Bruno Alcântara
Carolina estava dormindo profundamente, abraçada com um travesseiro, via que estava nua por baixo daquele lençol fino que m*l escondia o corpo lindo de minha esposa. Solto uma respiração pesada, ao perceber que ela está bem.
Entro no quarto com os olhos fixos em seus s***s que estavam nus e a amostra. Sinto uma ereção começar a me incomodar, desejando o perdão da minha esposa e poder sentir o calor de seu corpo novamente. Fecho a porta e estranho que ela não desperta, já que ela tem um sono bastante leve.
Me aproximo da cama e me ajoelho de frente para ela, deixo de olhar para todo o resto e fixo os olhos apenas em minha esposa, na mulher que tem a minha vida em suas mãos. Ergo as mãos e puxo o lençol para lhe cobrir, sei que assim que ela acordar já estará com bastante raiva.
Seguro na ponta do lençol e a cubro com cuidado, antes que o lençol cobrisse completamente os seus s***s, que já estão um pouco maiores, os tornando ainda mais desejosos. Percebo que seus olhos estão abertos, focados em meu rosto.
Assusto com o click da pistola que ouço, com toda certeza a arma estava em sua mão embaixo do travesseiro. Mantenho meus olhos em seu rosto e espero para saber o que minha Deusa deseja de mim.
Mas diferente do que imaginei, ela solta a arma e me puxa para a cama. Estou tão surpreso que apenas aproveito a sensação e me deito ao seu lado, acolhendo o corpo quente e aos meus olhos frágil.
— Xiii, estou aqui, fique calma…
Aperto minha Deusa contra o meu corpo e deixo que ela coloque os seus sentimentos para fora. Tenho certeza que algo está acontecendo, preciso que ela volte a confiar em mim.
— Fiquei com tanto medo Bruno, na verdade, estou com medo, não apenas por Liam ter aparecido aqui em casa, mas…
Ela começa falar enquanto chora em pânico em meu peito. Vejo a Carolina que somente Eu conheço dentro do quarto, a mulher frágil e delicada, que por muitas vezes se sente insegura com tudo o que está acontecendo ao nosso redor.
— Fique calma, sabe que não pode se irritar, tem um pedacinho nosso dentro de você. — Ergo o seu rosto e vejo um sorriso surgir em seus lábios.
— Na verdade, são dois… — Diz dando de ombros.
Sinto um apagão em minha cabeça, com o que minha Deusa me revela…
Dois?
Dois o quê?
Não consigo deixar meu rosto mais suave, aperto o corpo dela contra o meu quando a sinto se afastar para me olhar melhor.
— O que foi? — Ela pergunta insegura.
É até engraçado observar que a minha Deusa sente insegurança de qualquer forma, logo ela que é a mulher mais f**a que conheço, que gosta do que faz, se satisfaz sendo quem se tornou nos últimos anos.
— Dois o quê Carolina? Não estou conseguindo compreender…
A vejo rir com o rosto mais tranquilo. Suas mãos vem para o meu peito e se afasta um pouco mais de mim, sorrio quando ela retira o lençol de cima do seu corpo e mostrando que está completamente nua, o que me irrita já que alguém pode entrar e vê-la dessa forma.
Mas quando as suas mãos pegam a minha colocando sobre a sua barriga, tudo começa a se encaixar.
— Estou grávida de gêmeos, Bruno, a médica disse que estão bem, com bom desenvolvimento e estou em pânico… — Ela diz e uma nova lágrima escapa de se rosto.
— Sabe que se depender de mim estarei ao seu lado, não é? Que vocês são meu tudo, são o ar que preciso para sobreviver. — Tento parecer calmo.
Mesmo que por dentro estivesse em êxtase, por estar com a minha esposa tão perto de mim, com ela me contando que seremos pais de mais duas crianças.
A vejo suspirar e confirma com a cabeça, mas ainda havia uma mágoa muito grande ali em seus olhos e sua fisionomia deixava bastante claro isso.
— Por que está aqui e não em nosso quarto? — Pergunto mesmo imaginado o motivo.
— Não conseguia dormir sem um saco de músculos de lado, depois Hassan achou melhor que ficar no andar de baixo fosse mais seguro. — Sorrio com a sua explicação.
— Não durmo em nosso quarto desde que voltei, estou dormindo naquela poltrona horrível que você brigou comigo para comprar ou no sofá do escritório. — Vislumbro um sorriso nascer em seu rosto a ponto de começar a gargalhar.
Retiro a mão de sua barriga e fixo os meus olhos em seu rosto, retiro os cabelos bagunçados de seu rosto e me aproximo.
Quero beijá-la, quero o seu perdão, necessito sentir o toque de sua pele na minha, me aproximo lentamente deixando claro o que preciso, o que desejo da minha esposa.
— Você é a minha deusa, é a mulher que amo Carol… — Sussurro entre seus lábios.
Quando sinto o roçar de nossos lábios, ao abrir os meus para aprofundar o beijo, sinto o seu corpo retesar e suas mãos empurrando para se afastar do meu corpo, olho para a mulher que parecia tão culpada que não consigo entender a razão.
— O que houve? — Pergunto sem entender.
— Não consigo Bruno, não consigo esquecer o que vi, entendo que não me traiu… — Minha Deusa se ergue da cama e algo que não vejo há muito tempo acontece.
Ela puxa o lençol e se cobre de costas para mim, escondendo o seu corpo de meus olhos. Engatinho pela cama e me aproximo da mulher que amo.
— Quero você de volta meu amor, quero seu perdão, não consigo mais ficar longe de você… — Choramingo tentando me aproximar da minha mulher que estava de costas para mim.
— Volta para mim, por favor… — As lágrimas começam a escorrer por meu rosto.
Posso ver que consegui afetá-la, que ela estava chorando, que via o quanto estou desesperado por ter a minha esposa ao meu lado.
— Não consigo Bruno, eu te amo…
Ela se vira de frente para mim, com os seus olhos cheios de lágrimas, escorrendo por suas bochechas, que já havia notado que está um pouco menores, assim como embaixo de seus olhos existem olheiras, provavelmente ela não estava descansando.
— Mas não consigo esquecer a cena, esquecer os seus gemidos, te ver lambuzado pelo prazer que sentiu…
— Amor…
— Entendo que acreditava que era eu, mas ainda não consigo…
Dou dois passos e a vejo se distanciar, aquilo me irrita, já que ela aceita o que houve por que não podemos voltar para casa.
— O que quer fazer, quero participar da gravidez, sou seu marido e o pai deles. — Aponto para a sua barriga e elevo um a minha voz.
Vejo a sua postura mudar, se até ainda pouco tinha uma mulher insegura, vejo a Madame Suíça surgir em minha frente com os olhos vermelhos desejando sangue.
— Estou ainda considerando se te mato ou não! — A ouço gritar. — Sai da p***a do quarto.
— Não! Vamos conversar, estou cansando de não saber se o Fritz entrará em casa para me matar. — Respondo no mesmo tom que a minha esposa.
— Sai!!! Agora!!! — Ela grita e ouço a porta se abrir atrás de mim.
Me viro e Hassan e Frank surgem com as suas pistolas em punho, o olhar de Hassan era diferente e o vejo respirar fundo quando vê que estava tudo bem.
Eles pedem desculpa e fecham a porta novamente.
— Vejo que está segura. — Digo tentando recuperar o controle da minha raiva. — Vou para um hotel já que não me quer ao seu lado.
Olho para os seus olhos e vejo que ela ergue o queixo e engole o choro.
Caminho para a porta e seguro na maçaneta para abrir a porta, antes que abra a porta completamente olho por cima dos ombros.
— Não me torture dessa forma, faça a sua escolha sobre a minha vida, eu te amo Carolina, mas a incerteza se você vai me matar ou não é pior que a nossa separação… — Solto um suspiro e começo a sair do quarto.
— Boa noite, volto pela manhã para tomar café em casa e saber como faremos para ir para Colômbia. — Digo saindo do quarto.
Não dou chance para que ela diga mais nada, caminho pelo corredor e posso ver os homens que mais confiamos com um olhar cheio de segredos, confio as nossas vidas em cada um deles e os segredos de acontecem entre as paredes da casa Alcântara, sei que meus homens jamais diriam alguma coisa que difamasse a nossa imagem.
— Vou para um hotel, Hassan, você vem comigo agora, Frank e Marcos ficam de vigia até que Hassan volte. — Digo e vejo os meus seguranças começarem a organizar as coisas.
— Senhor! — Hassan confirma com um menear de cabeça.
Observo todos os homens se organizando para poder sair de casa, quero conversar com o homem que tem se tornado o homem de confiança de minha esposa.
Não demora muito e saímos para o hotel, Hassan entra no banco de trás e me viro de frente para ele.
— Me conte a verdade, já sei o que houve…
Digo com os olhos fixos no homem que arruma a sua postura e confirma com a cabeça.