Quatro

2361 Words
Natan Já tô no quinto copo dessa bebida que eu nem sei o nome, os caras disseram que era da boa, e eu apenas dei a minha contribuição, termino o quinto copo e já começo o sexto, não é o suficiente pra me deixar bêbado, mas zuado eu sei que tô. — Tá com raiva de que o****o? - Tato pergunta. — Nada pow! Só tô um pouco entediado! - responde. — Entediado com esse tanto de mulher te dando mole? - reforça. Passo o meu olhar pelo cômodo em que estou conversando com o Tato e vejo várias garotas olhando para mim, dançando e se insinuando, encaro algumas de volta e retribuo com um sorriso, talvez alguma dessas garotas me faça esquecer a Helena, eu preciso tirar ela da minha cabeça pra ontem, ou então eu vou enlouquecer. Termino de beber outro copo e pego mais outro, e agora sim já começo a sentir a minha cabeça rodar. — E aí seus otarios! - Célio encosta perto da gente. — E aí! - cumprimento-o. — E aí! Cadê o Kawan? - Tato pergunta pelo nosso amigo. — Tu acha que ele ia mesmo vir numa festa sem a Helena? - Célio responde sorrindo. — Gado! - Tato diz e nós três sorrimos. — Aí Natan eu tenho que te falar uma coisa irmão! Eu fiquei ontem com a Iara, queria te dizer isso pessoalmente pra você não ficar sabendo por outra pessoa. - Célio me diz apreensivo. — Quem é Iara? - pergunto sem entender do que ele tá falando. — Esse é o cara! - Tato diz batendo de leve no meu ombro. — A loira da briga com o Léo! - Célio reforça e eu me lembro. — Ah tô ligado! Tranquilo irmão! - respondo, nem lembrava que ela se chamava assim. — Beleza! Falando nisso! Vou dar uma voltinha e volto já! - Célio vai até o pé da escada onde a loira está o esperando e os dois sobem juntos, para algum dos quartos, imagino, termino meu copo, e pego mais outro, a bebida me faz ficar alegre e esquecer a Helena. — Ooooii! - a garota de cabelos castanhos se aproxima de mim. — Oooi! - respondo com meu sorriso safado. — A Tainan tá me chamando! Até mais! - Tato me deixa sozinho com a garota, e ela me puxa pra dançar com ela, uma dança muito sensual, devo admitir, a garota se esfrega em mim de um jeito sexy e em pouco tempo meu p*u já está duro. — Quer dar uma volta? - pergunto sussurrando em seu ouvido. — Aceito! - ela sai da festa comigo de mãos dadas e me leva cambaleante pra um canto escuro do muro da casa do Tato, e nós começamos a nos pegar, a garota sabe onde beijar e sabe onde pegar pra deixar um cara e******o, eu também como sempre dou o meu melhor, não posso ficar pra baixo. — Uaaau que pegada! - comenta excitada. — Você ainda não viu nada! - agarro a garota e nós ficamos no maior amasso, até ela começar a gemer. — Va.. vamos pa.... pra outro lugar? - a garota pede colocando a mão dentro do meu short, e eu fecho os olhos pra apreciar o prazer, mas... Eu realmente não deveria ter fechado os olhos! A imagem da Helena veio clara na minha mente, regando as plantas, com o corpo todo molhado, fiquei duro como pedra. E nesse momento eu tinha duas opções, aliviar o t***o que eu tô sentindo por causa da Helena com outra pessoa, ou ser sincero com a garota na minha frente e comigo mesmo e dizer que eu não posso ficar com ela pensando em outra pessoa, como andei fazendo a semana toda. Em certo ponto isso não está me diferenciando muito do meu pai. A Helena está sozinha em casa! Que tipo de homem é casado com uma mulher daquelas e a deixa sozinha pra ir em uma noitada? Eu não devia ter saído de casa! Eu quero voltar! Quero voltar pra Helena. — Desculpa, eu não posso! - digo me afastando dela. — O que ouve? Não gostou? - pergunta incrédula. — Não é você sou eu! - ela me olha irritada. — Eu sei que essa é a frase mais clichê que existe, mas é a verdade, eu.... eu.... — Gosta de outra! - ela diz finalmente compreendendo, e realmente não dá mais pra negar. — É! Eu gosto sim! Ela não sai da minha cabeça! - confesso. — Garota de sorte! Tudo bem senhor romântico, obrigada pela sinceridade, já vou indo embora. - diz se afastando, mas seu caminho é interrompido. — Sara! O que.... o que você tá fazendo? - olho pro lado e vejo de novo os três caras que brigaram comigo no começo da semana, pela a cara deles, estão querendo a mesma coisa, mas dessa vez parece ser por causa dessa garota que está comigo. Merda! — Sávio, nós não temos mais nada! Nós terminamos. - diz a garota. — E na primeira oportunidade você já sai com o primeiro que aparece? - pergunta o ex. — O Natan não é qualquer um! - responde e o cara me olha com ódio. — Vai ser quando eu quebrar a cara dele! - me ameaça e eu reviro os olhos, parece que ele esqueceu da última surra que levou. Eles ficam discutindo e a única coisa que eu quero é ir embora dessa festa. — Natan! - Tato chega perto de onde eu estou. — Irmão o que tá acontecendo? - Célio chega logo em seguida. — O cara que tá dividindo a Ino com o loiro! - o ex da loira provoca a gente. — Respeite a Iara i*****l! - Célio grita nervoso. — Olha aqui vocês três! Essa é a minha casa e eu não quero confusão! Se vocês querem briga vão procurar em outro lugar! - Tato os repreende. — Tato eu tô vazando cara! Não tô me sentindo muito bem! - falo para o meu amigo, eu realmente não quero confusão, quero voltar pra casa. — Mano, mas agora que é meia noite! - Célio reclama. — É sério mano! Não tô bem! Eu vou embora! - insisto. — Cagão! Kkkkk - novamente Léo me provoca. — É por esse mela cueca que você quer me trocar Sara? - o tal Sávio ri debochado. Eu poderia voltar e quebrar a cara desses idiotas de várias maneiras, mas tem um ímã chamado Helena me puxando pra ir embora, e eu começo a andar cambaleante até a saída da festa. Mas aí escuto um barulho de soco, o tal de Léo foi pra cima do Célio e os outros dois fizeram o mesmo, e o Tato foi ajudar e também entrou na porrada, e eu não podia ir embora e deixar meus amigos nessa saia justa, então eu voltei e entrei na briga, o pessoal da festa veio todo atrás da gente e começaram a gritar, depois de vários socos e pontapés, nós três derrubamos os caras. Alguém chamou a polícia e quando escutamos o barulho de Sirene todo mundo sai correndo, até mesmo o Tato que desaparece no carro com a namorada, e eu finalmente consigo ir embora dessa festa maldita e voltar pra casa. O caminho de casa é mais longe do que eu imaginava, até seria mais fácil se tudo não tivesse rodando, mas não me dou por vencido, continuo com meus passos cambaleantes, e na força do ódio consigo chegar em casa. Já entro fazendo barulho, pois quase não consigo abrir e depois trancar a porta de novo, e pra subir as escadas então, subo dois passos e volto três para trás, e acabo tropeçando na mesinha do centro e caindo. — Natan! Meu Deus! - Helena me ajuda a levantar e subir as escadas e me deita em cima da minha cama. — Tá rodando tudo! Eu acho que vou vomitar! - vou correndo pro banheiro e começo a vomitar, e enquanto vou soltando o conteúdo nojento no vaso, sinto a mão macia da Helena passando em minhas costas, ela me afaga e me conforta, fazendo eu me sentir bem melhor. — Olha como você tá! Vem aqui! - ela tira minha camisa e me leva pra debaixo do chuveiro e sinto a água gelada cair na minha cabeça. Eu puxo a Helena pra debaixo do chuveiro comigo e a abraço e mesmo que eu tente eu não consigo disfarçar minha ereção, eu olho bem nos olhos dela e sinto a respiração ofegante dela bem perto de mim. — O que é isso Natan? - Helena pergunta assustada. — Helena fica comigo? Eu sou louco por você! - peço implorando. — Natan não diz isso! - me repreende. — Helena você tá me enlouquecendo! Me dê uma chance! Por favor! - suplico pra ela. — Natan isso não são coisas que um enteado possa dizer pra uma Madrasta! — Pra o inferno com essa história de madrasta! Eu quero você! Eu tô maluco por você! Eu não aguento mais Helena! - digo desesperado. — Porque você está me dizendo isso? - ela está toda molhada, o c*****o de tão gostosa. — Porque é a verdade! Eu desejei te ter desde a primeira vez que bati meus olhos em você! - confesso louco pra colar meu corpo no dela. — Natan! - tenta me repreender mas eu continuo me declarando. — Desde então esse sentimento só foi crescendo e a única coisa que eu quero agora é tirar suas roupas e passear minhas mãos, boca e língua em todo esse corpo delicioso! - suspiro tentando controlar minha excitação — Eu quero muito t*****r contigo Helena! Ela me olha de boca aberta, e eu aperto meus lábios com os dentes pra me controlar e não beijar essa boca gostosa agora mesmo. — Helena Me desculpa se tô sendo invasivo é que... — Sim Natan você tá sendo invasivo! Eu só vou te ajudar porque você está bêbado. - me repreende mas ainda me ajudando a tomar banho. — Eu não tô bêbado! - falo com a voz embargada. — Tá sim e eu não vou me aproveitar de você! - eu pego as duas mãos dela e coloco pra deslizar do meu peitoral ao abdômen. — Por favor, Helena se aproveita de mim! Abusa de mim o tanto que você quiser! Eu sou todo seu! Me usa à vontade! - peço suplicando. — Natan não dificulta as coisas! - ela diz tirando as mãos e se afastando de mim e aumentando a quantidade de água que cai em mim. Resolvo chamar a atenção dela mais uma vez, me livro do short e da cueca, mais cedo ela me viu quase nu e reagiu pelo menos com o olhar, vamos ver o que ela faz agora que eu fico completamente pelado. Olho bem pra ela pra ver sua reação, mas ela só fica vermelha e vira o rosto pro outro lado. Merda! Qualquer outra garota viria pra cima de mim sem pensar duas vezes, sem precisar nenhum esforço da minha parte além de um sorriso, mas a Helena, ela é diferente, eu tô usando todas as minhas armas pra seduzir ela e não consigo, ela se mantém firme, não cede nem por um momento. Acho que essa é a diferença de uma garota pra uma mulher de verdade! A Helena é uma joia rara difícil de encontrar! Eu tenho muita inveja do meu pai por ter ela e eu não! Depois de um tempo que a água cai em mim, ela desliga e me puxa pra minha cama e me seca com a toalha, o toque dela é gentil e delicado, e me excita, ela cuida de mim com dedicação e eu consigo ver a preocupação comigo em seus olhos, e isso me faz ficar ainda mais bobo por ela, ela me faz sentir um turbilhão de sentimentos diversos dentro de mim, uma vontade louca de f***r ela com força até desmaiar, mas também fazer carinho e dar amor com delicadeza, e eu sinto que meu peito vai explodir. Eu quero tanto ela que até dói! Assim que ela termina de me secar me empurra pra eu deitar na cama, e eu puxo ela comigo, a primeira coisa que sinto são suas roupas molhadas, depois a pele quente do seu pescoço quando enrosco o meu nariz, aperto a cintura dela com força, ela fecha os olhos e morde os lábios, depois aperta meus braços e a mão dela passeia no meu peitoral, ela começa a ficar ofegante e o meu coração acelera animado, acho que ela vai me aceitar. — Natan não! - Helena diz se afastando de mim, e eu deixo ela sair fácil de meus braços, eu jamais iria impedir ela de se soltar, mas confesso que quase até choro, de tão triste e arrasado que eu fiquei quando ela se levantou. — Helena por favor! Dorme comigo! - pela milionésima vez, peço suplicante, tenho certeza de que não consigo esconder minha cara de decepção por não estar conseguindo o que eu quero. — Natan não podemos! - tenta me explicar. — Porque? Por causa do meu pai? E onde está ele agora? Nós não podemos, mas ele pode sair e te trair na sua cara? Vem Helena! Devolve na mesma moeda! Fica comigo! - levanto da cama e mostro novamente minha nudez pra ela, ela pode até não se render, mas ela não é indiferente a mim, ela me olha de cima a baixo e eu vejo desejo em seus olhos, e é isso o que me mata também, porque sei que ela quer, mas em vez de vir correndo e se entregar a paixão junto a mim, ela fecha os olhos, respira fundo e diz: — Eu não sou como seu pai! E também não sou como você! - fecha a porta do quarto com força e sai correndo, e eu caio de costas na cama, completamente derrotado. Essa mulher vai acabar comigo! Esse foi meu último pensamento antes de fechar meus olhos e mergulhar na escuridão
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