27 - Ivone Fritz

1852 Words
Ivone Fritz Ser casada com o chefe da organização que tenta consolidar as diversas máfias em uma única composição, está se tornando insuportável. Principalmente depois que a casa foi invadida há alguns anos e fui brutalmente espancada e meu filho machucado. Ver o homem por quem me apaixonei na Grécia se transformar dia após dia em um homem sedento de vingança, está fazendo com que todo o carinho que sinto por ele suma por completo. O que ainda me mantém ao seu lado é saber que ele será implacável com Andreas caso não esteja ao lado para impedir as sandices que ele planeja. Por sorte sai de Munique sem seguranças, já que disse que estaríamos com a Carolina. Olho para o rosto delicado de Mia que dorme tranquila em meu colo, via Andreas lutar com o sono nas poltronas a frente. Não posso permitir que o pai deles faça o mesmo que vem fazendo com Saymon. — Estou preocupada, Ivone… — Clarice sussurra atrás de mim. Depois que saímos de Munique, fizemos uma pequena parada para buscá-la em Santorini. Sabia que algo havia acontecido e que ela não queria me contar. Espero que não tenha sido o Bruno que tenha aprontado outra vez, tenho certeza que dessa vez a Carol não o perdoará e nem eu passarei a mão por sua cabeça. — Estou pensando o mesmo, Clarice, dependendo do que realmente houve, não sei se vou conseguir enrolar o Fritz. — Sussurro para minha amiga. A primeira vez que o Bruno bebeu demais e cedeu a v***a que sentou em seu colo, fiz de tudo para que meu marido não percebesse o que estava acontecendo. Assim como Clarice que conseguiu evitar que os gregos percebessem qualquer coisa. Nosso voo, por mais que tenha sido extremamente longo, chegamos um pouco antes do jantar no Rio. Do lado de fora da aeronave havia dois seguranças e um dele é extremamente lindo. Moreno, alto e com uma barba linda, parecia até um desses homens que são escolhidos para fazer algum papel de sheik ou árabe em filmes, ou séries. Continuo babando em cima do homem que apenas sorri para mim e minha amiga. — Senhoras, Sayidati me encarregou de levá-las em segurança para a residência. — Sinto um calor começar a subir pelo meu corpo. Olho para a Clarice que parecia tão afetada com a forma que o segurança nos tratou, ele deve ser árabe. Deixo que o segurança se afaste um pouco e me abano para refrescar desse calor carnal. Entramos rindo no carro, percebendo que ainda somos duas velhas assanhadas, diferente de mim que tem um casamento com Fritz praticamente de conveniência. Clarice vive o conto de fadas que nunca experimentou na vida, já que ela foi abandonada com os dois filhos ainda pequenos. Desde o seu casamento ela e Paulo vivem em uma eterna lua de mel, sei que se dependesse dela não estaria aqui para descobrir o que meu filho fez a sua filha. — Eles vão poder brincar bastante. — Clarice diz com Andreas em seu colo. — Precisava tirá-lo de perto dele. — Digo baixinho e suspiro. — Não melhorou em nada Ivone? — Ouço a sua preocupação. Apenas n**o com a cabeça e percebo a tristeza no corpinho de Mia que pesa ainda mais sobre mim. Deixo um beijo no meio de seus cabelos para tranquilizá-la. Tenho a sensação que de toda essa vingança que meu marido insiste em continuar, serão os meus filhos que mais sofrerão. Já que Fritz está encegueirado com essa ideia fixa de matar todos que tem algo haver com James. Assim que o segurança entra no carro, vamos em direção à casa de minha nora e do i****a do meu filho. Pelo visto chegamos depois de Carol aqui ao Brasil. Chegamos no condomínio e havia mais carros do que esperava, talvez a Ju já estejam aqui. Sorrio com a felicidade de rever a minha filha e o boca de quiabo do genro que adoro. Deixamos que as crianças saiam do carro e correm para dentro da casa, o segurança lindo que me deixou acesa parecendo uma árvore-de-natal estende a mão em minha direção e me ajuda a descer do carro. — Poderia ajudar a mim, sou mais velha que essa aí. — Clarice reclama atrás de mim. — Cala a boca, Clarice, o seu homem não está mais dando conta de você. — Respondo em alemão. — Claro que está, mas sei lá, vai que ele aceita a ideia de um voyeur… — Ela responde rindo e dando de ombros. Começo a andar em direção à casa da minha nora rindo de minha amiga que está a cada dia mais safada. Quando entramos na sala, avisto Juliana e Claudio, olhando para minha nora como se ela tivesse conseguido a proeza de ter outra cabeça. — Oi, minha querida! — Me aproximo de braços abertos e vejo seus olhos marejarem. — Desculpa Ivone, em carregar você para a confusão que está nesse momento a minha vida. — Ela diz entre meus braços. Afasto um pouco o seu rosto de mim, deixo um beijo em sua bochecha e a entrego para sua mãe que mima sua menina. Vou até a minha filha que sorri e me abraça com carinho. — Não acredito que conseguiu escapar de Munique carregando os gêmeos do furdunço. — Juliana me abraça apertado e relaxa em meus braços. — Ele fez uma merda muito grande, mãe. Fecho os olhos e suspiro com a confirmação da minha filha. Sorrio ao ver Arthur aparecer na porta e chamando os gêmeos para brincarem enquanto Aurora fica em meu colo. A cada dia a minha netinha está ficando mais linda, com os cabelos ficando enroladinhos. — Pronto Carolina, agora nos conte o que está acontecendo! — Digo e a vejo se levantar e caminhar em direção ao segurança que quase ataquei no carro. Sento ao lado de Clarice no sofá com a Aurora em meu colo. — Naão… — Exclamo quase surtando ao entender o que está acontecendo. A vemos se aproximar a ponto de ser abraçada por trás e receber um beijo em sua têmpora, é visível que esse homem também venera a minha nora. Como o meu filho pode ter sido tão burro em perder essa mulher maravilhosa. Sento no sofá ainda impactada com a revelação de que a minha amada nora está seguindo a vida em outro relacionamento. Mas o pior disso é como quer seguir, já que é uma peça fundamental da “First”, as regras de fidelidade e lealdade servem para ela também. — Calma, podemos arrumar outro segurança para poder conquistar! — Clarice diz rindo. — Não estou pensando nisso, quem sabe ele não tenha um irmão… — Digo para a minha amiga que senta ao meu lado e começa a rir. — Sei que é muito para assimilar, mas não quero segredos, pelo menos entre a nossa família. — Carolina diz com cautela. Ela se aproxima e segura em minhas mãos com os olhos fixos nos meus. — Querida, teremos que bolar algo bem grandioso para esconder vocês dois. — Digo sorrindo. Observo Carolina se afastando dos braços daquele lindo homem e sentando ao lado de sua mãe. Sorrio para ela e aperto suas mãos frias e suadas entre as minhas, víamos que ela estava preocupada com a minha opinião sobre isso. — Sou mulher assim como você, Carolina, jamais passarei a mão na cabeça do meu filho por um erro que ele fez com você. — Digo com convicção. — Estou grávida de gêmeos… — Ela sussurra dando de ombros. Olho para a Clarice que estava tão surpresa e apenas abraçamos a Carol da melhor forma como conseguimos. Então me dou conta de um assunto ainda mais delicado. — Os bebês, são… Não concluo a frase, mas notamos o segurança se aproximando e sentando ao lado da mulher que o atrai como se ela fosse seu ímã. — Biologicamente não são meus, mas se for da vontade de Sayidati os criarei ao seu lado como se fossem. — Sorrio para a suar resposta. — Espero que sim, porque vocês vão entrar em um vespeiro perigoso, ainda mais com o meu marido mentalmente instável. — Respiro fundo e olho para a minha nora. — Estou pensando em algumas coisas, mas em todas elas precisarei me afastar um pouco. — Ela diz e relaxa no sofá. A vejo relaxar e deitar a cabeça no ombro do segurança que ainda não faço ideia do nome dele. Que mantém a mão em sua barriga e parecia bem relaxado e confortável em nosso meio. Mesmo estando bastante cansada, fico ali com toda a família, preocupada com o que a Carol estava entrando de cabeça. A amo como uma filha e jamais faria algo para magoar a mãe dos meus netos. Ficamos várias horas ali sentados, olhando para as caretas que ela estava fazendo a cada nova cólica que sentia. — Você precisa ir no médico! — Digo olhando para seu rosto. — Iremos amanhã, Bruno ainda não viu nada da gravidez. — Ela diz e vejo um brilho surgir em seu rosto. Percebo que ainda existem muitos sentimentos ali naquele coração, antes que pudéssemos dizer algo mais, a porta se abre e o safado do meu filho que resolveu me fazer passar vergonha depois de velha surge. Retiro minha sapatilha e o acerto no meio da cara, fazendo o sangue começa a escorrer, antes que pudesse arremessar o outro, Carol segura em minhas mãos. — Deveria estar matando ele, olha o que esse menino aprontou! — Exclamo extremamente irritada. Levanto do sofá e caminho em direção ao meu filho com a sapatilha em minha mão, ouço os protestos vindo de todos, mas preciso corrigir esse menino. — A sua sorte que ela está gravida… — Começo a bater em seu ombros com a sapatilha. — Calma, mamãe… — Acerto mais algumas vezes. — Seu irresponsável, cretino… — Não escolho lugar, vou acertando onde consigo. Bruno começa a se afastar em direção a Carolina que continuava sentada e ria vendo a cena que estavam causando com o infiel de seu marido e i****a do meu filho. — Oi, minha Deusa! — Ele a cumprimenta e reviro os olhos para a forma que ela sorri para ele. — Oi, o que houve para estar assim machucado? — Ela pergunta. — Pare de se preocupar, ele deveria ter apanhado mais. — O acerto mais duas vezes. — Aí mãe isso doe. — Reclama e beija em minha bochecha. — É para doer mesmo, agora sente temos que planejar o que a Carol fará, já que ela não vai te matar. — Estou irritada demais com o meu filho para deixá-lo sair impune. — Por enquanto ficaremos aqui, tenho uma reunião com Carrillo e preciso voltar para Miami, Lais e Matheus ficaram lá. — Carolina aponta para o sofá e Bruno senta ao seu lado. — Claudio descontou um pouco a chateação, mas está tudo bem. — Bruno se explica ao lado dela. — Então, me diga o que planeja, Madame Suíça…
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