o que vai ser de mim sem ela?

1187 Words
A proximidade entre Don e karina foi se tornando cada vez mais intensa, saiam com frequência e em menos de um mês, engataram um namoro, sem a aprovação de karol, o que gerou um pequeno afastamento entre elas. Karina estava se dedicando muito ao namoro, ela era uma mulher que se entregava profundamente aos sentimentos e não tinha medo de lutar por algo ou alguém, se seu coração mandasse. Karol por sua vez, estava mais focada que nunca no trabalho. Os meses foram passando, e as esperanças que Karol tinha que aquele relacionamento acabasse, estava quase extintas, não havia conselho nem reclamações que a fizessem mudar de ideia, então karol desistiu, e acabou se afastando ainda mais da irmã. Era manhã de domingo, karol estava a arrumar a casa quando notou um vazamento no cano da pia, ela então mandou uma mensagem para Eduardo, ela não especificou do que se tratava, apenas pediu que fosse, naquele instante Karina apareceu na cozinha, ela foi até geladeira e encheu um copo com água e tomou. — vai sair? — karol perguntou. — sim. — onde vai? — visitar meu namorado. — na favela... — por favor karol, não começa. — tudo bem — disse ela em rendição. — se cuida tá. — karol se aproximou e deu um abraço na irmã, como a dias não fazia. — eu prometo, noite de filmes, eu e você, hoje a noite? — pizza e sorvete? — sim, você paga. Após aquela rápida conversa, Karina saiu, cerca de duas horas depois, Eduardo chegou, Karol foi até a porta e a abriu, ele muito brincalhão, não deixaria de brincar com a situação. — eu sabia que você mudaria de ideia sobre mim, tá querendo me dar uns pegas né? — ela apenas riu, então segurou a mão dele e o puxou até a cozinha, lá, apontou para o cano da pia e disse de forma doce. — concerta pra mim. — eu não sei concertar isso, nunca na vida eu peguei em um cano karol. — Edu, não tem o que saber, é fácil. — Edu? — ele perguntou a olhando um tanto incrédulo. — adotou a personalidade da sua irmã? Nem ela me chama assim, e se fosse fácil você mesma tinha concertado. — karol apenas revirou os olhos e disse. — concerta logo isso. — eu vou tentar, mas estou dizendo, eu nunca na vida peguei em um cano, não sei se vou conseguir. — tá, tenta aí. — Eduardo tirou a camisa, então ajoelhou em frente a pia analisando o cano que estava a vazar. — credo, você parece uma revista em quadrinhos. — disse karol, analisando as várias tatuagens nas costas, peito e braços. — tá gostando do que tá vendo? — nenhum pouco seu b***a. — ele riu, então tornou sua atenção para o cano. Eduardo permanecia em baixo da pia, então encontrou o que estava fazendo o cano vazar, uma pequena rachadura. — o cano tá rachado, tem cola pra cano aqui? — não, mas tem super bonder, será que serve? — acho que sim, me passa esse pano, vou secar bem antes de colocar. — tá bom. — karol entregou o pano de prato a ele e foi até o armário, onde pegou a embalagem lacrada e entregou a Eduardo. Em sua casa, Don estava a fumar um cigarro, foi então que escutou barulho de tiro, ele já experiente junto com seus amigos Diego e jeff, deitaram no chão, o tiroteio durou cerca de cinco minutos, quando notaram que havia acabado, eles decidiram sair e averiguar o que havia acontecido. Don saiu, em frente a sua casa ele viu o carro de Karina, seu coração disparou, então ele em desespero começou a procurá-la, naquele instante, até pediu a Deus que ela estivesse bem, mas a alguns metros do carro ele a viu caída sob uma poça de sangue, ele correu até ela e virou. — Karina...Karina. — ele gritou, mas não obteve resposta, ela tinha os olhos estáticos e sem brilho, e não respondia a estímulo nenhum. — vem, cara, sai de cima dela. — pediu jeff. — não, não, ela vai ficar bem, eu sei que vai. — ela tá morta. — disse diego. — sai de cima dela, não tem mais o que fazer, eu sinto muito. — eu vou ficar com ela. — disse Don em lagrimas, então a força jeff o pegou e arrastou para dentro da casa. — me deixa ficar com ela. — eu sabia que isso ia dar merda. — disse Diego. — para de ser insensível babaca, não tá vendo o Don sofrer. — disse Jeff, então Diego calou-se, foi então que escutaram a sirene de uma viatura. — a polícia chegou, eu não posso sair. — eu vou lá, aproveito pra averiguar quem fez essa merda. Após a policia fazer a averiguação do local, os pertences de Karina foram recolhidos e ela levada para o iml. Eduardo havia acabado de concertar o cano, os dois estavam sentados na cozinha enquanto tomavam um café e conversavam. — cadê a Karina? — Eduardo questionou. —na favela, foi visitar o namorado bandido dela — karol disse revirando os olhos. — já falei várias vezes que não quero ela indo naquele lugar mas ela não me escuta. — já conheceu ele? — não e nem quero, disse pra Karina que não quero saber de nada relacionado a ele, isso até fez a gente se afastar um pouco, maldito bandidinho que apareceu pra estragar a relação com minha irmã. — karina é cabeça dura, já disse que esse cara não é pra ela, mas ela está apaixonada, fazer o que né? No coração não se manda. — no meu eu mando e por isso não tenho esse tipo de problemas — Eduardo riu e disse. —um dia tu vai se apaixonar aí vai ver que não dá pra controlar. — cala a boca e toma logo esse café. — foi então que karol escutou seu celular tocar , ela foi até a sala pegá-lo, ao atender, o conteúdo da ligação a causou um desespero imenso, tanto que a fez largar o celular no chão. — karol, o que houve? — perguntou Eduardo ao escutar o barulho de algo caindo, foi então que escutou um grito agonizante de karol, ele correu até a sala e a viu sentada no chão apertando o rosto contra os joelhos, ele se aproximou e a abraçou perguntando o que havia acontecido, mas ela não consegui falar, apenas gritava e chorava, mais uma vez o celular de karol tocou, Eduardo atendeu, e após uns instantes intendeu o desespero de karol, era um policial contando do ocorrido e pedindo que um familiar fosse até o iml liberar o corpo, ao fim da ligação, ele colocou o celular sob o sofá, sentou no chão ao lado de karol e mais uma vez a abraçou. — estou com você ok. — o que vai ser de mim sem ela? — ele não tinha uma resposta para aquilo, então tudo fez, foi continuar a abraçá-la até que se acalmasse um pouco.
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