CAPÍTULO 2

2896 Words
... dia seguinte ... Acordei com o despertador que marcava 7h00AM meu horário era a partir das 8h00AM, fui ao banheiro, fiz minhas higienes, coloquei uma perna preta, tênis e uma blusinha larga, amarrei o cabelo num r**o de cavalo e passei uma leve maquiagem , arrumei minha cama, abri as janelas e saí do quarto dando de cara com Alexandre que olhou pra dentro do meu quarto e franziu a testa. - você arrumou tudo já?  - Sim. - Da próxima vez não faça isso. - Como assim? - Eu p**o pessoas para que façam isso, faça o seu serviço e deixe que os empregados façam dos seus, não p**o ninguém pra trabalhar de graça.- Um nó se formou na minha garganta. - Desculpe, mas não consigo sair e deixar tudo uma bagunça. - Ele me olhou com fúria nos olhos, respirei fundo e ele chegou perto de mim, bem perto ... sua respiração ofegante estava contra meu rosto, minhas pernas estremeceram e então ele disse baixo, quase num sussurro: - Não gosto que me desafiem. - Não estou desafiando. - Respondi firme, sem se quer demonstrar que minhas pernas já estavam bambas e eu estava nervosa. - Faça o que eu mando.  - Sim senhor, mas eu vou arrumar minha cama. - Eu disse e me afastei dele, ele se recompôs e saiu descendo como escadas, sorri de lado e desci logo atrás. Eu realmente não entendi o que acabara de ocorrer ali, eu não sei se minhas pernas bambalearam por nervosismo ou porque aquela aproximação mexeu de alguma forma comigo. Espantei esses pensamentos da minha cabeça e fui até a cozinha, tomei café com a Tina, logo escutei barulhos de uma pessoinha saltitando pela casa e me chamando. - CAT, CAT!. -bom dia meu amorzinho. - Dei um beijo em sua testa e ela sorriu, olhou em volta e mudou sua expressão feliz para uma triste. - Que foi? - perguntei preocupada. - Meu pai já foi?  - Já sim, por que? - Ele nunca fica comigo. - Não fique assim Clarinha, seu pai tem que trabalhar pra continuar dando as coisas pra você. - Ela abaixou a cabeça  - preferia que ele estivesse comigo.- suspirei e a abracei forte. ... mais tarde ... Hoje o dia acabou passando rápido, pois Clara já estava em casa depois da escola, eu estava sentada com ela no sofá, ela assistia uma série de humor e ao mesmo tempo ria sem parar, era bem engraçada mesmo, até eu entrei na risada, a porta de entrada se abriu e Alexandre apareceu com sua pasta preta em mãos e sério como sempre, Clara sorriu e foi recebê-lo. - Olá filha. - Pai, que bom que você veio mais cedo. - ér ... só vim pegar uns documentos, preciso voltar.- Ela me olhou triste e abaixei o olhar um pouco desconfortável com a situação, ele saiu indo direto ao seu escritório e Clara sentou ao meu lado novamente, percebi que mais uma vez aquilo tocou ela. - Não fica assim meu amorzinho. -Alexandre- Desde que essa mulher chegou, a Catarina, eu venho apreciando sua beleza de uma forma que não faço a 12 anos por uma mulher, ela realmente é muito linda, mas teimosa. Se ela começar a me enfrentar vou me obrigar a demiti-la, eu nunca me dei bem com mulher nenhuma, isso não ia mudar agora e nem eu deixaria com que ela me desafiasse e eu ficasse como um i****a aguentando isso calado.  Entretanto, eu percebi que Clara gostou muito de sua presença, e que ela está fazendo bem pra minha filha, ela é diferente.Não sei explicar, mas é. Voltei do meu escritório e ouvi ela falando com Clara sobre mim, resolvi escutar: - Ele nunca fica Cat. - É que ... ele precisa trabalhar Clarinha, mas agora você tem eu. - Ela disse sorrindo. - Você promete que nunca vai me deixar? - Ela abraçou minha filha. - É claro que sim, eu nunca vou deixar você, agora vamos lá pra cozinha fazer brigadeiro com pipoca pra nós assistir um filme bem legal. - Clara gargalhou e eu passei pela sala antes que elas se levantassem, me despedi de Clara e evitei olhar pra Catarina, saí porta a fora. Desde a primeira vez que a vi na empresa eu vi um brilho em seus olhos, foi ai que percebi que ela era diferente das outras pessoas, foi bom ouvir ela confortando minha filha, e eu me senti ainda mais culpado por ser o pai que sou, minha filha logo vai crescer e vai pra longe de mim, por que um dia minha ausência vai virar rotina pra ela, eu sei disso. Mas, eu preciso lucrar, pra que nunca a gente passe por dificuldades. -Catarina- Fizemos pipoca, brigadeiro e pegamos um copo de suco de morango pra cada uma, fomos até uma sala de cinema lá em cima que um princípio eu nem sabia que tinha, mas Clara me levou até lá: Ela chegou e já foi se jogando no sofá, eu olhava de boca aberta para aquela sala, era incrível, sentei ao seu lado e ela começou a mexer no controle para escolher um filme, optamos por um de animação, assistimos e foi muito legal passar esse tempo com a Clarinha, ela adorou ter uma companhia pra tudo agora, mais tarde fomos tomar banho, contei uma história pra ela e ela pegou no sono rápido, fui para o meu confortável quarto, tomei banho, coloquei um pijama curto e deitei, fechei meus olhos e peguei no sono rápido. ... 4h30 ... Acordei com sede, que d***a, vou ter que mesmo sair do quarto? Peguei uma blusa minha cumprida e coloquei, desci até a cozinha e fiquei por um tempo lá tomando água, pois estava sem sono algum. -Alexandre- Desci até a cozinha buscar um café pra eu continuar trabalhando, atravessei a noite assinando documentos, cheguei lá e Catarina estava de costas apoiada no balcão tomando água, confesso que olhei todo o seu corpo, ela depositou o copo na pia e se virou levando um susto comigo parado ali, a blusa era aberta e pude ver exatamente suas coxas, sua barriga naquela blusa justa e seus s***s, ela era realmente maravilhosa por completo. - Desculpe. - Eu disse abrindo o armário e pegando uma xícara. - Magina. - Ela fechou a blusa e eu fiquei a olhando, ela abaixou a cabeça desconfortável, me aproximei dela. - Sabe fazer café? - perguntei. - Sei, o senhor quer um?  - Quero. - Ela assentiu e pegou a xícara da minha mão, começou a fazer e eu sentei na banquete alta da bancada, observe cada movimento dela e uma vontade de beija-la veio a minha mente. Mas não, não posso me apegar, fora que nossos mundos são completamente distantes um do outro. -Catarina- Terminei o café e coloquei na xícara, coloquei na frente dele sobre a bancada e o pote de açúcar, ele adoçou e tomou o café. - Muito bom. - Obrigada. - Agradeci e sorri de lado, mais uma vez ele me olhou, por que ele me olha daquele jeito? Aqueles olhos. Desviei o olhar e fui pra bancada limpar o que eu havia sujado, ele não falou nada sobre isso, quando terminei eu ia me retirar da cozinha e ao mesmo tempo ele feito da bancada e nossos corpos acabaram se encontrando e eu quase caí, ele me segurou pela cintura e olhou fixamente dentro dos meus olhos, minhas mãos estavam em seus braços fortes, ele sorriu de lado e aproximou seu rosto do meu, eu não estava entendendo o que acontecera comigo agora, não consigo mover um músculo para me afastar, ao mesmo tempo que essa ligação estava desconfortável, estava boa também, sua respiração aproximava ainda mais do meu rosto, ele desceu os olhos pra minha boca e eu fitei a sua também, então seus lábios tomaram os meus num beijo calmo. O QUE EU ESTAVA FAZENDO? Para com isso Catarina Watson. Não consigo parar. Ele me apertou mais em seus braços e aprofundou o beijo me pedindo passagem pra sua língua, cedi e nossas línguas dançavam no mesmo ritmo, aquele beijo estava muito bom, minhas mãos automaticamente foram parar em seus cabelos loiros e eu carinho enquanto o beijava, ele me puxou mais pro seu corpo como se necessitasse daquilo, e acho que ele também estava gostando, assim como eu. Paramos o beijo por falta de ar com dois selinhos, soltei dele e me afastei, levei as mãos ao rosto demonstrando vergonha: minhas mãos automaticamente foram parar em seus cabelos loiros e eu carinho enquanto o beijava, ele me puxou mais pro seu corpo como se necessitasse daquilo, e acho que ele também estava gostando, assim como eu. Paramos o beijo por falta de ar com dois selinhos, soltei dele e me afastei, levei as mãos ao rosto demonstrando vergonha: minhas mãos automaticamente foram parar em seus cabelos loiros e eu carinho enquanto o beijava, ele me puxou mais pro seu corpo como se necessitasse daquilo, e acho que ele também estava gostando, assim como eu. Paramos o beijo por falta de ar com dois selinhos, soltei dele e me afastei, levei as mãos ao rosto demonstrando vergonha: - Não tem que se envergonhar, você é fantástica. - Ele disse numa voz rouca e baixa, ah não. O olhei corada e ele sorriu, era a primeira vez que eu via o quanto seu sorriso era bonito, eu causei aquilo? - Vc gostou? - Ele me perguntou curioso. - Desculpa seu Alexandre, eu não sei o que deu em mim e ... - Ele me interrompe. - Me chame apenas de Alexandre por favor. - Minha respiração falhou e eu tive força nas pernas pra ir até a pia e tomar um copo d'água. - E então? - Ele insistiu na pergunta. - Eu não sei se quero responder.Você ... quer dizer ... o senhor é meu patrão. - Vou continuar sendo, foi apenas um beijo. - O olhei decepcionada. - Desculpe, não foi isso que eu quis dizer. - Ele concertou e eu abaixei o olhar. - Boa noite. - Eu ia sair e ele me puxou de leve pela mão. - Você é muito linda. - Por favor, esquece disso.- Me soltei da mão dele e segui até meu quarto novamente, não acredito que isso aconteceu, o que deu em você Catarina? Que vergonha, como vou encará-lo amanhã? Afastei esses pensamentos e acabei dormindo. ... dia seguinte ... Era Levantei 7h30, me desesperei e corri me arrumar, arrumei o quarto e fui até o quarto de Clara e acordei com beijinhos de bom dia. - Bom diiaa. - Eu disse com um sorriso e ela sorriu e me abraçou. - Bom dia Cat, oi pai. - Ela disse e meu corpo estremeceu, me virei e ele estava encostado na porta. - Bom dia filha ... bom dia Catarina. - Ele disse me olhando, ele sempre ignorava meus bons dias e hoje estava me dando um. - Bom dia seu Alexandre. - Ele franziu a testa por eu não ter obedecido o que ele pediu ontem, sobre eu chamá-lo apenas de Alexandre. - Cat, vamos ao shopping? - Ela disse com os olhos brilhando e eu a olhei e ri baixo. - agora Clarinha? - Sim, olha. - Ela me mostrou uma roupa no celular dela. - Eu quero essa roupa. - Olhei lra Alexandre que assentiu. - Ok, então vá se arrumar que eu arrumo sua cama. - Ela saiu pulando pro closet dela e eu comeci dobrar sua coberta e alexandre segurou de leve meu pulso. - A empregada fará isso.- o olhei, como pode ser tão frio? - Está bem. - Eu não discuti com ele, apenas soltei a coberta e ele soltou meu pulso. - Estou indo trabalhar. - Ele me deu um beijo no canto da boca e saiu do quarto, eu estava estática, por que raios ele fez aquilo? d***a, não posso me apaixonar. -Alexandre- Meu Deus, aquela mulher ... que beijo, que toque ... que corpo. Ela é linda e gosta da minha filha, eu sinto que vou me apaixonar por ela, mas ao mesmo tempo sinto que não devo, ela merece um cara menos complicado que eu.Mas infelizmente, eu viciei no seu beijo, e preciso muito de outro . Fui trabalhar a afastei esses pensamentos da minha cabeça. -Catarina- Levei Clara ao shopping, vasculhamos todas as lojas até encontrar a roupa que ela tanto queria, compramos, e foi bem cara, logo voltamos pra casa, almoçamos sem o pai dela e a levei pra aula, voltei pra casa e fui até o meu quarto. (...) Desci até a cozinha, cumprimentei Tina e ela me disse pra eu ir conhecer o jardim da casa que era realmente incrível, tudo lá era incrível, fui para o lado de fora e a grama verdinha era uma base das flores coloridas, tudo lindo, árvores gigantes fazendo sombra e do outro lado tinha uma piscina enorme, com cadeiras em volta e um quiosque um pouco mais pra frente ... Fui até ele e o vento batia nos meus cabelos, sorri de lado ao sentir aquela brisa, senti que alguém me observava, me virei e Alexandre estava ali, dessa vez sem terno e nem gravata, estava com uma bermuda, sapatênis e uma camisa, seus olhos claros lindos e seu cabelo loiro voando, confesso que, momento ele parecia um cara normal, sem nenhuma das empresas envolvidas, ali era apenas ele. Fiquei o fitando esperando que ele fosse falar algo: - Oi.  - Oi. - Respondi. - Você ta muito bonita. - Abaixei o olhar sem graça.- Não precisa me ver como Alexandre Bittencuort nesse momento. - Eu ri baixo. - É, como um cara normal você fica melhor. - Ele riu. - Sou um cara normal, as pessoas que generalizam. - Sorri de lado. - É. - Posso insistir na pergunta de ontem? - ai Deus. - Não sei se devo responder. - Porque? - Senhor Alexandre, eu trabalho pro senhor apenas, sei que se eu continuar fazendo isso vou me apaixonar, porque me apaixono fácil, e eu não quero, então por favor, vamos esquecer o que aconteceu. - eu dizia num tom baixo. - Também não quero me apaixonar, mas vc tem alguma coisa que me chama a atenção. - Ele chegou mais perto. - Não, não tenho nada pra lhe oferecer. - Em que sentido ta dizendo isso? - O senhor e um homem rico, elegante, mora nessa casa enorme ... eu Não sou ninguém, não faz sentido eu e você. - Já começou bem, me chamou de você. - Suspirei. - por favor, entenda. - Eu entendo, não vou me apaixonar. Você ta certa ... olha pra mim e olha pra vc ... - O olhei surpresa, mas havia um fundo de verdade naquilo que ele disse. - Ótimo. - Eu ia sair e ele me puxou. - Não conta pra ninguém sobre o que aconteceu. - Respirei fundo com uma pontinha de decepção, eu sei que eu falei que vivíamos em mundos diferentes, mas ter ouvido dele que ele não queria se apaixonar por eu ser pobre ao causar de rica como ele, machucou ... - Você é uma pessoa desprezível. -Eu disse com raiva e ele me soltou e eu saí de lá ... ai que raiva ... agora certamente ele poderia me demitir, mas pelo menos falei o que eu achava daquele i****a. -Alexandre- Mulher doida, eu não quis parecer grosso, realmente eu quis que ela soubesse o que eu achava dela, mas ela estava certíssima, não quero mais nenhuma mulher interesseira do meu lado, é obvio que ela ia se aproveitar né, e sou bem mais velho que ela, jamais poderíamos ter alguma coisa, onde eu estava com a cabeça? ... mais tarde ... Hoje era meu dia de folga então resolvi pegar a Clara mais cedo na escola, levei ela ao shopping e fiz uma coisa que eu não fazia a muito tempo, comi pizza e batata frita com a minha filha, brincamos e jogamos entre muitas risadas e percebi que isso fez muito bem pra ela e pra mim também, a Clarinha tava muito satisfeita, chegamos em casa 19:30 pm, ela subiu pro quarto chamando por Catarina e eu sentei no sofá da sala, Tina veio da cozinha e sorriu. - Boa noite seu Alexandre. - Boa noite Tina. - Devo servir o jantar? - Sim, comi mais cedo com a Clara, mas já estamos com fome. - Está bem. - Ela ia sair, mas a chamei. - Tina. - Sim senhor? - Amanhã pode usar seu dia, estarei viajando e vou dar folga à todos os funcionários. - Muito obrigada. Mas que m*l lhe pergunte, e a Clara ficará com quem? - Com a Catarina. - Mas ....- a interrompi. - Ela não vai ter folga, antes que me pergunte. - Ela assentiu. - Com licença. - E saiu. Subi para o quarto de Clara e as duas estavam sentadas na cama rindo de algum vídeo no celular da Clara: - Catarina, amanhã irei viajar e dispense os empregados, se incomoda de ficar com a Clara até eu voltar? olhos ... Para Alexandre. - Claro que não. - Está bem. - Fui para o meu quarto e tomei um banho, fiz minha higiene e deitei na cama, logo peguei no sono, amanhã seria um longo dia. ... dia seguinte ... Depois de me arrumar peguei minha mala, me despedi de Clara que ainda dormia e segui ao aeroporto, eu estava indo pra Finlândia cuidar das contas fantasmas da empresa, por que Finlândia? Por que ninguém investigaria lá.
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