Kenji
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Ser iniciado na mafia do Japão não é uma coisa muito facil para quem não está acostumado, mas meu pai me ensinou desde pequeno qual seria meu caminho, minha mãe faleceu no meu parto e mesmo que o casamento dela com meu pai tenha sido um acordo que meu avó na epoca fez com meu avó materno, meu pai a amou muito e nunca mais teve nenhuma outra mulher em sua vida e desde que eu me conheco por gente, somos só nós dois. Aos dois anos começei a lutar algumas artes marciais... Sou mestre em karatê, judô, aikidô, sumô, jiujitsu, ninjutsu, kendô, iaidô, kyudô, e conheco outras variações. Que é minha profissão foram do mundo da mafia. Tenho alguns dojos espalhados pelo país e faço um bom dinheiro com eles.
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Mesmo que eu ainda seja "de menor" tenho muitas responsabilidades. Iniciei na mafia com 7 anos, a primeira morte pelas minhas mãos, a primeira vez em um bordel/boate, a primeira vez vendo como as drogas eram transportadas para fora do país e não tive nenhuma reação anormal, era o que meu pai esperava de mim, era o que meu avô esperava de mim... Todos esperavam de mim e eu não tinha nenhuma resalva sobre.
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Desde então me mantive ocupado entre a mafia e os dojos... Crie competições para o país todo, varias tvs locais e de fora patrocinaram o evento, vários participantes ficaram famosos somente por participar, mesmo que tivessem perdido. Meu pai me emancipou aos 10 anos quando uma das competições foi realizada na Georgia, Sul dos Estados Unidos. Essa competição tinha artes marciais de origem japonesa e estadunidense. Rodei os estados unidos ensinando em alguns rings de luta, voltei para o japão 4 ano depois e decidi descansar da luta, mesmo que tenha me dado muito dinheiro era algo que já estava me cansando... Até eu conhecer ela. Ellie.
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Continuei trabalhando na mafia para meu pai ou com ele, mesmo sendo seu filho e sendo o proximo a seguir seu posto sou eu, me mantendo sempre atento e obediente as ordens de meu tio Yusei que é o sobchefe do meu pai.
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— Kenji, apartir de amanhã teremos uma hospede muito importante aqui em casa. Precisarei de você a ajuda-la a aprender alguma das artes marciais no qual você é muito bom.— Meu pai me diz enquanto tomamos café.
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— Claro pai. Posso saber quem é? — Eu o pergunto enquanto tomo meu chá. meu pai não dormiu em casa, passou a noite em uma missão que não me contou e mesmo não tendo dormido em casa, temos o costume de tomar o café juntos.
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— Ellie, filha do don da mafia italiana, bom agora não mais. Ele sofreu um ataque e ela foi a unica que sobreviveu com algums homens.— Conheco Ellie de vista, acho que ela tinha uns 5 anos a ultima vez que tivemos na italia, então me recordo pouco dela.
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— E esses homens, são confiaveis? — Nesse mundo nós aprendemos que não podemos confiar em ninguém.
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— Sim. Um deles é o Dereck que você ja deu aula de luta.— Balanço a cabeça concordando com ele, realmente Dereck é um dos homens mais confiáveis da máfia italiana.
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Quando terminamos o café meu pai vai para uma reunião com o concelho da máfia para informá-los sobre a vinda de Ellie e eu decido ir até algum dojo.
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Temos um dojo dentro da nossa propriedade, mas é um pouco distante da nossa casa pra que o barulho da luta nos invada a casa, geralmente quem usa o dojo aqui de dentro são os homens de meu pai, mas eu também uso as vezes.
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— E ai cara, vamos da um pulo na boate?— Nem me dou o trabalho de me virar pra ver Jin vindo ao meu encontro.
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Jin é o mais perto que eu tenho de um amigo, mesmo que ele seja um babaca as vezes que só pensa em bebida, dinheiro e mulheres. Não que eu seja diferente, mas eu não gosto do jeito que ele trata as meninas lá da boate.
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— Acho que não, estava pensando em ir lutar mesmo.— Continuo andando sem me virar.
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— Você só pensa em lutar enhim? Estou achando que gosta de agarrar homens, primo. — Solto uma gargalhada enquanto aguardo ele se aproximar de mim.
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— Tá vendo o tamanho desses braços? Não é enchendo a cara igual a você que ele se mantém e você sabe que as garotas da boate adoram me apalpar.— Eu comento com ele fazendo um muque.
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— Tanto faz cara, posso ter esse braços aí ou ate maior tomando bomba. — E ai está mais um lado i****a do meu primo que acha que dinheiro compra tudo.
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— Boa luta pra você então, eu estou partindo.— Jin passa por mi. igual a um foguete.
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Falam que a criação é a chave da educação de uma criança e o Jin é literalmente a amostra disso, quando ele tinha 12 anos sua mãe abandonou meu tio fugindo com um dos soldados do meu pai, desde então meu tio o deixa fazer o que quiser e mesmo sendo 3 anos mais velho que eu, ele ainda é um mimado que não consegue levar um não de ninguém.
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— Mudanças de planos, nossos hóspedes chegaram hoje mesmo.— Meu pai me informa entrando no doio, eu só reparo que passei muito tempo lá quando olho para fora e percebo que já anoiteceu.
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— Tudo bem, ao amanhecer posso iniciar o treino da menina. Deixe que eles descansem pelo menos hoje.— Meu pai da um aceno de cabeça concordando e sai.
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Eu volto para a casa, como algo rápido e decido tomar um banho para receber os hóspedes. Meu pai ainda não disse por quanto tempo eles irão ficar aqui, então deve ser por bastante tempo.
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Toru é a pessoa que mais chega perto de uma representacao materna. Ela é meiga, se preocupa com todos, não liga pra quem esta perto se ela precisar brigar e sempre nos alimenta. Toru faz um carrinho de comida para os novos hóspedes, ela ficou bastante empolgada em ter outra mulher na casa, mesmo que seja uma menina. As vezes é pesado para ela lidar somente com homens e eu entendo que as vezes somos cabeças duras.
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Assim que os hóspedes chegam ouço meu pai os receber, eles se acomodam e meu pai os levam até o escritório onde algumas pessoas do conselhos estão aguardando eles. Mesmo que sejam hóspedes e aliados, eles precisam fazer o juramento de que nada do que eles vão ver aqui irá ser falado a terceiros. Eu nem durmo enquanto os aguardo na sala, percebo que eles vão demorar muito então sigo para o dojo da nossa casa com uma garrafa de chá. Esta quase amanhecendo, então sei que não terá ninguém por lá.
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Encontro dois soldados lutando no dojo e isso me deixa um pouco animado, assim que a luta deles termina eu me posiciono para iniciar a luta com o vencedor.
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— Ellie, permita-me apresentar Kenji.— Assim que ouço meu pai cumprimento meu adversário, me viro para a entrada do dojo e o que eu vejo me deixa extremamente encantado.
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Eu não tinha nenhuma imagem construída de Ellie, mas ela bem ali na minha frente parecia um anjo.
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Estatura baixa, com o cabelo ondulado até a altura de seu cotovelo. Sua pele é clara, não como a minha, mas é como se estivesse bronzeada. Lábios avermelhados, s***s fartos e uma cintura fininha. Treinar com essa garota será meu fim e antes de qualquer coisa, eu sei que eu a quero.