Gia nada respondeu, apenas bufou claramente de raiva e saiu do banheiro me deixando sozinha.
Respirei fundo me curvando na pia e abrindo a torneira para lavar meu rosto e me acalmar, pois estou tomando uma raiva imensa dessa garota, vai ser bem difícil trabalhar com ela aqui mas infelizmente, querendo ou não tenho que ser profissional acima de tudo.
Após aquele pequeno estresse fui para o apartamento de Mathew para enfim, conhecer o lugar onde o amor da minha vida morou durante todos esses anos.
— Nossa, pensei que sua casa fosse mais bagunçada mas não, você é bem mais organizado que eu. - Comentei rindo e olhando ao meu redor.
Tudo era bem alinhado em um ambiente bastante sério, casa de solteiro mesmo.
— Como agente m*l paro em casa, acho que é por isso que tudo está sempre tão arrumado. - Mathew explicou fechando a porta.
— Posso te dizer uma coisa? - Perguntei me aproximando e segurando as mãos do moreno que eram ásperas e maiores que as minhas.
— Claro Anne, diga. - Ele concordou curioso e respirei fundo.
— Quero morar com você, quero me mudar aqui para sua casa. Esquece tudo o que falei ontem, quero sim viver com você, dividir a vida, os momentos bons e ruins contigo pra sempre. - Declarei-me.
— Sério? - Mathew perguntou com os olhos brilhando e abrindo um lindo sorriso.
— Sim , já esperamos demais pra viver nosso amor! - Sorri de volta.
— Eu te amo, Anne. - Ele disse me puxando para um forte e longo abraço. - Muito, muito! Parece até que estou vivendo um sonho! - Exclamou distribuindo diversos beijos carinhosos por meu rosto que não parava de sorrir de felicidade.
— Eu também te amo, amor. - Falei começando a tirar a camiseta dele que entendeu muito bem o que eu estava querendo.
Fazer amor.
Ainda não matei nem um terço das saudades que senti durante todos esses anos do corpo, do toque e do cheiro do meu delicinha.
— Anne, Anne... Você continua safada como sempre. - Ele disse me beijando ardentemente.
— Sim, mas sei que você adora isso em mim. - Murmurei chupando o lábio inferior dele que gemeu baixinho.
Hank me levou até o quarto no colo enquanto me beijava vorazmente para em seguida, me deitar em sua cama que por sorte, era de casal. Começamos a nos despir rapidamente, doidos para estarmos um dentro do outro e segundos depois, já estamos nus e ele, mordiscando meu pescoço.
Mathew me virou de lado na cama, levantou uma das minhas pernas e me penetrou ficando atrás de mim, enquanto dava leves mordidas em meu pescoço. Fechei os olhos e gemi sentindo ele me estocar gostoso, apalpando meus s***s e continuando com os chupões, me arrepiando dos pés ao último fio de cabelo. Quando dei por mim já estava gozando e após entrar e sair de mim mais algumas vezes, foi a vez do meu chefe delícia gozar junto de mim. Ele saiu de dentro da minha i********e e minutos depois nós caímos no sono, dormindo agarradinhos de conchinha.
[...]
No dia seguinte acordei antes que Hank e tomei um banho rápido para em seguida, preparar o café da manhã para nós dois, panquecas e suco de laranja que anos atrás, ele comentara comigo que era seu prato favorito. Mathew acordou quinze minutos depois e após se arrumar, tomou café comigo enquanto conversávamos sobre quando irei me mudar para cá. Em comum acordo decidimos que daqui uma semana no máximo já estarei totalmente instalada aqui.
Depois de escovar os dentes e terminarmos de nos arrumar, fomos para o nosso trabalho e lá participamos de uma reunião com todos onde tentamos ver se descobríamos mais alguma coisa sobre nosso psicopata vez. Foi quando Mathew recebeu um telefonema que nos desanimou bastante.
— Aconteceu de novo, pessoal. - Ele avisou e nada dissemos, apenas nos entreolhamos e engolimos em seco. - Mark e Diana, quero vocês na cena do crime imediatamente.
— Okay. - Ambos concordaram se levantando e se retirando da nossa sala.
— E nós que ficamos aqui iremos reanalisar o caso novamente pra ver se não deixamos nada importante passar em branco.
— Okay Mathew. - Gia concordou parecendo menos chata do que nos dias anteriores.
[...]
Durante uma hora Alex, eu, Mathew e Gia ficamos lendo e relendo os documentos e fotos relacionadas ao crime mas não descobrimos nada realmente relevante, infelizmente. Ou estamos desatentos ou realmente esse assassino é esperto e sabe deixar poucas pistas, o que é péssimo para nós policiais.
Foi quando Mark e Diana voltaram com novidades.
— E ai? - Alex perguntou curioso.
— Realmente é nosso cara, mesmas marcas, mesmo estilo, mesma vitimologia. Só pode ser obra dele mesmo. - Mark nos contou.
— Exatamente... - Diana concordou e notei que a ruiva estava bem estranha. Seus olhos estavam bem vermelhos como se tivesse chorado muito — Vou ao banheiro, com licença. - Falou se afastando de nós.
— E eu vou pegar um café pra nós pessoal. - Falei me levantando também para seguir Diana e entender o que está se passando com ela.
A analista entrou no toalete e eu, logo atrás. Ela lavou o rosto e apoiou as mãos na pia e foi aí que notei que estava trêmula, sinal clássico de quem passou por algum tipo de abalo emocional recentemente.
— Diana, o que houve? - Perguntei me aproximando dela que virou-se para mim assustada com minha presença ali.
— Nada, oras. - Mentiu desviando o olhar.
— Por acaso conhecia a vítima? Foi por isso que chorou? - Indaguei — Sei reconhecer quando alguém está perturbado. Vamos, me diga o que está acontecendo, sei que nos conhecemos há pouco tempo, mas no fundo sei que você sabe que pode confiar em mim. - Tentei persuadi-la e após engolir em seco, a ruiva resolveu me contar a verdade.
— Rebecca era o nome da vítima recente e ela era minha amiga, Anne. - Começou a se debulhar em lágrimas, desabafando comigo e me abraçando de surpresa. - Por que esse assassino fez m*l à ela? Ela era uma pessoa muito do bem, não merecia isso.
— Ninguém merece isso. Fica calma... - Tentei tranquiliza-la fazendo carinho em seus cabelos longos e avermelhados. - Vai ficar tudo bem, nós vamos pegar esse desgraçado Diana, eu te prometo.