Capítulo 4

1389 Words
NATÁLIA: Como sempre, no dia seguinte acordei com minha cabeça explodindo de dor. Eu já estava acostumada a acordar assim, mas eu não me protegeu acostumar com a dor. Uma p***a! Era estranha, mas as vezes eu lembrava do que aconteceu quando eu estava bêbada. E eu lembro que fiquei por maior tempão conversando com a Karina. Se Vinícius soube que eu disse pra Karina que sou uma amante fixa dele, e que virei “amiga” dela, ele me mata, sem dó alguma. Depois de tomar um banho e comer, resolvi dar um volta por ai, e na primeira esquina já bati com o Jorge.           J2: Eae piranhona loira - me abraçou de lado.           Natália: Eai cachorrão. - beijei a bochecha dele.           J2: Passou a noite bebendo, né? - concordei com cabeça, e fiz careta. - Tu não toma jeito em, p***a. - negou. Contei a ele o que aconteceu a noite toda, e quando contei da Karina, ele ficou surpreso por ela não ter arranjado comigo por ser a amante do homem dela. Confesso que também tinha ficado surpresa quando ela me abraçou, e não me bateu. Olhei de relance pro lado, mas logo voltei o meu olhar, vendo o Vinícius vir na minha direção, com aquele cara de ódio dele. Já me tremi toda.           VN: Vagabunda! - agarrou meus cabelos com força. - Qual é a tua, p*****a?           Natália: O que foi que eu fiz, Vinícius?           VN: Foi tentar amizade com a minha mulher, e ainda contou que tu é a minha amante. - gritou e deu um tapa em meu rosto.           J2: Solta ela, cara. - tentou empurrar o Vinícius, só que acabou levando um soco no rosto.           Natália: Vinícius, para. - empurrei ele. Vi o seu olhar puro ódio, e ele me empurrou no chão, me fazendo bater a cabeça com tudo no chão, que até ficar meia zonza. Ele chutou minhas pernas e minha barriga. Eu pedia pra ele parar, mas parecia que ele não me escutava. Várias pessoas olhavam pra mim com pena, e outras dava pra ver apenas pelo olhar que não estavam ligando se eu estava apanhando. Algumas já devem me achar uma vagabunda por me envolver com traficante casado, mas não sabem o por que de eu me submeter a isso. Ninguém sabe !. Eu já estava quase perdendo a consciência, de tanto ele bater, quando eu vi VN sendo empurrado.           Grego: Tu tá louco c*****o? Tá batendo na mulher por que, p***a ?.           VN: Ela mereceu, p*****a do c*****o. - me olhou, apertando os punhos com raiva.           Grego: Tu também tá merecendo apanhar, e não é de hoje não p***a, e nem é por isso que acabei com tu ainda. - me olhou, fazendo uma careta. - Ela é tua fiel?           VN: Não ...           Grego: Tá batendo nela por que então, filho da p**a?           VN: Ela é uma vagabunda! - me olhou com raiva, tentando avançar de novo, mas o Grego não deixou.           Grego: f**a se! Se ela não é a tua fiel, tu não tem o direito de encostar nela, c*****o. - apontou o dedo na cara dele, que ficou todo mancinho. - Se eu ver tu batendo nela, ou em outra mulher que não seja a sua fiel, eu pego o comando desse morro de tu e depois te mato. Tá me ouvindo? Tu tá ligado nos proceder ...           VN: Tô, c*****o. - bufou, passando a mão no rosto. O Grego me olhou, e veio até mim. Me pegou no colo e saiu dali, deixando o VN pra trás.           Natália: Obrigada! - falei, e logo fiz careta ao sentir minha boca ardendo pra c*****o. Ele não respondeu, e me levou até o postinho. Pediu para as enfermeiras cuidar de mim, e elas me levaram para um quarto. •••           Grego: Tu era o que dele? - me encarou sério.           Natália: Amante. - suspirei, passando a mão no rosto, com vergonha. - Mas não é por que eu queria, e sim por que eu era obrigada.           Grego: Como ...? - fez careta, cruzando os braços.           Natália: Ele me obrigava a ser a amante fixa dele. - olhei pra ele, respirando fundo.           Grego: Ele te estuprava?           Natália: Não ... as vezes sim. Quando eu não queria, ele me forçava, e ... era horrível ... Segurei como lágrimas ao lembrar das vezes que ele me estuprou naquele barraco. Foi nojento, e quando lembro esses dias, eu só sinto nojo de mim, e repulsa por ele.           Grego: Se ele se aproximar de tu de novo, tu me manda o papo. Jaé?           Natália: Tá bom. - sorri, sentindo um bagulho bom no peito. - Obrigada, de verdade.           Grego: Tá suave, pô. Ele foi embora da minha casa, e eu sorri. Finalmente eu estou livre. Eu já não aguentava mais aquele inferno. Eu sei o que o Vinícius vai vir atrás, e quando ele vir, vou implorar pro Grego matar ele de vez.           J2: Sorte que o Grego chegou mano, se não o VN tinha te matado. - me olhei. - E desculpa não ter tentando fazer algo, o VN ...           Natália: Tudo bem, Jorginho, você não podia fazer nada mesmo, se não você estaria fodido agora. - sorri e abracei ele com força.           J2: Sei lá mano, fiquei m*l pra c*****o. - suspirou, fazendo uma careta.           Natália: Tá tudo bem. - sorri fraco, dando um beijo em sua bochecha.          J2: E p***a, por que tu não me contou que tu era obrigada e ficar com o outro lá? - cruzou os braços, fechando a cara maneiro.           Natália: Por que eu sei como tu é doido, e quando eu te contasse você iria tentar fazer alguma merda contra o VN, e ia dar um c*****o tão grande pra você. Ele negou e eu abracei ele mais forte. Jorge com certeza era a minha alma gêmea, me entendia em tudo, não vivo mais sem ele. A gente já até tentou algo mais, só que não rolou, nossa química é outra. Ele é tipo um irmão pra mim, o que faz de tudo pra ver a irmã mais nova bem e feliz. Não podia negar que o Jorge era um t***o, moreno com um sorriso lindo, não tem quem resiste, mas como eu disse, a nossa química é outra!           J2: Hoje tem baile na gaiola. - cantarolou. - Tu vai?           Natália: Lógico, vou comemorar a saída do inferno. - gritei, e ele negou dando risada. - Sério, eu tô tão feliz, Jorge.           J2: Também tô feliz que tu saiu do porte daquele filho da p**a do VN. Não suporto aquele cara, na moral mermo. - me sorriu sorrindo.            Natália: Vamos parar de falar nessa peste. - revirei os olhos. - Cara, hoje eu não vou dar, vou distribuir.           J2: Isso mesmo, safada! - deu um tapa na minha b***a, e eu dei risada. Ele ficou comigo ali a tarde toda, a gente zuou pra caramba. Ficamos sentados na porta da casa dele falando da vida alheia. Quando se trata de fofoca, eu e o Jorginho sabe fazer isso muito bem. Somos piores que aquelas velhas fofoqueiras que tem em cada vila. E nós dois somos essas velhas daqui do Jacaré. Não podemos ver uma treta que já estamos falando de quem brigou. É f**a.
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