ALEX
Após eu ter saído do meu escritório ainda estava incrédulo com tanta insensibilidade por parte de Nina, não sei bem o que ela pensa, mas é notório que ela finge muito bem e que consegue facilmente esconder os seus sentimentos com nunca havia visto antes.
Saio de lá e dois várias voltas na moto, sentindo o vendo feio bater em minha pele e pensando sobre tudo o que temos enfrentado, lembro-me de Léo e dela falando-me sobre a rejeição de Nina.
"Deixe de loucura Alex, essa mulher te adora, ela nunca olhou-me com outros olhos. E apesar de doer-me dizer isso, pois eu a amo, mas você sabe que ela me rejeitou em todas as tentativas de aproximação, ela não me quis."
Eu parecia estar a ouvir a voz de Léo dizendo-me essas palavras, mas logo após isso eu só consigo lembrar-me do acidente, da sua morte e suas últimas palavras a mim.
Fiquei por muito tempo rodando e pensando em tudo isso, até que retornei e busquei nina que estava a parecer enraivecida de ter limpado o apartamento, mas nada me tira da cabeça que ela só está comigo por dinheiro, é só isso que lhe importa.
Levo-a para casa e ela não me dirige uma única palavra, sigo para o meu quarto e sinto o olhar de reprovação dos meus pais em mim enquanto subo as escadas, mas não deixo que isso me abale.
Eu tomo banho e desço para avisar nina de que sairemos novamente para o almoço, mas ela não havia saído do quarto ainda então fui até o seu quarto.
Bati a porta, mas ninguém respondeu, abri a porta e a vi sentada na beirada da cama pensativa, mas com um livro nas suas mãos.
- O que quer dessa vez? - Fala ela olhando-me enquanto eu estava perdido em pensamentos a observando.
- Iremos sair novamente mais tarde! Esteja pronta próximo ao almoço! - Fala e logo retiro-me de lá sem dar oportunidade de resposta a ela.
Volto ao meu quarto e deito-me, acabo dando um breve cochilo de poucos minutos, mas quando acordo já estou em cima do horário para me arrumar e sair, espero profundamente que Nina já esteja pronta, não estou com paciência para ficar a esperar a sua boa vontade.
Tomo banho e quando saio vou ao closet e visto uma calça jeans e uma camisa polo, nos pés coloco um par de mocassins preto, olho-me no espelho e vejo o quanto isso fica estranho em mim, mas se faz necessário.
Quando saio do quarto e desço as escadas, vejo Nina sentada na sala com a minha mãe já pronta para sairmos.
- Mamãe! - Falo, lhe dando um beijo no topo da sua cabeça e olho para Nina sério, mas em tom de cumprimento.
- Está pronta? - Pergunto e ela assente.
- Então, vamos!
Saímos juntos e eu ando até a garagem pegando o carro dessa vez para podermos sair, ando até a porta do carona a abro, mas não espero Nina entrar para fechá-la, apenas abro e saio andando para dar a volta no carro e chegar ao meu lado.
Entramos no carro em silêncio e seguimos para um restaurante em especial, gostaria de ver a reação de Nina neste lugar.
Quando chegamos e entramos, logo somos encaminhados a mesa que eu havia reservado para que pudéssemos ficar, chegando lá nos acomodamos nos nossos lugares e eu observei um olhar triste nos seus olhos.
Nina é um mulher muito bonita, os seus olhos grandes deixam-me fascinado, lábios carnudos e os seus cabelos formandos essas leves ondulações em volta dos seus ombros são realmente muito bonitos e agradam-me.
Mas ainda não posso acreditar na insensibilidade dela em estar no restaurante favorito dele e continuar com a mesma pose, como se nada tivesse acontecido e isso deixa-me nervoso.
Como ela pode estar e se manter indiferente a isso?! Sinto-me curioso.
- E então Nina, está se sentindo bem? Reconhece este lugar? - Pergunto após fazermos os nossos pedidos.
- Estou um pouco apreensiva apenas, não sei explicar o porquê, e sobre o lugar ele parece-me familiar, Mas não me lembro de já ter vindo aqui. - Fala ela parecendo pensativa e eu continuo incrédulo de como ela consegue parecer tão convincente em suas palavras assim dessa forma.
Eu conheço-a, conheço a sua história e a sua vida eu sei de tudo quando se trata dela e ela insiste em ludibriar-me com essa farsa de perda de memória.
Não demora para que o jantar chegue e nós fica.os em silêncio enquanto comemos, eu como bem pouco, pois nada me desce a garganta enquanto eu estiver de frente com essa mulher e toda essa farsa.
Logo nina termina e eu p**o a conta.
- Vamos? - Falo e ela assente.
Levo Nina de volta para casa, ao chegarmos lá entramos e eu puxo Nina pelo braço sem usar de força e a levo até o lavabo, onde encontro uma pilha de roupas minhas separadas.
- Lave essas roupas, só saia daí quanto terminar! - Falo ela novamente olha-me com aquele olhar pequeno, um olhar de tristeza e repulsa.
- Mas o que... você não pode fazer isso comigo Alex! - Fala Nina e eu sorrio.
- É claro que posso, sou seu marido e diga-me para que teria uma mulher se nem mesmo para organizar as minhas coisas e lavar as minhas roupas ela servisse?! - falo e logo retiro-me de lá ouço já um pouco distante os soluços de Nina, mas não me viro para olhá-la mais uma vez.
Já estava um tanto longe Ms não esperava encontrar com a minha mãe no caminho até o meu quarto.
- O que você está a fazer com essa menina Alex? - Fala ela brava e eu bufo.
- Mamãe não se meta, eu sei o que faço! - Falo.
- Até quando, meu filho? Por que não retirar essa máscara? Mostre quem você é Alex e pare de esconder, isso não fará bem a nenhum dos dois. - Fala a minha mãe e eu reviro os olhos mesmo sabendo que ela está certa e mesmo ela estando certa eu não acatarei o seu pedido.
- Não seja r**m para ela meu filho, nina é uma boa moça! Você está equivocado e irá se arrepender disso tudo um dia. - Fala ela ainda com as feições bem fechadas e ali eu sei que a minha mãe está decepcionada comigo.
Mesmo assim não irei desfazer o que já fiz, o que está feito, está feito e não há como retroceder em nada.