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A Princesa Esquecida da Máfia

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Blurb

Ruby viveu por anos em uma ilha afastada com sua família adotiva, mas decide estudar em uma outra cidade, buscando por sua independência, imaginando que teria uma vida universitária dos sonhos, entretanto um mafioso surge em seu caminho alegando ser seu noivo, bagunça todos seus planos e a sua vida por inteiro.

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O começo da minha aventura
— Tem certeza que você pegou tudo? — Verônica perguntou olhando para o carro repleto de malas com um semblante preocupado. Boa parte da mudança tinha ido no dia anterior e já estava no apartamento novo onde ela iria morar, dentro do campus universitário, mas ela tinha sensação de que algo estava errado ali, mas não conseguia dizer o que era. — Não se preocupe, eu ficarei bem. Fui criada por você. Impossível dar errado. Não confia no monstrinho que você mesmo criou? — Ruby respondeu abraçando Verônica, tentando acalmar aquela mulher que havia cuidado dela como uma mãe nos últimos dez anos. Ruby tinha dezenove anos, estava prestes a começar a sua graduação em medicina veterinária em uma universidade em outra cidade, para isso, terá que morar longe da ilha que viveu nos últimos dez anos, praticamente escondida da sociedade. Naquele momento, ela não fazia a mínima ideia de como aquela mudança desenterraria segredos que a sua família havia escondido dela durante anos em nome da sua proteção e como isso mudaria todo na sua vida.  — Talvez isso me deixe ainda mais preocupada. Eu queria que Vitor tivesse aqui para se despedir de você, mas aconteceu uma emergência de madrugada e ele teve que sair às pressas. Tenho certeza que seu pai está com o coração apertado de te deixar ir, ainda mais sem se despedir. Nem seus irmãos estão aqui para se despedir. Tem certeza que não quer deixar para ir mais tarde? Podemos fazer uma grande comemoração, com fogos e uma boa festa. Todos juntos. Parece tão triste ser apenas eu a me despedir de você. — Verônica não gostava da ideia de uma despedida tão solitária. Imaginou que o desconforto de ver sua pequena terrorista partir podia ser por isso, mas no fundo, estava buscando uma razão para manter Ruby um pouco mais ali. — É melhor assim. Vitor não está gostando da ideia que estude fora, só aceitou porque você insistiu muito. Meus irmãos vão chorar e eu vou ficar com o coração apertado por ir. Sabe que não é uma despedida, não é? Eu apenas vou morar perto da faculdade. Posso vir visitar sempre que puder. Não precisa disso tudo. Estarei algumas horas de carro daqui. Se for de helicóptero são alguns minutos. Não fique assim. — Ruby morou por anos em uma ilha isolada, conhecia pouco do mundo fora daquele lugar. Estudar fora era uma chance dela ter novas experiências e se tornar independente. Ela tinha muitos planos para essa nova fase de sua vida. — Eu sei. Só estou preocupada. Aliás, você lembra das regras, não é? Não pode esquecer nenhuma. Vamos ver se lembra de todas. Só para ter certeza. — Verônica apoiou Ruby desde o início, acreditando que faria bem a mudança para seu amadurecimento, embora esteja com o coração pedaço de ver aquela garota que cuidou nos últimos anos partindo para longe, ainda sabia que era o certo a se fazer. — Sim. Lembro todas. Você repetiu tantas vezes que mesmo que eu quisesse, não iria conseguir lembrar. Número um: Nunca confiar em homens. Dois: Não aceitar comida ou bebidas de estranhos. Três: Meu apartamento deve ser meu refúgio. Quatro: Tenho que escolher bem as pessoas que darei minha confiança. Cinco: Devo ser cuidadosa sobre todos os excessos, não beber muito ou usar qualquer droga. Você não vai se arrepender de confiar em mim. Eu juro! — Ruby havia passado horas ouvindo as lições de vida de Verônica. — Você ainda não entendeu? Eu confio completamente em você, eu sei quem eu criei, meu problema sempre será as outras pessoas. De todo jeito, esqueceu o mais importante, se algo der errado, se sentir triste ou assustada, deve voltar para ilha, esse lugar sempre será sua casa, independente do que acontecer ou quantos anos de passarem. Eu e Vitor, somos seus pais e sempre seremos. Te amamos muito. E independente do que acontecer no futuro, não esqueça disso jamais. Você nunca estará sozinha. Há uma família esperando te esperando. — Verônica disse aquelas palavras com dificuldade enquanto lágrimas caiam em seu rosto. Ela nunca havia imaginado como seria difícil assistir um filho deixando seu ninho. — Não vou esquecer disso nunca. Vocês sempre foram maravilhosos comigo. — Ruby se sentia em divida com Vitor e Verônica, mesmo não sendo filha deles dois, foi tratada como tal e nunca duvidou de como a amavam. — Óbvio, você é a nossa filha! — Verônica abraçou Ruby mais forte ainda, como não quisesse soltar, mas infelizmente, era necessário deixar ela partir. — Tenho que ir. Vai acabar ficando tarde. Tenho que fazer a travessia de barco e pegar a estrada depois. Ligo assim que chegar lá. Tá? Não precisa se preocupar. — Ruby beijou o rosto de Verônica antes de entrar no carro com o coração apertado. Mesmo que estivesse animada, não podia negar o sentimento triste da despedida. — Se cuide! Me ligue se precisar de qualquer coisa. Se não precisar também. Coma direito. Não coma besteiras. E sexo só com camisinha! Quero netos, mas de preferência o seu diploma antes das crianças. — Verônica gritava enquanto a filha se afastava. — Não se preocupe. Casamento e filhos, estão bem longe na minha lista de prioridades! — Ruby gritou entrando em seu carro que já estava dentro do barco. Ruby assistiu Verônica ficando menor enquanto se afastava da ilha até ela sumir. Não pode deixar de derramar alguma lágrimas, mas logo recobrou o controle de suas emoções ao sair do barco e pegar a estrada que levaria para maior aventura da sua vida. Com sua playlist tocando nas alturas enquanto Ruby cantava desafinadamente junto com as músicas, ela seguiu na estrada animada, cheio de planos para quando chegasse ao seu novo apartamento que dividiria com sua melhor amiga de infância. Infelizmente, seus planos não sairiam como imaginado, quando Ruby menos esperava, foi trancada por dois carros pretos imensos, ao tentar desviar, acabou perdendo o controle do carro, fazendo com que saísse da pista, colidindo com uma árvore. — Merda! Que diabos está acontecendo? — Ruby gritou batendo com as mãos no volante irritada, mas logo teve sua atenção voltada para a janela, onde um homem vestindo terno e com seu rosto coberto por uma espécie de máscara apontava uma arma em direção de sua cabeça. — Só pode ser brincadeira. Ruby olhou ao redor, se dando conta que não havia apenas aquele homem na janela apontando a arma para ela, na verdade, se encontrava completamente cercada. A única coisa que passou na sua cabeça naquela momento foi escapar. Sem pensar muito. Ruby mudou a marcha rapidamente e tentou engatar ré, se alguém tivesse atrás, seria apenas atropelado, em seus pensamentos, mas antes que pudesse passar por cima de qualquer pessoa, ouviu os disparos de varios tiros, antes de ouvir o som dos seus pneus estourando. — Sabemos que seu carro é a prova de balas, mas será que ele vai aguentar quando tempo com todo esse arsenal preparado para você, princesa? — O homem explicou enquanto batia na janela com a arma que estava em sua mão. — Temos ordens para não machucar a senhorita, mas se insistir em se comportar desse jeito, não teremos escolhas. Assim como aconteceu com seus quatro pneus, teremos que fazer com o carro inteiro. Vai querer colaborar ou teremos que ir além e transformar seu lindo carro em uma peneira? Ruby entendia o suficiente de carros blindados para saber que havia um nível que poderia ser suportado em meio ao tiroteio, mas não tinha ideia do quanto suportaria aquele grupo ou quão bem estavam armados. Assim como o seu carro, os pneus também deveriam ser resistentes o suficiente para não estourar com algumas balas, mas aquele grupo não estava usando armas convencionais, seu armamento era de nível militar. — Fala como se eu tivesse escolha. — Ruby pensou que seria melhor buscar outra forma de escapar, não teria como fazer isso dentro de um carro sem pneus, cercada por homens armados. Seria arriscado demais. A única opção era colaborar com eles, enquanto buscava uma oportunidade. — Boa menina. Agora desça com as mãos levantadas e não faça qualquer movimento brusco. Meus homens tem o dedo ligeiro e adoram derrubar pequenos alvos — O homem concordo acenando para sua equipe de preparar, ao mesmo tempo que fazia piada da pequena estatura de Ruby. Ruby desceu do carro tensa, olhando ao redor em busca de uma escapatória, mas não encontrou absolutamente nada além de um carro capotado um pouco mais na frente pegando fogo. Os homens conduziram ela direto para um furgão preto, antes de por uma venda nela para não saber o caminho que seria levada. — Vamos. Limpem o lugar e tragam o seu carro. Não deixem nenhuma pista que ela passou por aqui. Ninguém pode saber. Ah! Mandem ajeitar. Sabe como o chefe está tratando essa situação. Quer que tudo aconteça sem chamar atenção ou criar problemas. — O homem que parecia o chefe gritou da janela do furgão para quem estava do lado de fora batendo na lataria do carro para chamar atenção de todos. Assim que entrou, antes de ser vendada, Ruby observou as quatro pessoas ali dentro com ela com bastante atenção, memorizando cada detalhe de todos ali, até mesmo, sua posição. Nenhuma delas estava armada, exceto, o homem que parecia o líder e tinha deixado claro a ordem de não machucar ela. Quando sentiu o carro se movendo, Ruby voou no pescoço do líder, em um único movimento, deixando ele completamente desacordado. Seu plano era conseguir pegar a arma, mas infelizmente, antes que conseguisse chegar a arma, foi atacada por os outros três homens que estavam no furgão com ela, que tentavam imobilizar a garota sem machucar, entretanto, Ruby estava chutando e socando eles sem piedade alguma. Fazendo com que se afastem dela, quando estava prestes a pegar a arma no chão do carro, sentiu uma picada em seu braço. — O que... — Ruby olhou rápido na direção do seu braço, mas não conseguiu nem ver quem havia aplicado a medicação que fez seus olhos pesarem e se fecharem. Os homens haviam dado uma dose maior do que o recomendado para alguém do tamanho de Ruby, o que fez com que ela dormisse muito mais que o planejado. Algumas horas depois, Ruby despertou ao ouvir uma conversa acalorada ao seu lado. Ela abriu os olhos ainda bem sonolenta e confusa com o que estava acontecendo. Todos ficaram em silêncio ao notarem que havia acordado. Um daqueles homens, que parecia se destacar dos outros de alguma forma, se aproximou devagar com um sorriso estampado no seu rosto.  — Parece que a princesa secreta da mafia finalmente despertou, eu quase acreditei que os meus homens tinham pego a Bela Adormecida em vez da mafiosa. — O homem era alto, forte e tinha um sotaque italiano, embora estivesse falando em português. — Ainda bem que despertou. Eu estava ansioso para conhecer você, minha querida noiva. Você é mais aceitável do que eu imaginei. Não fará vergonha. — Como é? — Ruby m*l estava conseguindo digerir o que ouvia por conta do efeito medicação que ainda tomava seus sentidos. Sua mente estava lenta, assim como seus movimentos, mas ao ouvir o termo noiva, sua mente despertou na mesma hora.

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