Rodrigo...
Acabei de chegar em Nova York para esse tal aniversário surpresa da Alice. Confesso que não gostei muito da ideia, mas seu irmão disse que, pra conseguir algo satisfatório com ela, eu vou precisar domá-la desde já. Eu já tenho problemas demais com a máfia e não pretendo perder mais do meu tempo com essa besteira de casamento e esposa.
Passei a semana inteira tentando localizar o homem que mandou matar minha mãe naquela emboscada. Na verdade, ele é o mandante de tudo. Aquele maldito do Matteo ainda vai me pagar bem caro por todos os problemas que tem me causado esses anos todos. Estou completamente no escuro em relação a esse bastardo. Mesmo com a ajuda do capô Erick, falhamos miseravelmente na captura do Mariano. Aquele maledetto! Não sei como ele soube da nossa chegada no esconderijo, mas com essa informação de ouro, ele conseguiu fugir minutos antes de chegarmos.
Não entra na minha cabeça que meus homens de confiança possam estar me traindo descaradamente. Quando eu descobrir quem é o filho da p**a, vou matar sem piedade.
Afasto meus pensamentos quando recebo uma mensagem do Erick, avisando que já está indo em direção à boate onde vai acontecer a tal festa.
Falta menos de uma semana pro casamento acontecer, mas posso prever que essa garota ainda vai me causar grandes problemas. Ela não é uma criança. Muito pelo contrário, suas atitudes mostram que é uma mulher madura, apesar da pouca idade. O único problema dela é essa boquinha atrevida, e é por isso que ela sempre se ferra comigo. Apesar do atrevimento, tem alguma coisa naquela garota que me atrai. É f**a! Espero que, depois da nossa conversa, ela tenha entendido com quem vai passar o resto da vida.
Me levanto e vou ao banheiro tomar um banho rápido antes de ir pra boate. Espero que ela se comporte nessa festa, ou vai ter que aguentar as consequências depois.
Estou tomando um uísque e fumando um cigarro quando meu segurança entra avisando que o carro já está pronto.
– Pra onde, senhor? – Viro o copo de uma vez, apago o cigarro e respondo:
– Pra boate. – Pego meu terno e vou ao encontro da minha linda diabinha.
Minutos depois, chegamos à boate. Desço do carro e meus seguranças já se posicionam ao meu lado. Entro no local e dou de cara com uma multidão de pessoas gritando e dançando feito loucas. Começo a analisar uma por uma, até que meu olhar é atraído pela Alice. Ela está dançando com uma garota – provavelmente a melhor amiga – e, c*****o, está linda. Muito linda. Usa um vestido curtíssimo, com um decote longo na lateral. Essa garota tem noção do quanto é gostosa?
– Rodrigo? – escuto uma voz masculina me chamar. Olho e vejo o Erick do outro lado da boate.
– Fico feliz que tenha vindo.
– Eu também, meu caro. Eu também. – Volto a olhar minha noiva no meio da multidão. Percebo que ela já está visivelmente bêbada, mas ainda muito gostosa.
– Com licença, vou chamá-la – diz a esposa do Erick, indo em direção a ela. Seus olhos param em mim quando a cunhada fala algo em seu ouvido.
– Olha só, se não é o meu querido noivo – ela diz em tom de deboche.
– Como vai, Alice? – uso o mesmo tom. – Vejo que gostou do meu presente.
– Seu presente? – pergunta, desconfiada. Aponto para o colar de pedras preciosas que mandei hoje cedo.
– Eu adorei. Obrigada, Rodrigo.
Ela sorri maliciosamente e volta a dançar. Me seguro para não fazer uma besteira no meio de todo mundo, mas confesso que tá difícil me conter. Só de imaginar que daqui alguns dias terei essa garota na minha cama, fico cheio de t***o. Vou até o bar, pego uma dose de uísque e viro de uma vez. Meu celular vibra no bolso. É a Paola. Recuso.
– Falando com sua amante? – Alice aparece na minha frente.
– Não é da sua conta.
– Grosso como sempre – ela sorri, pedindo mais uma bebida. O garçom pisca pra ela.
– Faz isso de novo pra ver se eu não meto uma bala na sua cabeça – digo. Ele sai apavorado.
– Precisava disso?
– Sim. Não admito homem nenhum se engraçando com a minha mulher.
– Opa! Sua mulher ainda não.
Me aproximo dela e seguro sua cintura com força. Ela me encara com uma expressão maliciosa.
– Ainda não, mas logo, logo, será – puxo seu cabelo com força e ela respira ofegante. Passo a língua vagarosamente pelo seu pescoço e vejo seu corpo estremecer. – Você não sabe o quanto eu tô doido pra f***r essa sua boquinha linda.
– E o que te impede de fazer isso? – sussurra no meu ouvido, me deixando ainda mais e******o.
– Não me provoca, garota.
Ela passa as mãos pelo meu corpo, me puxando pra mais perto.
– Se não, o quê?
Ela aproxima nossos lábios. Num impulso, puxo seus cabelos e a beijo com vontade. Nossas línguas se entrelaçam numa dança sensual de desejo. É muita vontade – minha e dela.
– Garota, você tá brincando com fogo.
Por um momento, esqueço que ela está bêbada e talvez não se lembre de nada amanhã.
– Então me deixa queimar – ela diz, me beijando de novo. Agarro sua cintura com força e ela solta um gemido entre nossos lábios.
– Vamos sair daqui.
– Pra onde, garota?
– Vem comigo.
Seguro sua mão e passamos pela multidão que nos olha perplexa. Aceno para Erick, que sorri.
– Que lugar é esse?
Entramos numa sala escura, onde nem o som da música se ouve mais.
– Cala a boca – ela me empurra contra a parede e volta a me beijar com vontade. Cedo aos seus caprichos e a pego no colo, mudando nossas posições. Passo a mão por todo o seu corpo e sinto meu p*u reagir. Por um instante penso em f***r ela ali mesmo, mas lembro que ainda preciso tirar a prova da sua virgindade. Inferno!
– Para! – a empurro devagar.
– O que foi?
– Eu não posso fazer isso.
– Por quê? Eu não sou gostosa o suficiente pra te satisfazer?
– Não é isso, garota.
– Então o quê? Me fala!
– Você ainda é virgem, c*****o! – digo, e ela estremece.
– Ahh, é isso. Droga! – Ela bate na porta com força. – Eu… eu quero ir embora. Vou falar com seu irmão.
– NÃO! – grita, me deixando confuso. – Eu não disse que queria ir pra casa.
Ela se abaixa, quase caindo, tira os saltos e me olha com aquele olhar malicioso.
– Por favor, me leva com você.
– Pra quem não queria nem ficar perto de mim há algumas horas, tá bem saidinha, hein?
– Não enche. Vai me levar ou não?
– É claro que vou – agarro seus cabelos e dou um beijo leve nos lábios dela, pegando os saltos de sua mão.
Saímos pela porta dos fundos, onde alguns dos meus homens estavam de prontidão. Não demora muito e meu motorista aparece. Ela está tão bêbada que começa a pular na chuva feito uma doida. Que mulher maravilhosa! Corro, a pego no colo e ela me enche de beijos. Quero ver quando acordar amanhã.
Seu irmão me contou que ela tem tido pesadelos comigo desde nossa última conversa. Talvez por isso eu tenha ligado pra ela ontem à noite.
Não costumo ser gentil com gente bêbada, mas essa garota tem algo que me deixa duro só de ouvir sua voz. Nem com a Paola eu me senti assim. c*****o!
Chegamos ao apartamento. Ela está dormindo feito um anjo. A pego no colo e entramos no elevador. Um dos meus homens abre a porta e, ao entrar, deixa os sapatos num canto e vai embora. Fecho a porta com o pé e ela acorda.
– Me trouxe no colo, Don – esse nome nunca me pareceu tão sexy como agora, saindo da boca dela.
Entro no quarto e a coloco na cama.
– Se você não estivesse tão bêbada, eu até poderia esquecer essa bobagem de casamento – digo, admirando seu corpo. Tão linda. Tão sexy. Que t***o da p***a.
– Bêbada não, meu amor. Alegre! Não gosto dessa palavra – ela se levanta e começa a pular na cama. – Fica feliz por mim. Hoje é meu tão sonhado aniversário de 18 anos!
– Desce daí, garota.
Ela pula nos meus braços e, ao colocá-la de volta na cama, o vestido sobe e revela sua lingerie preta. p***a! Que vontade de f***r essa garota.
– Vai dormir. Amanhã a gente conversa.
– Ah não, vai me deixar aqui sozinha?
– Vou.
Saio do quarto pedindo mentalmente que ela não venha atrás de mim.
Agora estou aqui, fumando um cigarro, enquanto minha futura esposa dorme bêbada na minha cama. Que inferno! O que diabos tá acontecendo comigo? Desde quando eu sou tão maleável com alguém? Essa garota ainda vai me causar problemas sérios...