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Revenge - vingança contra o dono do morro

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No calor implacável do rio de Janeiro, Karina e Karol, irmãs gêmeas idênticas que moram juntas mas traçam caminhos profissionais diferentes, Karol era médica e trabalhava em um dos maiores hospitais da cidade, enquanto Karina era uma advogada em ascensão que se envolveu em um romance proibido com um temido traficante de drogas conhecido como Don, Karol por sua vez, nunca aprovou tal relacionamento. No entanto, o destino é implacável e tece seu próprio enredo quando uma tragédia inesperada separa as irmãs definitivamente, deixando Karol sobrevivendo ao sentimento de perda.Meses depois, o destino prega uma peça em karol e Don, quando ele chega gravemente ferido ao hospital onde ela trabalha, o que ele não sabe é que sua falecida amada tinha uma irmã gêmea idêntica, a semelhança física era chocante e ali, Karol vê uma oportunidade de se vingar de Don, a qual ela julgava culpado pela morte de sua irmã.Disfarçando sua conexão familiar, Karol se infiltra na vida de Don, com o plano de fazê-lo se apaixonar e depois abandoná-lo, para causa-lo a mesma dor e sensação de perda que ela tem de sua irmã. Até onde você iria para se vingar? E o que acontece quando o desejo de vingança se transforma em amor? Descubra os segredos sombrios e as paixões intensas que se entrelaçam nesta trama emocionante que desafia os limites do perdão e da redenção.

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atrás das grades
Ruan Marco de Medeiros, mais conhecido como Don, era o dono do Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro. Ele era um homem com olhos penetrantes e cabelos escuros que, sob a luz fraca das ruas da favela, pareciam quase negros. Sua expressão costumava ser fria e calculista, características que o ajudavam a manter o controle do morro. Ele era muito minucioso em suas empreitadas, mas em um pequeno deslize, acabou sendo detido pela polícia. Karina, uma advogada criminalista experiente, havia sido contatada para solucionar o caso. Ela era uma mulher de traços delicados, cabelos castanhos e um olhar doce e ao mesmo tempo perspicaz. — Ruan Marco de Medeiros, vinte e oito anos, residente no Morro da Babilônia, comerciante no ramo da moda. — disse Karina, fazendo um gesto de aspas na última parte de sua descrição, Don lançou um olhar divertido para Karina e disse. — Mas conhecido como Don, Don Ruan, sacou? — Ele sorriu de leve, fazendo um trocadilho com seu próprio apelido. Karina teve que se esforçar para não rir daquele trocadilho bobo, mantendo uma expressão séria. — Houve uma denúncia em seu nome, e em seu carro foi encontrado uma quantia em dinheiro e um cigarro de maconha. — Don suspirou, sua expressão mudou ligeiramente para uma mistura de irritação e resignação. — Claro, eu havia acabado de sair de uma de minhas lojas e o cigarro de maconha, bom... eu precisava relaxar. — A pergunta é: você vende entorpecentes? — Karina olhou fixamente para ele, tentando decifrar suas verdadeiras intenções. — Jamais, senhorita. — Seu tom era firme, mas havia uma sombra de preocupação em seus olhos, Karina assentiu, mas sabia bem a resposta. — Não vai ser difícil derrubar a acusação, claro, se não aparecer nenhuma prova mais. — Ela o olhou através das grades da cela, avaliando suas reações. — Então eu posso ir embora? — Don questionou, esperançoso. — Vou conversar com o delegado, ter entorpecentes para consumo não é motivo para prisão. — Se me tirar daqui ainda hoje, eu te levo pra jantar. — disse ele sorrindo de forma sugestiva, Karina arqueou uma sobrancelha de forma desafiadora e disse. — Quem disse que quero sair com você? — Por que não iria querer? Olha pra mim. — Ele era um homem muito bonito, costumava se gabava por sua aparência, e Karina não pôde deixar de soltar uma risadinha, antes de responder. — Daqui a pouco volto com notícias. Cerca de duas horas haviam se passado, e Don já estava impaciente, ele segurava as grades da cela com força e se esticava para ver se Karina aparecia. Foi então que a viu vindo pelo corredor, acompanhada por um guarda. — o delegado quer conversar com você. — disse Karina, e o guarda abriu a cela, junto com eles, Don foi até a sala do delegado. A sala do delegado era simples, com móveis de madeira desgastada e as paredes decoradas com retratos de autoridades passadas. Don sentiu o desconforto do ambiente, contrastando com a esperança de sua possível liberação, o delegado, um homem de meia-idade com olhar experiente, estava sentado atrás de uma mesa de madeira maciça. — Ao que parece é só mais um trabalhador que gosta de fumar um baseado — o delegado começou a conversa e Don encolheu os ombros, tentando parecer indiferente. — De vez em quando é bom pra desestressar. — O delegado assentiu, olhando para Karina. — Você vai ser solto por falta de provas, mas ficará sob investigação, preciso que preencha essa ficha, para que possamos entrar em contato caso seja necessário. — Don concordou e começou a preencher a ficha, enquanto Karina permanecia ao seu lado, observando a situação de perto. A sensação de alívio estava misturada com a preocupação de estar sob investigação. Quando Don terminou de preencher a ficha, ele saiu da sala do delegado ao lado de Karina, então a seguiu até o estacionamento onde estava o carro dela. — poderia me dar uma carona? — ele pediu. — carona? — sim, estou a pé, sem dinheiro e sem celular, apenas com meus documentos. — tá, te dou uma carona, coloca seu endereço no GPS. — Se não aparecer nenhuma prova, ou caso não me peguem com drogas, não serei mais preso, não é? — Don perguntou enquanto entrava no carro de Karina. — Você está sob investigação, pois houve uma denúncia, mas as leis aqui no Brasil são bem falhas, logo eles esquecem do caso e param até de investigar, mas é bom você ficar esperto, hoje você teve sorte. — mas Don sabia que não era apenas sorte que o mantinha a salvo, ele era meticuloso em seu trabalho, não deixando pontas soltas, nem que para isso tivesse que eliminar alguém que ousasse ameaçar seu império criminoso. Karina estacionou o carro na entrada da favela, atendendo ao pedido de Don. Antes de sair do carro, ele a encarou com um olhar sugestivo. — E aí, quando vamos sair? — Ele perguntou, mantendo o clima leve, Karina suspirou, balançando a cabeça e perguntou. — Ainda está com essa ideia? — Claro. — Não, não vamos sair. — disse ela de forma direta, Don sorriu e se aproximou dela, tentando beijar seus lábios, no entanto, ela virou o rosto, deixando apenas a bochecha a seu alcance, ele aproveitou a oportunidade e a beijou ali mesmo. — Obrigado pela carona. — Disse Don, antes de sair do carro e seguir seu caminho, subindo o morro. Don era uma figura imponente na comunidade, as pessoas o respeitavam, mesmo que com uma pitada de medo, por onde passava lhe acenavam com a cabeça e o cumprimentavam. Ao chegar em sua casa, sem cerimônia, ele entrou, surpreendendo seus amigos que estavam sentados na sala jogando conversa fora. — Bonito, eu preso e vocês fumando no sofá da minha casa. — Don brincou, tentando aliviar a tensão do momento, Diego, um de seus amigos, respondeu com um sorriso. — porr@ cara, por que não ligou? Eu ia te buscar. — Deus me livre de chegar perto de uma delegacia. — Completou Jeff, outro amigo, então Don os tranquilizou. — Relaxem, ganhei uma carona gostosa, com cheiro de perfume floral. — Como foi lá, tá de boas? — Diego perguntou. — Não tinham provas, então tiveram que me soltar, mas estou sob investigação, uma pergunta, quem arrumou aquela gata pra ir lá me soltar? — Um amigo me indicou ela, disse que era muito boa. — Diego compartilhou o crédito. — E bota boa nisso. — Disse Don que fez um gesto com as mãos, desenhando as curvas da advogada no ar, Jeff, com seu cigarro aceso, interveio de maneira descontraída. — Se aquieta que não é para o teu bico. — Don sorriu, mas logo lembrou de um detalhe importante. — Que droga, esqueci de falar sobre o p*******o. — Preocupa não, eu acertei com ela antes dela ir lá na delegacia. — Valeu, cara. — disse Don em agradecimento a Diego. Enquanto isso, Karina chegou a sua casa e encontrou sua irmã gêmea, Karol, isso não acontecia com frequência, já que Karol era médica e costumava fazer muitos plantões no hospital. — Que milagre você em casa — Karina comentou, surpresa, karol suspirou, aliviada por estar em casa por um tempo e disse. — Tenho trabalhado feito uma condenada, mas está dando resultado, mês que vem, pagamos a última parcela da casa e do carro também. —Karina sorriu e comentou. — Vamos ter mais um tempinho para ficar juntas e curtir um pouco, desde que nos formamos, é só trabalho, trabalho e mais trabalho. — Ela encostou a cabeça no ombro da irmã, buscando conforto na presença dela, Karol concordou com um aceno e com uma única palavra. — Sim. — Hoje me chamaram para resolver um caso, coisa rápida, mas o p*******o foi muito bom, e o cliente, um homem lindo, de tirar o fôlego. — Karol respirou fundo, temendo pela empolgação da irmã. — Eu até ficaria feliz por você ter conhecido um gato no trabalho, mas você é advogada criminalista... já basta aquele seu amigo bandidinho. — Não fala assim do Eduardo, ele é gente boa. — Até que é, não quer dizer que ele seja uma boa pessoa, se é que me entende. — Vou pedir uma pizza, quem paga hoje? — disse Karina, pra mudar daquele assunto que claramente causava incômodo a irmã. — Melhor um japonês, eu p**o.

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