Sophi Annerberg:
- Sophi? - escuto a minha mãe me chamar, eu escondo o teste, e limpo as minhas lágrimas, resolvo contar para Lucas, pois ele merece ouvir a verdade, ele é meu amigo, sei que vai me ajudar.
- Oi mãe? - falo abrindo a porta do meu quarto.
- Sua irmã, está na piscina? Vamos?
- Não mãe, vou me encontrar com Lucas, mas obrigada.
- Tudo bem querida. - minha mãe sai do carro e eu abafo meu choro com um travesseiro, minha vida inteira virou de cabeça para baixo por causa de uma noite de irresponsabilidade minha.
Repito fundo e ligo para Lucas, que me atende com frieza e eu digo:
- Podemos sair?
- sim podemos, vou buscar você.
Me arrumo e passo a mão na minha barriga, não sei o que será de mim, mas iriei proteger esse bebê, se fui irresponsável, serei responsável pelos os meus erros de agora em diante. Eu recebo uma mensagem me informando que ele chegou, então desço as escadas da minha casa, vou até a porta, entro no carro e falo com ele:
- Olá. Boa tarde
- Boa tarde Sophi, para onde vamos?
- Pode ser para sua casa, preciso conversar algo muito sério com você.
- Você quer terminar comigo? - ele pergunta preocupado.
- Não, não é isso. Na verdade eu não sei que rumo vai tomar, mas saiba que acima de tudo ainda sinto o mesmo carinho por você.
Logo em seguida ele liga o carro e põe na estrada, quando chegamos na casa dele, saio do carro e vamos para o quarto dele, ao chegar lá ele deita na cama e pergunta:
- Diga.
Ando de um lado para o outro sem saber como vou falar a ele que estou grávida, de um bebê que não é dele e é fruto de uma traição dele.
- Bom… eu quero te dizer que no dia da festa de casamento de Sarah eu…eu estava beba, e agora estou grávida. - o queixo dele cai e ele fica me olhando fixo, eu olho para ele procurando alguma resposta, ele não tem nenhuma resposta.
- Me responde alguma coisa? - pergunto me aproximando dele, e ele se afasta de mim,
- Responder o quê? Você me traiu? Sempre dizia que se guardava, eu esperei seu tempo, e agora você deu para o primeiro que apareceu e ainda engravidou, você quer o quê? Que eu assuma, saiba que não vai contar comigo, agora some da minha frente. - ele fala cheio de raiva.
- Me perdoa, por favor. - falo chorando, pois não tenho mais ninguém para contar.
- Não perdoo, sempre pagou de boa moça, mas não presta para nada.
Eu desisto de implorar pelo o seu perdão, e opto por ir embora, saio da casa dele com as lágrimas rolando pelo o meu rosto, morrendo de medo, caminho até encontrar um táxi, entro e peço para ele me levar até um parque ecológico. Assim que chego p**o a passagem, e vou para o banco mais distante. Fico lá olhando para o nada por um bom tempo, daqui um mês recebo as notas da faculdade, seja lá o que acontecer, vou me mudar daqui e quando tiver mais segura de mim contarei aso meus pais.
Decido voltar para casa, mas da porta já escuto um maior zoada, minha mãe chorando, meu pai gritando, eu nunca tinha visto nada assim, até que eu me aproximo da porta e abro olho em volta e meu pai fala:
- VOCÊ SUA TRAIDORA. COMO PÔDE, EU NUNCA ESPERARIA ISSO DE VOCÊ.
- Pai, o que o senhor está falando? - pergunto nervosa, nunca vi meu pai tão fora de controle assim.
- Você está grávida, nem adianta negar vimos o teste em seu quarto e Lucas confirmou, como pode se entregar a qualquer um Sophi, você é uma vergonha, procure outro meu meio de vida, não te quero na minha casa.
- Pai, mas..
- Some da minha frente agora. - minha mãe sempre foi brigona, mas vejo que ela não queria que isso acontecesse comigo, ela tentou intervir mais meu pai está transtornado, então eu volto pela a mesma porta que entrei e escuto minha irmã dizer:
- Pai você vai se arrepender dessa atitude, deixa de ser tão antiquado, nem tudo deve ser seguido ao pé da letra.
Ela vem atrás de mim, pega pela a minha mão e diz:
- Vamos para a casa da minha sogra, ainda não tenho casa, mas eu vou fazer de tudo para que você fique bem, vou lhe ajudar. Será sempre eu e você, e esse bebê.. - Sorri grata pela a minha irmã está ao meu lado.
Vamos para a casa da sogra dela, assim que chegamos lá entramos na casa e vejo todos na sala, inclusive o majestoso Ryan Schmütz, eu fico morrendo de vergonha, minha irmã diz oi a todos, e eu falo com ela para me levar para o quarto, ela como a boa irmã que é me leva ao quarto, assim que entramos ela me olha e pergunta:
- Algum problema Sophi? Saiba se quiser conversar comigo sobre alguma coisa estarei aqui.
- Não, hoje não estou muito bem para falar pode ser amanhã?
- Claro, vou pegar um pijama meu é uma lingerie nova que eu nunca usei. - Confirmo e fico esperando por ela vim, não sei o que aquele homem faz aqui, mas contava em nunca mais ter que ver ele, ele é estranho.
- Sophi, aqui está. - pego a roupa e vou direto ao banheiro, me lembro que minha última refeição foi no horário do almoço, mas estou sem fome agora e nem sob tortura desceria para aquele andar, espero que aquele homem vá embora logo, ou eu terei que ir. Tomo banho frio, para ver se alivia toda essa tensão, essa dores que estou sentido, todas as palavras ditas pelo o meu pai e Lucas me doeram muito.
Passo um bom tempo me revirando na cama até que eu consigo dormir, no meio da noite acordo com a boca seca, e cheia de fome… olho a hora no celular e são 2:33 da madrugada, desço as escadas na calada, procuro a cozinha até achar, abro a geladeira e vejo um torta de chocolate minha boca saliva, é só resta um pedaço, mas eu estou grávida, e não posso passar desejo. Coloco ela sobre o balcão, até que eu escuto aquela voz atrás de mim…