Jay-la POV
Jay-la se recusou a jantar com seus pais na sala de jantar da casa da alcateia. Ela ainda não tinha lidado com eles e estava chateada com os dois. Ela ainda não tinha ido falar com eles, tinha que fazer isso em algum momento. Estava na sua lista de tarefas. Ela sabia que eles estavam infelizes com isso, tinha sido direta com eles quando sua mãe tinha entrado em contato mental com ela e perguntado por que não.
Disse a ela: — Eu não quero. Ainda estou zangada com você e com o pai. Até discutirmos o que vocês fizeram, não haverá jantares. — E havia quebrado a ligação mental.
Eles teriam que lidar com isso. Ela deixou sua mãe vesti-la para jantar com Nathan, mas na época, ela só estava feliz por sua mãe estar bem e muito confusa por ser presenteada ao próprio homem. Sem mencionar que Kora tinha decidido se acasalar com o lobo dele. Não tinha nada a dizer sobre isso.
Agora que estava lúcida e conseguia pensar claramente, ela estava zangada com ambos os pais por permitirem que Abbey fizesse aquelas coisas. Abbey era outra questão completamente diferente. Ela não tinha visto aquela mulher desde a briga, tinha ficado longe de Jay-la. Provavelmente uma decisão sábia, considerando o que aconteceu naquela noite. Quantos tiveram que ajudar para manter ela e Kora sob controle?
Ela estava na suíte do Alfa, se preparando para cozinhar o jantar, quando Stephen entrou em contato mental com ela e perguntou se ela teve a chance de falar com Suzzy. Ela não tinha, provavelmente levaria apenas cinco minutos. Disse a ele que faria isso agora.
Fez exatamente isso, ligou para Suzzy, ela atendeu depois de alguns toques. — Jay-la, está tudo bem? Você e as crianças não apareceram em casa.
— Eu sei, desculpe por não ter ligado. Eu vou pagar pelo seu tempo. Minha mãe ficou doente e eu precisava vê-la. Saí correndo. Me desculpa, Suzzy, eu deveria ter te ligado, mas não estava em condições de ligar para ninguém, nem para o meu escritório, na verdade.
— Ah, sinto muito por ouvir isso. Ela está bem? — Jay-la podia ouvir a preocupação na voz de Suzzy, ela era muito dedicada à família.
— Agora ela está. Eu preciso de um favor, Suzzy. Um grande favor.
— Hmm.
— No momento, estou no estado de Nova York, estava esperando, e eu sei que está perto do Natal, e normalmente você tira essa época do ano de folga, mas eu realmente apreciaria se você pudesse vir aqui e me ajudar com as crianças.
— Eu não sei, Jay-la, é muito longe, do outro lado do país.
— Eu vou pagar a passagem e as transferências também.
Houve silêncio por um longo tempo. — Minhas férias começam em cinco dias.
— Eu sei, é um favor enorme. Eu posso mandar alguém te buscar e trazer você aqui. A primeira classe tornaria o acordo mais atraente?
— Hmm, não muito. Eu sinto muito, mas gosto de passar meu Natal com minha mãe e minha irmã.
Jay-la sabia disso, ela sempre tirava folga no Natal, sem falhar. Ela pensou por um momento e imaginou como Nathan se sentiria se ela convidasse toda aquela família para cá. Elas já tinham uma pessoa humana aqui, por que não algumas pessoas a mais? — Ajudaria se eu trouxesse toda a sua família para cá? Um Natal branco? — Ela perguntou. Tecnicamente, ela era a Luna, e poderia tomar essa decisão, ela supôs. E era para Stephen, trazer sua companheira humana para cá. Se Nathan não gostasse, ele teria que lidar com ela e Stephen viajando pelo país para tentar convencê-la.
— Eu não sei, eu posso perguntar, suponho, e retornar para você. Não posso garantir nada, porém, minha mãe é muito teimosa. Ela realmente não gosta de viajar.
— Por favor, pergunte e me avise.
— Onde em Nova York eu diria que vamos, se eles concordarem?
Jay-la sorriu. — Perto de Rochester, cerca de uma hora de distância.
— Eu não sei onde fica isso.
— Está tudo bem, como eu disse, posso mandar alguém buscar você e sua família. Eu vou organizar e pagar por tudo, me diga apenas o que elas acham.
— Tudo bem, vou perguntar quando elas chegarem do trabalho.
— Obrigada, Suzzy.
Ela entrou em contato mental de volta com Stephen, com os detalhes da sua ligação. Ele suspirou, parecia que não estava convencido de que ela viria. — Stephen, eu vou te ajudar com a Suzzy. Apenas... — suspirou. — Talvez leve algumas semanas. Ela gosta muito do Natal com a mãe e a irmã, pode ter que esperar até o Ano Novo.
— Você acha que se eu fosse até lá, ela sairia comigo?
Ela sorriu para si mesma. — Você é muito bonito, mas Suzzy pode não querer começar um relacionamento logo no Natal, e...
— E?
— E o último namorado dela foi um i****a. Terminou há apenas um mês.
— Quem é ele? — Ele perguntou, e ela podia sentir seu lobo, Rafe, lá dentro.
— Se acalme. — Ela riu um pouco. — Não é nada disso, ele era apenas um i****a. Traiu ela antes mesmo de começarem a namorar de verdade. Ela vai me ligar mais tarde. Eu vou te avisar quando souber. Você terá que ser paciente com ela.
— Eu posso fazer isso. — Ele concordou.
Ela terminou aquela ligação mental para começar a fazer o jantar. As crianças estavam todas sentadas no balcão da cozinha, colorindo, quase parecia que estavam de volta ao seu apartamento em Los Angeles. Só ela e as três crianças. Elas gostaram da ideia de Suzzy também vir. Ela também esperava que isso ajudasse Nate a se sentir mais confortável.
Ela tinha sido a babá deles por muito tempo, Jay-la confiava nela. Ela balançou a cabeça pensando que Suzzy era a companheira humana de Stephen, uma coincidência estranha, se existisse alguma.
Ela estava observando as crianças conversarem e rirem umas com as outras, enquanto esperavam a comida ficar pronta. Ela tinha passado pela cozinha e visto o que tinha lá. Havia comida o suficiente aqui, a despensa estava totalmente abastecida, assim como a geladeira. Pelo aspecto das panelas e frigideiras, Nathan devia realmente cozinhar as refeições para si mesmo. Elas não eram novas, nem completamente impecáveis e sem uso como ela esperava.
Sendo o Alfa, ela esperava que ele comesse na sala de jantar da alcateia ou que tivesse refeições preparadas para ele o tempo todo, para comer em seu escritório.
Kora estava sentada em sua mente, observando seus filhotes, adorava vê-los tanto quanto Jay-la. Ela também estava feliz por estar acasalada com Havoc, saber que a Deusa lhe deu o pai de seus filhotes a deixava feliz, parecia. Jay-la também podia sentir que Kora queria ir e passar tempo com Havoc. Seu lobo não estava tão feliz com Nathan, mas gostava muito de seu próprio companheiro. Era um sentimento estranho.
Parecia que ambas estavam em conflito em relação a Nathan. Ou talvez as próprias reservas de Jay-la em relação a ele estivessem se refletindo em Kora. Era possível, elas concordavam em quase tudo, embora nos últimos seis anos elas só precisassem se preocupar uma com a outra e com as crianças, nada e ninguém mais.
Lilly e Rosalie estavam felizes com o pai delas, então elas iriam deixar isso para lá. Ela não ia mencionar o que Nate havia dito hoje na frente das meninas. Se elas estivessem felizes, ela ia deixar assim, sem interferência. Deixá-las serem felizes, era bom para elas quererem estar perto do pai.
Mas depois do jantar, e depois de elas tomarem banho e irem para a cama, ela teria que sentar com Nate. Ela queria saber que novidades ele tinha visto e o que ele tinha ouvido realmente. Ela precisava dessa informação antes de poder falar com ele, responder às suas perguntas. Por mais difícil que isso fosse ser. Sabia que ele não queria Nathan na sala para isso também. Chamou Nathan de “ele”, Jay-la entendia isso, Nate não conhecia o homem.
Além disso, ela tinha estado com Tim nos últimos dois anos, e de repente, ele tinha desaparecido, e Nathan agora estava aqui. Eles estavam vivendo com ele imediatamente, enquanto Tim raramente dormia por lá. Ele sempre tinha sido bom com as crianças, nunca levantou a voz perto delas, sempre as cumprimentava com um sorriso e fez parte da vida delas por dois anos, jantares e filmes, indo à praia, e ele esteve com elas na casa de Tony e Lauren.
Ela só podia imaginar o que as crianças achavam disso. Pegou o celular e mandou uma mensagem para ele enquanto pensava nele. “Desculpe, Tim, minha mãe ficou doente e eu tive que sair de repente. Estou bem, vou te ligar em breve.”
Não era muito, mas ela não queria terminar as coisas com ele por mensagem de texto. Inferno, ela nem queria fazer isso por telefone. Mas ir até lá pessoalmente? Nathan tinha dito que ele estaria ao lado dela se ela insistisse em ir pessoalmente. Isso seria muito desconfortável e extremamente estranho. Jay-la não duvidava de que seu companheiro faria isso.
Lembrou-se de Havoc enlouquecendo com Tim em seu apartamento. Ela não sabia o que ele representava para ela naquele momento, mas ele sabia e não tinha ficado nada feliz. Ele se transformou em uma fera raivosa, apesar de ela entender isso agora, depois de ouvir que Sophia não tinha sido fiel, ele sofreu as dores de uma traição antes. Teria que passar por isso novamente se ela tivesse dormido com Tim.
Eles sabiam o que ela era para eles, então não teriam sentido se ela estivesse com outra pessoa. Ela não teria tido ideia disso. Ele teria sentido tudo, e teria doído muito.
Ela suspirou, realmente não entendia por que Sophia tinha feito isso, a maioria dos laços de companheirismo eram bons e fortes, sólidos. Ela tinha ouvido dizer que havia alguns casais que simplesmente não davam certo e a traição acontecia. Mas não era algo comum. Geralmente acontecia quando eles tinham companheiros escolhidos e encontravam sua companheira da Deusa. Às vezes o desejo de ficar com seu companheiro destinado ainda se apresentava.
Alguns ainda conseguiam sentir o cheiro de sua companheira destinada sobre seu companheiro escolhido, e isso era o que destruía o seu laço de companheirismo, e causava a traição, ou foi isso que ela leu em alguns livros de leis dos lobos. Havia outros motivos também.
Alguns lobos já estavam em relacionamentos onde amavam o companheiro deles, mas se deixavam levar pelo laço, porém, continuavam amando o outro e acabavam querendo isso mais. Alguns cresceram sem respeito ao laço de companheirismo, entenderam isso, mas não se importavam tanto assim. Alguns simplesmente não acreditavam que sua companheira destinada fosse a certa para eles, mas devido às leis das alcateias individuais, eles não tinham permissão para rejeitar sua companheira destinada, mesmo que quisessem, então ambos traíam nesses casos.
Quem sabe qual Sophia era?Provavelmente um desses, só Sophia sabia por que ela fez o que fez.
Todos aqui foram criados para respeitar o laço de companheirismo, mas isso não era imposto a eles. Se um quisesse rejeitar o outro por um motivo ou outro, essa era uma escolha deles também. Embora o que tivesse que aceitar a rejeição pudesse levar o tempo que quisesse para fazer isso, para tomar essa decisão se não quisesse.
Para ver se os dois poderiam serem unidos e se darem bem. Se com o tempo, quem rejeitou sentisse o laço e deixasse ele crescer, mudassem de ideia, isso era incentivado, mas não era imposto a eles. Uma rejeição poderia ser emitida e aceita imediatamente se assim escolhessem.
Ela ouviu Nathan entrar na suíte do Alfa, já tinha dito a ele que ela ia fazer jantar para as crianças, tentando fazer Nate se sentir mais normal, como em suas vidas normais, onde ela ou Suzzy cozinhavam. Ele perguntou que horas deveria estar lá para jantar com eles. Ela estimou.
Ela o viu entrar na cozinha. Ele parecia desconfortável, ela percebeu. Ele sabia que ela ia sentar para conversar com Nate depois do jantar e que Nate não o queria na sala. — Posso ajudar com alguma coisa? — ele perguntou enquanto se aproximava.
Jay-la fez que sim com a cabeça. — Você poderia ajudar a arrumar a mesa, ele chegou quinze minutos antes.
— Está bem. — Ele balançou a cabeça.
Jay-la sabia que a mãe dele costumava cozinhar para o seu companheiro e suas crianças, pelo menos três dias por semana, o tinha ouvido reclamar sobre isso o suficiente enquanto crescia. Ele preferia comer na sala de jantar da alcateia com seus amigos.
Nem mesmo se mudar da suíte Alfa de seus pais aos dezoito anos impediu Darla de exigir que ele jantasse com a família três dias por semana. Todas as outras refeições eram aceitáveis na sala de jantar da casa da matilha, devido ao treinamento e a sua rotina de Luna.
Jay-la pediu às crianças que ajudassem a arrumar a mesa. As meninas desceram para fazê-lo. Nate disse: — Eu vou guardar. — E pegou os livros e lápis de colorir. Seus olhos o seguiram, e ela e Kora suspiraram ao mesmo tempo. Ela também podia ver Nathan observando o menino. — Ele vai se adaptar, só precisa de tempo. — Jay-la comunicou mentalmente com ele.
— Eu espero que sim. — Foi tudo o que ela recebeu em troca. Ele não parecia nada convencido, na verdade, parecia preocupado com isso. Ele era o Alfa, e não era normal para um Alfa mostrar preocupação abertamente com alguém. Eles gostavam de se retratar como fortes e confiantes o tempo todo, não mostrando sinais de nada que pudesse ser usado contra eles, dentro ou fora de sua matilha.
Ela se questionava o que estava se passando na mente dele, ou com Havoc, para o caso. — Havoc está quieto. — Kora lhe disse. Os dois podiam conversar à vontade através do seu laço de companheiros, e embora Kora o tivesse excluído antes, mais de uma vez agora, era principalmente para permitir que ela e Jay-la pensassem livremente.
No momento em que ela entrou naquele escritório, Havoc avançou para abraçá-la, provavelmente não gostou dela o excluindo. Não era algo normal a se fazer. Se fechar para o seu companheiro. Mas eles só precisavam de tempo para se adaptar ou Jay-la precisava de tempo para pensar e resolver sua confusão e preocupações. Ela tinha muito acontecendo dentro de sua mente quando se tratava de seu companheiro. Ela estava muito confusa em relação a ele.
Ela serviu o jantar e as meninas conversavam sobre os jogos que jogaram e os amigos que fizeram hoje. Pareciam genuinamente felizes aqui na matilha. Isso deveria se contagiar para o irmão delas em algum momento, ela pensou. Eles eram trigêmeos e extremamente próximos uns dos outros. Embora Nate fosse o mais dominante e protetor, normalmente estavam todos na mesma sintonia. Isso também deveria ser novo para eles. Não estarem na mesma sintonia sobre estarem aqui.
Ela disse aos trigêmeos que iria limpar e lavar a louça, que eles poderiam brincar ou assistir TV, e os viu todos saírem da sala de jantar. Nathan tinha ficado quieto durante todo o jantar, assim como Nate, embora ele se levantou e começou a retirar os pratos. Jay-la empilhou a louça na máquina de lavar e a ligou.
Ela se virou e o encontrou apoiado na bancada da cozinha, apenas o observando em silêncio. Ela sabia que ele estava infeliz com o que havia ouvido hoje. Nenhum pai gostaria de ouvir aquilo, fosse humano ou lobo. Jay-la se aproximou e o olhou, tão confusa quanto estava em relação a ele. Nathan ainda era seu companheiro e ela ainda o amava. Suspirou e se aproximou dele.
Colocou os braços ao seu redor e se apoiou nele, ela o tinha ignorado praticamente a tarde toda, se irritado com ele mais de uma vez, numa dessas vezes, ele provavelmente nem sabia o motivo, sabia que toda vez que Kora o excluía, seu lobo sentia e não gostava. Provavelmente não era uma sensação agradável. Estava tentando confortá-lo.
Ele a abraçou. — Eu não sei o que fazer. — disse suavemente.
— Eu preciso falar com ele. Eu nem sabia que ele tinha visto as notícias. Me senti assim. — E ela não tinha. — Eu tentei impedi-los de ver tudo. Não assistir TV de jeito nenhum. Eu também não sabia sobre os adultos da escola falando sobre isso.
— Eu não te culpo, Jay-la. É difícil, infelizmente, e ele está preocupado. Pelo que ouvi, tem o direito de estar. Eu sou um estranho para ele também.
Ela quase se desculpou com ele por isso, uma parte dela sentiu a necessidade de fazê-lo. Ela segurou e suspirou. — A vida não é fácil. — Ela disse que, ao invés disso, certamente não tinha sido para ela.
— Não, não é. — Ele concordou com ela, também não tinha sido para ele, ainda não era atualmente.
— Você ainda está brava comigo? — ele perguntou baixinho enquanto seu queixo descansava no topo de sua cabeça. Ela se encaixava perfeitamente nele, ela percebeu.
— Não neste momento. — Ela admitiu. Ela mesma também estava preocupada com a próxima conversa com Nate. Era o que precisava ser resolvido primeiro. Seus problemas não seriam resolvidos com uma conversa, ou pelo menos ela não pensava assim.
Jay-lay sentiu sua mão deslizar pelas costas dela, ao redor do pescoço e depois inclinar o rosto para cima, para olhar para ele. Ela não recuou quando ele se inclinou e a beijou, até mesmo inclinou-se. Sempre foi bom quando ele a beijou, adorou beijá-lo, poderia ficar muito e******o com isso, fosse suave e gentil como era agora. Ou duro e exigente quando ele realmente a queria ou brincalhão e mordaz quando eles estavam apenas se divertindo. Era tão bom agora quanto naquela época.
Ela se afastou dele um minuto depois e o viu sorrir para ela, mesmo sabendo por que, podia sentir o cheiro de sua própria excitação. Era leve, mas aqui, não demoraria muito para aumentá-lo também, ela não pensou, e se ela podia sentir o cheiro, ele também poderia.
Não havia nada de errado com seu vínculo de companheirismo. Um beijo sangrento foi o suficiente para fazê-la querer mais dele. Ele sabia disso também, se as crianças já estivessem na cama, ela provavelmente não teria parado, provavelmente acabou nua aqui na cozinha. Ela podia ter dúvidas e preocupações em torno dele, e como ele realmente se sentia em relação a ela pessoalmente.
Mas o vínculo deles sempre os uniria, como dois ímãs, mesmo com suas dúvidas, ainda o queria com todas as fibras de seu ser. Poderia parecer, esquecia essas preocupações quando ele a tocava, beijava-a, sentia aquele contato pele a pele com todas as faíscas de seu vínculo de companheirismo, aquecendo sua pele onde quer que ele a tocasse.
— Eles querem sobremesa? — Nathan perguntou enquanto ela se afastava dele. — Eles vão perguntar se sim. — Jay-la disse a ele, então riu um pouco. — Na verdade, eles virão gritar sobre sorvete, é a coisa favorita deles.
— Qual sabor eles mais gostam?
— Baunilha e chocolate. Lilly nunca vai comer morango, Rosalie vai, e Nate é como você. Ele comerá qualquer sabor de sorvete. Gosta do açúcar.
Ouviu Nathan rir baixinho. — Eu acho que ele é mais parecido com você, pelo que vi. — Oh, como é isso? — Ela estava curiosa para saber como ele se deparou com esse pensamento. Ele realmente não tinha passado muito tempo com eles.
— Ele é teimoso ao máximo. Como você.
— Hum, eu não posso discutir com você sobre isso. Você deve saber, todos eles podem ser às vezes.
— Não me surpreende ouvir isso. — Ele acenou com a cabeça. — Você é o modelo deles, tudo o que eles sabem. — Estendeu a mão para ela e puxou-a de volta para seus braços, abraçou-a mais uma vez. — Sinto muito, Jay-la, que você teve que criá-los sozinha.
— Obrigada. — Ela acenou com a cabeça. — Eu não acho que eu poderia ter feito isso sem Lauren e Tony, ou Suzzy, por falar nisso.
— Sua família humana.
— Sim, Lauren os entregou, na verdade. — Ela balançou a cabeça um pouco. — Bem no escritório de Tony na universidade. Não percebi que estava em trabalho de parto até que minha bolsa estourou. Eles vieram rapidamente. Nem mesmo deu tempo para os paramédicos chegarem.
Ele suspirou. — Eu deveria estar lá.
— Improvável, não importa o passado que tenhamos.
Ela o viu franzir a testa para ela quando seu telefone tocou. Jay-la se afastou dele para atender, suspirou com o identificador de chamadas, era Tim. Ela não queria ter uma conversa com Tim enquanto Nathan estivesse na sala. Ela não sabia o que ele faria. Ele ficaria em silêncio e ouviria? Ele pegaria o telefone dela? Exigiria que Tim fosse embora e nunca mais ligasse para ela? Dissesse a ele que eles estavam agora juntos? Ela não tinha ideia de nada, só sabia que ele tinha um temperamento forte.