segundo, vou logo te avisando para não ter confusão, se eu aparecer no sonho de alguém, deve desconfiar que seja um pesadelo, para onde eu vou levo caos comigo, acho que é de família. — Ruby brincou sorrindo aliviada de ouvir a voz de MB, tinha medo dele nunca mais acordar. — Você é linda demais para ser algo r**m. Não. Sua personalidade é terrível, mas eu gosto que seja assim. Para mim, sua personalidade expliva é perfeita. — MB confessou dominado pela febre, acreditando que a presença de Ruby ali não era mais do que um sonho. — E aprova que isso é um sonho é porque você está aqui. Ruby nunca iria vir até mim por vontade prova. Eu sou tudo que ela mais odeia. O futuro que não deseja. E a razão que destruirá a vida perfeita dela. Pensando bem, no lugar dela. Eu também não ia me querer. — Sério? Pensei que você estava super disposto a me ganhar de todo jeito. — Ruby brincou ao notar o desânimo na confiança de MB. — Você estava tão confiante. Pensei que tentaria me seduzir ou ganhar meu coração. — Todo mundo tem um ponto fraco. Não adianta negar. Quero saber qual o seu. — MB tinha a intenção de ganhar o coração de Ruby naquele momento, m*l sabia ele que a partida já se iniciou com um vitorioso, mas a apenas o futuro mostraria ele. — Sorriso. Eu tenho um fraco por sorrisos. — Ruby confessou. MB no mesmo instante que ouviu, deu um sorriso que desativou todo o sistema de segurança de dela e convidava ela para o risco. — Na minha casa ou na sua? Depois de um sorriso desse. Não tem forma de agir de outra forma. — No cartório. No seu carro ou no meu? Meu sorriso será para sempre seu se fizer isso. Afinal, Ruby não tem cara de quem gosta de dividir seus brinquedos. — MB mesmo dominado pela febre, ainda assim, foi capaz de desestabilizar um pouco da Ruby. — Você não sabe brincar. E eu não fico bem de branco. — Ruby brincou virando o rosto para que MB não percebesse o seu rosto vermelho. — Pode usar preto. Ou não usar nada. Se quiser, pode até me usar. Desde que se torne minha, não me importo. Se no fim, você se transformar em toda minha. Não me importo. — MB deu seu golpe final pegando Ruby desprevenida com aquele ataque. Ruby ficou apenas em silêncio, olhando sem reação para o que havia acabado de ouvir. Tentando encontrar a melhor forma de reagir, mas antes que encontrasse, sentiu a mão de MB passando por seu pescoço, antes de puxar ela para em sua direção, aproximando suas bocas. — Você vai se arrepender amanhã quando acordar. Eu sei que você não pensa dessa forma. Vamos apenas ignorar. — Ruby tentou trazer a sanidade de volta para sua mente, embora estivesse falando para MB, no fundo, era para ela mesmo. Se alertando, para não criar nenhuma expectativa. — Se envolver você, tenho certeza que nunca vou me arrepender. Seja toda minha, Ruby. Eu te darei tudo que você quiser. Só seja minha. Todos seus desejos eu vou realizar, basta dizer sim para mim— MB sussurrou no ouvido de Ruby antes de beijar a sua boca com intensidade. MB abriu os olhos sonolento, olhou para cima, reconheceu na mesma hora o lustre que odiava, soube rapidamente que não estava em seu quarto, mas da sala do seu apartamento no campus. Confuso sem entender a razão de estar deitado no chão daquele cômodo, tentou levantar, mas sentiu uma dor muito forte em seu abdômen, fazendo ele recuar respirando fundo para diminuir a dor intensa. Enquanto acalmava seu corpo para lidar com a dor, respirando devagar, olhava ao redor buscando alguma explicação para o que estava acontecendo, mas logo perdeu todo o seu fôlego ao perceber Ruby dormindo deitada do eu lado, usando seu ombro de travesseiro, não apenas isso, como também estava vestindo apenas uma camisa dele. — O que aconteceu aqui? O que eu fiz? — MB perguntou a si mesmo sem conseguir lembrar de absolutamente nada além de ter se levantando para tomar o remédio para dor pela manhã. — Será que eu bebi tanto? Não. Não faz sentido. Que diabos... Mesmo assim, se manteve imóvel, não queria acordar Ruby, mas logo despertou pouco tempo depois com o celular tocando. Sem sequer abrir os olhos, ela esticou as mãos, tateando em busca do telefone antes de atender a ligação. — Não. Sim. Sim. Não tem mais febre. Ainda não. Posso fazer algo para ele comer. Não. Mesmo assim, não deve ser tão difícil. Eu ligo se algo mudar. Sim. Faremos como combinamos quando você saiu. Entendi. Imaginei que ela reagiria assim. Tudo bem. Tchau. — Ruby atendeu o celular enquanto levantava coçando os olhos ainda bastante sonolenta. Havia recebido uma nova missão por Muriel. — Ruby? O que está fazendo aqui? Você está bem? Algo aconteceu? — MB perguntou completamente confuso com a situação. — Você acordou? Como se sente? — Ruby ignorou totalmente as perguntas de MB, enquanto colocava a mão em sua testa para ter certeza que não estava mais com febre. — A febre passou mesmo. Muriel disse que você deve evitar e mexer ao máximo, mas iria doer tanto que você não tentaria. Você não lembra o que aconteceu? Eu cheguei aqui, você estava jogado no chão nadando em sangue completamente desacordado. — Espera. Como você chegou aqui? — MB perguntou vendo a porta do apartamento quebrada, com um sofá apoiado nela para mandar fechada. — Não me diga que você arrombou a porta? Tá de brincadeira! Bem que me disseram que formigas são extremamente fortes, mesmo sendo tão pequeninas. Elas têm a capacidade de transportar entre 10 e 50 vezes seu próprio peso corporal! Será que é uma habilidade nata de quem é pequeno? — Engraçadinho. Óbvio que não. Eu fingi passar m*l, enganei a vizinha e pulei de uma varanda para outra. — Ruby explicou como se fosse muito mais lógico que arrombar uma porta. MB não pode deixar de gargalhar. — Aí! — MB gemeu de dor por causa da risada. — Castigo. Agora me diz. Como tu ficou nessa situação? Cadê sua equipe? — Ruby achou estranho que ninguém tenha aparecido. — Todos que trabalham para mim no campus foram mortos e todos que tentavam vir para cá. Parece que uma guerra foi iniciada entre as facções e alguns grupos depois que fomos dados como mortos. Achei que seria mais seguro por enquanto, até me recuperar, me fingir de morto. Eu saí do hospital pela janela do banheiro. Andei até em casa. Assim que cheguei me senti muito cansado e adormeci. Quando acordei foi sentindo uma dor forte. Levantei para tomar um remédio e não lembro de absolutamente mais nada. Quando acordei você já estava babando no meu ombro. — MB explicou vendo o semblante de Ruby mudar. — Você é i****a? Como achou que depois de uma cirurgia poderia andar isso tudo? Deveria malhar os músculos do cérebro também, não só o corpo. — Ruby estava irritada por ele não ter pedido ajuda, mas sabia que não havia como ele fazer isso. Lisa não gosta dele. Muriel deixou claro que não queria se envolver. E ela mesmo estava recebendo ajuda. No fundo, Ruby sabia que MB havia feito a melhor escolha possível diante da situação, mas não podia deixar de se sentir frustrada por isso. — Vou fazer algo para você comer. — Ruby disse levantando do chão. Muriel havia pedido para monitorar todos os sinais vitais nas próximas 24 horas, alimentar, medicar e não deixar MB sair do chão. — Eu serei sua enfermeira nas próximas 24 horas. — Você? — MB olhou completamente desorientado. Ao seu ver, Ruby não parecia ser o tipo de pessoa com habilidades para cuidar de ninguém.
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