Carolina Alcântara
Tomamos café tranquilos ali na mesa, brinco com Laís e Matheus, ainda não quero contar sobre os bebês ainda mais quando eles realmente entenderem que estou me separando do país deles.
Observo minha pipoquinha tão independente, rindo e conversando com todos. Sempre tão educada, mas sem deixar de prestar atenção em tudo o que está acontecendo ao seu redor.
É claro que ela ia perceber que eu e o Bruno não estávamos bem nos últimos meses. Não é porque o perdoei que esqueci o que aconteceu com ele em Nova York.
O amo de todo o meu coração, desejo que nada de m*l aconteça a ele. Mas não consigo mais encarar essa situação, estou com a cabeça cheia disso.
Nesse momento os meus sentimentos estão completamente divididos, amo meu marido, mas estou me apaixonando pelo árabe que tenho certeza que me observa a distância. Sei que talvez Hassan nunca seja o suficiente para abrandar a dor pela escolha de seguir em frente. Mas seria incoerente comigo mesmo se tentasse manter o meu casamento com o Bruno.
Passei uma semana torturando o meu saco de músculos, para compensar a dor e a raiva de sua traição.
Talvez se fizesse o mesmo…
O que dói dessa vez foi ver o ato dele com aquela garota. Vi as suas mãos apertando a cintura dela, vi como seu corpo havia reagido pelo t***o que ele sentiu por ela, vi os arranhões que ele recebeu em seu peito…
Isso é o que não sai da minha cabeça. p***a sou a Madame Suíça, nunca perdoei nenhum abuso que as mulheres sofreram próximo a mim. Como iria perdoar o que havia acontecido naquele quarto.
— Podemos conversar agora, de preferência sem facas? — Me viro assustada com a voz do Bruno.
Nossos filhos saem da mesa e correm em direção ao pai, que os pega e vejo o tanto de amor que existe ali com eles.
Levanto da mesa e aponto para o quarto lá de cima, acho que ninguém precisa saber agora o que está acontecendo entre mim e meu marido.
Passo pela sala e vejo Hassan e Frank apostos para alguma necessidade, sorrio e subo para o quarto para esperar o saco de músculos que provavelmente deve estar bem irritado e com dor.
Entro em meu quarto e sento na poltrona de frente para a janela e inclino a cabeça para observar o tempo que estava lindo do lado de fora, enquanto em minha cabeça sentia a dor por precisar me afastar dele.
Puxo as pernas para cima e as abraço esperando por ele, do lado de fora já podia ver Laís e Matheus correndo em direção à casa da Helena. Suspiro com alívio, pelo menos eles não irão presenciar nenhuma discussão.
A porta se abre e viro o meu rosto em sua direção, Bruno estava de calça jeans, camisa de botões marcando seus músculos. O suficiente para me fazer suspirar.
Não tenho porque negar que sou apaixonada pelo homem que ele é!
Podia ver em seu olhar que ele já sabia o teor da nossa conversa, ele puxa a cadeira que estava ao lado da porta e põe em minha frente e como de costume o vejo retirar seu relógio, cordões, celular, carteira e os colocar na cama.
— Não iremos mais nos enganar aqui, Carol, não sou bobo. — Diz sentando-se a minha frente.
Deixo o ar pesado que estava em meus pulmões sair e miro naqueles olhos verdes por que me apaixonei há tantos anos.
— Meu coração estava em frangalhos, na verdade, ainda está, mas entre os seus braços acolhedores não me afundei na tristeza. — Sinto os meus batimentos acelerados.
— Esteve com Hassan? — Vi na sua pergunta a dor que ele estava sentindo.
— Sim, eu estou com Hassan! — Confesso.
Mantenho os olhos no meu marido, que começa a ficar inquieto, coça a barba, a cabeça e se ergue da cadeira, andando de um lado para o outro. Deixo que ele se acalme para poder voltar a conversar, diferente de ontem não quero me alterar, continuo sentindo algumas poucas cólicas.
Nossos olhos se conectam e os vejo marejados, com lágrimas ameaçando cair. Ele caminha até onde estou sentada e se ajoelha aos meus pés. Suas mãos seguram as minhas que estavam abraçando minhas pernas.
— Eu te amo, jamais faria qualquer coisa para lhe ver m*l, entendo que está magoada e suas razões por estar fazendo isso…
É nesse momento que percebo que nunca mereci o amor de Bruno, mesmo depois de tudo o que já o fiz passar, pelas escolhas que tomei para a minha vida, ele está ali, praticamente me deixando livre.
— Eu também amo você, mas acredito que não conseguirei esquecer o que vi Bruno e nesse momento apenas quero cuidar da nossa gravidez longe de tudo isso…
— Carol, eu quero participar, quero estar ao seu lado e ver nossas pipoquinhas crescendo dentro de você, meu amor. — Ele diz com lágrimas nos olhos.
— Jamais irei tirar de você a sua paternidade, nossos filhos e nossa segurança em primeiro lugar. — Ele deita com sua cabeça em minhas pernas e deixa seu choro sair.
— O que decidiu sobre o conselho? — O ouço perguntando com o rosto em minhas mãos.
Está na hora de revelar o que venho pensando.
— Bruno, quero continuar morando no Rio com você, mas em quartos diferentes…
Um sorriso começa a surgir em seu rosto, até que surge uma ruga entre suas sobrancelhas e então o esclarecimento.
— Vai querer manter o Hassan embaixo do mesmo teto que a sua família? — Sua voz sai baixa, mas percebo a irritação.
— É isso, ou todos morremos, deixando nossos filhos com as avós. — Esclareço o assunto.
— Como você acha que será para mim, sou seu marido e seu amante estará no quarto ao lado transando com você…
Posso ver a luta interna que ele está travando com ele. Mas dessa vez não amenizarei a sua dor.
— Talvez a morte seja um pouco mais aceitável, do que dividir a casa com o amante da minha esposa. — Da forma como ele diz, sinto vontade de rir.
— É isso ou a morte! — Exclamo.
Não quero pressionar, o assunto é delicado e temos que fazer as coisas com calma e discrição. Bruno precisa aceitar o que estou lhe propondo ou assim como ele teremos problemas com Fritz.
— Porque você acha que conseguirá viver dessa forma Carolina. — Ergo o queixo e mantenho nossos olhos fixos.
— Sou apaixonada pelos dois, a forma que vocês me tratam me dá confiança que farão até o impossível para proteger a mim e nossas crianças. — Digo enquanto o observo retornando para a cadeira a minha frente.
— Sabe que será difícil para mim não é? Aceitar que te perdi…
— Apenas quero esquecer, sei que estou confusa e talvez apenas o usando para a amenizar a dor pelo que houve entre nós dois… — Cubro o meu rosto com as mãos envergonhada por assumir o que venho sentindo.
— Minha Deusa, olhe para mim. — n**o com a cabeça e deixo que as lágrimas saiam.
Antes que pudesse falar qualquer coisa estava em seu colo, sendo carregada para a cama, aproveito a sensação ao lado do meu marido, porque sei que estamos chegando ao fim.
Nesse momento empurro toda a dor e a mágoa que estou sentindo e me agarro a sua camisa, inalando o perfume amadeirado que tem por toda a nossa casa e me fazendo lembrar do meu marido constantemente.
Bruno me coloca na cama lentamente, seguro a gola de sua camisa e o puxo para um beijo cheio de saudades e desejo. Com carinho ele se deita sobre mim, com as suas mãos subindo o tecido do meu vestido, aquecendo por onde toca.
Ofego ao sentir a sua barba tocando na curva do meu pescoço enquanto seus beijos em minha mandíbula me torturam com a lentidão. Fecho os olhos naquele momento e peço aos deuses que me deixe aproveitar aquele último momento com o meu marido.
— Posso? — Ouço a sua súplica em sua voz.
Não consigo dizer nada, começo a desabotoar sua camisa e um sorriso de dentes brancos e perfeitos se abrem em minha direção.
— Devagar… — Abro as pernas e deixo que ele se acomode melhor em cima do meu corpo.
Deslizo as mãos por seu peito musculoso, gosto da sensação que estou sentindo nesse momento, a calmaria que somente Bruno sabe me dar quando me ama.
Ergo meu quadril quando suas mãos deslizam por minha pele para retirar minha lingerie. Deixo um gemido sair ao ouvir o seu rosnado de t***o.
Com a minha calcinha fora do meu corpo deixo que meu marido faça o que sente vontade, estávamos com saudade um do outro e mesmo que a minha cabeça e coração estivesse uma confusão me deixo aproveitar tudo naquele momento.
Observo enquanto ele sai da cama e retira tudo o que havia deixado ali, colocando na poltrona. Vai até a porta e a tranca já que conhecemos os filhos que temos.
Bruno caminha até a minha direção e retira a calça do seu corpo, revelando o corpo musculoso que meu marido tem. Subo um pouco mais na cama para me acomodar melhor, olhando o seu corpo e todas as cicatrizes que lhe causei a menos de dois anos.
Quando sobe na cama sua ereção estava pulsando com t***o, fecho os olhos quando suas mãos retiram o meu vestido revelando os meus s***s.
O seu olhar revela uma tristeza, então percebo haver uma leve chupada em meu seio. Cubro com a mão e espero para ver a reação que ele teria.
— Dói saber que a minha Deusa não é mais só minha…
Sento na cama e seguro em seu pulso o puxando em minha direção.
— Se isso for demais para você, acho melhor ir e conversamos quando chegar em casa amanhã. — Digo, mas implorando que ele não mudasse os planos.
— Não, você ainda é minha… — Diz, com um rosnado possessivo.
Deito novamente na cama e mantenho os olhos fixos nos seus, encontro uma posição melhor e deixo que ele nos satisfaça.
— Desculpa amor, mas estou com saudades… — Ele grunhiu beijando os meus lábios com força.
Sinto a sua invasão, alcançando o fundo. Forço meus olhos a ficar aberto e aproveitar a sensação de atrito em sua entrada e saída.
Rebolo causando ainda mais atrito entre meu c******s e a base da sua ereção, estava cheia de desejo e prazer, começava a sentir o meu orgasmo se aproximando, meu corpo inteiro começava a ter pequenos espasmos.
— Eu te amo… — Sua arremetida se torna lenta e suave. — Sempre estarei lhe esperando…
Deixo o meu orgasmo explodir ao seu redor, aperto minhas mãos em seu pescoço e minhas pernas o abraçam pela cintura, o vejo sorrir satisfeito com a sensação que causa ao meu corpo.
Estávamos em um momento diferente e por um momento senti que poderia perdoar ou me dividir entre os dois.
— Amor… — Ouço-o gemer próximo ao meu ouvido. — Não suporto mais.
Confirmo com a cabeça e contraio minha musculatura lhe dando mais prazer, suas estocada mesmo forte noto que estavam bem mais contidas que antes. Respiro fundo sentindo o novo orgasmo acontecendo enquanto meu saco de músculo explode dentro de mim.
Um sorriso brota em nossos lábios, sua aproximação lenta do meu corpo faz com que o abrace com carinho e aproveite a sensação.
Nossas testas se aproximam e sinto um beijo terno ali e olho com expectativa esperando pelo que virá a seguir.