CAPÍTULO 3

2504 Words
-Catarina- Acordei, fiz minha higiene, arrumei o quarto e fui ao quarto de Clara, ela já estava acordada mexendo no celular, arrumamos a cama dela e descemos, a casa estava num silêncio completo, acendemos as luzes e fomos pra cozinha. - Cat, o que vamos comer? - hummm, você ver o que tem pra fazer. - Abri a Geladeira e tinha muitas coisas gostosas lá, frutas, geleias, nos armários tinha torradas e pães de diversos tipos e uma massa pronta de panqueca. - Que tal panquecas? - eu disse e ela deu pulinhos. - Queroo ... - Ri e fiz uma compota de Cereja com creme de leite pra não ficar muito doce, fritei as panquecas e coloquei no prato, levei a mesa, bati morangos com leite no liquidificador fazendo suco e por fim coloquei torradas na mesa com um patê de peito de frango desfiado que já tinha pronto, tomamos café juntas, limpei tudo e fomos pra sala assistir, hoje era sábado então teríamos o dia todo para nos divertir já que eu não voltaria pra casa mesmo. .... 3 dias depois .... -Catarina- Estava com Clara na cozinha, fazendo bolo de chocolate, enquanto eu mexia o brigadeiro ela estava esparramando granulados de todas as cores em uma tigela, eu ria de como estava gostando de fazer aquilo, de repente Alexandre apareceu na porta da cozinha com sua mala, Clara correu pros seus braços. - O que minha filha faz na cozinha? - Ele disse e eu o olhei. - Pai, só estamos nos divertindo. - Ela disse tentando explicar.  - Filha, seu lugar não é na cozinha. - Desculpe senhor Alexandre, só estava ajudando a Clara a fazer um bolo que ela queria muito. - Me pronunciei e ele me olhou com um olhar de reprovação. - Eu quis ajudar pai. - Ela disse e ele respirou fundo. - ok, vou subir e descansar. - Ele se retirou e eu suspirei. Terminei de fazer o bolo com Clara e comemos ... ... dias depois ... Eu havia recebido ontem que foi sexta feira, e hoje que é sábado vim pra casa, mandei mensagem ao meu amigo perguntando o preço dos aluguéis atrasados, ele deu o valor e falei que ele poderia ir buscar o dinheiro, depois desci na venda do seu Francisco e lhe paguei tudo que eu desviei a vista, algumas coisas pra eu comer esse fim de semana ... Cheguei em casa e uns minutos depois meu amigo chegou, o paguei e ficamos conversando por um tempo. Expliquei sobre meu novo emprego e ele ficou super feliz por mim, mais tarde recebi uma mensagem da Clarinha dizendo que estava com saudades, ela é uma fofa, respondi que também estava e que nos veríamos na segunda, ela concordou e mais tarde fui dormir. ... 1 semana depois ... Cheguei numa segunda feira cedo na casa de Alexandre, tudo estava em silêncio e escuro, fui na cozinha Tina não estava lá e todas as janelas ainda estavam fechadas,voltei para a sala e olhei pro topo da escada e o corredor de quartos também estava escuro, de repente Alexandre veio de seu escritório parecendo um zumbi, pois acredito que não tenha dormido a noite toda. - Bom dia seu Alexandre. - Eu disse e ele me olhou. - Bom dia. Clara dormiu em uma amiguinha esse fim de semana e só vem pra cá depois da escola, se quiser voltar pra casa pode ir.  - Bom, é meio longe pra eu estar indo e voltando. - Pode ficar então. - Ele ia subir, mas logo voltou e me olhou. - Não dormi nada essa noite. - Ele disse do nada e eu o olhei confusa, por que ele estava me dizendo aquilo? - Que pena. - Eu disse baixo e ele riu. - Eu tentei, mas aí eu fiquei pensando em você e no seu beijo. - A voz dele ia diminuindo a cada palavra, meu coração acelerou e ele continuou: - Ver você todo dia depois daquele beijo me faz sentir vontade de você.  - Eu acho que o senhor está bem cansado, que tal dormir um pouco? - Eu disse quando o vi se aproximar de mim, mas ele ignorou o que eu disse e continuou andando na minha direção, mas eu não conseguia mover um músculo pra me afastar, no fundo eu queria aquilo também. - Eu já sofri muito com isso Catarina, é por isso que falei tudo aquilo a você, me desculpa, mas a grosseria e a frieza viraram meu escudo desde que aquela....aquela..mulher...me deixou. - Não era isso que ele queria dizer...abaixei o olhar e me dei conta que ele já estava frente a frente comigo, nem tanto pelo fato de eu ser bem mais baixa que ele. Ele levantou minha cabeça colocando o dedo indicador no meu queixo de leve me fazendo o olhar. - Stella casou comigo pelo dinheiro.Nunca me amou, mas despertou isso em mim. - Você induziu que sou igual a ela naquele dia. - Eu disse decepcionada. - Eu sei que não é. - Vim apenas com a intenção de ter um emprego seu Alexandre. - me chama só pelo nome. - E os outros empregados? Vão dizer o que? - Não importa. - Respirei fundo e levei minhas mãos ao seu cabelo acariciando-o, o olhei nos olhos e estavam fundos, tristes e vermelhos. -Você parece cansado... - Estou... - Vai descansar, quando estamos assim falamos tudo sem pensar. - Ele riu baixo. - Pensei a noite inteira antes de te falar isso...acredite. - Minhas mãos desceram ao seu rosto e ele fechou os olhos. - Assim vou dormir aqui mesmo. - Sorri de lado e ele me olhou, me puxou pela cintura, e selou nossos lábios num beijo calmo, entrelacei meus braços em volta do seu pescoço e ele me apertou mais contra seu corpo. Realmente, eu adorava aquele beijo e aquele toque, me sinto bem e era muito bom. Será que depois desse beijo ele não vai me tratar como tratou naquele dia? Eu espero que não, porque acho que ... estou gostando dele ... gostando mesmo... Minha mãe sempre me disse que o dia que eu estivesse em dúvida se eu gostava mesmo da pessoa, era só notar os detalhes de sentimentos que invadiam meu corpo todas as vezes que eu ficasse perto dessa pessoa. O frio na barriga, as pernas bambas, o arrepio, o coração pulando aqui dentro e junto com todos esses mentimentos malucos, vinha junto a paz. Eu senti tudo isso com Alexandre nesse momento. Paramos o beijo com selinhos e ele acariciou meu rosto, fechei os olhos. - Você é tão linda. - Sorri de lado. - Obrigada.  - Ele bocejou e eu o olhei, então nós rimos. - Acho melhor você dormir. - Eu disse tirando os braços dele da minha cintura, ele me puxou pela mão e subimos a escada, estranhei, mas o segui. Chegamos ao quarto dele e entramos, ele trancou a porta e eu olhei em volta, era lindo e tinha um lustre enorme bem no meio. - Me espera? - assenti e ele entrou no closet, fiquei admirando o quarto e ele saiu com uma calça de moletom e sem camisa, meu Deus ... que homem. Abaixei o olhar para não olhar pra ele, ele se aproximou de mim. - Já que vai ficar sem fazer nada agora de manhã, fica aqui comigo. - Não vai dormir? - Prefiro ficar com você. - Eu ri e o puxei pelo braço, fiz ele deitar na cama e sentei ao seu lado, ele me olhou sorrindo e os seus olhos claros não estavam mais tristes, apenas cansados. Fiz carinhos pelo seu rosto e ele fechou vagarosamente os olhos e acabou dormindo, suspirei e fiquei sentada na cama mexendo no celular, obvio que eu não ia deitar lá. ... 10:00 da manhã ... Alexandre acordou e olhou rapidamente para certificar que eu estava lá ainda, ri baixo. - Bom dia ... de novo ... - ele sorriu. - Bom dia ... - Ele sentou na cama de frente pra mim e segurou minha mão. - Sei que não tenho mais idade pra essas coisas de adolescente, mas ... que tal a gente ficar ... sem compromisso, sem nada sério, até sabermos o que sentimos. - Eu sabia o que eu sentia, mas eu ia gostar de ficar com ele. - e a Clara? - Ele sorriu de lado. - Ela não precisa saber ... mas tenho certeza que ela ia amar. - Ri. - ela pode confundir ... - Eu sei ... podemos contar quando ficar mais sério. - E se não ficar? - a curiosidade falou mais alto ... - Eu sei que vai. - Sorri de lado. - Ta. - Concordei e ele me beijou, ah que beijo bom ... Ele foi me deitando na cama, eu sentia o calor do corpo dele contra o meu, ele ficou por cima de mim e de repente o celular dele começou a tocar atrapalhando tudo, ele parou o beijo e soltou um palavrão e atendeu, ri baixo e levantei da cama , ele terminou de falar e bufou. - Desculpa ... - tudo bem.Vai ter que sair? - Sim ... mas eu não queria. - Tudo bem Alexandre. - Ele sorriu de lado e me puxou pela cintura me beijando, desceu os beijos pelo pescoço e eu sorri. - Adoro seu beijo. - Ele disse baixo e me arrepiou, ele sorriu de lado. - Vou trabalhar. - Eu disse e ele sorriu de lado, lhe dei um selinho e saí do quarto antes que ele me puxasse de novo e eu não saísse dali hoje ... ... mais tarde ... Clara já havia chegado e namorado no quarto brincando e rindo muito como sempre, de repente a porta se abre e Alexandre entra ali. - Pai. - Ela sorriu e foi abraça-lo. - Oi filha ... - Ele me olhou e sorriu de lado - pai, por que hoje não vamos jantar juntos? - ela perguntou feliz e ele sorriu. - Otima ideia filha ... aceita Catarina? - Ele me olhou e eu arregalei os olhos. - Eu? - É, Cat podemos ir ao shopping no salão se arrumaaaar. - ela dizia saltitante e eu estava ficando nervosa ... eu num restaurante chique? Clara foi pro closet se arrumar direto para ir ao shopping. - Alexandre eu não acho uma boa ideia.  - porque? - Eu nunca fui nesses lugares, vou fazer vocês passarem vergonha ... e eu nem tenho roupa pra isso ... - relaxa, vai ao shopping com a Clara e faz tudo que ela quiser, eu ja disse isso desde o início. - Ta, mas ... eu Não sei o que comprar e ... - A Clara ajuda. - Pode descontar do meu salario ta? - É um presente. - Ele disse se aproximando e eu me afastei. - Aqui não. - Ele riu. - ta ... m*l posso esperar pra ver o quanto você estará linda. -Não crie expectativas. - Ele riu, me deu um selinho rápido e saiu do quarto, respirei fundo. - Clara. - A chamei e fui até o armário, ela tentar prender a pulseira, ri baixo e ajudei. - Vamos comprar uma roupa linda. - Ela disse saltitante.Eu não me sentia bem fazendo isso, o dinheiro não era meu ... Fomos ao shopping e Clara me levou direto pra uma loja super chique, com lustres espalhados pela mesma e roupas maravilhosas, a vendedora surgiu simpática. - Boa tarde, o que desejam.meninas? - Roupas pra ela. - Eu disse apontando pra Clara e ela me olhou. - Pra ela também. - Clara se intrometeu, que menininha em.A vendedora sorriu. - Sigam-me. - A seguimos e primeiro fomos a sessão infantil, lindas as roupas, Clara experimentou umas vinte peças e eu não aguentava mais. - Clarinha, chega... - Só mais uma Cat.- Ela entrou no provador e saiu toda linda. - Linda...essa roupa aí ta maravilhosa. - Ela sorriu... - adorei também. - Ela disse e entrou de novo, colocou sua roupa e entregou o vestido pra vendedora. - Agora sua vez. - a vendedora disse  e eu sorri torto...fomos e Clara me entregava milhões de vestidos ao mesmo tempo, nunca me imaginei dentro de nenhum daqueles vestidos... - Liiinda Cat. - Olhei no espelho e fiz careta. - Não. - Coloca esse. - Clara me entregou uma camisa social com tecido em cetim e um shorts alfaiataria... eu coloquei...quando saí me olhei no espelho e ual...aquela roupa era linda. - qual o valor? - perguntei e Clara me interrompeu. - Nao importa...esta perfeita. - Olhei pra ela e ri. - Resolvi levar aquele, fomos a uma loja de sapato e também experimentamos vários, depois de escolher um par levei Clara ao salão porque ela queria fazer a unha, magina, com 27 anos e eu mesma pintava as minhas...ela fez eu sentar ao lado dela e duas manicures fizeram nossas unhas, e por fim fomos embora, pois já eram 19:00 e o jantar era às 20:00...chegamos em casa e Alexandre não estava lá ainda, tomara que ele realmente venha, pois Clara vai ficar muito triste se ele não vier. Deixei Clara se arrumando no quarto, pois ela insistiu que já sabia se virar, fui pro meu e tomei um banho relaxante, então fui ao closet de toalha, coloquei uma lingerie preta rendada, a roupa, arrumei o cabelo e fiz uma maquiagem leve. Eu nunca tinha me visto tão .... arrumada ...  Clara entrou no quarto e abriu a boca. - Você está linda Cat. - sorri. - Obrigada meu amor, você também está.          - Cat... - oi ...- Ela sentou na cama e sentei com ela.  - Obrigada. - pelo o que? - É que ... é assim que é fazer compras com nossa mãe? - Sorri de lado. - Eu não sei ... nunca fiz com a minha, mas adorei o dia com você hoje. - Ela sorriu e me abraçou forte. - Vamos? - Siiim. - ela disse e descemos, Alexandre estava no sofá, de terno, dando e me olhou dos pés a cabeça e sorriu, abaixei o olhar envergonhada e sorri fraco. - Vamos pai? -ele olhou pra Clara e sorriu. - Vamos ... estamos lindas.- Clara sorriu e fomos, eu ia entrar no carro atrás com Clara, pois Alexandre que ia dirigir. - Onde vc vai? - Ele pediu. - Com a Clara.- Ele abriu a porta do passageiro pra mim. - Pode entrar. - Estranhei, mas entrei e Clara foi atrás, ele só ficava me olhando o tempo todo e aquilo me deixava desconfortável. Chegamos a um restaurante lindo, chique e sofisticado, entramos nós três, a recepcionista nos conduziu a uma mesa já reservada, ele havia feito isso ... Clara estava radiante de estar saindo com o pai e isso me deixava muito feliz.O garçom chegou , me olhou sem nenhuma descrição e sorriu pra mim, Alexandre fechou a cara do nada, ele estava com ciumes? Ele mesmo disse que não tínhamos compromisso. Mas sorri de volta, Clara pediu um suco e Alexandre perguntou se eu tomava champanhe, assenti e ele pediu um, escolhemos o prato e fiquei conversando com Clara enquanto não vinha. Quando chegou, os pratos eram lindos e muito gostosos, comemos e comemos a sobremesa, ficamos conversando mais um tempo e voltamos pra casa.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD