Benjamin
.
.
.
Infelizmente Verônica e eu tivemos uma des piores discussões de todas ontem a noite, o término desta vez foi concretizado sob muitas discussões. Mesmo que ela já não fosse mais a garota por quem eu me apaixonei, e talvez até eu mesmo não seja mais o mesmo, ainda assim seja lá de qual for a forma, um término nunca é legal. Fiquei sim triste por que idealizei uma vida com ela, eu queria que tivesse dado certo.
M@u consegui me concentrar na aula de hoje. Só queria ir para casa esfriar minha cabeça. meu carro está na Oficina então vou atrás do Gabo, pra ele me dar um carona.
- Gabo, Me da uma carona? - ele estava com aquela amiga dele de novo, Renata eu acho. ele me apresentou ela há alguns dias. mas eu estava tão perdido em pensamento que nem dei muita atenção a menina.
- Boa tarde para você também! - ele enfatiza - Você se lembra da Renata não é? - Gabo aposenta para ela.
- É, um pouco. desculpa eu estava tão desnorteado naquele dia. - foi no dia de uma briga com a Verônica. estendi minha mão pra ela. - É Renata, eu sou Benjamin. - ela aperta a minha mão.
- Tudo bem. Nem sempre estamos em um bom dia. - ela sorriu com delicadeza. E nossa, que sorriso...
Parando para analisar agora, Renata é linda. seus olhos são marcantes, seu nariz e boca parecem mais que foram esculpidos, fico alguns segundos preso na dimensão do seu olhar marcante, de alguma forma sinto algo diferente, não sei dizer o que é seu jeito me deixa encabulado. Nossos olhos ficam presos um no outro por um bom tempo.
- Tudo bem gente? - Gabo chama a nossa atenção.
- É... Gabriel. eu preciso ir. - ela fica estranha, como se algum bicho tivesse mordido ela. junta suas coisas se levantando rápido. - Até outro dia.
- Como assim? você não ia comigo até a biblioteca... - Gabo a olha estranho.
- É, mas, eu me lembrei que tenho uma coisa para resolver, em caráter de urgência.
- Que bicho mordeu ela? - Gabo reclama. - Renata as vezes some assim do nada.
- Não sei. Mas com certeza a beleza é um dos efeitos colaterais. - digo em um sussurro infelizmente auto o suficiente para ele escutar.
- Que? - ele me olha como se eu fosse um ET.
- Nada não. podemos ir? - troco de assunto.
- Não? eu escutei direitinho, você disse que a beleza dela é um efeito colateral - ele começa a me zuar.
- Não, definitivamente não foi o que eu disse Gabriel. - disfarço, mas não adianta muito.
Ele passou quase o caminho todo falando que eu me interessei pela Renata. de fato ela é muito bonita mas eu não quero ninguém na minha vida agora, preciso ficar sozinho. Me compreender antes de me envolver com alguém novamente. já não sou mais um adolescente.
- Está bem, se você está dizendo. Vamos ver o que a Verônica vai dizer sobre isso. - ele tenta esconder o sorriso.
- Colocámos um ponto final ontem a noite. Verônica e eu não estamos mais juntos. - ele me olha rapidamente de canto de olho e volta a prestar atenção ao trânsito.
- Você está bem? - ele pergunta.
- É - dou de ombros.
- Um término nunca é fácil Ben, seja lá como for. - o tom de brincadeira e deboche do Gabo se foi. Ele pareceu até um adulto maduro falando agora.
- Não, não é... Mas, já não estava dando certo a um tempo. Por falar nisso semana que vem é a despedida da Lee, você vai?
- Sabe que não posso fazer isso, não posso simplesmente ir até lá e ver ela partir. - sua voz sai um pouco mecânica.
- Por que não conversa com ela, tenta explicar que estão desconfiando que é um golpe.
- E dizer o que se não for? tudo que eu já disse antes. Não posso obrigar ela a ficar e assumir um filho que não é dela.
- É muito provavelmente seu também não é.
- Eu fiz besteira Ben, tenho que aceitar agora. - sinto muito pelo meu irmão, mas ele estava certo, talvez a Lee precise mesmo de um tempo para refletir em tudo isso.
...
Acordei meio atordoado, que sonho bizarro que eu tive. sonhei que encontrava a Renata numa rua escura encolhida num canto me pedindo ajuda, ela segurava um embrulho na mão, que as vezes parecia um bebê em seus braços. chorava e se agarrava tão forte aquele embrulho, acordei preocupado que doideira de sonho foi esse. Não tenho a menor ideia de o por que sonhei com isso. muito menos por que Renata estava aparecendo nos meus sonhos nos últimos dias. na grande maioria ela me pedia ajuda. E alguma coisa em mim grita que eu preciso proteger ela.
- Gabo? - bati na porta do quarto dele.
- Que foi? - sua voz estava estranha. abri a porta e ele estava secando o rosto.
- Tudo bem? - pergunto assim que entro no seu quarto.
- Sim, o que quer? - ele estava um pouco ríspido.
Mas eu já sabia que ele estava assim por causa da Lee. ela está indo embora, e ele está sofrendo com isso.
Não insisto muito no assunto, por que sei que ele vai me contar quando estiver preparado para falar sobre o assunto, Gabo sempre foi muito fechado, melhor deixar ele no tempo dele.
- É, de onde conheceu Renata? - me sento na sua cama.
- Como assim? Da faculdade, por que?
- Nada, é só que não tinha visto ela antes. E do nada vocês são amigos agora. - tentei parecer despreocupado.
- É - ele da de ombros - Ela é gente boa. Se não me engono ela comentou que mora no Rio a pouco. Veio de são Paulo eu acho. Ela me ajudou com alguns trabalhos em atraso.
- Hum, só isso que sabe sobre ela? família de onde ela veio nada?
- É. por que? ta interessado nela é? - ele sinta um pequeno sorriso. - Você terminou tem apenas uma semana apressadinho.
- Não, foi só por curiosidade mesmo. Nosso pai que me ensinou a sondar todos a nossa volta é depois do que aconteceu com você eu acho até justo. - ele me taca uma blusa.
Gabo sofreu demais com a separação da Lee e as armações da Flavinha. pegar ele no quarto chorando só prova que ele ainda sofre muito por conta da Lee.
- Renata não fala muito sobre a vida dela. Ninguém sabe onde ela mora na verdade. sempre chega nos lugares sozinha, não gosta de dividir carro com ninguém. sempre pede sozinha. parando para pensar, é, ela é muito reservada.
Fico pensando mas coisas que ele fala. achei sim ela muito misteriosa, o que dá um ar mais sexy* pra ela. Não Ben! você não quer se envolver com ninguém. vamos parar com isso, eu só quero descobrir o por que ela não sai dos meus sonhos. Só isso. Nada de romance.