09 - Hassan Al-Makki

1729 Words
Hassan Al-Makki Ser filho do sheik me trouxe muito mais problemas que alegrias. Em uma noite em que a residência onde morávamos foi invadida por extremistas tive a infelicidade de perder minha amada esposa, ela estava esperando o nosso primeiro filho. Homens que achavam que não eramos dignos de ser quem eramos, do meu pai ter a posição de governante. Passei meses em depressão e antes que a situação piorasse resolvi fugir daquilo tudo, deixando Raja, minha irmã, como a herdeira. Fugi para a América, usei meus conhecimentos militares para conseguir emprego como segurança. Consegui uma vaga para ser segurança de um cantor pop, mas assim como eu, ele sofria de depressão e acabou com a sua dor, tirando a sua vida em uma banheira e após tomar muitos comprimidos para dormir. Mesmo que tenha fugido das minhas obrigações no Sudão como o futuro sheik, nunca deixei de mandar notícias para os meus pais e de manter a minha fé em Allah, meu masbaha sempre comigo, até mesmo em alguns momentos no trabalho. Por algum motivo foi escolhido pela senhora Lira para ajudar em sua proteção no resgate do seu filho que estava no poder de um narcotraficante na América do Sul. Mas, a pessoa que estava ali apenas para ajudar a minha protegida, sofreu o pior dos golpes. Quem não conhece a mulher que comanda o restaurante “Suíça”, que muitos suspeitam que ela é muito mais que uma simples empresária, já que tem aproximação de pessoas que pelos boatos são mafiosos. Carolina é uma mulher linda, diferente de todas essas que já conheci nos anos que estou aqui em Miami. Ela não é uma mulher plastificada, muito pelo contrário. Essa mulher é dona de um corpo torneados nos lugares certos, ela é uma mulher cheia de curvas, da forma que um árabe gosta. Uma mulher que preenche uma cama, pena que não é a minha. E que força aquela mulher tem, quase não consigo tirá-la daquele quarto. Ela desejava a morte do homem que havia lhe traído. Não poderia fazer isso, porque estava mais que claro que eles se amavam e ele foi drogado. Foi difícil acalmar a mulher que devia estar aqui para ajudar a minha protegida. Mas com a mudança de função, senhora Lira acabou me designando para ela, o que não me deixou muito contente. Odeio mudança de planos, cuidar de uma mulher traída não é uma coisa fácil, teremos que estar atentos sempre na possibilidade de que ela faça algo contra ela mesmo. Ainda não conheço bem a senhora Alcântara, mas já que estou aqui farei o meu melhor. Durante a madrugada, depois de minha oração noturna, fui até a cozinha passar um café, um vício que não consegui vencer ainda. Sou surpreendido pela mulher apenas com uma camisola que m*l lhe cobria, podia ver os seus m*****s rígidos e o desejo lhe denunciando, sua cor morena ganhando tons avermelhados. Estava há meses sem ter uma mulher na minha cama, não pratico celibato, mas não gosto de ter uma mulher por dia. Sou homem e ver uma mulher na minha frente da forma que Sayidati estava era uma tentação pecaminosa. A desejei, que Allah me perdoe. Cobicei a mulher de outro homem, minha religião permite que eu tenha mais de uma mulher, com tanto que não faça diferença entre elas e que nunca lhes falte de nada. Mesmo que a religião permita ter mais que uma, sou como meu pai, com coração apenas de uma. Porém, nunca vi nas escrituras que uma mulher pode ter mais que um homem. Jogo todas minhas convicções para o alto e tomo aquela mulher linda para mim, enquanto a beijo sinto o seu corpo se amolecer em meus braços. Sentia o seu corpo implorando para o meu, assim como o meu implorava pelo dela. A deixo no quarto para que ela pudesse pensar um pouco sobre o que estava acontecendo, quero que ela tenha certeza, porque será bem complicado amanhã quando acordar e perceber que fez o mesmo que o marido. Desço até o quarto onde estou dormindo, era um quarto simples, com janelas para a lateral da casa sem grades e com acesso as duas saídas, uma cama kingSize no meio do quarto. Tudo em tons claros, a única coisa escura que havia ali naquele momento é minha bolsa e o terno que estava em cima da cama. Meu balúchi ainda estava estendido no chão, retiro o meu masbaha do bolso, o beijo e o coloco na gaveta do móvel ao lado da cama. Puxo os preservativos que tem ali e vou e direção a mulher que me aguardava no andar de cima. E que mulher… Mesmo ferida e muito magoada, Carolina conseguiu fixar a mente no momento, seus olhos estavam em mim e não no que lhe havia lhe trago dor, fazendo o seu coração se quebrar. Ouvi-la falar que não era a primeira vez, me enfureceu. Mulher não merece de forma alguma sofrer o que lhe aconteceu. Adoraria amarrar as suas mãos e deixá-la ali na cama sentindo prazer até se cansar. Seu primeiro orgasmo é delicioso e viciante, não consigo me manter muito tempo longe de seu corpo e retiro dele o máximo que posso, a tomo naquele momento para mim e para amanhã apenas Allah é o conhecedor do que acontecerá. Acordo um pouco após cinco da manhã, seu corpo quente estava sobre o meu, os cabelos na altura do ombro a deixavam tão linda, afasto a mexa e fico ali admirando a mulher que ainda estava com o rosto inchado de dias de choro. Beijo a sua testa e saio da cama. Encontro um bloco de notas e deixo um bilhete a convidando para o café. Recolho a minha calça do chão, visto olhando para a mulher que estava descansando com um rosto tranquilo, sinto uma ereção surgindo e o desejo de acordar seu corpo beijando os seus pés. — Que isso Hassan… Sussurro para não lhe acordar. Olho para o relógio ao lado da cama e está na hora de render Frank, espero que ele não esteja pela sala, ou me verá descer sem camisa e com o p*u balançando na calça. Para o meu desgosto ele estava entrando pela porta principal e os seus olhos vêm direto para os meus, paro no fim da escada e o cumprimento. — Vou apenas tomar um banho e me vestir, já me encontro com você na cozinha. — Digo e entro no corredor que dá acesso ao meu quarto. Entro no banho para me purificar e poder realizar o meu sallat, posso ter cometido o maior dos pecados do alcorão, mas não deixarei de implorar pelo perdão de Allah. Visto minha roupa e antes de calçar os sapatos me posiciono em direção a Meca, me coloco em posição para realizar o meu sallat, inicio com o primeiro do dia: Allah é o Maior Busco refúgio em Allah contra o maldito Satanás. Inicio em nome de Allah, O Misericordioso, O Misericordiador. Louvor a Allah, O Senhor dos mundos. O Soberano do Dia do Juízo. Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda. Guia-nos à senda reta. À senda dos que agraciaste. Não à dos incursos em Tua ira. Nem à dos descaminhados. Ó, Allah, aceite a nossa súplica. Allah é o Maior. Ó, meu Senhor perdoa-me. Termino a minha oração matinal, deixo meu tapete ali mesmo, já que ninguém entra em meu quarto, guardo o que preciso e calço meus sapatos. Estou pronto para mais um dia de trabalho, sendo agraciado pelas oportunidades que recebi. Vou para a cozinha, começo a preparar um café e vejo Frank chegar por trás de mim. — Não quero nem saber, apenas cuidado. — Viro em sua direção e o vejo retirar a escuta. — A noite foi tranquila, nada de novo, apenas o senhor Alcântara que ligou algumas vezes. Me calo, o que posso dizer: “A mulher apareceu na cozinha praticamente nua e carente.” Sou homem e jamais, diria qualquer coisa que deixasse imaculado a imagem da mulher poderosa que Carolina é. Frank percebe que não falarei nada, se aproxima e se serve de café enquanto sento com a minha xícara e começo a olhar as notícias do oriente médio, as mensagens dos meus pais e algumas notícias de esporte. Noto que várias mensagens de um número desconhecido chegam, um sentimento estranho me toma quando percebo ser do marido de Carolina, pedindo que cuide dela. Se o homem imaginar que o que mais fiz essa noite foi cuidar do corpo dela, sentindo o seu toque em meu corpo foi diferente e o que mais quero nesse momento é subir novamente naquele quarto e sentir o seu cheiro. Fecho os olhos com o sentimento de culpa querendo me consumir, quando ia beber meu café percebo que já havia terminado, levanto e encho novamente o copo. Assim que me sento, o perfume doce preenche a cozinha, vejo os seus olhos procurando por alguém, sorrio e a tranquilizo. Porém, ouvi-la que esteja provavelmente grávida é como se abrisse uma f***a entre mim e essa mulher linda, com um vestido marcando muito bem as suas curvas. A vejo sentar a minha frente e mostro as mensagens que estão no meu celular. Não estava esperando que ela fosse me dizer que estava gravida, então tudo o que aconteceu ontem pode ter sido somente os hormônios da gravidez falando. Percebo que ela não gostou muito quando mencionei o seu marido. Mas o que posso fazer, ele ainda é o marido dela e preciso deixar o homem informado sobre o paradeiro de sua esposa. Carolina não é uma mulher comum, ela é uma mafiosa casada com o CEO da “Smoke”. Sou apenas um segurança emprestado, que deixou os desejos da carne falar mais alto durante a noite que tive com ela. Enquanto estou aqui me punindo por ter experimentando o fruto proibido, Frank entra na cozinha. — A patroa pediu que em vinte minutos você vá até ela. — Concordo com a cabeça e levanto para lavar a louça que sujei. Aguardo o tempo que ela havia dito, vou em direção da sala onde ela estava e antes de entrar naquele escritório decido que não repetirei o que fiz naquele quarto. Entro no seu escritório e tento uma postura mais seria.
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