Capítulo 6 - O Agente & A Entrevista

1755 Words
[...] Alguns dias depois eu já estava de mudança para a casa de Matt e tinha combinado que Liza ficaria morando aqui em casa até o casamento e depois, meu plano era aluga-la e ganhar um dinheiro com ela. Foi quando ouvi batidas na porta. Parei de guardar meus itens nas caixas, sacudi minha roupa cheia de pó e caminhei até a porta, girando a maçaneta e abrindo-a. — Maurice? - Arregalei os olhos ao deparar com meu ex-noivo bem na minha frente com cara de cachorro molhado. — Anne... - Ele sorriu — Será que posso entrar? — Er... Claro. - Mordi o lábio e abri passagem para que o loiro entrasse em minha casa — O que quer? — Conversar contigo sobre nós dois. - Respirou fundo — Anne, acho que cometi um erro quando decidi terminar nosso noivado. — Que? - Dei risada não acreditando que ele estava me dizendo aquelas coisas a essa altura do campeonato. — Eu ainda amo você - Afirmou se aproximando de mim — Será que tem chance de voltarmos a ficar juntos? — Não, Maurice. - Engoli em seco dando alguns passos para trás — Estou envolvida com outra pessoa no momento. - Expliquei dando um sorriso sem graça e só então o rapaz olhou ao seu redor notando as caixas e malas e deduzindo assim que eu estava de mudança — Mathew, aquele meu namorado do passado. — Ah... Vocês voltaram depois desse tempo todo? - Ele desviou o olhar — E já vão morar juntos? — Sim. - Respondi ainda sem graça quando ouvi batidas na porta — Hoje a casa está bastante movimentada, hein? - Fui até lá e abri a porta novamente me deparando com meu futuro namorido — Amor? — Oi Anne, tudo bom? - O ruivo perguntou me puxando para si e beijando meus lábios. — Sim... - Murmurei finalizando nosso beijo e Matt olhou para Maurice. — Quem é ele? - Mathew entrou em casa e se aproximou do rival, se é que dá pra usar essa palavra já que tenho certeza que Mathew Hank é o único dono do meu coração. — Maurice, meu ex. - Expliquei vendo os dois se aproximarem e se calarem — Mas ele já está de saída, não é mesmo Maurice? — Sim. Com licença e desculpem o incômodo — O loiro confirmou passando por Mathew, pela porta e sumindo das nossas vistas. — Ufa... - Suspirei fechando a porta — Mathew, não faça essa cara. - Revirei os olhos. — O que ele queria com você? — Pedir pra reatar, eu disse não, que estou com outra pessoa e ele foi embora de boa, simples assim. Por favor, não fique chateado com isso. — Só não fico se você responder uma coisa... - Aproximou-se de mim — Realmente não sente mais nada por esse cara? — Não! - Neguei o olhando nos olhos e o vendo sorrir. — Então esta tudo certo. - E me deu um selinho carinhoso. [...] Mathew ajudou-me a terminar as malas e levamos meus pertences até sua casa de carro. Passei o resto do dia arrumando minhas coisas em minha nova casa e a decorando a meu gosto enquanto meu amor foi cuidar dos preparativos da nossa viagem. Quando ele voltou já era noite e ao me ver, abriu um lindo sorriso. — Já está tudo pronto para nossa viagem, Anne. - Avisou descendo suas mãos por minha cintura. — Ótimo! - Envolvi as mãos ao redor do pescoço dele — Você me deu carta branca e acabei decorando a casa do meu jeito, gostou? — Claro, tudo que você faz é perfeito. - Falou mordendo meu lábio inferior — Mas tem algo que você faz melhor que qualquer coisa. — E seria o quê? - O provoquei. — t*****r. - Respondeu rindo e me beijando apaixonadamente. Depois de uns dois passos já estávamos deitados no sofá, com ele por cima de mim chupando meu pescoço e arrancando gemidos dos meus lábios. — Você está muito coberto, agente. - Disse tirando o casaco e a camisa do ruivo, deixando aquele corpo gostoso em evidência. — Você também está. - Ele falou removendo meu vestido e me deixando somente de calcinha e sutiã — Como você é gostosa... - Falou apalpando meus s***s. — Então aproveita! - Brinquei e quando dei por mim, meu sutiã já tinha sido removido e a boca de Hank os estava chupando deliciosamente bem. Comecei a sentir minha i********e ficar molhada e mordi meus lábios com força, jogando a cabeça para trás no momento em que ele desceu seus beijos por minha barriga até chegar na minha i********e. O ruivo repuxou meu clítoris e começou a me chupar com vontade, me fazendo delirar. — Mathew, quero você dentro de mim. — Seu pedido é uma ordem, senhorita Peterson. - Removeu sua calça, cueca e me penetrou. Gemi alto arranhando as costas do meu homem que logo começou a se movimentar, saindo e entrando em mim com total permissão. Não demorou muito para que eu gozasse seguida dele que me beijou para não gritar por conta do intenso clímax. [...] Na manhã seguinte eu e meu chefe estávamos no avião viajando para Nova Orleans e no caminho fiz uma longa pesquisa sobre o assassino que iremos entrevistar que se chama Thomas Hyde. Ele foi condenado há morte por mais de 20 assassinatos contra mulheres que além de estripadas, tinham órgãos do corpo removidos e uma parte deles era justamente o alimento do serial killer. Tom fora condenado a pena de morte, mas seus advogados recorreram e ele acabou sendo condenado a perpétua. Ler todas aquelas coisas sobre aquele monstro fez meu estômago embrulhar. A viagem durou cerca de duas horas e fomos direto para o presídio mas no caminho, Matt me deu alguns conselhos. "Ignore todas as merdas que os outros presos lhe disserem." "Seja firme e objetiva o tempo todo." "Não demonstre nenhum tipo de emoção na frente de Hyde." Foi alguns dos conselhos que ouvi do meu amor e decidi seguir todos a risca. Mathew e eu fomos direto para a ala dos psicopatas, onde os assassinos ficam presos dentro de celas de vidro brindado como se estivesse enjaulados. — Que gostosa! — Vem aqui pra minha cela, v***a. Foram alguns dos insultos que ouvi enquanto passava pelo corredor ao lado de Hank até chegar ao nosso destino que era a cela onde Tomas estava preso desde 2005. Quando chegamos lá, olhei rapidamente para Jamie e respirei fundo. Em seguida olhei para Thomas que ao nos ver, levantou-se de sua cama de pedra e aproximou-se de nós. Apenas o vidro transparente nos separava dele. — FBI? - O nojento indagou sorrindo. — Sim. - Mathew confirmou mostrando seu distintivo e fiz o mesmo — Precisamos falar com você Thomas. — É por causa dos assassinatos? Leio os jornais todos os dias para me manter informado e notei as semelhanças entre mim e o assassino que o FBI está procurando. Vocês esconderam o quanto puderam esses crimes mas é aquela coisa, mais cedo ou mais tarde as notícias vazam. — Pois é. Queremos que se coloque no lugar do assassino e nos ajude a conseguir mais pistas sobre ele. — E por que eu faria isso? - O moreno de olhos cor de mel questionou mordendo o lábio e olhando para mim — Aliás onde está a educação dos senhores FBI? Sequer se apresentaram para mim. Mas como sou educado muito prazer, Thomas Hyde, mas minha vó quando criança me chamava de Tom. - Foi irônico — Se pudesse apertaria a mão de vocês mas infelizmente o vidro não nos permite esse tipo de gentileza. — Uma lástima, não? - Mathew retribuiu a ironia. - Agente Hank. — Agente Peterson. - Apresentei-me também. — Posso te chamar de Anne? - Indagou olhando diretamente pra mim. — Não abusa Thomas! - Mathew fechou a cara. — Deixa Mathew, pode sim. Fique a vontade, Tom. Nos conte o que pensa desse assassino. — Só se me mostrarem as fotos das vítimas pra eu sentir um pouco de prazer. Sei que essas fotos devem estar dentro da maleta do senhor FBI. - Falou para Hank. — Isso está fora de cogitação. - Mathew negou o pedido dele. — Então lamento, mas a visita de vocês foi a toa pois não falarei nada. - Deu de ombros — Em um relacionamento precisamos ceder e se não fizerem a parte de vocês, não farei a minha. - Deixou claro jogando suas cartas na mesa. — Okay, mas só cederei nisso - Mathew abriu a maleta e mostrou algumas fotos para ele que sorria ao vê-las com sua patética cara de psicopata. — O cara é bom, hein? Mas não é melhor que eu. Ele é... Como vocês dizem mesmo? Sádico, tem prazer ao matar. Escolhe esse tipo de vítima porque o atrai, mulheres bonitas criam alguma espécie de fascínio nele. Pelas fotos esses corpos foram encontrados perto da mata, certo? - Confirmei fazendo sinal de positivo com a cabeça. - Mas ele queria que fossem encontrados. — Como pode ter certeza disso? - Indaguei. — Se não quisesse que fossem encontrados ou pelo menos quisesse atrasar o encontro o bandido teria escondido o corpo dentro da mata. Além do mais, ele deixou essa cena de horror propositalmente para chocar vocês. Quer ser famoso, quer jogar com a polícia. Não duvido que em algum momento tente manter algum tipo de contato com vocês do... FBI. - Falou arrastado. Mathew e eu nos entreolhamos e engolimos em seco. — E por que ele arranca os dedos e algumas partes do corpo? Acha que pelo mesmo motivo podre que você? - Mathew indagou guardando as fotos de volta na gaveta. — Talvez sim. De duas uma, ou ele usa essas partes do corpo em algum ritual macabro ou se alimenta delas. Se fosse eu não desperdiçaria carnes deliciosas como essas com um ritual i****a. Pronto, meu estômago embrulhou de novo. — E como podemos pega-lo? - Perguntei. — Talvez ele cometa um erro, mas acho difícil pois parece quase tão inteligente quanto eu. Mas pode ser que quando ele faça contato vocês possam dar um jeito de rastrear. - Piscou para mim — E aí, consegui ajudar o FBI? — Possivelmente - Mathew respondeu coçando a cabeça — De qualquer forma, foi interessante conversar com você Tom. Amanhã voltaremos para conversar mais sobre esse crime. - Avisou piscando para o assassino.
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