Capítulo 2

1818 Words
Capítulo 2 Isabella Narrando Grego — Olha a forma que você fala comigo e deixa de ser m*l agradecida c*****o, eu só quero saber como o pivete está, mas já estou perdendo a paciência com você. __ Grego fala me encarando. Eu ainda estou tentando entender o motivo da preocupação do grego pelo Miguel, será que ele sabe que ele é filho dele? Não isso é impossível , não tem como ele saber. Isso não pode acontecer, de jeito nenhum. Isabella — Porque uma pessoa como você teria preocupação por uma criança que nem conhece? __ Pergunto encarando ele. O Grego não pode saber que o Miguel é filho dele, e se ele quiser fazer m*l ao meu pequeno. Se ele pensar em por as mãos no Miguelzinho eu mato ele. Grego — Uma pessoa como eu? Você quer dizer o que com isso? __ Ele pergunta me encarando. Pela primeira vez ficamos cara a cara e tão perto assim, dá para entender o motivo da minha irmã ter se apaixonado perdidamente pelo Grego, ele é muito lindo. Os seus olhos castanhos claros, quase verdes são encantadores, pena que o ele não mostra a verdadeira face dele. Por atrás desse rosto bonito existe um monstro. Eu queria despejar muitas coisas na cara dele, mas agora eu não posso, porque o foco aqui é o Miguelzinho. Como eu já vi que não adianta tentar impedir ele, entramos na sala do médico e ele começa avaliar o Miguel, enquanto eu e o Grego ficamos no canto da sala observando tudo. O Miguelzinho está melhor do que chegou aqui, ele está mais esperto, mas a sua face continua pálida. Grego — Fala logo o que você quis dizer ao falar aquilo pra mim. __ Grego fala segurando o meu braço. Isabella — Não toque em mim __ Falo me afastando do seu toque. XXX — Vocês dois poderiam esperar no lado de fora? __ O médico fala chamando a nossa atenção. Isabella — Porque é para esperar no lado de fora, o meu filho tem algo grave é isso? __ Pergunto já sentindo um aperto no meu peito. XXX — Não é isso senhora, mas é que parece que vocês tem muitas coisas a conversar __ Ele fala referindo-se a mim e ao Grego. Acho que estamos atrapalhando o médico com a nossa conversa, na verdade eu nem queria ter contato com o Grego. E ele não se toca e não vai embora. Mas como foi ele que me trouxe aqui, porque ele que socorreu o Miguelzinho, talvez eu esteja sendo m*l agradecida mesmo com ele. Mas melhor sair da sala e não atrapalhar o médico. Saímos da sala do médico e o aguardamos do lado de fora. Fico com raiva porque o médico praticamente me colocou para fora por causa desse desgraçado. Se ele realmente quer saber o que eu falei daquela forma em relação a ele, então eu vou falar. Isabella — Você é muito sínico ao se fazer de desentendido, você é um monstro desgraçado que teve coragem de matar uma mulher grávida que estava carregando o seu filho, por isso eu não consigo entender o motivo dessa preocupação pelo meu filho __ Falo cuspindo as palavras e encarando ele com raiva. Grego — Não fala o que você não sabe porr@! E o filho que aquela vagabunda carregava não era meu c*****o !__ Ele fala me empresando na parede com muita raiva. Isabella — Não fala dessa forma da minha irmã seu desgraçado. _ Falo indo para cima dele mas ele prende os meus braços ao lado do meu corpo, me impedindo de atacá-lo _ — Como você teve a coragem de matar a minha irmã grávida __ Retorno a falar com lágrimas nos olhos. Grego — CALA A PORR@ DA SUA BOCA, SUA MALDITA ! __ Ele fala alterando a sua voz e me olhando com raiva. Isabella — Eu não vou me calar, você é um desgraçado assassino, você é um monstro __ Falo na cara dele o que penso, sem medo nenhum. Há muito tempo que eu espero por esse momento, eu sei que a minha irmã não vai voltar comigo falando essas coisas na cara do Grego, mas eu esperei muito por esse momento. Grego — Se você não calar a merd@ da sua boca agora eu vou..... Isabella — Você vai fazer o que?, vai me matar igual fez com a minha irmã e com o seu filho __ Falo encarando ele com bastante raiva. Ele se afasta de mim e sai do hospital cuspindo fogo. Sinto algumas lágrimas saírem dos meus, ter contato com o Grego dessa forma fez abrir as minhas feridas mais profunda. Dentro do meu peito tem uma dor que eu acho que nunca irá passar, eu já fiz de tudo para tirar esse sentimento dentro do meu peito, mas nunca fui capaz de tirar. Eu tenho muita raiva e vergonha, mas ficar assim tão perto dele me fez lembrar, o que eu tanto tento esquecer, porque tem o que ele fez com a minha irmã, mas pra mim eu não tenho como me enganar. Não era só a minha irmã que era apaixonada pelo Grego, eu também era. Na verdade eu também sou. Mas quando a minha irmã falou que estava ficando com ele, eu escondi esse sentimento. Só que era diferente, porque eu nunca seria capaz de me envolver com alguém como ele, e ele também nunca olhou para mim da mesma forma que olhava para a minha irmã. Também éramos muito diferentes, a personalidade, a forma que nós nos vestíamos, resumindo, éramos diferentes em tudo. A minha irmã era loira, tinha uma estatura média, o corpo pequeno, e eu sou o contrário dela, os meus cabelos são escuros, eu sou alta e o meu corpo não é bonito como era o da minha irmã, eu peso 65 kg e não tenho o corpo definido, tenho um corpo real. Enquanto a minha irmã gostava de exibir o corpo dela, eu fazia de tudo para esconder o meu, antigamente eu tinha vergonha do meu corpo, ainda mais por ter estrias, por isso eu nunca tive um namorado, mas agora isso não me afeta, eu me amo do jeito que eu sou, amo cada detalhe do meu corpo e das minhas cicatrizes. Quando eu era mais jovem pensava que o Grego não olhava para mim por causa disso, mas agora sou grata por ele não ter me enxergado, porque quando ele quer alguma coisa ele consegue. Eu era apaixonada pelo Grego desde o tempo da escola, toda manhã que ia para o colégio eu via ele na boca de fumo rodeado por mulheres e pelos drogados que iam lá comprar as porcarias dele. Sempre que eu passava por ali ele me olhava, mas eu desviava o olhar, apesar de eu gostar dele, eu nunca iria querer fazer parte do mundo do Grego. Volto para a minha realidade quando o médico abre a porta da sala dele e manda eu entrar, com o coração na mão faço o que ele pede. XXX — Então senhorita, como falei antes, eu não poderei fazer muito pelo o seu filho __ O médico fala me encarando. Isabella — Ele tem o que? __ Pergunto já com o Miguel em meu colo. XXX — Eu notei que ele está com a pele um pouco esverdeada e os batimentos cardíacos dele está muito baixo, talvez seja um problema congênito, eu recomendo que você o leve em uma clínica particular e realize esses exames, porque no SUS, vai demorar muito, e alguns o sistema não realiza. E se for o que estou pensando ele não tem muito tempo. __ O médico fala me entregando mais de 10 exames diferentes. Isabella — Eu não tenho dinheiro __ Falo um pouco baixo olhando para as guias em minha mão. O que eu irei fazer agora, eu m*l tenho dinheiro para comer, imagina para pagar esse tanto de exames. XXX — Eu posso conseguir o dinheiro pra você __ Ele fala chamando a minha atenção. Isabella — Jura, você faria isso por mim? __ Pergunto esperançosa. XXX — Claro que eu faria linda. __ Ele fala com um sorriso nos lábios, meio estranho, mas eu estou desesperada. Agora que estamos a sós e o Grego não está aqui para tirar a minha atenção, eu posso observá-lo melhor. O médico tem os cabelos castanhos grisalhos, a pele dele é bem branquinha, ele é bonito, e já é coroa, deve ter uns 40 a 45 anos. Isabella — Sério Dr. , você não sabe o quanto eu ficarei grata com a sua ajuda. XXX — Pode me chamar de Marcos minha linda. __ Ele fala olhando para mim, de um jeito que me chama atenção. Agora que parei para analisá-lo melhor, consigo ver maldade em seus olhos e no sorriso que está em seus lábios. Ele irá me ajudar , mas não será de graça, será em troca de algo. Isabella — Porque você irá me ajudar, o que você quer de mim? __ Pergunto já perdendo a esperança. Não existe pessoas boas no mundo, ninguém ajuda ninguém por nada. XXX — Dessa forma você me ofende. _ Ele fala se fingindo de ofendido. — Não quero nada além de passar algumas noites com você. Isabella — Quem você pensa que eu sou seu escroto __ Falo dando-lhe uma belo tapa na cara. Me retiro do hospital cuspindo fogo, quem esse médico de merd@ pensa que eu sou, só porque moro no morro eu irei me vender, ele está totalmente enganado. Olho para o Miguelzinho em meus braços, eke está tão triste, eu odeio vê-lo dessa forma. Eu tenho que conseguir dinheiro para fazer os exames dele, para descobrir o que ele tem, antes que seja tarde. Vou para casa andando, o sol do Rio de Janeiro está de matar um, como eu não tinha dinheiro para pegar um taxi, tive que vir andando com o Miguel no meu colo. Chego em casa, dou um banho nele, faço um almoço rápido e dou para ele comer, mas ele m*l toca na comida. Miguel — Mamãe, o meu coraçãozinho tá doendo __ Ele fala pondo a mão no peito. Sinto lágrimas em meus olhos quando ouço ele falar, desde a hora que eu levei ele para o hospital que chegamos em casa ele não falou nada, veio falar agora. Isabella — Mamãe vai cuidar de você, eu prometo __ Falo pegando ele no meu colo, e em poucos minutos ele adormece. Já sei o que eu irei fazer, essa é a única opção que tenho, espero não me arrepender. Deixo o Miguel na casa da Fernanda, a vizinha e a minha única amiga. Fernanda — O que você vai fazer Isabella? __ Ela pergunta assim que conto todo o caso do Miguel para ela. Isabella — Eu irei procurar o Grego.
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