Dancing like there's no tomorrow — Dançando como se não houvesse amanhã.
Gustavo... Essa voz eu nunca mais irei esquecer. Virei-me e dei de cara com ele que me olhava sorrindo muito. Não consegui esconder meu sorriso de felicidade também.
— Que surpresa agradável — disse bem perto dele. Fiquei meio envergonhada.
— Quem diria que nos encontraríamos novamente — disse chegando mais perto. Uma de suas mãos passaram pela minha cintura — Quer ir lá fora pra conversar? — ele disse em meu ouvido e logo me deu um beijo na nuca. Ai que essa noite promete.
— Vamos — disse pegando sua mão. Atravessamos a pista em direção a escada e logo estávamos lá em baixo.
Eu conhecia a casa de Augusto e sabia que ali atrás havia um jardim enorme com bancos espalhados por todo ele. Fui guiando Gustavo. Fomos para trás pelo lado da ‘boate’ e logo estávamos lá, algumas pessoas também. Entramos em uma trilha pelo meio do jardim, que dava várias voltas. O jardim estava iluminado e claro, mas haviam partes escuras.
— Você conhece aqui? — disse enquanto colocava as mãos nos bolsos depois que eu a soltei.
— Infelizmente — dei uma pequena gargalhada — O o****o dono da festa era meu namorado — fomos conversando enquanto caminhávamos com pequenos passos sem pressa — O que você está fazendo aqui?
— O o****o dono da festa é meu primo — É destino, pronto! Fiquei assustada e comecei a rir — Meus pais estão comprando uma casa aqui perto — Nos olhamos e ele passou seu braço pelo meu ombro e seguimos caminhando assim. Ficamos um pouco em silêncio e a pergunta que não saia da minha cabeça acabou saindo pela boca sem querer.
— Por que traiu sua namorada comigo? — ele ficou um tempo sem responder.
— Nós tínhamos terminado quando vim pra cá, pra casa dos meus tios, na mesma semana eu viajei, ela era da minha cidade natal, ta estudando aqui em São Paulo agora e mora com as amigas e aí quando cheguei no aeroporto ela estava lá com meus tios, não entendi muito e ela já veio me beijando, me dizendo que tudo daria certo agora.
— Eu vi essa parte — disse franzindo a testa.
— Eu estava te procurando durante todo o desembarque — Ele parou de frente a mim e me olhava nos olhos — Me desculpa se não fui atrás de você. Me arrependi tanto. Eu vi sua expressão de desaprovação quando me viu beijando ela — sorriu de canto para mim — Me desculpa.
— Relaxa — Nos sentamos em um banco.
— Foi muito bom o que fizemos naquele avião — ele disse pegando minha mão e ficou brincando com meus dedos — Gostei de você assim que te vi fazendo check-in — ele disse trazendo seus olhos até os meus — Quando vi que íamos para a primeira classe juntos fiquei entusiasmado, nossa, você é... — ele ficou sem palavras e apenas sorriu me olhando. Sorri junto e fiquei sem jeito.
Do nada, tipo, do nada mesmo, do além, uma mina que nunca vi na vida, que veio por trás de mim e senta no colo do Gustavo. Mas ela me olhou com desdém e eu logo reconheci quem era. A mesma do aeroporto. Ela estava acompanhada de outra que ficou me olhando com cara de b***a e os braços cruzados.
— O que você está fazendo aqui fora, meu amor — disse com uma voz melosa, ela estava quase bêbada pelo jeito — Vamos entrar, eu quero dançar. E depois você sabe o que quero fazer — Disse enquanto passava a mão pelo peito de Gustavo. Sabia que a avulsa ali era eu e logo levantei. Ele me olhou sem saber o que fazer — Acho bom você ir embora mesmo — ela disse me olhando e eu a olhei séria cerrando o punho. Respirei fundo e me controlei.
— Rala daqui, p*****a — A amiga dela disse ainda de braços cruzados. Ah mas eu não vou levar desaforo pra casa.
— Cala sua boca, Natália! — ele disse levantando e muito bravo com as duas. Eu caminhei tão confiante em direção a mina, que a vi desconfortável mudando de posição e levantei as duas mangas do meu vestido enquanto a olhava com cara de que não estava para brincadeira.
— A única p*****a que eu to vendo aqui ta bem na minha frente — ela me olhou revirando os olhos. Gustavo entrou no nosso meio e deu um leve empurro na tal de Natália.
— Lolla, me desculpa — ele me olhava impaciente. O olhei e logo sai dali.
— Você ta bêbada, Bruna! — Pude ouvir Gustavo falando com a louca lá. E depois eles começaram a discutir, e não entendi mais nada por conta da distância.
Assim que subi encontrei Tina.
— Onde você estava? — perguntei perto de seu ouvido.
— Pegando seu irmão — Eu a olhei assustada e logo começamos a rir. Sempre soube que Tina tinha uma queda pelo meu irmão, mas ela nunca admitiu. — E você?
— Com um cara — ela me olhou arregalando os olhos, tipo “nossa” — Depois te conto tudo.
Fomos para o bar, pegamos cada uma um copo de bebida e voltamos para a pista. Voltamos a dançar juntas e ficamos lá por um bom tempo. A festa começou a lotar depois da uma da manhã, a pista já estava cheia demais para dançar sem ninguém esbarrar em você. Voltei a dançar naquele lugar perto dos sofás E Tina foi buscar outra bebida pra ela. A batida do funk era envolvente demais para ficar parada. Fechei os olhos e deixei o som me levar.
Logo vejo Gustavo sentado a minha frente, todo jogado no sofá, pernas abertas, com um dos braços em cima do encosto e na outra mão um copo de bebida. Ele estava me seduzindo daquele jeito. Ele não tirava os olhos de mim enquanto Augusto ao seu lado não parava de beijar uma garota qualquer. Virei de costas enquanto dançava. O olhei jogando o cabelo para trás enquanto rebolava e o vi colocando a mão no coração jogando a cabeça para trás sorrindo. Comecei a rir imediatamente e logo viro-me de frente e desço até o chão fazendo o que a música pedia o olhando.
Eu já estava cheia, transbordando de tanto t***o dele. Logo o vejo vindo em minha direção. Minhas pernas tremiam. Ele chega, me pega pela cintura, cola nossos corpos e me acompanha no ritmo da música. Mexo meu quadril num rebolado sensual, fazendo nosso sexo imaginário.
— Você me deixa louco, Lolla — disse perto de meu ouvido com uma voz que deixava claro seu prazer.
Continuei dançando e agora estava de costas para ele, que me segurava pelo quadril, me encoxando de um jeito bom, e claaaro, continuava me mexedo de um jeito sensual, rebolando devagar o deixando mais louco. Colei minhas costas em seu peito e virei meu rosto para o olhar. Ele imediatamente colou nossos lábios e continuava mexendo seu quadril devagar, esfregando seu corpo no meu, enquanto apertava meu quadril, me puxando mais ainda para cima dele. Aquilo ali já estava saindo faísca. Sorrimos e continuamos dançando.
Vai, taca, taca, taca, taca, taca, taaaca...
Essa é nova. Eu via o que as meninas estavam fazendo e comecei a fazer igual em Gustavo. Coloquei a mão nos joelhos e jogava minha b***a colada na frente dele para o alto e para baixo no ritmo da música. Ele me virou e me beijou com mais vontade, mais fogo.
— Vamos sair daqui, Lolla — disse em meu ouvido. Ele logo me olhou com aquele sorriso safado e eu sorri de volta. Pegou minha mão e foi me guiando para outro lugar, talvez o paraíso.