SCOTT WILD
Ela entrou rapidamente no elevador, sequer notou minha presença, ou se notou, ignorou. Encarei suas costas, enquanto ela soltava um suspiro de alívio. Vi o instante em que ela apertou o botão para o mesmo andar que o meu e logo as portas se fecharam. Foi nesse exato momento que ela olhou para trás. Nossos olhares se cruzaram de uma forma fatal, e me vi perdido na intensidade de seus olhos azuis. Ela parecia em choque, surpresa, assustada e um turbilhão de outras reações, já eu, apenas fascinado por sua beleza exuberante. Ficamos nos encarando por um bom tempo, até que ela desviou seu olhar do meu.
—Eu mereço...—Grunhiu, arquejando um xingamento baixo, olhando para todos os lados, menos para mim.
—Pelo visto você continua... Atrevida. —Não consegui resistir a provocação.
—Eu não costumo falar com estranhos, então faça o favor de ficar calado.
Decretou com uma voz sexy pra c*****o, despertando meu p*u dentro de minha cueca.
—Tudo bem. —Dei de ombros.
Desci meu olhar por suas curvas maravilhosas. Quando meu olhar parou ;em sua b***a, meu p*u se contorceu contra o tecido apertado da minha cueca.
A saia colada que ela vestia a deixava com uma p**a b***a. Era tão grande e cheia.
Eu queria poder tocar.
Porra! Que mulher é essa?
—Da última vez em que nos encontramos, não tivemos a oportunidade de nos apresentar.
Insisti em falar com ela que se limitou a liberar uma lufada de ar.
—Meu nome é Scott.
Ela se virou para mim, desta vez tive a oportunidade de encarar seus lábios carnudos, contendo meus instintos para não avançar sobre eles.
—Se eu dizer meu nome você vai calar essa boca?! —Rebateu carrancuda, encarando-me séria. Fiquei novamente surpreendido por não conseguir intimidá-la com meu charme.
Será que ela é lésbica? c*****o.
Tenho certeza que não.
A forma como seus olhos me olharam por um momento a denunciaram.
Dei de ombros para ela, a morena apenas soltou um suspiro, derrotada.
—Ellie. —As palavras dançaram em seus lábios, naquele tom macio e sensual. —Agora está satisfeito?
Sorri malicioso.
—Satisfeito? Ainda não. Mas, acho que você poderia resolver facilmente esse problema...
A olhei de cima a baixo novamente, criando uma expressão safada, quase que devorando ela com meus olhos, fazendo-a revirar os seus.
Deixei escapar um xingamento quando as portas do elevador se abriram. No momento em que ela estava prestes a sair, acabou tropeçando em seus próprios pés. Caiu para trás, contudo, antes de ela cair, eu avancei sobre ela, agarrei sua cintura e a prendi em meu peitoral, impedindo-a de cair. Suas mãos se apoiaram em meus ombros, buscando por apoio, enquanto minhas mãos apertavam sua cintura.
Naquele momento, nossas bocas estavam tão próximas uma da outra... percebi que minha ereção pulsante roçava em sua perna. Quando ela olhou para cima, ficamos presos em nossos olhares. O dela, tão sereno. O meu, tão ardente. Eu já estava prestes a colar nossos lábios quando ela se afastou de mim, saindo dos meus braços. Seus olhos penetrantes me avaliaram por um breve momento antes dela sair correndo dali, deixando-me e******o pra c*****o, como da última vez.
Puta que pariu!
Por que diabos eu a deixei ir?!
Inferno! E para piorar minha situação, seu doce perfume estava sobre mim, impregnado, aquele aroma de frutas, levemente cítrico.
Passei uma mão por meus cabelos, saí do elevador, com uma ereção enfurecida entre as pernas.
—Caras, hoje temos mais um Show.
David anunciou, enquanto eu bebia um longo gole da minha cerveja.
Louis estava deitado em minha cama, encarando o teto.
—Ramón disse que, no mínimo, teremos que cantar onze ou treze músicas.
David caminhou até meu bar, pegou uma cerveja para ele.
Vejo ele me encarar com uma sobrancelha erguida.
—Está tudo bem com você? —Indagou curioso. Apesar de David ser meu parceiro de banda, ele é meu irmão, sempre pude desabafar com ele. Louis também é assim; apesar de não sermos irmãos de sangue, eu o considerava como um. Desde moleques, nós três sempre fomos muito unidos.
—Hoje eu a encontrei de novo. —Desabafei, dando outro longo gole em minha cerveja.
—A mulher que te ignorou? —Louis questionou, sentando-se na cama e me encarando com um olhar curioso.
Confirmei com a cabeça.
—Ela me rejeitou de novo.
Bebi mais um gole, seguido por outro.
—c*****o, hein, mano!
—Que safada.
—Entretanto, eu consegui descobrir seu nome. —Sorri sozinho.
—É um fato histórico saber que uma mulher ignorou Scott Wild.
David caçoou irônico, tomando um longo gole de sua bebida.
—Cara, você não conseguiu nem dar um beijo nela?
Lancei um olhar fulminante para ele, ao invés de uma resposta.
—p**a merda.
—c*****o.
Os dois entoaram surpresos.
Soltei um suspiro, depositei minha bebida em cima de uma cômoda.
Sob os olhares dos caras, fiz meu caminho até meu banheiro. Precisava relaxar um pouco meu corpo. Depois de passar horas na academia do hotel, eu estava completamente suado e exausto.
Quando saí do banho, David e Louis já não estavam mais no quarto. Ainda bem, eu precisava descansar um pouco. David disse que haveria mais um show hoje, então eu precisava relaxar.
Direcionei-me até a cama, com apenas uma toalha branca enrolada em minha cintura. Quando meu corpo encontrou a maciez do colchão, meus olhos automaticamente se fecharam. Olhos azuis intensos e lábios carnudos invadiram meus pensamentos ligeiramente.
Eu poderia ligar para Olívia e pedir para ela me fazer uma rápida visita, para tentar acalmar a tensão do meu corpo, no entanto, isso não resolveria nada.
Olívia sempre foi uma espécie de “alívio” para mim, sei também que ela já passou pelas mãos de David e Louis. Não me importo, eu só preciso dela para aliviar minha tensão e nada mais, eu sempre deixei bem claro para as mulheres que eu fodo que será só um sexo casual, nada mais!
E Olívia sempre soube que ela seria apenas mais uma em minha cama.
Realmente é impressionante a maneira como fiquei atraído por aquela mulher maravilhosa, que afinal tinha um nome: Ellie.
Meu corpo nunca havia reagido dessa maneira perto de uma mulher. Por que diabos essa maldita me ignora tanto?! Ela quem deveria cair aos meus pés e implorar para que eu a fodesse!
Droga! Essa p**a desgraçada é uma completa perdição para qualquer homem! E aqueles olhos azuis dela... Meu Deus! Isso é que é perfeição!
—p***a! —Resmunguei ao encarar a barraca que se formava na toalha.
Eu precisava f***r logo.
Levantei-me da cama, fiz meu caminho até o enorme closet. Pelo espelho, pude admirar minhas duas tatuagens em meus ombros, eram símbolos importantes para mim. Se meus pais pudessem me ver hoje, eles provavelmente teriam um infarto. Infelizmente, eles morreram em um acidente de avião há uns seis anos. David nunca se conformou com a perda, ele ainda era um moleque quando eles se foram.
Peguei uma camiseta branca com mangas curtas e uma jaqueta vermelha do Closet, escolhi uma calça jeans com alguns rasgões e calcei uma bota estilo militar.
Depois de vestido, saí da suite.
Não consigo ficar muito tempo em um mesmo luga, preciso de entretenimento.
No mesmo instante em que eu saía, Ramón apareceu, caminhou em minha direção pelo extenso corredor luxuoso.
—Scott. —Sorriu ao me ver, cumprimentou-me com uma abraço.
—Ramón. —O saudei, retribuindo o abraço. Ramón sempre foi o pai da Rocked. Se não fosse por ele, seríamos apenas uma bandinha qualquer de garagem.
—Creio que David já lhe avisou que hoje teremos Show. —Murmurou, ajeitando seu terno escuro.
Confirmei com a cabeça para ele.
O cara era um homem formal, já estava na casa dos quarentas, baixo, meio gordo, com um cabelo grisalho, sempre penteado para o lado.
—Ótimo. E onde estão David e Louis?
—Provavelmente devem estar em suas suites.
—Já que te encontrei. Quero avisar que já encontramos uma garota para representar o novo clipe de vocês.
Ergui minhas sobrancelhas surpreso.
—Ah é?
—Uhun.
—Que f**a, cara.
Ele acenou com a cabeça.
Há meses Ramón procura uma modelo ideal para participar do nosso novo clipe.
—Ela é linda. É ideal para o papel!
—É uma da marca Victoria Secrets?
—Não, não! É melhor!
—Como assim?
—É uma modelo muito conhecida. Se chama Ellie Amby. E se não me engano, ela está hospedada neste mesmo hotel. Está fazendo uma sessão de fotos para uma revista nova-iorquina.
Fiquei paralisado por um bom tempo, encarei Ramón com os olhos arregalados.
Ellie? Será que eu ouvir ele dizer Ellie? Não pode ser a mesma Ellie que eu estou pensando, ou pode?
Mil vezes p***a!
Meus pensamentos não paravam de repetir as palavras ditas por Ramón.
Essa modelo não pode ser a mulher maravilhosa que está me deixando louco, ou pode? Merda! Merda! O que diabos está acontecendo comigo?
Existem centenas de mulheres com o nome Ellie espalhadas pelo mundo.
Se essa for a mesma? Não pode ser!
—Está tudo bem Scott?
Sacudi minha cabeça, saindo de meus devaneios, confirmando diversas vezes com a cabeça para ele.
—Como essa mulher é?
Ramon sorrir maroto.
—Ela é linda, morena, baixa, olhos azuis... Te confesso que se eu fosse mais novo, já a teria levado para cama. Foi difícil conseguir fechar parceria com ela. No final, nossa equipe conseguiu fechar um acordo com a agente dela.
O filho da p**a até chegou a suspirar enquanto dava as características dela.
Depois disso, tive absoluta certeza que era ela. Oh Merda! É ela.
O melhor de tudo é que essa mulher não vai ter como escapar de mim.