Renata
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É incrível como Gabo e Ben são completamente diferentes, mesmo sendo tão parecidos fisicamente. são duas pessoas com gênio totalmente opostos. Gabo e brincalhão, sorridente, faz eu me sentir à vontade ao seu lado, com seu jeito descontraído de ser, sinto que posso falar sobre tudo com ele, porém não quero. Não sei quando vou ter que ir embora novamente, sair correndo fugida, apenas com Maitê nos braços. Sempre que eu falo com dona Maria, ela me diz que a minha tia está revoltada bateu o morro inteiro atrás de mim, dizendo que eu vou pagar pelo prejuízo que ela teve, principalmente com seu marido. o juizados de menores cortou a sua pensão até que Maitê e eu volte para casa. Coisa que se depender de mim, nunca vai acontecer, eu jamais vou voltar para aquela casa, mesmo que aquele homem não esteja mais lá. não sei quem ela vai colocar lá novamente...
Benjamin tem uma ar mais sério, sofisticado, o jeito mais envolvente atraente de falar ou conversar com você, durante a última semana trocamos algumas palavras e sempre percebo ele me encarando de forma estranha que me deixa um pouco encabulada. No início eu me sentia estranha ao seu lado, um pouco acoada, hoje eu me sinto mais à vontade ao seu lado, não sei por que mas simplesmente eu confio nele agora, na amizade dele eu sinto que eu não devo me esconder dele, quem eu sou de verdade, por que ao seu lado me sinto segura, consigo esquecer toda a minha vida passada e distrair a minha mente, para viver apenas o meu agora. as vezes não sei se isso é bom. ou r**m, não posso relaxa demais também, mas com ele é diferente.
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- Por que não vai se encontrar com seus amigos hoje? - Carmem me pergunta.
- Estou muito cansada Carmen, prefiro ficar em casa mesmo. - digo terminando de dar o jantar para Maitê. - cada dia que ela está mais linda. sorridente e alegre, sinto que devo a minha mãe, fazer com que toda a trajetória da Maitê seja o mais feliz possível, como meus pais faziam comigo. sempre me protegendo do mundo. Se meus pais estivessem vivos tenho certeza que hoje eu seria totalmente livre de traumas, e, é o que eu pretendo fazer com Maitê.
- Mentirosa!, você é péssima mentirosa como a sua mãe, Você está com medo de fazer amizade. E sofrer se tiver que ir embora, mas não vai precisar, você é maior de idade agora, está fazendo faculdade, trabalha e tem a mim para te ajudar, você pode conseguir a guarda dela. - ela segura minha mão.
- É, mas, enquanto aquele traste? pelo que a dona Maria disse ele não sobreviveu mesmo, se eu for julgada por assassinato? - não existe um só dia que eu não pense nisso, em ir pressa e Maitê ter que ficar com aquela maluca.
- Querida o que aquele cara fez com você, um bom advogado pode constar que nunca foi a sua intenção você estava se defendendo, eu já disse que posso falar com meu ex patrão ele pode nos ajudar, ele é um dos homens mais influentes que eu conheço.
- Não! Carmen você prometeu que não falaria com ninguém sobre o que aconteceu comigo, por favor, eu preciso manter a Maitê longe disso tudo. quanto eu conseguir ela vai crescer sem traumas.
- Tudo bem. não vou mas tocar no assunto, agora ela está alimentanda e cheia de sono. Não vai sentir sua falta, vá se divertir um pouquinho. - a grande verdade é que eu estava louca para ir mesmo, mas eu tenho tão pouco tempo com a Maitê. - E eu não aceito um não, ela vai dormi, e você vai ser arrumar.
- Está bem. Eu vou. Mas volto cedo está bem. - digo finalmente.
- Não se preocupa com a hora, ela dorme a noite toda. vou deitar ela no meu quarto e vamos descansar bastante. fica tranquila. Agora vai.
Fui tomar meu banho e me arrumar, escolhi um jeans bem justo, uma camiseta regata verde, salto e bolsa. deixo meus cabelos soltos e uma maquiagem leve.
Quando terminei de me arrumar, Maitê já estava dormindo, pedi o carro e me despedi da Carmen.
Cheguei no bistrô, todos já estavam lá. alguns primos do Gabo e o pessoal da faculdade, umas três pessoas da nossa tudo tirando o Gabo e eu. mas alguns da turma de direito que era incluído a irmã do Gabo Hemb, a turma de administração, Ben também estava lá. assim que eu entrei no bistrô nós encararmos.
- Renata! - Gabo diz surpreso. - Finalmente. resolveu se juntar aos meros mortais.
- Seu bobo. - digo revirando os olhos. tinha um lugar vago bem ao lado do Ben. o que me deixa um pouco desconfortável.
- Senta aí. O que você quer beber? - Gabo me pergunta. Eu não sou muito de beber estão não faço ideia do que eu gosto.
- Eu não sei, pode ser uma cerveja. - dou de ombros.
Ele pede ao garçom uma cerveja, e tequila também, a conversa estava boa. o engraçado é que por algumas vezes se dividia em grupos. os da administração falando sobre, os de direito falavam sobre um caso, e nos dá engenharia falando sobre um projeto do trabalho ressente.
Por algumas vezes percebi que Ben estava me encarando. tento ignorar o máximo possível, mas fica difícil, ele mexe comigo de alguma forma.
- Na quarta vai ter um show deles podemos ir, o que acham? - Miguel primo do Gabo diz. não prestei atenção no que eles falavam. Mas todos toparam.
- E aí Renata? - eles me perguntam.
- Não vai dá pra eu ir galera desculpa, mas já tenho compromisso. - Na quarta eu trabalho, seria impossível acompanhar eles.
- Hum, lá vem ela com seus mistérios. - Vanessa da nossa turma diz.
- Eu acho que a Renata namora algum famoso e não quer nos contar. - Josy diz.
- Por que acha isso? - pergunto achando engraçado.
- Não sei, você vive cheia de mistério, não dá mole pra ninguém da escola, Mesmo com os mais gatos te querendo, não fala muito sobre sua vida privada. e estranho .
- Tá e onde entra o famoso nisso? - Hemb pergunta.
- Há sei lá, talvez ela seja de família rica demais e namore um famoso. e não quer nos contar. - eu comecei a rir, foi meio que involuntário, mas eu não consegui para de dar risada. se ela soubesse o grande desastre que é a minha vida.
- Qual a graça? - Josy pergunta.
- Suas teorias são bem engraçadas. - respondi com sarcasmo. - ela sempre me olha torto desde que comecei a falar com Gabo, acho que sente um certo ciúmes dele. sempre jogando piadinhas e indiretas na minha direção.
Felizmente a conversa mudou de rumo.
Abri meu celular para da uma olhadinha na hora. verifiquei se não tinha nenhuma mensagem da Carmen. Já passa das 22 horas. acho que devo ir para casa. Mesmo que ela não tenha mandado mensagem, pode ser que alguma coisa aconteceu. Meu coração ficou um pouquinho acelerado, quer saber acho que vou ligar.
- Com licença gente. - me levanto e vou até o lado de fora.
Carmen atendeu logo no segundo toque. disse que estava tudo bem e que eu não deveria ir para casa.
- Mas eu estou preocupada.
- Deixe de besteira Renata, vá se divertir, estamos bem. tchau! - Quando me viro, Ben estava me observando, não sei exatamente o quanto ele escutou da conversa.
- Oi. - digo meio assustada. - O que faz aqui?
- Meu celular descarregou, vim pegar o Power Bank. - ele balança o carregador portátil na sua mão. - Está tudo bem?
- Sim, está... - falo gaguejando um pouco. Acaba ficando um clima estranho.
- A Josy tem razão, você é muito misteriosa sabia. - ele diz.
- Eu já acho que ela gosta do Gabo e está com ciúmes da nossa aproximação. - ele franze as sobrancelhas.
- Você tem interesse no meu irmão? - ele pergunta de um jeito estranho.
- Não! Gabo é eu somos só amigos, e eu torço muito para que ele é a Letícia se acertem logo. - Ben tenta disfarçar um sorriso.
- Que bom, seria uma pena. - foi a minha vez de olhar para ele com as sobrancelhas franzidas.
- O que seria uma pena? - meu coração acelera, esperando a sua resposta.
- Se você estivesse interessada nele. - seus olhos ficam focados nos meus.
Eu não sabia o que dizer, apenas fico encarando ele também. percebi que ele estava se aproximando, mas não consegui me mexer nem pronunciar uma só palavra. apenas fico alí parada.
meu peito subia e descia.
- Eu queria muito te beijar agora. - ele pergunta assim que chega mais perto. - Existe um namorado?
- Não...
- Posso te beijar então?
Não entendi exatamente o por que ele pediu permissão. mas eu gostei. balanço minha cabeça positivamente. então ele se aproxima mais, cola nossa lábios de forma delicada. Estava tudo tão bom, até que minha mente me traí, me levando para aquela noite...