18 - Carolina Alcântara

1826 Words
Carolina Alcântara Com a situação apaziguada, subo até o meu quarto, troco de roupas e coloco uma roupa mais confortável para o que tenho em mente. Antes de sairmos, volto até o closet e procuro o meu celular que havia deixado cair. Entro nos contatos e procuro o número da pessoa de que preciso nesse momento. Acho o número do Henrique e me surpreendo que quem atende é o Charles. “Bom dia, Madame Suíça!” — Me responde tranquilamente. — Bom dia, Charles, preciso de uma ajuda e sei que vocês podem me ajudar. — O ouço rir. Nesse momento não estava com nenhum espírito amistoso, estava muito irritada, esse i****a entrou em minha casa, colocou os meus bebês em risco, agora só quero matá-lo. “Tem uma propriedade não muito distante, talvez leve apenas uma hora de carro” — Ele diz. O agradeço e antes de sair do quarto Hassan entra, seu olhar estava preocupado, o vejo fechar a porta e andar ao meu encontro. Me aconchego em seus braços e sinto o seu carinho. Tento não chorar em seus braços, mas as emoções estão tão fortes que é impossível não molhar a camisa do meu árabe. — Fiquei com medo que ele fizesse algo com você, Sayidati, me diga você está bem… — Via em seus olhos a sua preocupação. Uma preocupação tão grande que o via o pavor e o pânico não somente em seus olhos, como em sua voz e no modo como me abraçou. Então veio em mente o que houve com a sua esposa gravida. Seguro seu rosto em minhas mãos e observo os seus olhos ficando marejados de emoção, ele suspira forte e encosta as nossas testas. — Prometi que a protegeria ao Bruno, farei isso não somente por ele, mas porque a quero bem, lhe quero em segurança e feliz. — Sinto meus batimentos acelerando. — Obrigada por estar comigo Tajdid, quero ser para você o seu renovo, lhe dar a família que perdeu. — Digo e sem me importar com mais nada o beijo. Um beijo cheio de volúpia e desejo, sorrio ao sentir as suas mãos entrarem por baixo da camisa que estava usando e apertarem minhas costas. — Agora vamos matar esse miserável que ousou invadir a casa com a intenção de tomar o que desejo. — O ouço dizer e um sorriso irônico começa a surgir. — Só admito te perder para aquele saco de músculos. Deixo uma gargalhada sair ouvindo a forma como ele se refere ao Bruno. — Deixe o Bruno fora dessa conversa, ele não deve sonhar com o que aconteceu, ou surgirá aqui ainda essa semana! — Digo preocupada. — Não se preocupe, falarei com Frank e com o Jorge, tenho certeza que ele não irão dizer nada. — O beijo novamente e saímos do quarto. Dou as coordenadas para Hassan e em pouco tempo estávamos com Liam ajoelhado no galpão, com a Vanessa ao meu lado deixando o seu lado perigoso aflorar. Percebo que Liam talvez não tenha nada a ver com o que aconteceu com o Bruno que aquilo deve ter sido algo isolado, mas ainda não estou totalmente confiante com isso. Não consigo esconder da Vanessa sobre a gravidez, mas não dou mais nenhuma informação sobre o que está acontecendo, principalmente sobre meu relacionamento com Hassan. — Vanessa, quero lhe pedir o Hassan, desejo contratá-lo. — Digo assim que resolvo tudo naquele lugar. Vanessa olha para Hassan que estava ajudando Jorge e Frank a se livrar dos corpos para voltarmos para casa. — Por mim, sem problemas, vejo que ele se adaptou bem com a sua equipe. — Confirmo com a cabeça. Olho na direção que Hassan estava e o vejo dar algumas ordens, ele estava irritado pelo que houve essa manhã em minha casa e não n**o que isso está me deixando aflita também. Como alguém teve a coragem de invadir a minha casa, fazer o meu homem de refém e vir com a conversa de que me case com ele. Existe alguém de deixou o fato do que ocorreu na noite com o Bruno saísse das paredes daquele hotel. Não creio que seja o Luiz já que ele é fiel aos Carrillo. Alguém de fora, talvez Gonzaléz tenha feito algo, talvez tenha descoberto que encontramos a sua neta, a herdeira de sua casa. Não me prendo muito a esse pensamento, tenho que resolver a situação com Fritz e principalmente contratar mais seguranças, já que meus filhos estão chegando. Ligarei ainda hoje para o Bruno e contarei o que houve, mesmo brigados ele precisa saber o que houve. Voltamos para casa, Vanessa me convida para almoçar com elas, aceito já que preciso sair dessa tristeza que venho sentindo. — Não se preocupe, deixarei tudo seguro para as crianças. — Hassan diz determinado. Passo o dia conversando com Vanessa e Bianca, consigo finalmente compartilhar todos os meus medos e receios com as minhas amigas. Deixando de fora apenas o que está acontecendo entre mim e Hassan. O fim do meu casamento já é o suficiente para o conselho exigir que Bruno seja morto. Algo que não permitirei. Se souberem que estou me envolvendo com o meu segurança, ele também será morto, assim como corro o risco de sofrer a mesma punição como os dois homens que habitam o meu coração. Passo toda a tarde com as duas que se esforçam para me alegrar. Agradeço a Vanessa que mantém o meu segredo com ela, não posso ter mais pessoas sabendo sobre a gravidez dos gêmeos, ainda mais que teremos que ir a Colômbia ser o apoio de Hector. Me despeço das duas que estavam sentadas ainda no sofá assistindo ao filme que não estava me deixando muito confortável, Já que o romance é da protagonista voltando para o seu antigo relacionamento e deixando o homem que esteve durante todo o filme ao seu lado para trás. — Senhora Sayidati? — Viro em direção à voz de Hassan que vinha da cozinha da Bianca. — Diga! — Viro no sofá em sua direção. É impossível não deixar um sorriso se formar olhando para ele, havia um pequeno hematoma surgindo em seu nariz. Quero poder ir cuidar de seu ferimento e sentir suas mãos em meu corpo. O pensamento faz sentir um calor crescendo entre minhas pernas e meus s***s se aquecendo com a possibilidade de sentir Hassan deitado sobre o meu corpo, entrando e saindo, causando um atrito delicioso enquanto me rendo a cada uma de suas investidas. Suprimo um gemido para não chamar atenção das duas que estavam ao meu lado. Sinto o calor cobrir meus p****s e meu pescoço. — Acabei de ser informado que o voo está se aproximando, já preparei um carro! — Ele diz com um leve sorriso. Sei que Hassan percebeu o meu desejo, mas melhor do que eu, disfarçou e se manteve ali parado aguardando por suas ordens. — Estamos indo. — Levanto e abraço as duas que não perceberam nada. — Avise a Helena que a sua amiguinha está chegando. Bianca começa a rir e me abraça ainda mais apertado. — Será ótimo tê-la aqui novamente, assim como o pequeno Matheus. — Diz e me despeço. Vou em direção ao carro que Hassan havia preparado e vamos em direção à pista de pouso onde meus filhos e a Mariana deve estar chegando. No banco de trás observo Hassan dirigindo entre os carros com os olhos atentos, a procura de algo suspeito. Me aproximo dele no espaço entre os banco e seguro a sua mão que estava no encosto. — Como você está? — Pergunto ao meu segurança. Seus olhos encontram os meus através do espelho retrovisor, nossa vida é perigosa, sei disso, já tenho preocupação suficiente em minha cabeça para ter o meu Tajdid machucado ao meu lado. Continuo tentando achar uma solução de manter meu marido vivo e agora proteger o meu segurança, que finalmente é meu. — Muito irritado, deixei um maldito ambicioso se aproximasse de minha Sayidati. — Diz com os olhos vermelhos em raiva. — Estamos bem, não se preocupe com isso, vou conseguir manter vocês vivos. — Digo. — Qual a sua preocupação? — Ele pergunta ao fazer uma curva entrando no aeroporto. — Seu rosto parece muito preocupo. — Diz. — Tenho medo de perdê-lo, não somente você, mas o Bruno também. — Digo me recriminando. Não quero magoar o homem que está a minha frente. Mas também não posso iludir o Hassan. — Não nos perderá, precisa apenas ser honesta, consigo, com ele e comigo! — Ouço e começo a rir. — Você falando parece tão fácil, mas quando estiver na frente do Bruno e disse a ele que estou dormindo com outro homem, tenho medo. — Suspiro e encosto a minha cabeça em seu ombro. Deixo meus pensamentos se perderem, tentando encontrar uma forma de contar ao Bruno o que está acontecendo, essa batalha de sentimentos que ocorre em meu coração e minha mente. Sinto o carro parar e olho para meu segurança que havia parado antes de entrar no acesso às pistas. — Carolina, é fácil contar a verdade, o que doe é saber as consequências, a quero feliz e farei o meu melhor para que isso aconteça. — Ele diz e segura a minha mão. — Se o Bruno for inteligente, não vai se importa com quem você vem dormindo nos últimos dias, apenas seja honesta com ele Sayidati, será bom para você. — Via em seus olhos que estava tranquilo com aquilo. — Tudo bem, conversarei com ele assim que voltar para o Rio, antes de irmos para a Colômbia. — Tomo a minha decisão. Dependendo da sua reação, posso pensar sobre o que poderei fazer. — Obrigada por estar ao meu lado Tajdid. — Digo e me aproximo beijando os seus lábios. — Sentirei falta de você na minha cama. — Ele sussurra entre um beijo e outro. — Quem disse que planejo sair dela… Seu olhar brilha e deixo que ele volte a dirigir para ir buscar meus filhos. Laís já estava fora do avião brincando com Matheus que dava voltas pelas pernas da Mariana, agradeço a Deus que havia mais um segurança com eles para ajudar Hassan em nossa proteção. Desço do carro e corro em direção aos meus filhos que abrem os braços para me receberem. Me abaixo para pegar minhas duas criações. — Mamãe… Matheus é o primeiro que me abraça, o beijo com carinho e o aperto entre meus braços, logo em seguida a minha pipoquinha, com os seus olhos verdes tão iguais aos do seu pai, me sondavam. — O que houve? Começo a rir e os levo para o carro com o Hassan dirigindo, tento contar a eles o que estou trabalhando demais e por isso não consegui voltar para casa. Mas sinto que não consigo enganar a minha filha, sei que depois terei que conversar com a minha pipoquinha.
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