O CAFE DA MANHÃ

1750 Words
NINA Após ter feito a sopa eu a levei até a porta do quarto de Alex, mas sua mãe a pegou das minhas mãos ali mesmo, e eu preferi não entrar. Ainda me lembro de Alex me colocando para fora do seu quarto e eu não gostaria de repetir de forma alguma. Vou para meu quarto, tomo um bom banho e visto uma camisola das que vieram na minha mala, deito-me e não consigo dormir de imediato, fico ali me perguntando o que pode ter levado Alex a chegar bêbado daquele jeito em casa? Pensei durante mais alguns minutos e o sono arrebatou-me, fechei os olhos e foi como se a noite voasse, logo eu estava a acordar novamente. Olho para a janela e ainda está meio escuro, levanto-me e vou ao banheiro fazer as minhas higienes matinais e depois vou ao closet e visto um vestido branco com renda nas mangas eu gosto muito, me olho no espelho e hoje estou com uma aparência muito melhor do que nos dias anteriores já que ontem a noite eu já não chorei. Talvez eu precise acostumar-me com ideia desse casamento, e para isso também preciso começar a tentar fazer dar certo e vou começar a partir de hoje. Como ainda é cedo eu desço as escadas e vejo que ainda não há ninguém acordado, ou pelo menos é o que parece. Ando até a cozinha e observo um pouco a minha volta para ver se consigo encontrar tudo o que preciso, abro geladeira e vejo que tem disponível ovos, leite, trigo... Penso mais um pouco e resolvo fazer algumas panquecas e tapiocas junto a bom e velho café com leite e um suco de laranja. Quando termino tudo eu vou até à pia e lavo algumas louças que tem sobre a pia, resultado de tudo o que acabei de fazer. Logo em seguida ouço a porta da cozinha ser aberta e logo vem uma voz atrás de mim que me assusta. - O que faz aí? - Pergunta Alex e eu olho-o, ele parece confuso em ver-me ali na cozinha não ei se é por ser ainda muito cedo ou se é por eu estar lavando a louça. - ah, Bom dia Alex! Acordei muito cedo e resolvi fazer o seu café. - Falo sorrindo e ele parece ainda mais confuso. Termino com a louça e enxugo as mãos no pano de louça que tem ali ao lado e vou em direção a ele que ainda me olha sem dar nenhuma palavra. - Você está bem? Ontem você não... - Como consegue? - pergunta Alex e agora eu é quem fico confunsa com a sua pergunta, mas respondo-lhe. - Fazer o café? Ah isso eu aprendi com o meu pai. - Repondo ainda o olhando e o vejo bufando. - Não se faça de desentendida Nina, como consegue esconder tão bem os seus sentimentos dessa forma? - Pergunta ele dessa vez com a voz mais alta e chateado. - Mas de que sentimentos você fala? Nós m*l nos conhecemos. - Falo e ele puxando a cadeira a sua frente e se sentar mais permanece com o olhar nada amigável. OK! Parece-me que a missão do café da manhã não deu muito certo. Qual o problema desse homem? Logo a sua mãe aparece na cozinha e o seu rosto se ilumina ao ver-me sentada à mesa junta Alex. - Bom dia meus queridos! - Fala a minha sogra entrando e sentando-se a mesa junto a nós dois e fazendo com que aquele clima estranho entre nós se dissipasse. Quando terminamos de tomar café, Alex se levanta da mesa e ao chegar na porta ele vira-se e me olha por alguns segundos. - Nina, se arrume, pois iremos sair! - Fala ele virando-se de costas e indo em direção a escada que para o corredor de quartos no segundo andar. - Vai minha filha! Eu sei que está a tentar, e essa pode ser uma boa oportunidade de conversarem melhor. - Fala a minha sogra e eu sorrio para ela e levanto-me em seguida. Fui em direção as escadas e lá encontrei o meu sogro descendo as escadas, ele é um bom homem desde o meu primeiro dia nessa casa ele e a sua esposa sempre me trataram muito bem, foram gentis comigo e apesar de toda a grosseria do filho não acredito que ele seja uma má pessoa também. Entro no meu quarto e como eu ainda não arrumei as minhas coisas no espaço disponível no closet eu ainda preciso procurar por roupas de sair na mala, abro a mala maior e procuro por roupas. Mas não acho nada que me agrade, resolvo olhar no espelho para ver se a roupa que estou vestida está suficiente e ela parece-me boa, faltando apenas alguns acessórios como um casaco de couro preto e uma bota também de couro preta, acredito que isto seria o suficiente. Quando achei tudo o que precisava, vesti e parei olhando-me no espelho, e gosto que os meus olhos veem, só falta pentear os cabelos, os meus cabelos são castanhos com leves ondas que me caem sobre os ombros. Mesmo gostando muito deles solto e do efeito que ele cria envolta dos meus ombros e resolvo prendê-los e assim que o faço escuto batidas na minha porta e saio do closet não demora para que eu vejo Alex abrir a porta. Os seus olhos estão mais escuros do que o normal e ele está muito sério, não parece estar em um bom dia, mas atribuo esse mau-humor a ressaca que deve sentir após aquele pileque de ontem. - Vamos, já está pronta? - Pergunta Alex olhando-me. - Sim, podemos ir! - Falo e ando na sua direção. Ele desce a escada e eu desço logo atrás, Alex segue para a porta da frente da casa e quando chegamos lá fora vejo uma moto estacionada em frente a porta e o olho, como se o questionasse se iríamos mesmo sair de moto, mas ele não me diz nada apenas me entrega um capacete e segue para a moto na nossa frente. Ele sobe na moto e em seguida eu coloco o capacete e vejo a mão de Alex ser estendida a mim e eu uso como apoio para subir naquela moto enorme, assim que me acomodo atrás dele ele liga a coisa e acelera saindo do lugar. Alex anda em alta velocidade o que faz com que eu lhe abrace apertado e feche os olhos com medo de acontecer algo por estarmos a ir tão rápido assim. Depois de um tempo de olhos fechados e sentindo o vento frio bater na minha pele sinto Alex desacelerar e logo paramos, quando abro os olhos e vejo que estamos em frente a um cemitério. Mas o que? Por que ele me traria a um cemitério? O que há de interessante aqui, esse homem o pode ser doido. Eu desço e ele também desce da moto e logo adentra o lugar, e essa lugar e mais frio e estranho do que eu pensava. Alex anda ate parar em frente a um túmulo com um nome que eu não reconheço. Alex fica ali um tempo olhando para a lápide e eu sinto-me verdadeiramente incomodada com aquele lugar e a sensação r**m que ele me trás, observo que Alex agora me olha e vejo confusão nos seus olhos. - Isso não pode ser normal, é insensibilidade demais para mim! - Fala Alex, me olhando e eu continuo sem entender o porquê de ele dizer-me essas coisas. - Alex, eu não entendo você. Me leva para casa! Esse lugar não me faz bem. - Falo e ele olha-me e sorri com desdém. Alex vira de costas e vai seguindo de volta para a moto e eu sigo-o andando mais atrás estou muito confusa e sem entender o porquê ele trouxe-me até aqui. Ele monta na moto e dessa vez não me estende a mão para ajudar a subir e eu dou o meu jeito e subo com um pouco de dificuldade, Alex novamente coloca a moto em movimento em alta velocidade. Mas aquele caminho não me parecia nada familiar, e eu agora não sei mais para onde Alex está-me levando, não demora para que ele pare a moto em frente a um prédio enorme e eu entendo que devo descer e assim o faço. Ele desce logo em seguida e entra no prédio e eu observo-o indo logo atrás, todos a nossa volta olham-nos mais ninguém fala nada, Alex entra no elevador e eu entro junto. Alex está calado desde que saímos do cemitério, ainda não entendi as palavras que ela havia proferido lá.. " Isso não pode ser normal, é insensibilidade demais para mim! " Insensibilidade por que? Ele estava falando de mim? Porque eu seria insensível se nem ao menos conheço a pessoa a quem ele me levou para visitar o túmulo. Ao sairmos do elevador ele entra numa sala que está uma bagunça, eu olho pelos lados e não vejo nada no lugar, aparentemente alguém derrubou tudo no chão e não arrumou depois, provavelmente um ataque de raiva. - Limpe essa bagunça! Vou sair e quando eu voltar, quero tudo no lugar. - Fala Alex e eu olho-o, perplexa com o que ele me diz. - O que? Você ficou louco? Não sou sua funcionária. - Falo nervosa com a audácia dele em dizer-me isso. - Você vai limpar sim, e vai deixar tudo bem arrumadinho aqui! E se quando eu voltar não estiver limpo, teremos um probleminha ESPOSA! Não lhe darei nenhuma regalia, fui obrigado e ter você junto a mim, mas isso não significa que eu sou i****a o suficiente pra que não lhe use para as coisas certas. - fala ele nas antes que ele saia eu respondo-o. - você só pode estar maluco se acha que vou mesmo limpar isso aqui! Está bêbado novamente ou o quê? - Falo e ele olha-me como se tivesse lhe dado um belo tapa na cara, ele parece estar furioso. - Não quero perder a razão com você! Faça o que mandei e vai ficar tudo bem. - Fala ele e sai da sala me deixando sozinha. Observo que no canto da sala tem um balde e alguns panos e detergentes, respiro fundo e com muita raiva pego o balde e inicio a mal.di.ta limpeza que esse i****a exigiu-me mesmo bufando de raiva, passo horas ali tentando organizar aquela imundície e no final consigo.
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