Carolina Alcântara
Bocejo sentindo um doce sono se aproximando, me viro para poder pegar o travesseiro com que Hassan havia dormir e me assusto quando o árabe em questão estava ali em pé, na entrada do meu quarto.
Não conseguia identificar o seu humor naquele momento, mas estou com a cabeça tão cheia de inseguranças, raiva e medo que deixo o choro sair. Ele respira fundo com os olhos fixos em mim.
Retira o terno, arranca o comunicador da orelha, chuta os sapatos longe e retira a gravata, antes de se aproximar da cama e se deitar ao meu lado. Me rendo ao desejo de sentir o seu perfume e vou de bom grado para o seu peito, chorar por outro homem enquanto ele me dá atenção e carinho. Suas mãos passeiam por minhas costas na tentativa de me acalentar.
— Põe tudo para fora Sayidati. — Ele diz.
Isso é o suficiente para chorar ainda mais, para realmente deixar sair as minhas últimas lágrimas por aquele traidor. Hassan não merece ter que cuidar de uma mulher que ainda não sabe o que fazer com os sentimentos em frangalhos.
— Me perdoe por me ver assim… — não completo a minha frase.
Outro soluço me toma e choro volta a se fazer presente. Mas dessa vez Hassan me abraça e ouço o seu choro se misturar com o meu, mas era diferente, podia ver em seu rosto que havia felicidade.
— Por que está rindo? — Pergunto limpando o meu rosto.
— Porque está gravida minha Sayidati e por Allah quero estar ao seu lado. — Ele diz.
E nesse momento esqueço o que houve, quem sou e as consequências de tudo que pode acontecer, passo a aperna por cima do quadril de Hassan e seguro a suas mãos em meu ventre.
— Quero lhe pedir algo, pense com cuidado e com carinho. — Digo.
O pensamento é perigoso, mas sei que consigo apoio se falar com as pessoas certas e esconder de quem precisar. Suas mãos fazem um carinho sutil em cima do meu ventre, mantenho os meus olhos nos seus e vejo um sorriso crescer.
— Me peça o Nilo e te darei as constelações do céu, minha Sayidati. — Diz com as mãos subindo e alcançando o fecho do meu sutiã.
Os meus s***s ficam livres assim que ele retira a última peça que estava no meu corpo, ele sorri e vejo quando retira a calcinha que estava ali escondida no bolso da sua calça.
Depois da consulta ele não me deixou colocá-la novamente, já que não fazia sentido.
— Preciso ouvir Carolina, me diga o que preciso… — Sua voz sai mais rouca.
Um calor diferente começa a subir da minha b****a até os meus s***s que subiam e desciam, os sinto inchados com o t***o assim como meus m*****s estavam enrijecidos e desejando ser chupados.
O olhar daquele homem, consegue amolecer o meu coração e me rendo a ele, entrego o meu coração tão machucado como estava.
— Meu coração está estilhaçado, tem certeza que me quer assim? — Pergunto rebolando em seu colo.
— Tenho paciência, agora me diga Carolina, preciso disso… — Suas mãos saem da minha cintura e seguram em meu rosto.
Fecho os olhos com o seu ato de carinho, respiro e aceito que devo deixar os anos que vivi ao lado do Bruno para trás, está na hora de esquecer quem sou e viver um pouco apenas como a Carolina.
— Me faça sua, Hassan, me tome sua mulher…
Sou surpreendida pelo homem possessivo que grunhi ao me ouvir. Seu braço passa por trás de minha cintura me puxando ao encontro do seu peito, deixo que ele me tome e conduza tudo o que tem para me oferecer.
Minhas mãos se aceleram abrindo os botões de sua camisa, o sorriso que estava em seu rosto era um contraste do meu coração, mas nesse momento quero que ele me ajude a esquece e superar tudo o que estava acontecendo.
Ergo um pouco o quadril enquanto nos beijamos, suas mãos grandes saem de meus cabelos para poder abrir a calça e deixa que ele fique nu, assim como estou. Estávamos afoitos, queria me sentir preenchida, então não espero, coloco minha mão entre nossos corpo e conduzo a sua ereção até a minha a******a.
— Sayidati… — Ele grunhiu ao sentir deslizar na minha b****a.
— Tajdid… — Gemo ao descer por todo o seu comprimento.
Espero um pouco para me acostumar com o seu tamanho dentro de mim e sinto o seu dedo puxando o meu rosto em sua direção, um beijo calmo e tranquilo faz com que me sinta tranquila.
Esse árabe consegue tranquilizar o meu coração, deixo o meu t***o explodir em torno do homem que estava com um sorriso bobo e sua mãos brincando por minha b***a e minhas costas.
— Hassan… — Choramingo sentindo que estou próxima ao meu orgasmo.
Apoio minhas mãos em seu peito, movimento o quadril subindo e descendo, aproveitando a lubrificação que meus fluidos estava nos deixando cada vez mais escorregadios. Fecho os olhos quando Hassan abocanha meu seio, deixo um grito de prazer sair, sem me importar quem possa nos ouvir.
Um impacto de um tapa em minha b***a faz com que olhe para o homem que estava com um olhar de repreensão.
— Goze, minha Sayidati. — Sorrio e acelero os meus movimentos.
Sinto os espasmos contorcerem meus músculos, começo a relaxar, mas não diminuo a velocidade, quero que meu homem goze e me marque como dele.
Mas seu braço passa por minha cintura e nos vira na cama.
Em vez de acelerar e explodir em seu prazer, Hassan diminui a intensidade e velocidade, tento controlar a minha respiração, vejo algo diferente em seus olhos.
— Diga, por favor… — Sinto o roçar de nossas pelves, me deixando ainda mais próxima de outro orgasmo.
— Me faça sua, me torne a sua mulher, a sua zawja…
Seus olhos brilham de uma forma que os meus sentimentos machucados se agarram nesse momento. Seguro em sua barba, o puxo para um beijo e nos rendemos ao orgasmo.
Conseguia sentir pulsar dentro de mim, inclino a cabeça lhe dando acesso para que ele me mordesse, deixando claro que sou dele. Fecho os olhos e o abraço com as pernas para o manter ali.
— Não a quero mais dormindo nessa cama, a quero ao meu lado. — Diz e concordo com ele.
— Preciso pensar em como contar aos meus filhos sobre você, não haverá mentiras em minha casa. — O vejo concordar.
— Não se preocupe, amarei seus filhos como meus, te ajudarei a criá-los ao lado de você e com o Bruno, não iremos brigar por isso. — Diz e solto uma risada.
— Então brigaremos pelo quê? — Me divirto e sinto uma arremetida.
— Se depender de mim, nunca brigaremos zawja, quando conhecer a minha mãe entenderá. — Sorrio e deixo um beijo em seus lábios.
— Vista um roupão, tomaremos um banho lá em baixo, preciso realizar o meu sallat. — Estreito as sobrancelhas.
Um beijo suave em meus lábios e sinto quando ele se vai, por um instante queria senti-lo novamente.
Sorrio vendo enquanto ele puxa as calças que nem havia sido retiradas de seu corpo, ele se arruma novamente, não põe a gravata e o terno. Saio da cama e a olho, passei bons anos nela.
Mas farei o que Hassan me pediu, se serei a sua mulher, não ficarei mais na cama que fui de outro homem.
Visto o roupão e observo enquanto ele põe a escuta no ouvido.
— Frank, estou descendo com a Sayidati, pode ir para a cozinha? — Ele ouve algo e sorri para mim. — Obrigado.
Fico curiosa em saber o motivo do sorriso mais seguro a minha língua, não quero que ele pense que ficarei controlando. Quero um relacionamento diferente, não um como tive nos últimos anos com o Bruno, quero algo leve ainda mais com essa gestação.
Antes de sairmos vou até o meu closet, com um homem protetor ao meu lado, ele me ajuda a pegar uma pequena mala no alto do closet e coloco algumas peças de roupas. Saímos do quarto com ele puxando a mala e segurando a minha mão.
Nesse momento sentia um frio estranho dentro de mim, estava realmente ali acabando o meu casamento, estava seguindo e de uma forma injusta carregando o meu segurança nessa loucura da minha vida. Confiarei nele, para me proteger e cuidar, talvez com o tempo e a convivência possa me apaixonar por esse árabe cheio de charme que descia as escadas a minha frente.
Ainda bem que Frank não estava as vistas, seria vergonhoso demais que ele me visse apenas de roupão e com os cabelos bagunçados depois que fiz amor com Hassan.
Entramos no último quarto do corredor, o quarto que ele estava não é tão grande, mas é bem confortável, a cama é grande e havia um banheiro privativo. O vejo retirar os sapatos e retirar o cordão de miçangas do bolso.
— Sayidati, pode ir tomar banho, vou rezar e daqui a pouco entro no banho e nos deitamos um pouco. — Olho para o tapete lindo que estava ali no chão.
O acho lindo, é uma tapeçaria espetacular, tenho vontade de me aproximar e tocar, mas como estou nua nem me aproximo, sei que para muçulmanos existem muitas regras, então devo aprender com o tempo todas elas.
Hassan deixa a mala na entrada do banheiro e sai, me deixando a vontade, enquanto retiro o roupão escuto a sua prece baixinha.
Tomo um banho rápido e decido usar um conjunto de moletom, sei que a Vanessa e a Bia viriam aqui, mas nesse momento não quero ver nenhuma dela, não quero mentir antes que o Bruno saiba da minha decisão.
Estava quase saindo do banho e mãos grandes pousam sobre a minha barriga e beija o meu ombro.
— Tudo bem? — Ele me pergunta e noto a sua preocupação.
— Avise que não quero visitas, que estou dormindo ou qualquer coisa… — Me viro em seus braços e beijo seus lábios.
— Assim que sairmos do banho mando o recado. — Respiro com alívio.
— Termine o seu banho, precisamos conversar sobre o Bruno e meus filhos, preciso encontrar uma forma de terminar esse casamento.