O Sereia havia chegado em Tortuga há alguns dias e esperavam a chegada do Black Sea.
Vicenzo estava entediando quando batem a porta de sua sala e Rebecca entra sorrindo.
-O que foi?
Ele perguntou enquanto ela ainda estava na porta, desde que voltaram da pequena expedição a jovem se fechou no quarto e se recusou a falar com ele.
De resposta ela somente entrou no aposento, trazendo junto Johnny.
-Já chegaram? Finalmente! Bem-vindo de volta, garoto! E então, quais as novidades?
Eles entraram e Johnny fechou a porta. Cada um foi para o seu costumeiro lugar, antes da narrativa começar.
- Ele falou que Blackew deseja se reunir com você em meia hora.
-Qual o motivo?
-Ele não me disse, mas provavelmente é para contar sobre a viagem. E vocês, acharam o mapa?
-Achamos –foi a vez de Rebecca falar- a outra parte, sim! E você não vai acreditar onde estava!
-Onde?
-Em uma caverna subterrânea, embaixo dos recifes.
Johnny realmente não acreditara.
-Sabia que você não iria acreditar! Mas me deixe contar-lhe tudo! Nós estávamos...
-Nós quem?
-Eu e o Capitão. Nós estávamos andando pelos recifes, em procura de algo.
-Vocês realmente achavam que o mapa estaria em cima dos recifes?
-Posso contar a história?
Vicenzo estava se divertindo com essa conversa. Era um pouco estranho o relacionamento deles, mas funcionava.
-Desculpe-me, por favor, continue.
-Quando de repente notamos uma caverna abaixo dos recifes.
-Bom acrescentar que fui EU quem a achou.
-Sim, foi você. Quebrando o chão onde pisava e caindo com tudo na dura rocha.
-O método não importa...
-Continuando: dentro dela seguimos um longo túnel, com curvas, descidas e subidas. Estávamos em uma grande inclinação...
-Enorme.
-...Enorme inclinação, quando chegamos ao topo, havia uma mesa de pedra, com uma caixa de madeira igual às outras, presa com cordas.
-Encurtando a história dela, pegamos o mapa, voltamos ao navio e já tracei o novo caminho a seguir.
-Interessante, então vocês já têm a nova parte e o novo caminho?
-Isso mesmo. Mas e quanto a senhora Rose, descobriu algo?
-Bem, de certa forma sim.
-Então conte!
-Como Vicenzo previu, não fiquei um só momento com os tripulantes de Blackew na busca. Fui até a taberna Black Eye, certo?
-Certo...E falou com ela?
-Falei.
-E então?
Perguntaram em uníssono, Vicenzo e Rebecca. A ansiedade na voz deles era extremamente notável, exatamente como a expressão de desapontamento que se seguiu depois das últimas palavras de Johnny.
-Ela não sabe de nada.
-Como assim não sabe de nada!
-Foi com ela que falamos! Ela que conhecia minha mãe!
-Eu sei, mas ela me disse que por opção não quis saber de nada. Achava melhor.
-Ótimo! Teremos que continuar com suposições sobre o que fazer! E se tudo até aqui estiver errado?
-Errado não está! Se não, não teríamos encontrado o que deveria ser encontrado.
-Matteo, nunca mais fale desse jeito.
-Mas ela falou algo interessante.
Os dois viraram se imediatamente para Johnny, que contou:
-De acordo com ela, somente duas mulheres sabem toda a razão do mistério, enfim, sabem tudo sobre ele. Uma era sua mãe e outra uma mulher que vive em Port Royal. Também guardiã.
-Isso é ótimo! –o sorriso voltou ao rosto de Rebecca e ela se virou para Vicenzo - só temos de ir até lá e...Por que essa cara?
Ele os encarava com a boca entreaberta e imediatamente começou a revirar seus papéis.
-Vocês não irão acreditar...De acordo com o mapa, nossa nova parada é exatamente em Port Royal.