PORT ROYAL

748 Words
Matteo não contou direito a eles como saiu de Tortuga sem provocar suspeitas em Blackew, mas o caso era que o Sereia Escarlate havia chegado em Port Royal. Manteve-se um pouco afastado da costa, afinal, lá morava o governador e o Comodoro Norrington, fiel exterminador de piratas. Johnny e Rebecca estavam no convés esperando pelo Capitão. Ela havia posto as suas antigas roupas, os saltos, o cabelo preso, a maquiagem, o leque e o vestido pomposo. -Onde será que ele está? É tão difícil assim vestir uma roupa? -Ele não está acostumado com elas. Nesse momento da conversa, Matteo sobe as escadas. Eles não puderam evitar as risadas. Ele estava vestido como um trabalhador comum. Botas marrons, calça azul, camisa branca e limpa posta para dentro da calça, casaco de couro escuro até metade da perna e o cabelo preso em um r**o de cavalo. -Que bom que alguém está se divertindo por aqui! -Me desculpe Vicenzo-ela falou entre as risadas- mas não estamos acostumados com você...Assim! -Certo, certo. Acabou a diversão, vamos para o bote. Ela se despediu de Johnny e desceu para o bote com Matteo. Eles desembarcaram afastados do ancoradouro e foram em direção ao centro da cidade. Procuraram uma pensão de jeito sutil e calmo. Finalmente acharam. A entrada era pintada de azul claro e o nome estava com letras pretas: PENSÃO MAR AZUL. -Mais meigo do que isso não encontramos. -Tem razão. Agora, faça cara de desesperada. Eles entraram na pensão e se dirigiram para o balcão, onde uma mulher os recebeu. -Bem-vindos a Pensão Mar Azul, em que posso ajudá-los? -No que você puder! -Desculpe...? -Desculpe o meu marido, mas é que passamos por horrores! A mulher notou que ambos estavam parecem muito perturbados. -O que houve? -Nós fomos raptados por piratas! Roubaram tudo que tínhamos! O dinheiro, roupas, tudo! Só nos sobrou a casa e o que guardamos muito bem! Mas moramos em East Bridge! Eles ficaram conosco durante semanas e nos deixaram em uma ilha para morrermos. Graças, um navio nos viu e nos tirou de lá, nos deu essas roupas, deixando-nos aqui. O Capitão se impressionou com o cinismo de Rebecca, ela estava quase chorando e a medida que falava, a atendente parecia se desesperar mais com a situação deles. -Que terrível! Sentem-se, vou buscar um pouco de água! -Tem certeza de que nunca fez isso antes? -Vicenzo Matteo...Você já deveria ter notado que me viro muito bem nessas situações. Eles não tiveram tempo de falar mais nada, pois a mulher voltara. -Muito obrigada. Rebecca bebeu a água e agradeceu. -Veja, eu sei que é pedir muito, mas você não teria algum quarto sobrando? Nós não temos onde ficar. -Ah sim, acabou de livrar um. Vocês podem passar a noite lá, depois veremos o que fazer. -Muito obrigado, eu e minha mulher agradecemos muito esse gesto. A mulher entregou-lhe a chave de número 16, quando eles iam subir as escadas, ela os chamou novamente. -Qual mesmo o nome de vocês? -O quê? -Eu preciso do nome de vocês para o livro de hóspedes. Rebecca e Vicenzo se entreolharam, deveriam dar seus verdadeiros nomes? Quem respondeu foi ele: -Amanda e David Fernandez. -Certo, o quarto de vocês é duas escadas acima, no final do corredor. Eles subiram as escadas, procurando pelo quarto. -Amanda e David Fernandes? Que nomes são esses? -Foi o que pensei na hora. Não é tão r**m assim. -Claro que não, amado David. Quando eles abriram a porta, surpreenderam-se com a simplicidade e beleza do quarto. Ele era todo branco, possuía uma cama de casal no centro, uma varanda, com vista para o mar. As cortinas de renda balançavam com o vento e possuía um armário ao canto. -Belo quarto, não? Ela não respondeu, Matteo seguiu seu olhar até a cama, no centro do quarto. -Não precisa se preocupar com isso. -Quem disse que estou preocupada? Ele girou os olhos na órbita. -Você não é tão boa atriz assim, sabia? Eu sei que é totalmente incomum para você dormir numa cama de casal sem estar casada. Ela continuou em silêncio. -Por favor! -Tudo bem, tudo bem. Parei. Agora, quais seus planos para achar essa guardiã? -Seguir o mapa. -E como você pretende falar com ela? -Não tivemos dificuldade com a senhora Rose, não é mesmo? -Não...E por quanto tempo ficaremos aqui? -Até quando pudermos. Vicenzo levantou-se e foi em direção à porta. -Aonde você vai? -Analisar a cidade, você pode ir dormir. Já está noite.
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