Giulia é a melhor companhia que eu já tive. Ela come compreende, gosta do meu pai e sempre faz o que promete fazer. Quando ela vai embora eu sinto um vazio em meu peito. Ela é alegre, me deixa feliz até mesmo quando eu penso que estou triste. Ela gosta de sexo e eu adoro t*****r com ela.
— Vai dormir comigo? — Perguntei e ela se afastou rápido de mim.
— David, eu não posso me apaixonar por você. No final eu vou te decepcionar. Eu gosto de f********o com você, de beber com você, dormir com você, mas é tudo casal e eu não sei se vou conseguir me manter nessa relação quando você descobrir meu defeitos. Você é bom demais para mim.
— É sério? Você não pode estar falando que gosta de f***r comigo e depois ir embora como se fosse uma p**a.
— Por que vocês são assim? Por que você pensa que eu não posso querer não me apegar ou me apaixonar? Qual o sentido disso?
Tudo que ela estava dizendo era sem sentido. Não é possível alguém ser tão carinhosa e no final estar apenas fingindo? Eu sinceramente não consigo entender e em alguns momentos chego a me arrepender das escolhas que eu fiz.
— Eu não sei onde estava com a cabeça quando terminei com a Joyce para ficar com você.
— Mas você mesmo disse que não tinha nada sério entre vocês. Se eu soubesse que ainda havia algo aí dentro, pode ter certeza que eu não estaria mais aqui.
— Giulia, não foi o que eu quis dizer. Eu só não entendo porque age de forma tão fria comigo. Eu queria poder entender você.
— Você me acha uma p**a, David?
— Giulia! — Tentei me aproximar, mas ela se afastou e eu não ousei dar mais nenhum passo.
— Eu vou embora. Amanhã eu tenho que… enfim, obrigada por me convidar. A festa foi ótima. Gosto do seu pai. Preciso ir agora, me desculpa se eu te decepcionei, mas parece que você também tem algo que te prende a Joyce. Parece que está sempre pensativo e nunca diz o motivo, você está perdido em seus pensamentos e eu me sinto m*l por isso. Parece que não está feliz.
Sutilmente, ela tentou tocar meu rosto antes de pegar sua bolsa, mas antes que seus dedos finos me fizessem carinho, eu me afastei e peguei sua bolsa, a impedindo de sair, pois ela olhou fixamente em meus olhos e se manteve em silêncio.
— David… eu não quero complicar as coisas. Eu amo fazer t*****r com você, gosto dos seus beijos e adoro seus carinhos. Penso em você todas as noites, desde que nos conhecemos. Mas eu não vou impedi-lo de ficar com quem você ama de verdade.
— Então não pode me impedir de ficar com você. — Eu nunca gostei tanto de alguém como eu gosto da Giulia. Mesmo calada e quieta, ela ouve e presta atenção em tudo. — Gosto de ouvir sobre você, mas você nunca fala sobre você mesma. Fico feliz que meu pai tenha conquistado sua amizade.
— Seu pai é muito legal, gosto dele. Obrigada por me convidar, foi uma noite memorável. — Seu olhar sempre baixo me deixava perturbando, com inúmeras perguntas e um desejo incontrolável de beijá-la.
Não hesitei e me aproximei mais um pouco dela. Sua respiração ofegante e acelerada, enquanto ela continuava imóvel, assim como da primeira vez que nos despedimos. Toquei levemente seu rosto com as pontas dos dedos, observando ela apoiar seu rosto em minha mão. A puxei pela cintura e encostei nossos corpos um ao outro. A fiz levantar o rosto, enquanto passava os dedos em seu queixo, deixando nítido o quanto eu a quero.
— David… — Seus lábios encostaram nos meus e eu retribuí cada toque como se eu estivesse no melhor momento da minha vida.
— Durma comigo esta noite, por favor! — Quem sou eu e o que eu estou me tornando? Não sei, mas a única certeza que eu tenho é que eu a quero, de preferência em minha cama.
— Claro! — Com um último beijo ela se afastou novamente, desta vez, caminhou até a cozinha, pegou uma garrafa de vodka, serviu duas doses e me deu um copo.
— Quer fazer alguma coisa? — Apoiando-se na porta, ela me olhou e sorriu com os olhos.
— Eu perdi meu irmão quando estávamos comemorando 19 anos, ele se jogou do penhasco que fica no meio da floresta, ao leste. Desde então, uma parte de mim se foi com ele, estávamos voltando de uma festa. Ambos estávamos bêbados e um amigo nosso estava dirigindo, até que ele perdeu o controle e bateu contra uma árvore. Ali começou uma discussão entre o cara e meu irmão, até que o meu irmão perdeu o controle da situação e ameaçou se jogar dali. Eu sabia que ele faria aquilo, mas os demais duvidaram e ele então pulou. A culpa foi minha que o chamei para ir a tal festa. Ele era incrível, o filho perfeito e melhor irmão do mundo.
Ela falava com lágrimas nos olhos, bebendo um shot atrás do outro. Eu não sei como é perder alguém, mas deve doer na alma e deve ser uma dor horrível. Ela parecia lidar com isso bebendo todas as noites e sendo libertina. Sem se importar com o que vai acontecer no outro dia. Uma parte de nós mesmo deve ser algo muito grande, uma grande perda.
— Mas não foi sua culpa. Ele se precipitou e… estavam bêbados, o único culpado foi o cara que duvidou, mesmo sabendo que ele estava bêbado e todos sabemos que o álcool nos deixa mais audaciosos. — Ela chorava como se sentisse a dor da culpa lhe perfurando o peito e isso doía em mim de certa forma. — Eu, olha para mim. Você é a pessoa mais incrível que eu já conheci, sabia? Você não tem medo de viver, não tem medo do que as pessoas não pensam sobre você e sabe quantas pessoas são assim?
— As que já não se importam mais com nada, assim como eu. Acha que acredito em amor à primeira vista? Fala sério, como é possível amar uma pessoa somente em olhar pra ela? Não acredito que isso seja verdade, acho que as pessoas fingem isso.
Sua mudança de assunto era rápida, ela sempre começa a falar uma coisa e do nada estava falando sobre algo aleatório. Faz somente duas semanas que eu a conheço e já me sinto apegado a ela, mas ela sempre deixou claro que não está pronta para algo sério e eu não consigo aceitar isso. Embora tenha vivido algum tempo assim com a Joyce, com ela é diferente. Não consigo imaginar outro a beijando e transando com ela, só de pensar fico neurótico.
— Mas, eu gosto de você. Eu me sinto viva perto de você, David. Quero ser somente sua, mas vamos aos poucos. Tudo bem?
Ela era irresistível e só precisava ser amada e que sentisse isso. Eu não vou desistir dela.
— Por mim tudo bem! — Ela tomou a iniciativa de me abraçar e ficamos ali por alguns segundos, até ouvimos um barulho vindo do quarto do meu pai.
Corri para ver o que havia acontecido, mas ele apenas tinha caído da cama. Giulia observava enquanto eu o colocava na cama.
— Você é bem forte para fazer isso todos os dias. Seu pai tem um filho maravilhoso. — Ela pegou outros cobertores e cobriu seu corpo após eu colocá-lo deitado na cama.
— Obrigado. Quer experimentar minha experiência culinária? Não é muita coisa, mas pelo menos não vai se decepcionar com a minha comida.
Passei em sua frente, indo em direção a cozinha e ela foi para o quarto. Coloquei tudo que eu precisaria para fazer uma torta, quando sua voz me chamou atenção e eu virei rápido. Estava calor e decidi tirar a camisa.
— David… — Ela estava paralisada, nua e completamente imóvel ao me olhar de cima abaixo. Ela pegou minha camisa e a vestiu, enquanto eu não conseguia reparar em outra coisa a não ser em seus s***s marcando na minha camisa larga. — Eu…
Quando sua língua molhou seus lábios eu a beijei sem pensar duas vezes, encostando seu corpo sobre a mesa e a beijando por completo. Ela gemia em meu ouvido, me fazendo delirar quando saboreei seus s***s por cima da camisa. A ergui pela cintura, fazendo com que ela sentasse sobre a mesa, mas eu queria lhe ver deitada, como se eu estivesse saboreando o meu prato predileto. Ela é inquieta e eu gosto disso, seu corpo se mexe a todo segundo e quando ela estava excitada seus movimentos eram ainda mais incontroláveis. Abrir suas pernas e meti a língua em seu meio úmido, como se estivesse apenas me esperando. Ela ergueu suas costas e se agarrou aos meus cabelos, enquanto deixava os gemidos altos escaparem de sua garganta, me deixando ainda mais duro.
— Eu quero ser sua, agora! — Ela me puxou e eu a beijei como um louco apaixonado e com sede de seu corpo.
— Eu te farei ser minha por completo, Giulia…