Estou chegando na escola e simplesmente não acredito no que meus olhos veem. Uma garota está deixando o carro na minha vaga. Estaciono em meio fio do outro lado e corro para a porta.
Agarro seu braço com força para pará-la e grito “Tire sua lata velha da minha vaga”
Ela se vira lentamente para mim e começa a se desculpar e implorar. “Por favor, por favor.” Minha raiva inicial vai aos poucos se dissipando quanto mais eu olhava para aqueles lindos olhos avelã.
A garota é magra com curvas nos lugares certos, um lindo cabelo castanho acobreado que fica vermelho quando os raios de sol o iluminam, parecendo o pelo de uma raposa. A pele é branca como porcelana e o olhar, meigo e desamparado, totalmente diferente das garotas ao meu redor. Como foi que nunca notei ela antes?
Acho que ela não percebe o que esse olhar desperta nos homens e para minha sorte essa raposinha estava escondida de todos. Esperando por mim. Eu já tränsei com quase todas as meninas solteiras, e algumas comprometidas também, da escola. É como se elas implorassem para provar meu päu, se jogando para cima de mim sem que eu precisasse fazer nenhum esforço.
Essa parece ser diferente. Mesmo precisando da minha ajuda ela não tentou me seduzir. Isso é realmente uma novidade para mim. Enquanto minha mente divaga pensando em como seria prazeroso explorar esse corpinho meigo escuto ela dizer "eu faço o que você quiser, é só uma horinha”
‘Ai esta’ penso. ‘São todas iguais. E eu quase me deixei enganar por esses olhinhos’. Me rosto escurece com raiva e frustação por quase ter sido enganado quando escuto ela dizer “Que tal eu fazer seus trabalhos por um mês? Sei lá, limpar seu material esportivo? Te ajudar para as provas? O que você quiser só me deixa ir, por favor.”
A inocência dela volta a chamar minha atenção. Olho para ela de cima a baixo pensando em tudo que gostaria de fazer. Ela cora sob meu olhar e isso me excita. Como será que ficaria o rosto dela enquanto transämos.
‘O que eu quiser. Garota você vai se arrepender destas palavras.’ penso, desejando que este momento chegue. Ela me olha cheia de expectativas, esperando minha resposta. “Ok. Pode ir. Quando decidir o que quero eu te procuro.”
Mal sabe ela que eu já sei exatamente o que vou querer em troca. Sorrio e saio para buscar outra vaga.
***
Eis que encontro minha raposinha na diretoria. Agora eu sei o nome dela. Rebeca Hoffman. Ela está tão nervosa que vomita um turbilhão de palavras para o diretor. Ela é tão honesta que chega a ser gracioso. Somos castigados com uma semana de detenção. Uma semana encontrando-a todo dia após a aula. A detenção não me incomodou muito já que não é minha primeira vez.
Ela sai rápido da sala e eu a chamo assim que estamos no corredor. Começamos a negociar seu ‘p*******o’ pelo uso da minha vaga. Para mim, um bom p*******o seria ter ela presa em minha cama soltando esses pequenos resmungos. Não consigo evitar sorrir ao pensar nisso.
Ela estende a mão para mim como se estivéssemos fechando um acordo. "Feito" ela me diz.
Em um impulso eu a puxo em minha direção. Ela se apoia em meu peito e sinto o calor de sua palma através da camiseta. Envolvo meu braço livre em sua cintura e a puxo mais perto. Consigo sentir seu suave perfume, cheira a flores. A respiração dela está pesada e acelerada. ‘Mmmm, isso vai ser bem interessante’ penso.
Aproximo meus lábios da orelha dela, quase tocando e sussurro “Foi um prazer negociar com você raposinha.”
O barulho do sinal faz com ela se afaste correndo de mim. Seu medo de ter sido vista comigo é tanto que não resisto em provocá-la, então grito “Até mais tarde raposinha”. Meus amigos, que já estão próximos a mim nesse momento riem.
“Quem é ela Adam?” um deles pergunta.
“Alguém que nenhum de vocês deve colocar os olhos em cima. Fui claro.” Digo soando possessivo.
***
Já estou na sala da detenção quando ela chega. Fico olhando enquanto ela escolhe um lugar perto de mim, ao lado da janela. Estamos a umas três cadeiras de distância em fileiras paralelas. A luz que entra pela janela brilha sobre ela e enquanto admirava seu cabelo vermelho noto outra coisa vermelha em seu corpo, seu sutiã. A blusa fica transparente com a luz e a visão me deixa e******o.
Ela está o tempo todo concentrada na tarefa e eu concentrado nela. De repente, ela olha para mim como uma ladra combinando um crime e joga uma bolinha de papel nos meus pés. Por um momento pensei que fosse uma mensagem da minha raposinha, mas era apenas as respostas da tarefa. Ela é tão fofa.
Eu não precisava realmente de qualquer tipo de ajuda com a tarefa, mas como fiquei a maior parte do tempo analisando minha raposinha e ela me deu as respostas... porque não as usar, principalmente quando vejo que ela já está arrumando suas coisas para ir embora. Ela é rápida, o que demonstra o quanto ela deve ser inteligente.
Assim que o sr. Potter libera aos que já entregaram a tarefa ela sai correndo da sala. Quase não a alcanço.
“Ei, raposinha, bonito sutiã.” Grito para ela o que a faz congelar. Ela puxa a mochila em direção ao peito, tentando se esconder, seu lindo rosto totalmente corado. Não posso evitar rir de sua reação.
Ela tenta parecer firme ao dizer “Você pode por favor não me chamar de raposinha, meu nome é Rebeca.” A raiva dela deixa tudo mais emocionante.
“Mmmm, acho que não. Raposinha combina mais com você.” Respondo rindo. Rebeca me encara por alguns segundos antes de desviar o olhar para seus pés. Sigo em direção a porta, caminhando vagarosamente, esperando cruzar com ela novamente para poder provocá-la mais um pouco.
Quando olho para trás, para ver por que ela não está vindo, encontro uma Rebeca pálida com o celular preso a orelha. Ela não deve ter recebido boas notícias. Um segundo depois observo enquanto seu corpo balança. Corri em sua direção enquanto olhava impotente ela cair desmaiada no chão.
Abaixo ao seu lado e chamo seu nome, batendo levemente em suas bochechas. “Rebeca, Rebeca, acorda” Há um pouco de sangue na parte de trás de sua cabeça. Pego ela no colo e vou em direção ao meu carro. Vou levá-la ao hospital.
Deitei ela no banco de trás do meu carro com sua cabeça em meu colo, tentando mais uma vez acordá-la. Quando estava prestes a sair para o banco do motorista ela abre os olhos em pânico.
“O que aconteceu? Onde estou?” Rebeca pergunta.
“Você desmaiou. Como não tem mais ninguém na escola estava a ponto de te levar para o hospital. Você bateu a cabeça na queda precisa ver ser não sofreu uma concussão” explico a ela.
“Meu pai” ela grita, me assustando por um momento. “Preciso ir ver meu pai.” Ela começa a tremer e a chorar. A cena me sensibiliza
“Deus, eu não posso perder meu pai. Deus, nos ajude por favor” ela começa a suplicar e eu nunca me vi mais perdido em como consolar alguém. Tudo que consigo fazer é encará-la.
Ela está a ponto de sair do carro quando a paro gentilmente “Respira, o que aconteceu?” eu pergunto, segurando sua mão parte para confortá-la parte para apoiá-la.
“Meu pai – soluço – sofreu um infarto.” Ela chora inconsolável “Preciso... ir agora ao hospital central... encontrá-lo, eu preciso ir para lá.” Suas palavras saem entre lagrimas e soluços.
“Entra no carro que eu te levo até lá. Você não tem condições de dirigir assim.” Rebeca assenti com a cabeça enquanto acomodo ela no banco do passageiro. Programo o endereço no GPS e sai a toda velocidade. Pouco depois ela pega o celular e liga para alguém. Pelo que entendi da conversa ela está pedindo para alguém ficar com seus irmãos. Cadê a família dela?
“Você não tem outros familiares?” pergunto baixinho.
Rebeca me olha com lagrimas nos olhos enquanto sussurra “Não, somos só eu, meus irmãos e papai a muitos anos”
“Fica tranquila. Ele vai estar bem.” Não sei mais o que dizer, então me concentro em dirigir. Quando chegamos ao hospital ela praticamente salta do carro em direção a recepção.
Olho ele desaparecer pelas portas de vidro pensando se deveria segui-la ou não.