Brenno
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— Ela vai estar aqui em breve?— Eu pergunto, agitado enquanto olho para o meu relógio.
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— Porque você está com pressa? — Jean olha na minha direção, arqueando uma sobrancelha.
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— Eu tenho que voltar para matilha da lua azul logo. Eu tenho coisas para fazer.— Eu solto um suspiro, chutando o chão no campo de treino onde estou esperando com Jean, Erick, Gael e Fabiola para esperarmos a irmã do Alfa da matilha do lobo uivante chegar.
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— Tenho certeza que as coisas ainda estarão esperando por você quando você chegar lá. Além disso, o que poderia ser mais importante do que receber...— Erick ri, dando um passo ao meu lado e me dando um tapinha no ombro.
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— Qual o nome dela mesmo?— Ele aperta os olhos, olhando para Gael por cima do ombro.
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— Agatha.— Fabiane me imforma, se aproximando de nós com Quezia logo atrás. Quezia imediatamente vai direto para Jean, deslizando sob seu braço e enrolando seus próprios braços ao redor de sua cintura.
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— Isso mesmo. Agatha.— Erick estala os dedos.
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— Onde está o seu companheiro? — Vendo Fabiane, de repente me dei conta de que seu companheiro está visivelmente ausente. Eu pergunto, olhando na direção de onde Fabiane veio.
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— Ele saiu para encontrar Agatha e trazê-la de volta para cá, para que o motorista dela não tivesse que tentar encontrar o caminho por conta própria. Já que ela veio aqui somente uma vez, é facil se perder.— diz Fabiane.
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Acho que isso faz sentido, já que o complexo não é exatamente um lugar pesquisável no GPS e Léo já conheceu Agatha primeiro. Ainda assim, eu não sei por que o resto de nós tem que esperar por essa garota como se fôssemos a p***a do time de boas-vindas da super matilha. Além disso... Cruzo os braços sobre o peito, arqueando uma sobrancelha. O motorista dela?
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— Sim, o que mais você esperava da princesa da matilha do lobo uivante?— Jean ri quando sua companheira lhe dá uma cotovelada.
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Fabiane revira os olhos. — Ela não é assim. As coisas são apenas diferentes lá. Matilha maior, mais dinheiro. Ela é legal, na verdade, você verá quando conviver com ela.— Os lábios de Fabiane se abrem em um sorriso enquanto ela olha para o portão.
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— Falando de...— Viro a cabeça por cima do ombro para seguir seu olhar e parece que todo o ar sai de mim de uma vez.
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Porra.
Não tenho certeza do que esperava, mas Agatha é um nocaute total. Eu já tinha visto a garota antes, mas agora que ela esta sozinha parece que consigo prestar mais atenção. Ela é uma coisinha pequena, e apesar de sua pequena estatura, ela tem curvas em todos os lugares certos, e ela está ostentando em seu jeans escuro e um casaco branco apertado.
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Ele contrasta com o bronzeado de seu tom de pele, uma cor tão linda, tão única que faz você querer lambê-la apenas para ver que gosto ela tem.
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Quanto mais perto ela chega, mais consigo distinguir suas feições, seu rosto em forma de coração, suas maçãs do rosto salientes e seu narizinho pequeno. Olhos escuros, cílios pretos grossos e lábios cheios e macios. Ela tem uma pegada que a faz parecer com Zendaya um pouco, tudo em uma versão pequena, seus cachos castanhos claros balançando enquanto ela anda. Aproximando-se, seus lábios se abrem em um sorriso e claro, seu sorriso também é impressionante, dua dentes brancos e retos e uma covinha rasa na bochecha esquerda.
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Estou praticamente em transe observando-a, até que minha visão é subitamente obstruída por Fabiane correndo para cumprimentá-la com um abraço.
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Quando Fabiane a puxa para dentro, eu solto uma respiração que eu não percebi que estava segurando. p***a, o que diabos estou fazendo? Eu não fui tão afetado por alguém à primeira vista desde...
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Quezia esbarra no meu cotovelo enquanto ela passa por mim, indo em direção a Agatha bem quando Fabiane a está soltando do abraço.
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— Tão feliz por você estar aqui novamente!— Quezia jorra, indo para um abraço próprio.
— Eu também!— Agatha fala, jogando os braços em volta de Quezia e devolvendo ansiosamente.
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Meninas emocionais do c*****o, cara.
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Quando Quezia recua, Agatha olha por cima do ombro para Fabiola, com as sobrancelhas arqueadas.
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— Espere um minuto...— Ela olha de Fabiane para Fabiola e vice-versa, piscando.
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— Estou vendo em dobro? Você nunca me disse que era gêmea idêntica? Onde ela estava quando vim aqui pela primeira vez? — Agatha olha para Fabiola atentamente com as sobrancelhas arqueadas.
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— Meu Deus, como eu esqueci de falar isso?Essa é minha irmã Fabiola. Quando vocês vieram aqui no complexo pela primeira vez ela estava na matilha resolvendo algumas coisa.— Fabiane pergunta timidamente, acenando para a irmã.
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— Droga, isso não parece justo. Vocês são tão lindas, existir duas é covardia.— Agatha olha entre as duas e ri, o som é tão leve, quase melódico.
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— Ok, podemos ser parecidas, mas só para você saber, eu não sei nada sobre as coisas de TI em que vocês duas trabalham juntas.— Fabiola também cumprimenta Agatha com um abraço. O que há com essas garotas e todos esses abraços do c*****o?
Ela ergue um quadril e descansa a mão sobre ele.
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— Não se preocupe, eu faço mais do que apenas servir na unidade de TI.— Agatha ri novamente.
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— Então é verdade que você é uma vidente? — Fabiola pergunta empolgada.
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Fabiane dá um tapa no braço de Fabiola, repreendendo a irmã com os olhos.
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— Não uma vidente. Uma bruxa, na verdade. Mas não é tão legal quanto parece, eu apenas tenho sentimentos aleatórios sobre coisas e pessoas. Ser um vidente seria muito mais legal.— Agatha sorri, passando os dedos pelo cabelo encaracolado.
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— Droga, nós realmente poderíamos usar um vidente agora.— Fabiola e Agatha sorriem.
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Léo se aproxima dela, mais uma vez chamando a atenção para o quão pequena é a estatura de Agatha em comparação com a dele. Eu me pergunto como seria ter com uma garota tão pequena. Aposto que seria divertido deita-la por aí.
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Eu mentalmente me repreendi por esse pensamento, empurrando-o para fora do meu cérebro. Eu não vou seguir esse caminho de novo, especialmente não com uma garota rica e mimada. A 'princesa' da matilha do lobo uivante, me dê um tempo.
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"Você tem que conhecer os caras", diz Léo, e pela primeira vez, Agatha olha além das garotas para onde Erick, Jean, Gael e eu estamos.
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Enquanto Léo a conduz, vejo seus olhos castanhos chocolate deslizarem brevemente entre nós quatro. Seu olhar pega o meu por um momento e eu rapidamente evito meus olhos, olhando para as botinhas pretas nos pés de Agatha. Os pés dela são minúsculos pra c*****o, e espere um segundo , essas botas são de os saltos? Não tem como ela ser ainda mais baixa do que parece...
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— Estes são os outros líderes de batalhão, Gael, Jean, Brenno e Erick. Você deve se lembrar.— Léo fala, meus olhos voando de volta quando meu nome é mencionado. Novamente, os olhos de Agatha encontram os meus, e novamente, eu desvio o olhar.
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Sim, ela é gostosa - você teria que ser cego pra c*****o para perder isso - mas eu não sou mais um o****o. Eu sou mais velho e mais sábio do que quando Michele desceu daquele ônibus no campo de treinamento, quatro anos atrás e muito mais cansado. Já posso identificar Agatha pelo tipo de garota que ela é. Ela é do tipo por quem você anseia, fica obcecado, apenas para ficar segurando seu coração em suas mãos. O tipo que parece doce, mas vai comer você vivo.
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— Oi!— Agatha cumprimenta alegremente, estendendo a mão para Gael primeiro. Ele pega, sacode e ela desce a linha para Jean. A próxima coisa que eu sei, estou olhando para uma mão pequena estendida na frente do meu peito.
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Olho para cima e imediatamente desejo não ter feito isso. Aqueles olhos grandes e escuros dela ameaçam me puxar para suas profundezas. Ela está bem na minha frente agora e seu cheiro atinge meu nariz doce, com notas de canela, pêssego e algo mais que me lembra uma tempestade de primavera ou orvalho fresco da manhã na grama. Frustrantemente delicioso.
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— Oi grandão.— ela repete, aquele sorriso brilhante esticando suas bochechas.
Eu resmungo, levando minha mão para pegar a dela.
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Agora minha mente está definitivamente fodendo comigo, porque eu juro que sinto faíscas dançando entre nossas palmas em contato. Sua mão é minúscula na minha e quando eu a aperto, há um lampejo de algo nos olhos de Agatha é como se eles mudassem por um momento, seu sorriso vacilante. Antes que eu possa entender, porém, ela rapidamente recupera a compostura e o sorriso volta com força total.
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— Brenno, certo?— ela pergunta enquanto puxa a mão para trás. Essa garota é irritantemente alegre.
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— É na matilha dele que você vai ficar.— Léo fornece.
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— Pensamos que você ficaria mais confortável em um dos alojamentos do que no complexo.— Gael limpa a garganta, acrescentando.
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— Claro.— Agatha acena com a cabeça, e é então que percebo que meus olhos não deixaram os dela desde que ela entrou na minha frente.
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Eu me afasto e ela toma isso como uma deixa para passar para Erick, oferecendo-lhe um aperto de mão.
Quando concordei em colocar a irmã de Alfa Caleb na minha casa de bandos, não esperava que ela parecesse... bem, isso. Os caras e eu discutimos onde Agatha deveria ficar e decidimos que seria melhor para ela ficar em uma das natilhas para que ela pudesse permanecer próxima a sua matilha afinal, não queremos um monte de pessoas aleatórias indo e vindo enquanto tentamos treinar, e traçar estratégias. Achamos que ela provavelmente preferiria ficar com Fabiane ou Quezia, já que ela as conhece de TI, mas ambos moram no complexo. Isso deixou Gael, Erick e eu como opções para os anfitriões e tanto Erick quanto os betas de Gael têm filhos pequenos que vivem na casa da matilha com eles, tornando-o um pouco caótico. Então, eu me tornei a melhor opção e eu estava bem com isso... até cerca de cinco minutos atrás. Eu não achei que seria um grande problema hospedá-la, mas tarde demais estou percebendo que claramente não pensei nisso.
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— E agora? — Agatha pergunta alegremente, olhando para Gael.
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— Bom, nós achamos que você pode querer algum tempo de tranquilidade depois de sua viagem aqui, então Brenno vai levá-la até a casa da matilha na matilha da lua azul e você pode se instalar e depois voltar para a unidade de TI.. Se você quiser. — ele dá de ombros. Gael coloca um braço em volta dos ombros de Fabiola.
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— Claro, parece bom.— responde Agatha.
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Ela olha para mim novamente e me leva um segundo para perceber por que ela está olhando para mim, assim como uma cotovelada nas costelas de Erick.
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— Bem, você está pronta?— Eu pergunto, balançando minha cabeça em direção ao portão.
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— Só mostrar o caminho, grandão.— Ela afunda os dentes em seu lábio inferior e acena com a cabeça, seus cachos saltando ao redor de seu rosto.