CH 8

2874 Words
Nathan POV Tanto Nathan quanto Havoc ficaram insatisfeitos com a resposta de Jay-la. Havoc não queria que sua companheira ficasse irritada, e ele não perdeu a parte de Kora em suas palavras. Ambas acreditavam que ele ia tentar colocar a culpa nela. Não era, de forma alguma, o que ele pretendia fazer. Sabia que era responsável por ela ter partido e por ele não saber sobre seus próprios filhos. Quando ela se soltou completamente de seus braços e saiu andando, ele sabia que ela estava esperando isso dele. Na verdade, ele foi rosnado por sua própria fera, pois tanto Jay-lay quanto Kora pensavam isso. Parecia que ser acasalado com eles não resolvia isso. Ele teve que levar um momento para garantir que Havoc estava calmo, sua fera estava rondando dentro de sua mente, muito infeliz, sentiu quando ele tentou se conectar com Kora e foi bloqueado tão rapidamente, que não foi engraçado. Isso deixou sua fera irritada instantaneamente; embora Havoc só estivesse bravo consigo mesmo, não com sua companheira, não com Jay-la. Levou pelo menos um minuto inteiro para sua fera rondar, balançando a cauda furiosamente para a frente e para trás, antes que ele se abaixasse e olhasse para sua companheira através dos olhos de Nathan. Estava infeliz, para dizer o mínimo. Nathan se afastou da parede para ir se sentar com as meninas. Ele sabia que isso deixaria Havoc feliz. Ambas sorriram para ele e, quando ele se sentou, Lilly subiu direto em seu colo, e ele sorriu de volta para ela. Porém, sua audição estava focada em Nate e Jay-la, e ele ouviu seu filho perguntar se eles viveriam aqui dali em diante, porque ela tinha medo de ser machucada novamente. Seus olhos se moveram diretamente para sua companheira e seu filho. A dor tocou os dois, ele e sua fera, quando perceberam com aquela única frase; seu próprio filho acreditava que seu pai havia machucado sua mãe. Que ela os trouxera para cá. Não, eles foram trazidos para cá, por estranhos, e agora tinham que ficar aqui. Ouviu que ele viu as notícias e se perguntou se isso significava que ele tinha visto a coletiva de imprensa que tinham tido entre eles. Nathan pensou que ela os teria impedido de ver isso. Tinha visto as notícias reais que reportaram isso, nada disso foi a seu favor, de jeito nenhum. E o estado ferido dela sempre era mostrado na tela. Ou aqui era. Ele não tinha ideia do que as notícias tinham reportado lá. Jay-la respondeu à pergunta de Nate, disse a ele que poderiam discutir isso mais tarde, embora estivesse muito claro tanto para ele quanto para Havoc que o menino não ia querê-lo lá no quarto. — Resolva isso. — Havoc rosnou para ele. Na verdade, Nathan não sabia como consertar isso, embora tenha percebido que ela o encarou por um longo momento, ele não conseguia realmente ler sua expressão, parecia haver uma mistura de emoções, pensou. Agora estava claro por que ele não conseguia se conectar com seu filho. Nate o culpava por seu sequestro e por seus ferimentos, e tinha o direito de fazê-lo. Foi ele quem mandou trazê-la, mesmo quando seu Beta franziu a testa para ele e perguntou se ele tinha certeza de que queria fazer isso, a maneira de Jackson de aconselhá-lo contra isso. Mesmo seu próprio pai tinha aconselhado que ele fosse em pessoa, mas ele se recusou. Estragou tudo sozinho. Era tudo culpa dele. Nathan não sabia como iria consertar isso, não sabia como iria explicar isso para o pequeno Nate, quando, tecnicamente, tudo era culpa dele. Aconteceu enquanto ela estava sendo trazida, a seu pedido. Sua exigência. Ele se corrigiu, embora ela não devesse ter sido machucada de forma alguma, ela foi e isso era totalmente culpa dele, e de seu temperamento. Não por sua mão, de fato, mas tudo aconteceu por causa de seu temperamento. Ela ficou separada de seus filhos por mais de um dia, provavelmente três dias inteiros, certamente duas noites, e isso assustou as crianças. Eles poderiam muito bem ter pensado que ela estava morta, quando Jay-la não voltou para casa naquela noite. Que eles seriam órfãos e ficariam sozinhos sem ela. Ele tinha certeza de que ela nunca os deixaria sozinhos, de jeito nenhum. Não era quem ela era, não com aquele medo por sua segurança. Ele também sabia que ela tinha ficado com medo o tempo todo que estava lá dentro de sua matilha, antes a matilha dela, agora a matilha deles. Isso transpareceu dela o tempo todo que ela esteve lá. Não uma vez ele viu algo além de lágrimas e medo, quando ela estava neste escritório com ele. Ele a viu suplicar por sua vida, se curvar tão baixo malditamente a ponto de sua cabeça tocar o chão, porque ela temia por sua própria vida, pela segurança de seus filhos. Tinha medo dele e do que ele faria com ela, agora que ele estava no comando. Provavelmente as crianças também tinham sentido isso. Nathan queria consertar isso, só não sabia como. A verdade iria piorar as coisas e só faria seu filho, e herdeiro, temê-lo, como sua mãe tinha temido? O mundo dos lobos era muito diferente do mundo em que ele cresceu. Ela queria sentar e discutir isso com Nate. Disse a ele que faria isso, e ele se perguntou se era melhor apenas deixá-la cuidar disso. Ela estava certa em uma coisa; as crianças acreditariam nela e em Kora ao invés dele e Havoc. Ela não duvidava disso nem por um segundo. Eles não o conheciam. Ele olhou para suas filhas, elas pareciam felizes e confiavam nele, gostavam dele, pensou. Elas sempre sorriam e acenavam para ele, felizes em conversar com ele, e Lilly tinha acabado de subir em seu colo, agora sem hesitar. Ele só podia pensar que apenas Nate tinha visto as notícias, ou porque a mãe deles estava calma, elas estavam calmas. Ele compreendia um pouco que os trigêmeos eram afetados por ela, assim como os outros eram quando ela estava em pleno desespero. É provável que quando o desespero dela estava em plena florada, isso os afetasse. Mas ele não tinha uma ideia real de qual nível isso os afetava. Ele sabia que eles estavam emocionalmente exaustos. Jackson havia dito a ele, por isso eles tinham sido separados assim que chegaram à matilha, para permitir que as crianças tivessem seu estado emocional estabilizado, já que o desespero de Jay-la estava afetando-as. Ele e Stephen acharam que era uma boa ideia na época. Ethan ainda estava pesquisando os poderes de Luna, ao contrário. Ele tinha estado enterrado na biblioteca da matilha o dia todo ontem e hoje também. Nathan nem tinha dado de cara com seu Delta desde que deu a punição de Abbey. Aquele garoto gostava de pesquisar qualquer coisa estranha relacionada às leis da sociedade dos lobos. Me surpreendia que ele não soubesse nada sobre isso. Ele chocou-se com todos os tipos de fatos estranhos sobre lobos. Provavelmente se tornaria um bom m****o do conselho um dia, quando estivesse mais velho e aposentado, e quisesse fazer alguma coisa. Nathan estendeu a mão e tocou o cabelo de Rosalie, ela olhou para ele e sorriu, ele se inclinou e beijou o topo de sua cabeça, fez a mesma coisa com Lilly e então, contatou jay-la mentalmente. — Vou dar um tempo para você e as crianças. Estarei em meu escritório. — Ele disse a ela suavemente. — Certo. — Ela respondeu. Ele colocou Lilly no chão e murmurou: — Desculpe, querida, tenho que voltar ao trabalho. — E então, se levantou e voltou para seu escritório. Ainda insatisfeito com o rumo dos acontecimentos, ele achava que ia conseguir se aproximar das crianças, mas pelo visto, não. Tinha irritado sua companheira e não chegou a lugar nenhum com seu filho. Ouviu Havoc rosnar para ele. — Você estragou tudo de maneira estúpida. Ele realmente não queria lidar com a raiva da fera naquele momento. — Eu sei. — Foi sua única resposta. — Resolva isso. — Como? — Nathan disparou para o lobo. Não recebeu resposta de Havoc. Parecia que nem mesmo seu lobo sabia como consertar isso. — É culpa sua. — finalmente rosnou para ele antes de ir embora para o fundo de sua mente. Pelo menos ele não estava se transformando naquele momento, embora isso não fosse resolver nada também. Provavelmente apenas criaria mais medo. Isso não era algo que o laço de companheirismo pudesse consertar. Eles já estavam marcados e acasalados, e embora ela estivesse aqui, e ele pensasse até hoje de manhã, irritá-la seria divertido e deixaria a vida interessante. Agora ele percebeu que não ia ser assim de jeito nenhum. Sim, ela o tinha aceitado, mas ele ainda não tinha lidado com o passado deles, e isso estava gravado nela. Ela não ia simplesmente perdoá-lo e esquecer o que ele tinha feito a eles. Como eles tiveram que viver no mundo humano, sozinhos e sem p******o, com três filhotes Alfas, ela teve que carregá-los, com medo o tempo todo, dar à luz a eles e então temeu que um dia eles fossem mortos por sua própria Luna. Criá-los sozinha e ter medo todos os dias em que esteve lá fora. Seis longos anos de estar sozinha e com medo por seus filhos. Ele tinha muito pelo que se desculpar. Ele tinha se desculpado na noite passada no jantar, mas provavelmente isso não seria suficiente. Apenas porque agora eles tinham sido presenteados um ao outro, não significava que seu vínculo fosse apagar seu histórico passado, embora ele tenha sido i****a o suficiente para pensar que sim, assim como sua fera. Que marcar e acasalar resolveriam tudo. Parece que ele era muito ingênuo, em algum momento pelo caminho, embora ele tenha dito mais de uma vez a Havoc que não achava que o laço de companheirismo resolveria todos os problemas deles. Uma vez que ele a marcou e acasalou, ele acreditou que havia resolvido tudo, porque ela o tinha aceitado, ficou feliz e até ficou corada por ele naquela tarde. Não resolveu nada. Apenas significava que ela estava disposta a estar aqui. Talvez Havoc não devesse ter acasalado Kora primeiro. Embora ele soubesse que não havia como impedir isso, mesmo se tentasse. O lobo tinha uma mente fixa, seu vínculo era bom e forte. Houve apenas muitos erros no passado. Ele achou que era apenas um, mas aquele erro levou a muito mais problemas. Problemas pelos quais ele era responsável e não sabia por onde começar a tentar consertá-los. Qual começar? Ele não sabia a resposta para isso. Ele se sentou à mesa e suspirou, seu primeiro vínculo com a companheira tinha sido muito arruinado e agora, parecia, o segundo estava também. Ele tinha que encontrar uma maneira de consertar isso, sabia que Havoc estava certo sobre isso. Ele não ia arruinar esse. Não apenas porque não queria, mas também porque não achava que iria sobreviver. Havoc tomaria total controle, e ele seria completamente perdido para sua fera irada, se eles perdessem Kora e os filhotes. Provavelmente acabaria como uma fera meio-transformada, totalmente enlouquecida e incontrolável até mesmo para sua própria matilha, se sobrevivessem. Isso, ou ele iria acabar sem lobo, Havoc o abandonando completamente, incapaz de lidar com a perda. Ele nem sabia como lidaria com isso, se Jay-la de repente o deixasse e o rejeitasse. Ele realmente precisava sentar e conversar com ela, falar com ela. Descobrir o que ela realmente queria, ele tinha estabelecido as regras com ela neste escritório exatamente hoje de manhã, e ela tinha ido embora e não feito nada do que ele disse para ela fazer. Ela provavelmente não ia começar a aceitar ordens dele tão cedo também, ele percebeu agora. Por que ela faria? Todos esses anos lá fora, por conta própria, se sustentando. Ela não precisava que lhe dissessem o que fazer, sabia como lutar por si mesma. Se proteger. Ela pode ter se machucado no dia em que foi forçada a vir para cá, mas conseguiu m***r um deles sem a presença de Kora, e também feriu outro. Então, ainda teve a força e vontade de se levantar e fugir, mesmo estando amarrada, tentou escapar. Então, escapou depois de enfrentar o Beta da matilha e tudo isso sem Kora. Tanta determinação para partir e se afastar dele. Ele estava dando ordens como o Alfa da matilha há anos, e apenas esperava que sua matilha obedecesse. Agora percebeu que era o que ele esperava de Jay-la esta manhã, para que ela simplesmente aceitasse. Sua própria Luna, que deveria ser sua igual, e ele a tratou como um simples m****o da matilha. Alguém que ele podia apenas dar ordens. Por quê? Quem diabos saberia? Ela não tinha feito uma vez o que ele pediu para fazer, desde o dia em que ele enviou a primeira carta, tentando trazê-la para casa e de volta à matilha. Porque ele sequer pensaria que ela simplesmente diria: “sim, Alfa”, e iria fazer o que ele queria, só porque ela era sua companheira e Luna, ela faria qualquer coisa por ele. Ela tinha mais autoridade agora do que nunca. Podia ficar ali olhando para ele, dizer: “não” na cara dele e simplesmente virar as costas e ir embora, a qualquer momento que quisesse ou escolhesse, na frente de toda a matilha. Agora ela tinha o mesmo nível que ele. Inferno, ele sabia que sua mãe tinha mais poder dentro desta matilha do que seu próprio pai. Aquele homem se curvava aos caprichos de sua companheira, exceto nos ataques da matilha, alianças e reuniões na sala de guerra. Talvez falar com seu pai fosse uma boa ideia, um bom começo. Ele estava felizmente ligado por quase 30 anos agora. Certamente, ele deveria ter alguns bons conselhos para dar, ajudá-lo. Ele poderia convencê-lo a usar essa visão dele para ajudá-lo. Embora o homem tivesse usado isso com Jay-la, visto seus filhos e não tivesse dito nada sobre isso. Ele sabia que ela não estava mentindo, mas não havia mencionado nada a Nathan até o dia em que ele entrou no escritório dele com uma foto deles na mão. Ele provavelmente soube imediatamente que um deles era seu neto, ficou zangado com isso e manteve para si mesmo. Ele sempre se recusou a bani-la completamente. Graças a Deus. Seu pai pagou todas as suas mensalidades escolares e Nathan viu as despesas no cartão da matilha agora. Havia despesas com creche, uma babá estava lá também, embora ela tenha parado de usá-la há muito tempo. Isso o fez pensar se seu pai a deixou seguir seu próprio caminho ou a seguiu o tempo todo, se sabia sobre as crianças e a apoiou de bom grado, sem dizer nada. Embora, por que ele deixaria seus próprios netos lá no mundo humano desprotegidos? Isso era uma curiosidade completa. Ele não gostava particularmente do fato de que teria que pedir ajuda, mas também sabia que teria que fazer isso. Seus olhos se voltaram para a porta quando Stephen entrou em seu escritório. — Ela vai chamar a babá? — Nathan perguntou. Estava curioso se era só com ele que ela estava irritada, foi sua unidade que a trouxe até aqui. Viu Stephen acenar com a cabeça. — Ela disse que sim, embora tenha dito que perto do Natal, ela não sabia se a Suzzy viria imediatamente. Suzzy dá muita importância à família. — Você deixou homens vigiando ela? — era uma pergunta um pouco boba. Nenhum lobo deixaria sua companheira sem marcas e sem companheiro sozinha no mundo. — Sim, os quatro que eu tinha em Jay-la estão discretamente vigiando a Suzzy. — Ele acenou com a cabeça. — Receberei atualizações a cada quatro horas. — Está bem. Tenho certeza de que Jay-la consegue convencê-la. — Se não conseguir, quero permissão para voltar lá e namorá-la, do jeito humano. Nathan suspirou. — Preciso de você aqui, Stephen. — Papai pode lidar com Jay-la, ele tem muito mais experiência do que eu. Nathan franziu o cenho para seu Gamma, ele entendia a necessidade do homem de ir buscar sua companheira humana, mas ele era o Gamma de Jay-la e era muito eficaz. Eles eram amigos a vida toda, até que ela teve que partir; tinha uma ligação próxima com ela. O que Nathan acreditava ser o motivo pelo qual o homem era tão bom em seu trabalho. Ele não tinha ideia se o pai de Stephen, Zac, seria tão eficaz. Nathan não sabia o quanto ele seria capaz de afetá-la, alcançá-la, como Stephen podia. Sabia que a conexão entre Jay-la e Stephen era forte e boa, aquela amizade de infância deles já os unia. Ela tinha uma conexão vitalícia com seu Gamma. Não tanto com o pai do homem. — Por favor, espere e veja o resultado da ligação telefônica primeiro. Stephen agora franziu a testa para ele. — Por favor, peça a Jay-la para não se esquecer de ligar hoje. — Vou lembrá-la. — Ele acenou. — A Suzzy está bem? — Sim, ninguém lá fora sabe quem ela é para mim. Não há outras matilhas rondando por perto dela. Então, atualmente ela está segura. — Ótimo, a traremos assim que pudermos, Stephen.
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