Ellie.
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Depois do banho e de vestir um short de pano leve, um cropped de alcinhas e pentear meu cabelo. Decido que estou pronta para descer. São quase 21h.
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— Acho melhor você trocar de roupa.— Eu sempre me surpreendo em como Kenji consegue terminar de se arrumar quase junto comigo.
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— Porque? Não gostou? — Eu me viro para ele e quase me arrependo. A forma em que ele me olha é de uma intensidade que nunca vi antes.
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— Pelo contrário, eu gostei. Gostei até demais. O difícil seria assistir o filme e deixar minhas mãos longe de você.— Mais sincero, impossível.
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— Tenho certeza que irá se comportar.— Eu comento passando por ele e descendo a escada.
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— Nunca pensei que você fosse do tipo que paga para ver, Ellie. Gostei.— Ele comenta atrás de mim.
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Depois desse pequeno contato, eu aguardo ele no pé da escada. A casa é muito grande e eu ainda não tinha sido apresentada a todos os cômodos.
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— Por aqui.— Ele disse casualmente com as mãos nos bolsos indo para o lado direito.
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Ele falou da minha roupa, mas eu poderia claramente falar da dele. Uma regata preta bem agarrada ao seu corpo, faz seus braços e p****s parecerem maiores. Um short quase do tamanho do meu, expõe sua pele leitosa.
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—Aqui é a nossa sala de cinema, só eu e meu pai temos a senha. Como meu pai viajou, a metade dos homens foi com ele e a outra metade por aqui. A única pessoa a nos interromper é a Toru, pedi a ela para fazer algumas comidas.— Ele diz enquanto me conduz para dentro com uma mão na minha lombar.
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— Caramba, aqui é um refúgio.— Eu digo tentando evitar o arrepio do contato de sua mão em meu corpo.
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— O intuito é quase esse.— Diz ele apagando uma das luzes amarelas que estava acesa. Eu fico plantada ali como não soubesse para onde ir.
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— Venha.— Ele volta e me estende a mão.
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— Essas poltronas são de ultima geração do cinema 4D aqui em Tóquio, então você pode sentir a poltrona tremendo, água espirrando dos braços e pode sair fumaça da tela. Ah se você tocar em baixo, vai identificar um cobertor e travesseiro e se puxar isso aqui, as duas poltronas viram uma.— Ele puxa tipo uma alavanca do braço onde as duas poltronas se juntas.
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— Uau... Isso tudo é muito maneiro.— Eu o observo tirar o cobertor e o travesseiro e colocar em cima da nossa poltrona que se juntou.
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— Você fala tão engraçado, nem parece que é italiana.— Ele me observa de cima a baixo, coisa simples que me causa um arrepio.
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— Você viu seu pai falando dos meus tios, eu tenho muita influência dos estados Unidos e do Brasil porque uma grande amiga da minha mãe mora lá. Então sempre passava as minhas férias nos Estados Unidos ou no Brasil. E na escola eu aprendi, japonês, inglês e português.— Eu disse me aconchegando em baixo da coberta.
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— Isso é otimo, dessa sua lista trocaria o português pelo espanhol e daria todas as línguas que sei falar... O que você quer assistir?— Ele passa o controle para mim e fica surpreso quando eu coloco a série "The bkacklist" (A lista n***a em português)
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— Então você gosta de espionagem e drama policial? — Ele cruza os braços musculosos sobre o peitoral e eu não consigo tirar os olhos.
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— Gosta do que vê, Ellie?— Exibido? Sim, mas não esta errado. Gosto muito do que vejo agora.
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— Você precisa mesmo dessa afirmação?— Ele dá de ombros e eu desvio meu olhar do corpo dele.
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A série começa, eu me acomodo no canto da minha poltrona, mas Kenji facilmente me agarra pela cintura e junta meu corpo ao dele. Além disso a mão que me puxou continua na minha cintura, me massageando. Ok, não esperava por isso. E é muito bom.
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Algum tempo depois Toru entra com um carrinho, igual aqueles de hotel, cheios de comida. E como eu amo uma comida frita, Toru aprendeu os sushis fritos e os faz para mim. E também uma garrafa de algo que eu não sei o que é.
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— Obrigado Toru, você é a melhor.— Eu a agradeço e tiro a coberta de cima de mim. Mesmo que discreta os olhos da Toru caem na mão de Kenji massageando minha cintura e com certeza meu rosto está igual a um pimentão, porque sinto esquentar.
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Toru faz um cumprimento com a cabeça e sai.
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— O que é isso? — Eu pergunto a Kenji levantando a garrafa do carrinho.
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— Shochu, é uma bebida destilada de doce de batata. Minha bebida favorita.— Ele se levanta, pega a garrafa da minha mão e nos serve.
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— Eu não bebo nada alcoólico. — Eu encaro o copo estendido para mim.
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— Hoje vai... Toma só essa dose, não precisa tomar mais se não gostar.— Ele insisti colocando o copo na minha frente e eu decido tomar de uma vez.
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— Huuuum... É muito gostoso.— Eu digo depois de tomar minha dose, com Kenji me observando atentamente.
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— Eu gostaria que você estivesse falando de mim, mas entendo porque é realmente bom e hoje você vai ficar agarradinha em mim.— Em um gesto rápido, ele passa um braço pela minha cintura arrastando meu corpo até encostar no dele.
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Obviamente sinto minha bochechas esquentare, provavelmente devo estar vermelha, mas deixo para lá porque ele não liga. Ficamos assim por algum tempo, ele me dá algumas comidas na boca e quando decidimos voltar a deitar novamente, nós deitamos de conchinha.
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Nunca tive um namorado e nunca pensei em ter, porque sei como são as coisas na máfia italiana, também estudei em uma escola da mafia, então todos sabiam de quem eu era filha e tinham medo de se aproximar de mim. Filha de Dom e capo tem a obrigação de se permanecer virgem até o casamento e na maioria das vezes é um casamento arranjado para beneficiar as familias. Mas sempre vi minhas colegas da escola, na maioria das vezes as filhas de soldados que não tem nenhum tipo de obrigação dentro da mafia, contando como era estar apaixonada, como era beijar na boca, também como era a primeira vez e claro eu tive que entrar escondida em alguns sites proibidos para maiores de 18 para saber como é ter uma relação sexual... Sempre achei um absurdo, mas meu corpo nunca reagiu tão bem assim igual quando estou com Kenji. Mesmo que ele tenha falado com palavras, as atitudes dele condiz com tudo.
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— Eu acho melhor você parar de fazer esse movimento.— Kenji fala e só então eu percebo que estou praticamente rebolando.
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— Desculpa. Estou nervosa.
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— Nervosa porque?— Ele se senta pausa a série e me encara como se realmente estivesse preocupado comigo.
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— Bom. É a primeira vez que eu sinto algo por um menino e que fico sozinha com um, não sei o que fazer. — Eu respondo mexendo os dedos de forma nervosa.
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— Eu posso ser um pouco autoritário, as vezes. Mas nós iremos fazer o que você quiser fazer. Sempre será assim... O que quer fazer agora? — Eu me sento também, ele pega minhas mãos e beija cada uma.
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— Que você me beije... Na boca.— Nos primeiros 3 segundos Kenji me encara como se não estivesse acreditando.
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E então uma de suas mãos vai para minha nuca, me segurando. Seu beijo parece ser ainda mais intenso do que na outra noite e sua outra mão agarra minha cintura e me puxando para junto de si. O beijo dele me deixa totalmente extasiada só nos afastamos para respirar e voltamos a nos beijar.
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— Eu acho melhor voltarmos a assistir a série.— Ele fala ofegante depois de mais uma rodadas de beijos. Nunca achei que beijar na boca poderia ser tão bom assim.
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Nos deitamos novamente de conchinha e morro de vontade de provocar um pouco mais, quando sinto sua ereção pressionada a minha b***a. Mas me recordo que Kenji está sendo cavalheiro demais, talvez seja algo cultural porque me recordo de algumas colegas falando como era e como alguns namorados até forçavam elas transarem.
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