A Rainha da Cidade Forte Vermelha

1858 Words
Ponto de Vista: Halan Estava escutando mais uma vez meu pai com seu discurso interminável do porquê eu não poderia subir ao trono, enquanto a carruagem chacoalhava pela estrada em direção a Cidade Forte Vermelha. _ Um Rei que se ausenta de sua Corte em toda lua cheia é suspeito. Um Rei Consorte que se ausenta em lua cheia não é. _ explicava novamente meu pai. _ Sua irmã vai subir ao trono e você deve se casar com uma rainha ou princesa que herdará o trono. _ Não há muitas princesas que subirá ao trono ou rainha sem marido sentada em um. _ falei com ironia, mas sabendo o que ele estava querendo dizer. _ Saga é solteira e rainha. Deve investir nela, por isso estamos levando presentes. _ falou meu pai aborrecido. _ Dizem que ela é feia como um dragão. _ comentou meu irmão do meio ao meu lado. _ Dizem até que ela tem escamas pelo corpo. _ completou meu irmão mais novo na carruagem apertada. _ Beleza não é tudo, ela deve ser uma pessoa maravilhosa, seus súditos a amam. _ disse minha irmã. _ Duvido você ter herdeiros. _ declarou meu irmão caçula fazendo um gesto com o dedo ereto e caindo como se eu fosse brochar. _ Parem com essas coisas na frente de sua irmã. _ ordenou minha mãe ao lado de minha irmã e de frente para mim. _ O colar que você escolheu irá impressioná-la, ela deve ser uma mulher forte. _ Ela decapita os inimigos com a própria espada e monta com a tropa em batalhas. Provavelmente Halan não faz seu tipo. _ comentou meu irmão do meio fazendo o mais novo gargalha. _ Halan é o tipo de todas as mulheres do reino, ninguém liga para os boatos de que ele é um lobisomen, poderia se casar com quem quisesse. _ comentou minha irmã fazendo todos ficarem em silêncio com o tema lobisomen. _ Desculpe! Não foi intencional. _ Ela não descobrirá! Coloquei no contrato que seu quarto é inviolável e que nem ela pode entrar, você será servido e acompanhado por servos leais que te viram crescer. _ revelou meu pai. _ Ela não irá aceitar. A Rainha não colocará sua linhagem em risco. Nossa Cidade odeia os lobisomens, mas a dela é muito mais que ódio, eles os caçam. _ comentei quase deixando de respirar. _ Se ela passar alguns dias com você, ela perceberá que não existe outro que se compare a você. Por isso estamos chegando no primeiro dia. _ disse minha mãe animadamente. _ Como última cartada temos um presente, além dos outros. _ falou meu pai. _ Deveriam ofertar doze virgens a ela. _ disse meu irmão caçula fazendo todos rirem. Chegamos na Cidade Forte Vermelha e ficamos um tanto boquiabertos com as casas de madeira e suas ruas limpas, bem diferente da nossa cidade fria e dura com seus habitantes moldados à temperatura do lugar. Aproveitei que meus pais davam ordens aos servos de como suas malas deveriam ser despachadas para as acomodações de hóspedes e levei meus irmãos para conhecer a cidade. Não estava com a menor pressa de conhecer a rainha e não iria parecer desesperado. _ Vamos aos bordéis. _ convidou meu irmão do meio. _ Mouro, acho melhor conhecer as feiras e deixar os bordéis para a noite. _ comentei tentando tirar essa ideia de sua mente e observando os servos comentando entre eles. _ Vamos aos clubes de nobres, quero jogar um pouco. _ sugeriu meu irmão caçula. _ Márcio, vamos devagar. Primeiro as feiras e ruas da cidade, depois a gente vê. _ sugeri já os levando pela rua abaixo. As feiras tinham frutas de diferentes cores, formatos e texturas. O clima agradável da cidade deveria ser benéfico para o cultivo das especiarias. Nossa Cidade Forte era rica e importava alimentos de outras cidades, já que a terra não era muito boa para o plantio, mas em questões de pedras preciosas, nossas montanhas eram extremamente férteis. Uma feirante parecia bastante impressionada ao me ver e sugeriu que eu provasse de suas frutas, não pude deixar de notar o cunho s£xual em sua fala e ri enquanto comprava algumas frutas de sua barraca. Seus s£ios enormes fizeram Márcio ficar bastante interessado, mas o puxei levando-o por outras ruas. Não precisávamos de certos boatos essa semana. As mulheres da cidade eram muito bonitas e solícitas, mas os homens nos olhavam com cara fechada, provavelmente sabendo da festa no palácio e de convidados estrangeiros. Nossas roupas gritavam que éramos nobres e estrangeiros. Almoçamos em um clube de cavaleiros, enquanto meus irmãos riam e se divertiam bebendo com outros nobres. Preferi ficar atento aos comentários para conhecer mais do terreno ao qual estava pisando. Do bar onde estava sentado podia ver suas cabeleiras, loiras empolgadas, ganhando de outros nobres. _ Qual deles vai cortejar a rainha ? _ perguntou um nobre, um pouco embriagado, sentado ao meu lado. _ Todos os três! _ menti. _ Você tem chances, os outros dois são muito novos. _ comentou o homem olhando para meus irmãos. _ Você provavelmente sabe muito dos gostos da rainha. _ comentei sarcasticamente. _ Eu era do conselho de seu pai, mas fui demitido com a morte dele, pois achavam que eu poderia ter algo a ver. _ revelou o homem. _ E você tinha ? _ joguei a isca para tentar colher informações. _ Não! Apenas conhecia as passagens do palácio, mas isso era porque eu gostava de divertimento noturno. _ esclareceu o homem. _ Todo palácio tem seus segredos, onde moro a entrada principal tem um quadro muito feio que ninguém se aproxima, ela abre para uma passagem interna. _ joguei outra isca enchendo seu copo de conhaque. _ No daqui não é na entrada principal, só tem duas entradas no térreo, a da cozinha e da sala rosa ao lado do salão principal, ambas com quadros feios. _ revelou o homem rindo. _ Deve ser comum gostarem de quadros feios para esconder segredos. _ comentei bebendo mais do meu conhaque. _ Devo ir! Minha dragoa está me esperando. _ comentou o homem apressadamente saíndo, provavelmente por ter percebido o que falou. Olhei novamente para meus irmãos com suas características bem diferentes da minha, o que fazia todos duvidarem se eu era filho do Rei, mas o que as pessoas não sabiam era que nenhum era filho do Rei. Meu pai não podia ter filhos. Durante anos minha mãe tentou engravidar, mas não conseguia, era culpada por meu pai e pela Corte. Em uma aventura no reino das fadas, eles dormiram com um fada sem proteção, ela engravidou e meu pai acreditava ser dele até que ela teve um aborto espontâneo e puderem ver que o feto tinha asas formadas. Meu pai buscou um primo dele distante e fez a proposta para que ele se deitasse com minha mãe durante um mês. Ele acreditou que era um fetiche do Rei, de ver a rainha sendo fodid@ por outro e aceitou. Nasceu minha irmã. Meu pai em uma viagem com seu melhor amigo, depois do nascimento de minha irmã Melane, foi atacado por um grupo de lobisomens e esse amigo foi mordido, sem o conhecimento de meu pai. Victor sabia que meu pai tinha mandado levar o primo de volta depois de um mês tr@nsando com a rainha e tinha planos de fazer o mesmo, já que era apaixonado por ela há anos. Voltando da viagem, seu amigo foi para casa dias antes dele e caiu em uma febre misteriosa, a rainha cuidou pessoalmente do homem que a convenceu de que seu marido tinha o mandado na frente para fazer um herdeiro homem. Holana não entendia o motivo do Rei escolher seu amigo de cabelos escuros, mas se ele sabia de tal segredo, era porque o marido confiava nele, bastou duas noites para ela engravidar de mim, um lobisomen. Meu pai enforcou seu melhor amigo, o acusando de algum motivo inventado que ninguém duvidaria, para guardar seu segredo sem saber que minha mãe já estava grávida. _ Você não me parece ser daqui. _ comentou uma garota sentando ao meu lado, onde o homem estava sentado, me tirando dos meus pensamentos. _ Não sou. _ falei sem prolongar o assunto. _ Eu também não sou, meu pai trouxe meu irmão para conhecer a Rainha. Sou Aya, princesa da Cidade Forte Reluzente. _ comentou a garota de cabelos pretos, vestes verdes brilhantes, olhando para minha boca. _ Sou Halan, príncipe da Cidade Forte Marrom. Você não deveria estar no salão com ele ? _ perguntei virando-me para ela, olhando diretamente para seus olhos castanhos. _ Ele não está no salão, assim que chegamos foi para os prostíbulos da cidade, precisava conter seus nervos depois de dias de viagem. _ comentou ela. _ Olhe Halan, Márcio está perdendo. _ gritou divertido meu irmão do meio, pois era muito difícil Márcio perder em jogos de cartas. _ E você achou uma boa ideia vir a um clube de cavaleiros? _ perguntei ironicamente observando seu decote profundo. Os s£ios dela pulavam com cada respiração, deveria ser uma delícia colocar na boca. _ Eu não gosto de prostíbulos, prefiro trepar com nobres. _ disse a garota descaradamente. _ Dê um jeito de passar pelo monstruoso guarda na minha porta hoje a noite, preciso de diversão. _ E como farei isso? _ perguntei achando-a bem divertida. _ Você vai conseguir, pois não vai dormir pensando no que te espera essa noite. _ disse Aya passando a mão por cima de minha calça enrijecendo meu m£mbro. _ Meu quarto é o 23 no primeiro andar. Aya saiu rebolando em seu vestido apertado, e pude dar uma boa analisada em sua bund@. A rainha dragão que esperasse, essa noite meu presente era para Aya. Foi a vontade de me deitar com Aya que me fez entrar por aqueles corredores tentando contar os quartos para adivinhar qual era o 23, e tentar achar uma passagem para esse quarto, já que alguns quartos provavelmente não teriam passagens para os corredores internos. Eu não esperava me encontrar com aquela garota nos corredores secretos, não esperava que ela me causasse tanta curiosidade e de repente Aya não era mais tão interessante. Senti desejo vivo por ela e quase pensei que me transformaria, sem lua cheia, quando ela encostou sua bund@ redonda em mim. Eu não esperava que uma mulher me fizesse perder a vontade de tr@nsar com outra sem nem ter me tocado pele a pele. Eu não dormi de noite e me revirei na cama luxuosa até o dia amanhecer, imaginando como poderia encontrá-la novamente já que provavelmente ela evitaria os corredores. Com toda certeza do mundo, eu não esperava vê-la no dia seguinte tão fodid@mente sexy caminhando por aqueles corredores, cheirando a rosas e canela. Eu reconheceria aquele cheiro e aquele corpo, que não saía da minha mente, a quilômetros. A consciência do que aconteceu me surpreendeu de tal forma que Aya ao meu lado percebeu. Fiquei em um corredor escuro com a maldita Rainha da Cidade Vermelha e agora a queria mais que tudo.
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