Capítulo 12 — DAVID

1163 Words
Parei para abastecer o carro e acabei encontrando Joyce, fazendo a mesma coisa. — Oi, David. Como está? — Seu cinismo me irrita de uma forma inexplicável. — Estou muito bem. Que surpresa ver você aqui, você nunca dirige. — Tenho que perder o medo das coisas, aos poucos vou ficando profissa e quem sabe até aprenda a fazer algumas manobras. Você poderia me ensinar, quem sabe… — A gente acabou, Joyce. Podemos ser amigos se você quiser, mas nada vai passar disso. — Podemos sair hoje? Você sabe, tomar algumas cervejas e falar sobre a vida. Eu já entendi que você se amarrou na ruiva e eu não posso fazer nada em relação a isso. — Não gostaria de magoar a Joyce que sempre foi legal comigo, mas eu não posso ser o homem dela. — Claro! Te encontro às 20:00 no local de sempre? — Ela concordou e correu até o seu carro que estava ligado e fazendo um barulho terrível. Comprei as cervejas do meu pai e voltei para casa. Após algumas horas trabalhando, olhei para o relógio e era quase 18:00 horas. — Parece pensativo, tem planos para hoje? Eu nunca minto para o meu pai, mas com certeza ele ficaria com raiva de mim se soubesse que estou indo encontrar Joyce em um bar que íamos sempre quando estávamos juntos. Liguei para Giulia alguns minutos após sair do banho e ela não atendeu. — Eu vou sair, encontrar com alguns amigos. Quer vir também? — Obrigado, eu vou ficar bem com as minhas cervejas, meu cigarro e meus amendoins, enquanto assisto meu futebol. Você não vai ligar para sua namorada? Deveria chamar ela, não eu. Liguei mais uma vez e não foi ela quem atendeu, mas sim, um homem. Não disse uma só palavra e desliguei no mesmo instante. Ela não mentiu quando disse que não queria nada sério. Eu que fui um i****a em acredita em algo que nunca existiu. Fico feliz em ver aceito o convite de Joyce, pelo menos vou poder esfriar um pouco a cabeça. — Ela não vai poder ir, disse que está com muito trabalho a ser feito hoje. Eu vou voltar antes das meia-noite, tudo bem? Consegue ir para cama sozinho depois de beber tudo isso sozinho? — Cerveja é água, meu filho. Não faz mais tanto efeito como em vocês jovens, que bebem uma latinha e ficam bêbados. Por isso gosto da Giulia, ela bebe como eu. Sem pausar e nem pensar. Gosto dela. — Tudo bem, eu tô indo nessa. Se precisar eu venho mais cedo, te amo e e se cuida. Não vai sair por aí com sua cadeira de rodas, buscando por aventuras. Decidi encontrar Joyce mais cedo, ela sempre pegava nos lugares bem antes da horas e creio que desta vez não será diferente. Vi seu carro estacionado numa vaga prioritária e ainda estava estacionado de forma errada, impedindo a passagem dos outros carros. Desci e tentei abrir seu carro, que na mesma hora disparou o alarme e ela veio rápido saber o que estava acontecendo. — Você quer me matar de susto, David? — Não, quero apenas que tire o carro dali. Ali é uma vaga prioritária, Jô, você está impedindo a passagem dos carros também. Como vai virar profissional desse jeito? — Se você me ensinar eu juro que aprendi rápido e vou prestar bastante atenção dessa vez, David. Não estou querendo nada de você, só que me ensine a dirigir melhor. Eu tenho essa droga de carteira, mas já esqueci de tudo. — Podemos falar sobre isso depois? Eu quero beber agora e curtir a noite. — Entrando e eu fui pegar nossas bebidas, quando vi Giulia com algumas pessoas ao seu redor, onde conversavam e ela sorria alegremente. Parece estar sob efeito de algo mais que cachaça e cerveja. Ela me viu e me ignorou quando viu que a Joyce estava comigo. — Você parece tenso, tem certeza que está tudo bem mesmo? — Assenti e sentei. Tentei não olhar para frente mais uma vez, ela com certeza não está nada bem. Giulia parecia não saber o que estava fazendo e que estava agindo por impulso. Ela dançava no meio de dois homens que se esfregava sem pudor algum e parecia que ela gostava daquilo. Um rapaz a tirou de lá no mesmo momento em que percebeu que estavam se aproveitando do momento. — Parece que a sua ruiva gosta de sexo a três, quem sabe… — Já me arrependi de ter saído de casa hoje, vi coisas que não gostei e acabaram com a minha noite, enquanto ainda tenho que lidar com Joyce que não para quieta nem calada. — Ela não é minha garota, para de falar isso ou eu vou… — Fechei os punhos, sentindo o ódio percorrer minhas veias. Estava me matando concentrado para não me meter no meio de tudo aquilo, arrebentar aqueles dois e tirar ela dos braços do homem que está a levando embora. — É melhor a gente beber, foi pra isso que você me chamou, não foi? Ao decorrer da noite, eu bebi tudo que tinha direito. Joyce dança sozinha, sem se encostar em ninguém e em certo momento, eu ainda coloquei um cara para fora, apenas por ter encostado nela sem que ela permitisse. Ela é bonita, gostosa e eu não sei o que estou fazendo ainda pensando na Giulia, que finge que nem me conhece quando me vê. Não sei onde estava com a cabeça quando coloquei minhas esperanças em alguém como ela; uma pessoa vazia, libertina que não quer nada com a sua vida. Me aproximei da Joyce que encostou seu corpo de costas no meu, enquanto se esfregava em meu p*u com sua b***a fabulosa. — O que você estava pensando quando me trocou por ela? Agora consegue ver que ela não era tudo aquilo que você sonhava que era? — Olhando bem não valeu mesmo a pena. Poderia ir além com Joyce, mas eu me precipitei em pensar com a cabeça do meu p*u ao invés com a que contém o cérebro. — Se você me provocar eu vou ficar irritado e as coisas não vão ser nada românticas. — Virei seu corpo em um giro e ela me olhou com seu olhar sexy, passou a língua em seus lábios e me beijou. Aquele beijo que arde de calor, desejo e vontade de pecar, Joyce não tem isso e eu nunca encontrei isso em outro alguém a não ser em Giulia. Joyce me beija sutilmente, sem fervura ou vontade, apenas seguimos o ritual do acasalamento e depois que ambos gozam, eu me sinto arrependido por estar fazendo com que ela crie mais memórias comigo e tenha fé nelas. — Vamos para o carro, aqui tem muita gente… Ela se despia e eu não conseguia pensar em nada mais além de comer ela, me aliviar e poder ir embora, chorar minhas mágoas na boca de uma garrafa de vodka.
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